O Assassino Em Mim

O Assassino Em Mim Jim Thompson




Resenhas - O assassino em mim


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Luiz Pereira Júnior 17/02/2024

Medianamente envolvente
Recentemente lançado em uma bela edição de uma editora famosa justamente por suas edições primorosas, “O assassino em mim”, de Jim Thompson, é uma história policial, um thriller nem melhor, nem pior do que muita obra que anda por aí. No entanto, eu o li na edição da Planeta, lançada em 2005, bem mais barata que a linda edição da editora referida no início deste parágrafo.

Resumo da ópera: em primeira pessoa, um subxerife de uma pacata cidade do interior do Texas conta seus assassinatos (cinco, mas sem spoiler) e da fúria interior que se apossa dele ao cometer tais crimes em um texto construído basicamente na forma de diálogos.

Sabe aqueles filmes de crime despretensiosos a que assistimos tarde da noite em uma emissora qualquer de televisão, medianamente envolventes na hora mas facilmente esquecíveis depois? Pois é...

Vale a pena? Como diversão, com certeza, mas não busque profundidade psicológica na narrativa do criminoso que decide contar sua própria versão dos fatos (a que realmente aconteceu, digamos assim). Se encontrar o livro por um preço razoável e se sua intenção for se esquecer do mundo por algumas horas, vá em frente e bom filme (ou melhor, bom livro).
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Rafael 03/02/2020

Mais ou menos.
O livro é um bom passa tempo, porém os diálogos são muito fracos, o autor usa muitas reticências, não termina o raciocínio, o que atrapalha um pouco a leitura.
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Adriana Scarpin 22/07/2017

A grande obra prima do Jim Thompson ainda é 1280 almas na minha opinião, com quem Assassino em mim divide o narrador como um integrante da força policial que por acaso também faz as vezes de assassino e como toda narração em primeira pessoa acabamos sentindo empatia mais do que gostaríamos. O grande porém desse livro é a psicologia de buteco que ele emprega, inclusive citando Kraepelin, tudo teria sido tão melhor se não houvesse a inserção do porquê o narrador era assim, num tipo de auto-justificativa patética de uma misoginia internalizada.
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Marselle Urman 09/04/2014

Lou Ford, sargento de polícia na pequena cidade do interior onde nasceu, na década de 50. Um rapaz de bom coração, inocente, meio lento de raciocínio, em geral apreciado por todos.
Possuidor de um pequeno e desagradável hábito de matar gente, justificado por motivos escusos de seu passado familiar.
Contando com a sorte, ele arma um reino de mentiras para se proteger...mas as coisas acabam não saindo exatamente como ele imaginava.
Uma estória em primeira pessoa com alguns pontos obscuros e alguns saltos de pensamento, mas dá pra ler.
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Luana 20/04/2011

"O Assassino em mim"
Histórias sobre assassinos psicopatas são comuns na ficção, mas e um caso visto sob o olhar do criminoso? Esse é o diferencial mais marcante de “O assassino em mim”, romance escrito pelo norte americano Jim Thompson (1906-1977). A obra é narrada por seu protagonista, o subxerife Lou Ford.

Ford vive em uma pequena cidade do Texas, década de 1950. Uma figura paciente, educada e até mesmo passiva. Um homem exemplar e respeitado. Não há quem não goste de Lou, no máximo poderiam achá-lo lento e um pouco chato. Vive sozinho na casa de seu falecido pai que era médico e o criara sozinho, com um irmão adotivo e a ajuda de uma governanta.

Sua narrativa começa com a chegada de uma prostituta na cidade. Sua função é conhecê-la e julgar se deve ser expulsa do local ou não. De alguma forma a situação é o despertar de um instinto aparentemente adormecido no personagem. O início de uma sequencia de assassinatos.

Ford compartilha com o leitor não só suas ações e o que vê, seus pensamentos e sentimentos são expostos. Muitas vezes sua palavra é dirigida como quem está conversando, falando diretamente com quem lê. Seus atos são apresentados através de uma lógica aparentemente simples e irrefutável. Óbvio para Lou, e para quem acompanha o espanto da naturalidade com que seus crimes são justificados. Você está na mente de um psicopata.

As características condizem com as da psicopatia. Lou Ford é um homem acima de qualquer suspeita e tem o dom de convencer as pessoas do que desejar. Não há remorso, arrependimento. Pelo menos nada que pareça realmente afligi-lo. Um trauma de infância se transforma no motivo de sua conduta cruel. Como o próprio personagem pondera, talvez tenha sido apenas o estopim de sua doença assassina.

O desfecho surpreendente da obra coroa o sucesso da linguagem escolhida por Thompson. Direto e sem rodeios. Frases curtas. Talvez a melhor maneira de transpor a frieza de Ford. Uma história perfeita para ser levada às telas de cinema, lembrando “Onde os fracos não tem vez” (o que foi feito duas vezes: em 1976 e em 2010). E que traz inquietação quando pensamos em quantos “Lou Ford” podem estar ao nosso redor.
Andrea 02/02/2015minha estante
Vi uma indicação no jornal para este livro e resolvi procurar no Skoob se havia resenhas sobre ele. Adorei a sua!!! Me incentivou a buscar o livro!


Bradley 22/04/2017minha estante
Ótima resenha, inclusive há uma adaptação cinematográfica, no qual Casey Affleck (Vencedor do Oscar 2017; Melhor ator com o filme Manchester à beira-mar) Interpreta Lou Ford em uma atuação assustadoramente realista e honesta em torno do escopo psicopata.




Rosm 04/08/2009

Romance policial diferente.
Já aviso que não tenho experiência nenhuma nesse ramo, nunca tinha lido um romance policial, então a resenha não terá tanto peso se comparada a resenhas de pessoas que normalmente lêm este gênero.
Pedi um romance policial de amigo oculto e me deram de presente este livo.
Enrolei um pouco para começar, mas uma vez iniciada, a leitura foi bem fácil e rápida.
Esperava ler o tipo de romance policial clássico, no qual o protagonista é o detetive, você tenta descobrir o assassino durante o livro e, se tudo der certo, é surpreendido no final.
Posso dizer que a experiência foi completamente diferente do que eu esperava.
Acho que o livro teria me agradado mais se fosse um romance policial clássico, visto que continuo sem ter lido um, porém, para quem já os leu às dezenas e quer algo diferente no mesmo gênero, me parece ser uma boa pedida.
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