Jonathan 20/02/2015
A narrativa de Nelson Motta é bastante agradável à leitura, é como se estivéssemos lendo um romance: há situações engraçadas, momentos tristes e bastante dramaticidade.
A estrutura do livro também é atraente, todos os capítulos são bem curtos, aproximadamente 4 páginas cada um, em média, o que garante uma leitura rápida e fluida. No meio da obra, a leitura fica um pouco mais arrastada, pois são citadas muitas pessoas que se relacionaram com Glauber, são tantos nomes que até me perdi algumas vezes, precisando reler capítulos anteriores.
Como já foi dito nas resenhas anteriores, o período biografado aqui é curto. Inicia a partir do nascimento de Glauber em 1939, passa por sua introdução no meio cinematográfico, e vai até suas primeiras produções: os curtas 'O Pátio' e 'Cruz na Praça' de 1959 e os longas 'Barravento' (1962) e 'Deus e o Diabo na Terra do Sol' (1963) indicado à Palma de Ouro em Cannes.
As partes mais interessantes da biografia são, sem dúvida, as que descrevem o período de filmagem e pós-produção dos filmes, recheados de "perrengues" e com muita criatividade.
Destaco ainda o belo projeto gráfico do livro, com várias fotografias, fonte em negrito e páginas pintadas de vermelho com letras garrafais.