O Elogio da Loucura / O Livre Arbítrio

O Elogio da Loucura / O Livre Arbítrio Erasmo de Roterdã




Resenhas - Os Grandes Clássicos da Literatura


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HARRY BOSCH 26/12/2011

OS GRANDES
Esta obra deveria se chamar OS GRANDES CLASSICOS DA FILOSOFIA,pois trazem duas grandes obras do panorama filosofico Erasmo de Roterdã e Artur Schopenhauer.
A loucura se auto-elogiando e a reflexao profunda sobre nosso livre arbitrio.
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Jorge 05/10/2022

A Loucura da Liberdade
Duas obras grandiosas contidas em um volume único.

O ELOGIO DA LOUCURA:

Começamos com Erasmo, que desenvolveu um ensaio, onde o eu-lírico incorpora a Loucura como uma deusa, a fim de argumentar porque é a mais digna de devoção em qualquer panteão.
Em princípio, ela exemplifica as situações mais absurdas da vida dos homens, e esclarece, como estes, para suportarem a realidade, só podem ser loucos, e portanto, seus devotos; felizes são eles, ainda assim, graças à Loucura. Esta depois, critica duramente os sábios, os maldiz como tolos e desagradáveis, pois toda sua sabedoria os direciona sempre à infelicidade, à reclusão e ao desprezo dos seus semelhantes.
A vida precisa de loucura para que não seja cinza e amarga. Observar o universo pelo circuito lógico de um computador é a experiência mais tenebrosa e paradoxalmente enlouquecedora para um ser humano. Porque enxergar assim o universo é contra a nossa natureza, e aqui está mais um apelo da poderosa Loucura.
Ao final, Erasmo foca as suas críticas aos monges e teólogos, e também exibe a sua loucura ao regozijarem-se de tão miseráveis tarefas. No fim das contas, a Loucura é brilhante ao exaltar estes monges também, e ainda dizer "odeio o leitor que de tudo se lembra".


O LIVRE-ARBÍTRIO

Renomado Schopenhauer disserta sobre liberdade. Seu texto já começa indagando o assunto sem delongas ou introduções. Esta certa aridez acompanhará este por toda sua extensão. Ele é extremamente técnico e objetivo. Mas não pense que é desagradável de ler. Muito pelo contrário.
O autor dissecará nossas ações até o princípio básico de causalidade universal. Isso é bastante interessante, pois coloca você diante de suas vontades e volições, e faz com que melhor entenda a si mesmo.
"Eu quero o que quero, mas posso querer o que quero?"
O filósofo alemão nos faz compreender por que as ações humanas estão em um plano superior dos animais, que agem por pura reação. Ele demonstra que também agimos por reação, mas no plano dos motivos, e não no plano dos fenômenos. Além disso, ele também discorre sobre o caráter humano e traz uma visão bastante fatalista da realidade: Suas ações não poderiam ser diferentes do que foram, pois você é quem é, e os motivos que te fizeram agir então, o fariam novamente sob as mesmas circunstâncias. Desta forma, até mesmo o futuro está determinado. Os motivos virão e você, dado o seu caráter, não agirá diversamente do que lhe é determinado. Afinal de contas, Schopenhauer prova que não somos livres no plano das ações. Todas elas estão sujeitas à causalidade.
O autor explica que a liberdade reside em outro plano mais elevado, no plano das idéias. O homem somente é livre como coisa em si, quando subtraído da experiência fenomênica. Sob a ação do tempo, dos motivos e da realidade, suas ações estão alicerçadas na causalidade. Mas ainda assim, não é o motivo por si só que age sobre o homem, e sim a sua vontade, o seu caráter, que produzem a ação, e desta forma, Schopenhauer esclarece que suas ações são verdadeiramente suas, não imputáveis à causalidade e aos motivos sozinhos.

"Toda coisa age de acordo com a própria natureza".
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