Flor de Laranjeira

Flor de Laranjeira Gabriela F.C Rodriguez




Resenhas - Flor de Laranjeira


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Khrys Anjos 08/12/2015

Um amor além do tempo
Nesta estória fazemos uma viagem através das memórias da Ana Lúcia. Conforme as lembranças vão passando pela mente da Ana somos levados a reviver com ela os seus melhores e os seus piores momentos.

Ana passou sua infância numa cidade do interior chamada Esperança e foi lá em meio a natureza que ela aprendeu que a vida é feita de erros e acertos.

Assim o leitor também tem a chance de conhecer seus amigos da infância, os da adolescência e os da fase adulta. Alguns estiveram presente em todas estas fases.

Ana Lúcia não era uma menina comum. O que mais gostava de fazer era jogar futlama com os amigos João, Zeca, Fábio e Rafael. Vivia sempre na companhia de um dos amigos. Ou jogando futebol ou nadando na cachoeira.

No momento mais difícil da sua vida – a perda do pai aos 16 anos – Ana acaba se deixando levar pela depressão e se envolve com o álcool. Foi a época onde ela cometeu vários erros que só não tomaram uma proporção devastadora na sua vida graças a sua mãe Carol, seu irmão Eduardo e seus amigos que conseguiram coloca-la de volta nos trilhos.

Por ter sofrido uma desilusão amorosa com o primeiro namorado Ana decidiu nunca mais se apaixonar. Se envolvia com os rapazes mas nunca deixava a emoção estar envolvida. Assim foi levando a vida até perceber que no coração não se manda. Quando ele resolve se apaixonar apenas acontece.

Mas por causa do seu medo de sofrer novamente acaba sofrendo ainda mais por se afastar de quem poderia lhe curar as feridas da alma. E pior, se envolve com um cara que lhe trouxe as feridas para o corpo.

Quando ela finalmente resolve seguir o coração seu tempo ao lado do amado é curto e mais uma dura perda acontece em sua vida. Ela só não volta a cair novamente no fundo do poço graças ao presente que esta paixão lhe deixou: um bebê.

Com o passar do tempo seu coração começa a voltar a viver plenamente ao conhecer o homem dos seus sonhos – literalmente pois ela sonha com este homem deste menina. No começo ela o repele mas como se trata de um encontro de Almas Gêmeas esta rejeição só serve para leva-la diretamente aos braços do Leo.

A Gabriela escreve de uma forma tão delicada, com tanta emoção e sutileza que nos faz vivenciar cada cena. É como se estivéssemos dentro da mente da Ana e as lembranças fossem nossa.

Podemos sentir cada emoção que os personagens sentem. E são muitas emoções.

No decorrer da trama Ana conhece outras pessoas que lhe trazem algumas lições. Conhece novos amigos e novas amigas. Se envolve com alguns e amadurece. Comete um crime motivado pelo medo e pela dor extrema da perda.

São muitos acontecimentos marcantes na memória desta mulher de 70 anos que poderia ser qualquer um de nós.

Acabei até lembrando da minha própria infância pois também vivia pelos campinhos jogando futebol com meu irmão e com os meninos do bairro. Poder correr descalça pela rua de barro foi o melhor presente que meus pais me proporcionaram. A liberdade. As cicatrizes são apenas lembranças físicas destes momentos.

E acredito que foi ter esta liberdade que fez a Ana se apegar tanto a cidade de Esperança. O nome da cidade era o desejo que pulsava nas veias de todos os moradores.

Ana teve um privilégio, digamos assim, de viver duas formas de amor. Primeiro com seu amigo Rafa que era a paixão da sua vida e depois com o Leo seu grande amor.

Ela cometeu muitos equívocos antes de se acertar com o Leo. Aprendeu da forma mais dolorosa a valorizar o amor verdadeiro. Passou por momentos difíceis, outros terríveis mas venceu no final.
Poucas pessoas podem dizer que são vencedores nesta vida. Apenas aqueles que são capazes de vencer a si mesmos. E a Ana foi uma dessas vencedoras.

E poder acompanhar seu desenvolvimento como pessoa e sua evolução como mulher foi emocionante. Cada ser tem sua forma de aprender. Alguns precisam errar muito antes de acertar. Alguns aprendem observando os erros dos outros e trazendo estas lições para a sua vida.

O personagem que mais se aproximou do meu jeito de viver foi o irmão da Ana, o Eduardo. Ele também valoriza a qualidade em vez da quantidade de relacionamentos.

Foi uma viagem completamente emocionante viver estas lembranças junto com a Ana. O resgate do passado dela traz uma esperança para o nosso futuro.


site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2013/12/resenha-flor-de-laranjeira-gabriela.html
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Ana 18/12/2013

Cativante
Flor de laranjeira retrata com uma sensibilidade ímpar a vida de Ana Lúcia, com minuciosa descrição do drama, alegria e decepção passados por ela.
A história se inicia com a protagonista em uma idade avançada voltando para a sua cidade natal, a fictícia Esperança, ao adentrar o seu antigo quarto ela se recorda da sua infância para atar as duas pontas da vida.
Ana Lúcia foi uma criança arteira, tinha vários companheiros de traquinagens entre eles Rafael. Entretanto uma mudança para a cidade grande e a morte do seu pai marcou a transição de sua infância sob as flores de laranjeira para uma adolescência conturbada.
É nessa fase que ela vive um romance com Rafael, mas o namoro acaba quando Ana se envolve com drogas e má influências, consequência da omissão de sua mãe. Ao completar dezoito anos decide cursar a faculdade de design ao mesmo tempo em que continua com seu hobby predileto a pintura.
Neste período após viver relacionamentos vazios, ela se dá conta que Rafael é o seu grande amor, no entanto, ele está prestes a se casar com outra mulher. Ana ainda passa por grandes decepções no decorrer dos anos além de desvendar um grande mistério na sua vida, pois desde criança ela sonha com um rosto, o qual retratou em inúmeros desenhos, será que este homem de fato existiria? Seria ele seu destino?
Uma história cativante, com acontecimentos marcantes e muito reais, ao ponto de acharmos que podemos cruzar com Ana na esquina, porque a personagem é muito verossímil. Um livro repleto de sensibilidade, paixão, busca e um encontro, capaz de provocar lágrimas e também sorrisos.


site: http://livrorosashock.blogspot.com.br/
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Natália 11/10/2012

Ana Lúcia vivia com seus pais e amigos na pequena cidade interiorana do Rio de Janeiro, chamada Esperança. Em Esperança, Ana tinha sua vida normal como qualquer criança. Lá ela brincava e aprontava junto de seus amigos, o Fábio, o João e o Rafael, por incrível que pareça ela não possuía “amigas”, como qualquer garota normal e nem gostava de brincar de boneca, para Ana, o legal mesmo era jogar futebol com os amigos, ir ajudar seu pai na oficina, subir em árvores, nadar e com isso ela vivia cheia de arranhões nas pernas...
Com o tempo, Ana foi crescendo, um novo ano na escola, novas pessoas. A adolescência foi chegando e com isso às transformações no corpo de Ana fora sendo notados pelos garotos da escola. No começo de um novo ano na escola se mantém neutro na vida de Ana, até que ela conhece um garoto chamado Alexandre e que estuda um ano a mais que ela. Eles dois se conhecem e logo começam a namorar e não era aquele namoro de brincadeira, foi daqueles namoros em que a garota foi apresentar aos pais e tudo mais, mas ele não durou muito, Alexandre por um ato cometido, magoa os sentimentos da jovem Ana e com isso ela jura nunca mais se apaixonar.
Mas sua vida muda completamente quando ela se muda para o Rio de Janeiro, uma vida diferente, longe de seus grandes amigos. Ana passa a ter alguns relacionamentos vazios e superficiais, mas o que Ana menos esperava era que ela se apaixonasse por quem ela menos imaginasse. Outro acontecimento que atormenta a sua vida é que em algumas noites de sono, Ana sonhava com um homem que ela não sabia quem era e ela sempre desenhava o rosto deste homem, mesmo sem saber quem era. Esse homem era real ou apenas fruto da imaginação da jovem?
Ao longo das 410 páginas, seus 63 capítulos e mais um epílogo temos a narrativa da vida de Ana Lúcia, a sua família e seus amigos e todos os acontecimentos que a cercam. Somos apresentados a uma narrativa feita sob primeira pessoa. Ana nos apresenta a sua vida narrada detalhadamente ao longo de cada capítulo. Não é apenas a infância e a juventude de Ana que temos na narrativa do livro Flor de Laranjeira, mas sim desde os seus 10 ou 11 anos até seus 70 e poucos anos de vida.
O título do livro, Flor de Laranjeira tem muito a ver com boa parte dos acontecimentos que acontecem ocorrem na narrativa da estória de Ana. Há alguns personagens secundários que ao longo da estória passamos a conhecer melhor, como os pais da Ana, seu irmão, seus amigos: Rafael, Paulo e João além de outros que surgem ao longo dos anos que se passam durante a estória. Um fato negativo que notei no livro, pode até ser engano meu ou algo do tipo, mas foi que os anos passaram – se muito rápido e com isso não pude acompanhar direito as datas em que a narrativa estava sendo feita e que algumas vezes eram destacas nos capítulos. Fora isto, não há do que reclamar foi uma estória bonita, mesmo que este não seja a temática que mais me atraia em um livro. A edição do livro também está de parabéns, pois não consegui detectar erros ortográficos e se houve foram poucos.
Agradeço a Gabriela por me enviar um exemplar do seu livro para que eu pudesse lê-lo e assim postar essa resenha que vocês estão lendo agora!
Beijos :*
Até mais,
Natalia Dantas.
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Ceile.Dutra 17/05/2012

Resenha retirada do meu blog - www.estejali.com
Ao ler a primeira página, já fui tomada pelas sensações que Ana Lúcia, então com 70 anos, estava sentindo. Ela estava de volta à sua cidade natal, Esperança, e foi tomada pelas lembranças que o lugar proporcionava. Lembranças que a levaram de volta aos seus 11 anos, quando era ainda uma menina.
Apesar da insistência da mãe para usar vestidos, saias, andar com as meninas da idade dela, Ana sempre foi mais próxima dos meninos, com quem vivia jogando bola e era melhor que muitos neste esporte. Seus melhores amigos eram Rafa e Fábio, mas além deles, havia uma turma bem grande, como Zeca, João... Tinha uma vida muito tranquila na cidade igualmente calma em que nasceu - passava suas tardes na cachoeira depois de jogar bola, pulava a sacada do seu quarto de madrugada para encontrar Rafa e voltava antes do Sol nascer. Ela era uma menina bem ativa e "sapeca".

Após sua mãe receber uma proposta para voltar a trabalhar como modelo para uma agência no Rio de Janeiro, ela se vê obrigada a se despedir da cidade que tanto amava e que abrigava tantas lembranças de sua infância. Esta mudança agiu de diferentes formas na família: Ana se tornou uma pessoa diferente, amadurecendo aos poucos, conhecendo outras pessoas, mas ainda assim, sentindo muita falta do interior. Sua mãe e seu pai trabalhavam normalmente e seu irmão estava na faculdade, então, pouco ia para o Rio.

Após uma tragédia, Ana resolve fugir para Esperança, mas logo sua mãe também volta, já que não tem mais sentido ficar na "cidade grande". Ana então termina seus estudos e vai morar no Rio, desta vez por vontade própria, para fazer faculdade. A partir daí, a vida dela dá uma "guinada" e o livro toma outro rumo - como se a história principal começasse aí.

Em Flor de Laranjeira acompanhamos toda a vida de Ana - suas brincadeiras, seu primeiro beijo, a descoberta do amor, as decepções, as grandes perdas, a mudança de cidade, amadurecimento, seus momentos memoráveis.

Ler sobre a vida da Ana Lúcia, narrada em primeira pessoa, suas fases, seus amigos e suas amigas é delicioso. Como eu disse, desde o início, já fui envolvida pelas suas sensações. Quando me dei conta que estava a algumas páginas do final, as lágrimas começaram a escorrer pelo simples fato de não querer me despedir da vida dela. A narrativa é tão rica em detalhes (principalmente na primeira metade), que nos tornamos íntimas, acompanhamos seu sofrimento, suas alegrias.

Apesar de vermos todas as mudanças da protagonista, o início, narrando sua infância, foi tão marcante, que muitas vezes eu estava lendo algo de quando ela já estava com 32 anos, mas eu ainda a enxergava com 12. Esta sensação também aconteceu sobre a passagem de tempo (época) no livro. Primeiro, ao vê-la com 70 anos voltando aos seus 11 anos, já imaginei 60 anos atrás do que vivemos hoje, mas me deparei com a internet, com iPod. A todo momento que era citada alguma coisa "tecnológica demais", eu manualmente tentava a colocar nos tempos de hoje. 50 anos depois, ela falou de MSN e fiquei assim o_O - não sei, não imagino uma criança usando, daqui a 50 anos, o MSN ainda usam isso? rsrsrsrs. São pequenos deslizes que são bem fáceis de arrumar sem alterar a história. E é isso, a única coisa que senti falta em alguns pontos no livro foi uma revisão mais criteriosa. EDITORAS, OLHA AQUI O FLOR DE LARANJEIRA!

O livro me deixou com sorriso no rosto, me trouxe lembranças de quando eu era criança e em outros momentos, arrancou meu coração, me fazendo chorar muito. Valeu muito a pena conhecer a vida criada pela Gabriela e Ana, sua família, seus amigos e Esperança, me farão muita falta, eu sei...

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Aione 13/04/2012

Flor de Laranjeira conseguiu, finalmente, despertar em mim o que eu vinha procurando em uma leitura há tempos. Embora o livro não tenha entrado para a minha lista de favoritos, ainda assim me envolveu de maneira que não me fizesse querer parar de lê-lo um segundo sequer.
A obra de Gabriela Rodriguez me conquistou no primeiro parágrafo. Costumo dizer que, certos livros, eu sei que vou gostar apenas de ler as primeiras linhas, como foi nesse caso, por causa da narrativa. Nenhuma razão específica, apenas uma questão de feeling mesmo. Em primeira pessoa, acompanhamos por toda a história a vida de Ana Lúcia que, aos 70 anos, relembra os acontecimentos por ela vividos, quando retorna a sua cidade natal: Esperança.
Aliás, já gostaria de comentar sobre a simbologia da cidade no livro, para mim. Como o próprio nome diz, ela representa a esperança de Ana Lúcia, que sempre se sentiu parte do lugar. Quando criança e com uma vida inteira pela frente, Esperança é o melhor local do mundo para se viver, na visão da protagonista. Conforme ela cresce e sua vida vai sendo afetada pelos mais diversos acontecimentos, modificam-se, também, seus sentimentos sobre o lugar. Nos momentos mais difíceis, é doloroso para ela retornar à cidade, como se também fosse difícil sentir, novamente, a esperança e a felicidade em seu coração.
Por acompanharmos toda a vida de Ana, acompanhamos, também, todas as diferentes Anas existentes no enredo. Primeiramente, é a vez da garota cheia de vida, a menina-moleque, sempre rodeada pelos seus amigos homens e odiada pelas garotas. Espontânea, divertida, inteligente e um tanto quanto espevitada. Conhecemos a Ana rebelde, a Ana apaixonada, a Ana amargurada, a Ana madura. Independente de que fase de sua vida, a personagem foi incrivelmente real para mim e, por isso, fiquei tão fascinada a ponto de querer conhecer, avidamente, toda sua história. Apenas um momento de sua vida que antipatizei com ela, porém, nesse mesmo momento, nem ela gostava de si própria.
Como praticamente qualquer obra literária, esse também tem seus pontos negativos. O livro apresenta alguns problemas de revisão, o que é completamente compreensível considerando-se que essa é uma obra independente. Ressalto aqui que tais problemas estão muito mais ligados a usos repetidos de uma mesma palavra ou com a pontuação, do que com erros ortográficos ou de digitação. Também, em alguns momentos havia uma brusca mudança de cenas sem que essas fossem separadas por um maior espaçamento, o que me deixava um pouco confusa. Outro ponto que notei foi que os primeiros 30 anos de Ana foram extremamente bem detalhados e acompanhados, enquanto que a segunda metade de sua vida acabou ficando um pouco corrida. Em minha opinião, acho que eu preferiria o inverso ou, então, que pelo menos seguissem o mesmo ritmo, já que a parte mais esperada de toda a história acontece apenas em sua segunda metade. Dessa maneira, senti que ela recebeu um menor foco, embora não a ponto de se tornar inverossímil ao leitor.
Ainda, embora os cenários sejam bem descritos, não há sequer uma menção sobre o tempo em que a história acontece. Através da citação de aparelhos como o Ipod ou de programas como o MSN, é possível saber que a história se inicia em tempos atuais. Porém, mesmo com a passagem dos anos, esses elementos continuam presentes, o que me deixou com a sensação de que as personagens envelheciam, mas o tempo em si permanecia inalterado, congelado sempre em uma mesma época. Sei que, no caso de o enredo se iniciar no presente, é uma tarefa difícil falar sobre o futuro em um livro que retrata o quotidiano, uma vez que não sabemos como ele será. Entretanto, senti falta de observar essas modificações e evoluções do mundo ao redor, de um modo geral.
Nenhum desses pontos, contudo, diminuiu meu envolvimento com a história e minha velocidade de leitura. Li as 415 páginas, com letras miúdas e margens estreitas, em dois dias, o que é um recorde pra mim nesses últimos tempos em que o sono me impede de conseguir ler muito sem antes dormir. Flor de Laranjeira retrata toda a vida de Ana e me conquistou por completo, mesmo que em certo momento eu tenha ficado estupefata com os acontecimentos e chegado a acreditar que não gostaria do desfecho, o que não aconteceu. Só tenho a agradecer a autora por ter me possibilitado a leitura e parabenizá-la por criar uma história tão envolvente. Recomendo a todos os que gostam de um bom YA romântico!
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