Hélio 26/08/2021A ciência nunca conseguirá enterrar Deus!Um ótimo livro de John Lennox, professor de matemática da Universidade de Oxford, e que ocupa as cátedras de matemática e filosofia da ciência. O autor mostra já no primeiro capítulo, que a ideia sustentada por tanto tempo de que a ciência tem estado em constante guerra com a religião, não passa de mito. Lennox diz que um dos embates mais fomosos da história, muitas vezes mencionado como a tese do conflito, é o embate entre Galileu e a Igreja Católica Romana. Galileu sempre foi apresentado como alguém que zombava da Bíblia, mas Lennox mostra que Galileu tinha uma crença inabalável em Deus e na Bíblia, e assim permaneceu a vida inteira. Galileu queria decidir teorias do universo baseado em evidências, e ao observar o universo pelo telescópio ele derrubou teorias aristotélicas, que era a visão de mundo predominante na época e que a Igreja Católica havia abraçado. Portanto, Galileu se opôs ao aristotelismo e não a Bíblia.
John Lennox refuta as teorias de vários ateus, como Richard Dawkins e outros, e mostra que esses ateus negam a existência de Deus não baseados na ciência, mas nas suas próprias cosmovisões. Lennox apresenta dezenas de citações de Dawkins e de outros, que afirmam negarem a ideia de um criador do universo, como por exemplo, negam a teoria do design inteligente, que aponta para um criador. Esses ateus não gostam de argumentos científicos que sustente o criacionismo, porque, segundo eles, daria aos criacionistas uma ampla justificativa para suas crenças.
Lennox diz: "É bastante irônico que no século 16 algumas pessoas resistissem aos avanços da ciência porque eles pareciam ameaçar a crença em Deus; ao passo que, no século 20, as ideias científicas de um começo tenham sofrido resistência porque ameaçavam tornar mais plausível a crença em Deus."
Para John Lennox: "Os resultados científicos não apenas apontam para a existência de Deus, mas que a própria iniciativa científica é validada pela existência Dele."
O livro é bom, mas há algumas partes que eu achei um pouco maçantes, quando o autor fala sobre código genético e de toda complexidade que envolve o DNA.