Henrique Fendrich 29/12/2020
Confesso que a minha maior motivação para ler esse livro foi o fato de o protagonista ter o sobrenome Fendrich, ou seja, o mesmo que o meu. Como também se tratava de uma obra escrita por um Nobel da Literatura, eu precisava conhecer esse livro.
A verdade, porém, é que o livro não me entusiasmou muito. A narrativa toda se concentra em um único dia, uma segunda-feira em que Walter Fendrich, sujeito que trabalhava consertando máquinas de lavar na Alemanha pós-guerra, recebe Hedwig, uma conhecida de sua terra natal que agora vai tentar a vida na cidade grande. Isso causa grande perturbação em Fendrich, que até então achava que levava uma vida razoavelmente boa, mas subitamente está disposto a jogar tudo para o alto diante do impacto trazido pela aparição da moça. Em meio a isso, há várias memórias dos tempos de miséria de Fendrich, quando literalmente precisava batalhar para ter algum pão para comer.
Curiosamente, eu achei que a história se sairia melhor no cinema do que na literatura, e há, de fato, um filme inspirado no livro, feito ainda em 1962, mas eu não o assisti. No filme, com certeza não há tantas metáforas e comparações que se prolongam por tempo suficiente para que se perca o fio da narrativa, um trejeito do autor que me incomodou várias vezes.