Histórias Falsas

Histórias Falsas Gonçalo M. Tavares




Resenhas - Histórias Falsas


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Déa Paulino 27/03/2009

Repleto de frases citáveis em contos que, embora tratem de temas complexos, são de fácil digestão, Histórias Falsas é um ótimo livro; possibilita ao leitor que opte entre a leitura leve ou aprofundar-se naquilo que, eventualmente, desconheça. Em mim ficou a curiosidade e o desejo de pesquisar para descobrir onde começa a realidade da História da Filosofia tão bem utilizada a serviço da ficção de Gonçalo M. Tavares.
A Casa da Palavra peca em abrasileirar o livro, tirando dele o sotaque do autor que escreve em um Português diferente do nosso. A obra certamente pareceria ainda mais rica aos olhos se contasse com essa particularidade.



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jota 18/03/2016

Falsas e curtas
Em Histórias Falsas o escritor angolano transita com desenvoltura entre a ficção e a realidade, entre a imaginação e a história. Como diz a edição portuguesa, temos aqui “desvios ficcionais na história da filosofia antiga.” Exatamente essa é a essência do livro de Gonçalo M. Tavares.

Suas narrativas se valem de personagens históricos – especialmente de filósofos como Tales de Mileto, Diógenes, Empédocles, Zenão de Eleia, Platão etc. – para colocar em cena personagens imaginários - Listro, Aurius Anaxus, Elia de Mircea, Faustina, também Romeu e Julieta - , imaginados pela cabeça do escritor angolano. Esses são os protagonistas de fato, os filósofos atuam como coadjuvantes apenas.

São nove histórias curtas, contadas sem muitos floreios (diferentemente do sisudo Jerusalém, só para lembrar outro livro de GMT), e que não se apresentam tão curiosas ou interessantes assim (meu ponto de vista); são os personagens que nelas atuam que chamam nossa atenção, pela singularidade de cada um, por suas vontades, pelo que fazem propriamente.

Assim é que, em A História de Arquitas, esse personagem busca a localização “quase impossível” daquilo que seria a terceira obra-prima de Homero, “o livro mais procurado da história”, o Margites, tão importante quanto a Ilíada e a Odisseia. Já ouviu falar?

As histórias falsas de GMT têm certa graça, certa dose de humor como aquele que se encontra nos textos de Jorge Luis Borges em Ficções, por exemplo; então estão muito longe de provocar risos ou sorrisos. Pois buscam o pensamento, a filosofia, a reflexão. Mas podem provocar certa canseira no leitor também...

Lido em 16 e 17/03/2016.
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