Luiz Pereira Júnior 17/02/2024
Medianamente envolvente
Recentemente lançado em uma bela edição de uma editora famosa justamente por suas edições primorosas, “O assassino em mim”, de Jim Thompson, é uma história policial, um thriller nem melhor, nem pior do que muita obra que anda por aí. No entanto, eu o li na edição da Planeta, lançada em 2005, bem mais barata que a linda edição da editora referida no início deste parágrafo.
Resumo da ópera: em primeira pessoa, um subxerife de uma pacata cidade do interior do Texas conta seus assassinatos (cinco, mas sem spoiler) e da fúria interior que se apossa dele ao cometer tais crimes em um texto construído basicamente na forma de diálogos.
Sabe aqueles filmes de crime despretensiosos a que assistimos tarde da noite em uma emissora qualquer de televisão, medianamente envolventes na hora mas facilmente esquecíveis depois? Pois é...
Vale a pena? Como diversão, com certeza, mas não busque profundidade psicológica na narrativa do criminoso que decide contar sua própria versão dos fatos (a que realmente aconteceu, digamos assim). Se encontrar o livro por um preço razoável e se sua intenção for se esquecer do mundo por algumas horas, vá em frente e bom filme (ou melhor, bom livro).