Amy 14/12/2011[Introdução]
A introdução de Taís Gasparetti é de um incentivo a mais da leitura. Ela traça o por que de ler um conto de fadas. Ela detalha ao máximo e disseca o gênero de maneira adequada. Esse livro é o segundo dos quatro primeiros livros Contos de Fadas Celtas.
Existem tantas versões de contos de fadas que foram tão modificadas que se perderam. Ela cita alguns que foram modificados ou que sofreram alterações pelo lugar onde foram contados e muitas vezes através da fala. Isso é bem interessante e nos leva a imaginar os contos que vem a seguir.
[Temática]
Particularmente, me agrada muito a temática. Não que eu seja uma bruxa ou algo do tipo (não estou subestimando ninguém). Mas que desde pequena, gostava muito de vê-las em contos e filmes. Elas sempre me despertaram curiosidade. O oculto tem esse ponto positivo. Ele atrai ou reprime aquele que lê ou vê. No caso, me atraí. Essa temática é bem trabalhada em todos os contos. Não há uma subestimação ou uma superestimação. Lá tenta-se se ao máximo propor experiências diversas sendo encantadoras ou maquiavélicas. O espírito de CUIDADO COM O QUE DESEJA está presente em alguns contos. Isso é fundamental para nós como indivíduos e nossas escolhas são totalmente arbitrárias e têm suas consequências, que nem sempre são boas.
[Conto Favorito]
Dos 10 contos, 3 eu gostei muito. São eles: A Visão de MacConglinney, A Batalha dos Passáros (momento favorito, selecionado) e Paddy O’Kelley e a doninha. Eles se destacaram pelo teor que obtiveram em seu enredo. A trama é muito mais interessante que os demais e valem cada página virada. As ilustrações que estão nos contos são ótimas e nos dão a ambientação necessária para sermos inseridos.
[Momento Favorito]
“O filho do rei obedeceu. Matou Auburn Mary, cortou a carne de seu corpo e separou-a dos ossos, como ela havia dito para fazer.
Ao subir, ele pressionou os ossos do corpo de Auburn Mary contra o tronco da árvore, usando-os como degraus, até pisar no último ossos e chegar ao ninho.” página 42.
Seleção dos contos em si
Gostei muito da seleção. Pois cada um tem sua especificidade. Não há contos com temáticas parecidas ou estrutura narrativa totalmente igual. Cada um tem sua unidade e a temática que os ronda são a dos feitiços e maldições. Esse tecido narrativo é agradável a qualquer idade. Alguns contos têm sua força elevada e se mostram muito trágicos. Alguns são começam bem fortes e terminam de modo ameno (ou seja, com finais um pouco mais felizes).
[Considerações Finais]
É um livro relativamente pequeno. Mas nele você encontrará situações muito interessantes e que nos levam a outro patamar. O gênero é bem democrático permite que tanto os jovens como os adultos que gostam de fazer reflexões a cerca do tema que está encoberto nas palavras. É leve, bonito e mágico.
Difícil não se encantar.