El Ojo

El Ojo Vladimir Nabokov




Resenhas - O Olho


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Laura 03/02/2024

Nada de mais?
A ideia em si é bem interessante, mas eu particularmente não gostei muito da construção? O texto ao final é o que faz valer a pena.
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Reginaldo Pereira 22/01/2024

?Eu sozinho não existo.?
Poxa vida, passou muito rápido! Praticamente um conto! Mas bastante interessante! Diferente dos outros Nabokov?s que conheci! Tanto que estou até me demorando nas palavras e sentimentos pra poder escrever esta breve resenha?! E isso é negativo? Não, é diferente, simples assim?. diferente? como a própria obra que agora tenho fechada diante de mim!

O livro conta a história de Smurov, ou ao menos, dos momentos finais de sua vida, que se esvai através de um suicídio atrapalhado (e não há nada de spoiler aqui, já que é assim que o próprio Nabokov apresenta a história na contracapa do livro!). Mas? será isso mesmo?

?É assustador quando a vida real de repente se revela um sonho, mas muito mais assustador é quando aquilo que se pensou que fosse um sonho - fluido e irresponsável - de repente começa a coagular em realidade!?

E é aí que entra a graça e a originalidade da leitura. O suicídio foi mesmo um fracasso, e o restante da aventura descreve a mudança de ver a vida do ?pobre Smurov?? Ou o herói teve sim êxito ao acabar com sua vida, e o que vem a seguir são meros delírios de sua alma?

Quem decide é o leitor! Eu tenho sim o meu entendimento, a minha compreensão, mas as guardo pra mim (e agora sim, pra não incorrer em spoiler!!!), até mesmo porque às vezes eu também fico na dúvida?.!

E o que mais? Apenas a escrita maravilhosa e sedutora deste que continua sendo um dos meus mestres literários favoritos!!!
Fabio 24/01/2024minha estante
Ótima resenha, Reginaldo!


Reginaldo Pereira 24/01/2024minha estante
Meu caro, vindo de você é um baita elogio! Obrigado, Fabio!!!! Abraços!!




Aline Teodosio @leituras.da.aline 26/12/2023

Smurov, um imigrante russo sem recursos, tenta ganhar a vida como preceptor de duas crianças na Berlim dos anos 1920. Ele acaba se envolvendo com uma mulher casada e é humilhado pelo marido dela. Ele não vê outro caminho para essa vida miserável que não seja o de tirar a própria vida. Mas algo bem inusitado vai acontecer.

Nesse meu primeiro contato com o autor tive sentimentos controversos. A narrativa contada de diferentes ângulos, ora em primeira pessoa, ora em terceira, me deixou um tanto quanto confusa. Por vezes conseguia mergulhar na trama, por vezes me perdia.

Tudo nessa história pareceu meio nonsense, nunca sabemos o que é real e o que são apenas divagações (ou alucinações) do protagonista. E alguns pontos eu fiquei sem entender mesmo. Mas as reflexões do final, ah... essas valeram pelo livro todo. Não pude conter algumas lágrimas. Um dia eu faço uma releitura desse livro para tentar entender melhor.

No mais, temos aqui uma obra com uma escrita primorosa, inteligente e bem humorada. Culta, mas não demasiadamente pomposa. Reflexiva, mas com uma leveza estonteante. Vale a pena conhecer.

"Talvez uma história qualquer, uma simples anedota em que eu figure, passará dele para seu filho ou neto e então meu nome e meu fantasma aparecerão transitoriamente aqui e ali por algum tempo ainda. Depois virá o fim."
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ivnachaib 04/12/2023

Espelho quebrado.
Depois da experiência um tanto conflituosa de ler Lolita, decidi continuar me aventurando na mente e nas obras de Nabokov, e, movida pela curiosidade despertada por sua sinopse, O Olho acabou sendo eleito como minha leitura subsequente.

Sem muitas expectativas bem definidas ao me debruçar sobre as primeiras páginas, novamente me vi sendo conquistada pela escrita primorosa do autor e pela proposta ousada dessa narrativa, que parte do suicídio do protagonista. Entretanto, no decorrer da obra, confesso que o meu interesse acabou esmaecendo.

Embora tanto a abertura quanto o desfecho da obra sejam bastante intrigantes e proponham reflexões de cunho identitário e existencial singulares, o desenrolar da trama me pareceu não conseguir acompanhar a profundidade de seu próprio conceito, além de ser um tanto cansativo e confuso, mas não na forma que pretendia.

Ainda assim, é uma leitura válida para conhecer o autor, e talvez se mostre mais estimulante para outros leitores.
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Vivi 05/11/2023

Como diz Tyler Durden ... " Só quando se perde tudo é que você está totalmente livre para fazer qualquer coisa."

Aqui o homem perde tudo ou até mesmo se liberta para poder enfim acreditar que perdeu. E vamos acompanhando o que não foge da realidade as diversas máscaras que o ser usa na vida conforme situações ou pessoas que estão em seu convívio. Até chegar ao ponto de perguntar ... quem sou eu verdadeiramente ? Afinal hoje sou somente o reflexo do que acreditam o que sou.

Nabokov é um gênio pois é um dos escritores que consegue levantar questões filosóficas profundas em poucas páginas.
Ele nos conta sobre Smirov, um homem que decide se matar e parece , segundo ele ... que consegue. Ele vê o que está acontecendo como observador e ele mesmo ?vive? através dos outros próximos a ele (que funcionam como espelhos e ele próprio é uma miragem) e, assim, muda constantemente de forma.
Uma concepção incrível do autor para falar conosco da maneira que fala sobre um homem que é uma coisa e outra quer ser. Algo que atormenta a todos nós em maior ou menor grau, claro. Eu te disse que Nabokov é um gênio, certo?
Percebi que a única felicidade do mundo é observar, espiar, vigiar, ter curiosidade sobre si mesmo e sobre os outros, ser nada mais que um olho, um olho grande, um tanto vítreo, um tanto vermelho e irritado, arregalado. olho aberto."
" É assustador quando a vida real de repente, se torna um sonho, mas é ainda mais assustador , quando aquilo que se pensava ser um sonho - fuído e irresponsável - de repente começa a se transformar em realidade ( pag 98)".

" Pois eu não existo; existem apenas milhares de espelhos que me refletem. Cada conhecimento que faço, aumenta a população de fantasma que se parece comigo ".
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Gabriela.Andrade 27/09/2023

Depois de ler o prefácio descobri que fui a única que fui enganada até o final kkk

Adorei a forma como o Vladimir escreve, é muito bonita! E gostei do livro tb
Victor (HP) 27/09/2023minha estante
Pois quando for ler, ainda não sei quando, também pularei o prefácio! Por isso me foi útil a resenha.




Queilinha 14/08/2023

O Olho...
Apesar do começo ser um pouco confuso, o final realmente foi esclarecedor.

Foi meu primeiro contato com a escrita do autor e gostei bastante.

Eu já desconfiava do final, mas, mesmo assim, gostei do desfecho.
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Rafaela.Cruz 23/05/2023

Uma pira?
Alternância de narradores, uma escrita fluida e poética. Um ótimo livro pra ler antes de Lolita, a obra consagrada do autor.
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gabspetineli 13/03/2023

Ok, n foi meu primeiro contato com o autor, comecei a ler lolita, porém eu era bem mais nova na época e não sabia q o assunto era pesado e acabei largando de lado e quero ler novamente esse ano com mais maturidade
porém o que lembro de lolita achei um pouco difícil a linguagem mais pelo fato que tinha algumas coisas q n estavam traduzidas na edição q eu li e n pela escrita
agr esse livro foi difícil na escrita mesmo, eu fiquei confusa e me perdi em várias partes, isso q o livro é curto
e é aquela questão, ele tá vivo ou não? tá em coma? tá delirando um pouco antes de morrer?
em minha humilde opinião eu acho q a tentativa de suicidio deu errado e ele tentou viver outra vida com outro nome, mas foram descobrindo ele e ele tentou matar ?as provas? dele ou ele apenas quer que as pessoas que lembram dele morra para q ele possa ser finalmente esquecido
sla
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Daniela 06/01/2023

O Olho
Smurov, um jovem imigrante russo tentando sobreviver na Berlim dos anos 1920. Sem dinheiro, solitário, procura equilibrar as parcas finanças como tutor de dois meninos de família, também russa.

Envolve-se com um mulher casada e se vê num caminho sem saída. Humilhado pelo marido dela, não lhe resta solução a não ser o suicídio.

Mas, e agora?! Suicidou-se ou não? ?
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Rickyson.Heverton 23/12/2022

Livro confuso
Nabokov escreve de forma sem igual. Chega a ser incrível a narrativa que o Nabokov faz no decorrer do livro, realmente te prende.
Em O olho, nós acompanhamos a vida do jovem Smurov, russo que decide viver na Alemanha após a revolução de outubro 1917.
Acompanhamos, portanto, a vida desse jovem, que trabalha dando aulas particulares a dois garotos pequenos, também russos.
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anaartnic 22/12/2022

Queria esquecer este livro para lê-lo pela primeira vez
Eu estou até agora pensando sobre esse livro e refletindo muito sobre o que ele gerou em mim. E essas reflexões vêm de maneira repentina, quando você se dá conta do mistério ser algo tão intrínseco a você mesmo.

É um livro espetacular que aguça, perturba e assusta um pouco. Para ler é necessária atenção, uma vez que uma segunda leitura nunca será a mesma coisa. E atenção, cuidado com sinopses, resenhas e própria contracapa do livro, elas podem trair a experiência de leitura.

A obra conta a história a um homem, que é o próprio narrador, que ao ser descoberto como amante de uma mulher casada, e levar um surra por conta disso, decide que a melhor saída é acabar com a sua própria vida. Um tiro no coração o leva a acordar no que acredita ser uma realidade criada por sua imaginação, ele tem acesso aos mesmo locais e pessoas que convivia (seria a morte um mero labirinto que o leva para a sua mesma vida?).

A partir daí, o protagonista dedica-se a investigar uma figura enigmática que está presente no grupo de pessoas que convive: Smurov. Ele é visto por diversos 'olhos', e o narrador busca entender quem é essencialmente este homem. Apenas assim, acredita o protagonista, que poderá enfim descansar.

Eu recomendo demais este livro, ele me gerou MUITAS reflexões e pensamentos sobre a maneira que alguém pode ser visto por diversas pessoas e ter sua identidade construída por meio disso.
Luci Eclipsada 02/03/2023minha estante
Sua resenha foi bem elucidativa. Obrigada!


Elaine Barbosa 06/04/2023minha estante
Essa foi a melhor resenha que li sobre esse livro. Você realmente captou a essência do livro.




pirocadeperuca 26/10/2022

Maravilhoso
Uma pena que seja tão breve. Gostaria de presenciar mais das máscaras de Smurov. Gostaria também que não fosse tão óbvio desde a apresentação de tal personagem quem ele realmente era.
Extremamente bem escrito, um dos primeiros livros em que sou capaz de realmente vivenciar os acontecimentos. Me vi debaixo do mesmo céu, senti o vento. Muito foda.
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Matheus Nunes 31/07/2022

As Vantagens de Ser Invisível
O Olho não é Lolita, não é Machenka, (e nem de longe o autor aqui comete aqueles erros de escritor iniciante, como ele próprio revelou posteriormente...) não é e nem pretende ser poético como o Fogo Pálido, nem modernista-satírico-desmiolado como é o A Verdadeira Vida de Sebastian Knight (estreia do autor de seus escritos em inglês), este livro é diferente.
Esse quarto romance de Vladimir Nabokov é mais que excelente, e não pelos motivos mais esperados de quando se trata de um livro excepcional como este. Smurov é o personagem mais estranho escrito pelo Nabokov que eu já li até aqui, acho que o único personagem que eu já tenha lido que se equipara a ele em termos de complexidade é o Vitangelo Moscarda, do também incrível Um, nenhum e cem mil, de Luigi Pirandello.
Há um pouco de tudo neste livro mesmo que ele tenha tão poucas paginas, há até mesmo o espaço para odiar com todas as forças algumas das atitudes finais do protagonista, o Nabokov sabe como ninguém escrever protagonistas odiosos na mesma medida em que ele escreve e amarra tudo em uma narrativa veloz, sucinta mesmo em meio a devaneios, tudo isso regado a pitadas de um "amor" doentio que se confunde com uma espécie de irresponsabilidade existencial para com o mundo, para com as coisas.

Smurov na minha opinião se destaca dos demais personagens Nabokovianos pelo fato de ser um personagem que acredita que há vantagens em se tornar homem invisível, enquanto outros pensam em deixar um legado de forma quase que obsessiva, este, só quer desaparecer, ou destruir tudo a sua volta por acreditar que tudo irá se esvanecer consigo.
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