Viagem solitária

Viagem solitária João W. Nery




Resenhas - Viagem Solitária


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Deby 25/12/2011

bom
É livro sobre sentimentos/sofrimentos reais de uma mente linda.O texto flui como que numa conversa íntima que se tem com um grande amigo lhe contando as confidências.Dessas conversas que vc é o ouvinte,mas que tem vontade de emprestar um pouco de sua capacidade de sofrer para aquela pessoa para aplacar-lhe um pouco a dor que as convenções a impõe.O autor tem formação em Psicologia e certamente por isso consegue traduzir em palavras tão bem o que se passava externa e internamente em cada situação.Faz análises,duvida,questiona,faz links,um primor. Me pegava de punhos cerrados torcendo para que td desse certo me esquecendo por vezes de que aquela não era uma história de ficção com resultado controlável. Eu não consegui parar de ler.Eu pude enxergar com os olhos voltados para dentro. Eu me humanizei.Vale a pena.
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Christian 17/03/2012

Um feliz engano!
Quando comprei "Viagem Solitária" pensei estar adquirindo um livro sobre um tema que eu já conhecia, por entrevistas e relatos médicos. Um grande engano, porque na verdade eu nao conhecia nada sobre transexualidade.
Logo na primeira parte, que retrata a infância e a juventude do escritor, uma inédita sensacao comecou a tomar conta de mim. Eu me senti angustiado, sufocado, e tentei entender o que acontecia. Na verdade, eu estava pela primeira vez sentindo o que aquela crianca sentia com a total incompatibilidade entre o corpo físico e a mente.
Esse para mim é o maior mérito do livro: Joao W Nery consegue nos passar realmente todas as sensacoes vividas por ele, em sua autobiografia. Com isso, passamos a compreender verdadeiramente o tema para iniciar a mudanca dos nossos julgamentos em favor de um mundo mais igualitário para todos.
Para mim, um livro nota 10, e indispensável.
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Adriana 13/03/2012

Uma lição
Adorei o livro, achei ótimo para pensarmos mais sobre os sentimentos dos outros e julgarmos menos as pessoas, pois como diz a música, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Alan Ventura 01/05/2012minha estante
Parabéns pela resenha Adriana, você resumiu tudo ao citar a frase do Caetano Veloso.




mariana113 14/05/2020

Acabo de completar a minha leitura de "Viagem Solitária" de João W. Nery e afirmo categoricamente que a minha admiração por ele aumentou a cada página lida.

João foi um homem trans que viveu a jornada de busca de seu gênero e tudo que diz respeito a isso num tempo onde os mínimos direitos não faziam menção de existirem. Ele foi considerado pioneiro em tudo que fez: de suas cirurgias aos seus documentos retificados.

Ler a história de uma pessoa trans, tendo a ótica de sua vivência é algo maravilhoso e libertador. O saudoso João W. Nery nos deixou diversas lições: a de buscar a própria identidade, a de ocupar espaços enquanto uma pessoa trans e, sobretudo, estar em permanente desconstrução.

Só deus sabe o quanto eu chorei e me emocionei enquanto lia. E eu tenho certeza de que eu sou uma pessoa melhor agora do que a que eu era antes de ler este livro.

Ao João, gratidão. Sempre!
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camilavitoria_ 03/02/2021

li em dois dias. nem acredito que demorei tanto tempo pra começar a ler. gosto muito de biografias e essa é muito sensivel, bonita, me emocionou por diversas vezes a forma como fala das pessoas e como fala de si também. leitura extremamente necessária, pessoa extremamente necessária!
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thomas 30/11/2022

cinco estrelas + um coração.
"Estava completamente a mão dos outros. O problema era meu; quem sofria e sabia do que se passava dentro de mim, era eu. No entanto, era uma equipe multidisciplinar 'especializada' que decidiria o que eu era, como me sentia"
- João W. Nery

4 anos. Eu levei 4 anos para ler esse livro. Iniciei aos 13, cheio de medos e inseguranças... Terminei agora, aos 17 anos, com um RG no meu nome e um pai me chamando de "meu filho lindo".
Não pense que sou preguiçoso ou que não tinha interesse de ler essa obra, muito pelo contrário, vibrei de felicidade quando achei esse livro perdido em uma banca perto de casa. Entretanto, toda vez que lia um capítulo, era como um soco no estômago capaz de trazer à tona tudo que sempre tentei reprimir.
Consolador na mesma medida que angustiante, na primeira parte do livro, João descreve o processo de auto-descoberta, um dos momentos em que mais chorei. Parágrafos no qual dizia sobre se sentir menos sortudo que um morador de rua, porque aquele sim, era um "homem de verdade", me fizeram fechar o livro e não tocar nele por meses. O "orgulho trans" é real, não tenho vergonha do que sou, mas a disforia não pode ser ignorada, e João não só explica como ele lidou com a dele, mas descreve todo o processo de viver apesar de.
Na segunda parte, após se descobrir, vem o momento: sair do armário para família e sociedade. Aqui eu senti raiva. Não fiquei triste, senti foi repulsa pelo ser humano, jurei ódio eterno a sociedade cis-normativa. Diferente de mim, Nery lidou com todo o tipo de transfobia da maneira mais honrosa possível. Ele não só entendeu quando alguns familiares se afastaram, como também os recebeu de braços abertos em seus envergonhados retornos. Outro momento de transfobia descarada que me fez chorar durante um bom tempo, foi a recusa do laudo médico para começar o processo de transição. Aqui meus amigos, foi quando senti vontade de me rasgar inteiro, me virar do avesso e desaparecer. Experenciei todos os relatos, senti todas as suas tristezas e felicidades, talvez seja por isso que esse livro tenha sido tão dificil de ler.
Viagem Solitária fala com uma exatidão dolorosa sobre a vivência trans e como ela é, de fato, devastadoramente, solitária. Eu tenho uma rede de apoio formidável, meu pai escolheu meu nome social, meu irmão me chama de "mano" e minha irmã sempre me escuta chorar (ou gritar) quando a transfobia desse mundo me toma a sanidade... porém, de trans para qualquer outro trans que esteja lendo, a solidão é F*DA.
Fico feliz de poder ter lido esse livro, apesar de resenha nenhuma seja capaz de descrever a montanha russa de emoções que senti em cada parágrafo, cada palavra. Obrigado.
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Jamburanaa 19/12/2020

Um livro que aflora todos os lados humanos
Simplesmente a melhor leitura desse ano! O modo como o autor expõe seus pensamentos e a trajetória de vida de um jeito não linear foi uma das coisas que mais me pegou de início. A escrita, principalmente na primeira parte do livro, é levemente bagunçada mas muito coesa, dando a impressão de que os eventos são contados por ordem de importância ou "blocos temáticos" que sempre puxam um ponto de vista diferente tanto sobre o João quanto os demais. Uma coisa que me pegou muito de jeito nesse livro é a franqueza sobre as dificuldades e o constante detalhamento da dor do escritor. Ele transporta você a viver sob a pele dele através da escrita. É impossível passar por uma obra como essa da mesma maneira que se começou.
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Dudu    24/01/2024

Uma viagem solitária
Esse livro me lembrou muito "How to be ace" pois da mesma forma, aqui o autor relata como foi crescer se sentindo desconexo do mundo, e apesar de hoje conseguir ser rotulado com "sou isso ou aquilo" a nomenclatura utilizada e comum nos dias de hoje era uma verdadeira novidade naquela época.

João, como diz logo no início do livro, foi o primeiro trans que apareceu na "mídia" brasileira.
E apesar de que quando ele precisou fazer a troca de documentos assim que conseguiu realizar algumas das cirurgias ? nascendo, quase literalmente, pela segunda vez ? perdeu seu diploma de psicologia e tudo daquilo que ele havia construindo anteriormente, começando uma outra vez quase do zero.

Talvez por ter estudado psicologia, talvez por ter sido professor, ele sabe expressar muito bem seus sentimentos e as situações pela qual teve que passar. Nessa quase biografia, ele fala sobre sua infância, seus sentimentos, sobre as dificuldades que sofreu, do bullying, dos preconceitos e também sobre os bons momentos que sua vida teve até a escritura do livro.

Acho que ninguém melhor para falar das dificuldades que sofre uma pessoa trans do que a própria pessoa. Eu peguei esse aleatoriamente na biblioteca da escola, e posso dizer que com certeza valeu a pena. E pretendo ainda ler o outro livro dele "Erro de pessoa".
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Delano Delfino 15/02/2023

A escrita de João é leve e envolvente te faz querer conhecer cada vez mais da sua história de vida. O que me pegou muito no início do livro foram as similaridades, preconceitos e perseguições sofridas sobretudo na época da escola. Apesar dele ter sido um homem trans hetero e eu um homem cis gay, temos muitas coisas em comum, essa é a magia das biografias o poder de você sair da sua bolha e poder ver o mundo através dos olhos do outro. Uma história de coragem de alguém que só quis viver a sua verdade.
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Mika 11/05/2012

Mais que os demais.
Numa sociedade onde as pessoas são cheias de conceitos pré-concebidos, não deve ser nada fácil ser "diferente" da padronização que somos qualificados. Isso ocorre nos anos atuais, imagine nos anos 70. Desde a introdução desse livro, sentir afetação e o peso que ele trás, o peso do ensinamento que ele tem a proporcionar a todos aqueles que ama ler.

Como o título mesmo já insinua, Viagem Solitária é um relato de João W. Nery, o primeiro transexual masculino a ser operado no Brasil. O livro é narrado por ele mesmo, contando sua vida desde a infância até o momento da paternidade, seus lamentos, toda a angustia que passou por ter sido incompreendido pela maioria das pessoas, inclusive aquelas que ele mais amava. João nasceu com um corpo de mulher, assim seus pais o batizaram de Joana, mas eles não sentiam o que Joana sentia quando usava vestidos, eles não sabiam o que se passava no interior da sua filha.

É difícil aceitar que uma pessoa por ter um corpo feminino, não possa ser mulher e sim um homem, todos devem fazer o mesmo questionamento: mas ela tinha órgãos genitais femininos? Sim, mas as coisas vão muito além disso. O psiquismo está envolvido, o sujeito não é somente corpo. O gênero não parte do principio de uma opção, se fosse assim, eu suponho que você escolheu ser o que é, seja hétero, gay, lésbica ou qualquer outra denominação. Você realmente optou pela sua orientação sexual ou você acha que já “nasceu” assim?
Não adianta discutir uma questão com embasamentos do “achismo”.

Viagem Solitária – Memórias de um Transexual Trinta Anos Depois é muito mais que um livro, é uma fonte de informação para quem não sabe o que é transexualidade e confunde com homossexualidade, é uma história que afeta, que angustia, que gera discussões. É um livro para quem gosta de romances, política, drama, é um livro para se ler e se afetar.

Não tinha consciência que a editora Leya tinha lançado uma história assim, até o livro chegar em minhas mãos. Fico muito feliz por essa história está passando em mãos, o mundo precisa conhecer, João W. Nery foi apenas um, mas existem centenas de pessoas como ele. Aqui, ele demonstra que para ser homem não precisa de um pênis.

“Considerei-me por muito tempo um inválido sexual, que precisava de artifícios para poder ter prazer, quando talvez o problema estivesse mais na minha cultura com todos os seus significados, “que fazem de um simples gesto um critério clinico para definir se alguém é ‘verdadeiramente’ um homem ou uma mulher”, como citou Miguel Missé no ótimo livro El Género Desordenado.” (p. 290)

Suas dores são vivenciais e quando você olha para ele criança, você não acredita que seja o homem da foto do autor. Ele passou por todo o sofrimento da burocracia e das humilhações, mas ele encontrou pessoas maravilhosas que o ajudaram.

http://up-brasil.com/?p=111331
Sandra 21/08/2015minha estante
Amei sua resenha. Meus sinceros parabéns!




Walney 28/09/2021

Solitária, porém acompanhada
João W. Nery conta suas memórias e desafios depois de trinta anos sendo o homem que queria ser, sua transição, seus amores e dores e uma dose de grande coragem são a tônica das primeiras páginas deste livro. Com uma sensibilidade e coerência que trás a dor e a beleza de ser quem é, como diz a canção.
Viagem solitária é um primor de descobrimentos João W. Nery se abre, se expõe, se sente e faz sentir em cada página, seus amores e dilemas, não são poucos, felizmente a bondade de muitos, a compreensão de alguns abre as portas para que sua dor seja sanada, depois de muito correr atrás, finalmente a cirurgia foi feita e isso faz com que cada momento lendo o livro seja ímpar. E me faz perguntar isso nos faz mais humanos ou, mas complacentes? O livro narrado como um recorte de lembranças é uma viagem solitária dentro de nós mesmos, de questionamentos de como enfrentaríamos estas ou aquelas situações estando em seu lugar? Teríamos a sanidade e a maturidade tão importantes e necessárias para tal?
Nery realmente faz com que nos apaixonemos por cada momento vivido por ele, faz fluir sua história como um córrego, que desce pela colina abaixo, seu texto é realmente um presente em um assunto tão sério e delicado. Ao falar de seu filho e de seus amores, encontros e desencontros, nos faz pensa sobre tolerância e empatia, respeito e compreensão, que temos algum privilégio por não termos um drama ao precisar fazer uso de um simples banheiro, por exemplo, ou mesmo comprar roupas, ir à praia ou ao médico e ser reconhecidos por quem somos, sem reprimendas ou julgamentos. Amei cada página. E recomendo fortemente a todos, pois a dor de um é a dor de todos nós.
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Jéssica 17/08/2013

Da minha busca recente de informações sobe o tema 'transexualidade', vi que havia sido lançado há pouco tempo o 'viagem solitária', livro do homem reconhecido como primeiro transsexual brasileiro (digo, o primeiro a se submeter a cirurgias e tratamento hormonal).

Fiquei em dúvida sobre a aquisição do livro, já havia assistido a um monte de reportagens com o João Nery, em que ele contava sua história, falava dos seus sentimentos... pensei, então, que não encontraria nada de novo naquele livro. Mas, curiosa que sou, perguntei na livraria sobre o livro, eles possuíam um exemplar, fiz a minha perícia de costume, abri em páginas aleatórias, li uns pedaços de texto... mas a dúvida permaneceu.

Levei então o livro para o café da livraria e iniciei a leitura das primeiras páginas, estava gostando da leitura mas foi quando descrevia sua observação, ainda criança, dos movimentos de homem simples que prestava serviços em sua casa... foi nesse momento, na delicadeza dessa descrição que o livro me ganhou e decidi levá-lo pra casa.

Devorei as próximas páginas. João conseguiu transformar os muitos momentos de dor em leveza e em poesia simples,em sua escrita não passa desapercebido seu gosto por poesia. No livro também fica claro seu ser feminino. Com a leitura do livro, nem precisava da afirmação dele de que sim, ele é um homem feminino (como só os que não duvidam da sua masculinidade sabem ser).
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Nat 08/11/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
Viagem Solitária é a autobiografia de João Nery, o primeiro transhomem do Brasil – o que, em sua época de jovem, era um caso raro (uma mulher virar homem). O livro fala bastante da aceitação de si, das dificuldades para conseguir as cirurgias – algumas que nem eram feitas no Brasil, além de serem sempre muito caras –, outras dificuldades como documentos e empregos, e finaliza falando do sonho/realização da paternidade. Apesar de não me identificar com a história, gostei do livro.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Ivan 23/01/2012

Achei viagem solitária uma obra espetacular, não consegui parar de lê-lo até chegar ao fim. Além de contar a história de sua vida desde a infância até os dias de hoje o autor acrescentou também no inicio de cada capítulo citações de vários autores ou poemas de sua autoria deixando a leitura ainda mais atrativa. Se fosse para escolher um trecho favorito escolheria o livro inteiro. Todo mundo deveria ler.
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Diego.Souza 30/04/2021

Que historia incrível
Eu definitivamente me senti intimo do autor, o livro narra toda sua trajetória, como se estivesse conversando com um amigo, desde a infância, todas as suas questões, relacionamentos, dificuldades durante vários períodos da vida. Ele escreve de uma forma muito delicada, e simples, a leitura é muito fluida, e muito importante para o entendimento desse universo.
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