Os vendilhões do templo

Os vendilhões do templo Moacyr Scliar




Resenhas - Os Vendilhões do Templo


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camyy 04/07/2022

Os Vendilhões do Templo
Uma história cativante!
Gosto dos livros do Moacyr Scliar, principalmente por conta da sua narrativa, que é incrível! Ele tem uma narrativa leve e divertida que, muitas vezes, consegue retratar a forma que o ser humano pensa na lata, de um jeito bastante realístico.
Mas também vejo muitos problemas nas suas histórias. Vejo que em muitas delas (talvez até a maioria), é retratado diferentes tipos de problemáticas e críticas, como os judeus, o contato entre o homem branco e as tribos indígenas, religião, etc. E algo que me faz falta é uma presença feminina.
A maioria das suas histórias são protagonizadas por homens que vivem reclamando de sua vida lamentável, as mulheres sendo, na visão desses homens, apenas objetos sexuais ou mulheres de família, cujo único objetivo é de ter um romance e procriar.
Em geral, adoro as histórias, a forma como elas são contadas, e me cativo facilmente.
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Robledo.Milani 24/09/2021

Decepcionante
Moacyr Scliar era maravilhoso. Seu livro ?A Mulher Que Escreveu a Bíblia? é incrível. Esse, no entanto, fica pela metade de suas pretensões.
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Claudia Sanzone 17/11/2009

Criatividade profícua.
Excelente o livro. São três histórias ambientadas em épocas distintas, mas com a essência transplantada. Foi o romance mais criativo que li este ano. A chave mestra está na religiosidade permeada por pinceladas de misticismo e pelo nosso tão impertinente quanto indispensável mercantilismo de todos os tempos. Protagonistas marcantes, personagens ricos, cenários com alma de bastidores e narrativa deliciosa completam a leitura recompensadora do livro. Recomendadíssimo!
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KatiaMaba 01/06/2009

Eu recomendo o livro “Os Vendilhões do Templo” do talentoso gaúcho Moacyr Scliar.
Este trabalho proporciona três momentos fictícios provenientes da história da humanidade com reserva para uma interessante surpresa no momento final. Moacyr Scliar leva o leitor a refletir: “Por mais absurda que possa ser a ação, devemos dar igual consideração a todas as versões de um fato real?”

Abraços
Kátia Regina
http://katiareginamaba.blogspot.com/
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Leonardo 03/05/2022

Poderia render mais
Antes comprar o livro eu li algumas páginas do primeiro capítulo pela amostra e confesso que gostei, logo, não medir esforços para comprá-lo mesmo achando o preço bem salgado nas livrarias físicas e virtuais.

Ao longo da leitura e capítulos devo dizer que esperava muito mais da história. Definitivamente a ela não me prendeu em alguns casos, há momentos que achei um pouco prolixa com narrativas sem muita conexão com a própria história. Mas vale a pena cada um fazer seu juízo de valores interpretativos.

O livro conta três histórias de personagens em diferentes períodos. A primeira se passa na época de Jesus, um comerciante abandonando sua terra por conta das dificuldades e pobreza vai para Jerusalem em busca de melhores condições de vida, levando mulher e filhos. Lá encontra um antigo vizinho que por questões de dificuldades também abandona a terra, este, agora, em melhores condições de vida, lhe oferece uma oportunidade de negócio: ser Vendilhão do templo. Foi por meio desse novo ofício que os dois homens conseguiram melhorar de vida. Vender pombos para o sacrifício. Um comércio que naquela época era bastante procurado pois muitas pessoas sacrificavam essas pobres aves visando amenizar seus pecados bem como oferece-los aos deuses para alcançar riqueza ou melhores condições de sobrevivência. Eram tempos difíceis, onde fatores como religião, o império de Roma, a corrupção, o materialismo e o lucro andavam em constantes conflitos de ideais morais religiosos.

Alguns acontecimentos se desenrolam na história e pra não dar spoiler há uma situação em que aquele homem na condição de Vendilhão do templo, presencia Jesus atacando todos aqueles que utilizavam dessa atividade frente ao templo sagrado, ou seja, a casa de Oração para o comércio de vendas de pombos assim como o câmbios de moedas, um desrespeito à casa de Deus. Assustados os vendilhões questionam quem era aquele que proclamava autoridade de Deus frete ao templo? Afinal, era pecado comercializar nas portas dos templos sagrados?


A segunda parte se passa em 1635 no sul do Brasil e conta a história de Nicolau Veiga, um padre jesuíta recém ordenado que recebe a missão ir ao sul do Brasil substituir dois padres, um que acabava de morrer, e o outro, o padre Manuel, homem de comportamento esquisito que parecia não regular muito bem das ideias. Entretanto, o padre Manuel era considerado o guia espiritual daqueles índios, se comunicava com eles na língua Guarani.
Muitos eventos se desenrolam até o padre Manuel morre. Esse evento cria em torno do jovem padre uma situação complicada: como ele irá se comunicar com os índios? Já que o velho padre não quis priorizar o ensinamento da língua Guarani ao jovem padre? A situação fica extremamente complicada, Nicolau se sente só, vive a angústia de viver sem ninguém a compartilhar seus dramas, seus medos e principalmente, como dar seguimento à missão de evangelização daqueles índios? Nesse ínterim aparece um velho conhecido tanto da aldeia como do padre que morreu, ele se chama Felipe. Homem misterioso, que inicialmente atua como intérprete ajudando o jovem padre na comunicação com os índios. No início a relação dos dois é promissora, ajudando o padre a por ordem na aldeia.
Entretanto, muitos eventos acontecem no desenrolar da história, um deles é que Felipe não se mostra um homem tão bom como parece, logo os dois entram em conflitos de liderança sobre os índios, que também se sentem ameaços. Felipe se envolve a contra gosto do padre com uma jovem Índia. Ele a engravida e diante de uma relação abusiva a abandona com o filho. O padre acolhe ambos na sua casa. Ademais, descobre que Felipe faz parte de um grupo de bandeirantes servindo de infiltrado para observar a comunidade indígena para se apoderar do local com interesses escusos. Chega os bandeirantes para matar e se apoderar das terras indígenas, mas este grupo desiste, seja lá o que aconteceu, se foi por reza do padre pedindo aos deuses que salvassem a aldeia de uma tragédia ou se foi o peso de consciência de Felipe em persuadir o grupo de desistir de tomar o lugar talvez por lembrar que seu filho seria vítima de uma verdadeira matança.

A terceira e última parte do livro passa na cidade de São Nicolau do Oeste no ano de 1997. E certamente foi a parte que menos gostei do livro. Ele conta a história de vários jovens em conflitos levantando as história dos vendilhões do templo. Em algumas partes achei que não houve conexão entre os tempos vividos pelos vendilhões trazidos para o século 21. Talvez a intenção seria mostrar que o materialismo, a ganância e o lucro ainda fizessem parte de uma sociedade inclinada à corrupção mesmo depois de passados tantos séculos evolução de conhecimento ético dos homens desde a época de Jesus.

Confesso que eu esperava mais profundidade das histórias. Fica a sensação que as histórias foram encurtadas levando a crer que poderia render muito mais por se tratar um assunto complexo. De qualquer forma fica a cargo do leitor fazer reflexões e levantar questionamentos a respeito de onde é o limite em misturar a fé religiosa com voracidade gananciosa do homem em colocar o lucro mercantilistas acima dos valores divinos da fé e da moral cristã.

Nota 5
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