Fê 24/10/2012Annabeth está apavorada. Justamente quando ela está prestes a se reencontrar com Percy – depois de seis meses estar separados, graças a Hera – parece que o Acampamento Júpiter está se preparando para a guerra. Como Annabeth e seus amigos Jason, Piper e Leo voam no Argo II, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensar que o navio é uma arma grega. Com o seu mastro de dragão de bronze, a criação fantástica de Leo não parece amigável. Annabeth espera que a visão de seu pretor Jason no convés irá assegurar os romanos que os visitantes do Acampamento Meio-Sangue estão vindo em paz. E isso é apenas uma de suas preocupações. Em seu bolso Annabeth traz um presente de sua mãe que veio com uma exigência inquietante: Siga a Marca de Atena. Me vingue. Annabeth já se sente oprimida pela profecia que irá enviar sete semideuses em uma missão para encontrar – e fechar – as portas da morte. O que mais Atena quer dela? O maior medo de Annabeth, porém, é que Percy pode ter mudado. E se agora ele está ligado aos caminhos romanos? Será que ele ainda precisa de seus velhos amigos? Como a filha da deusa da guerra e da sabedoria, Annabeth sabe que ela nasceu para ser uma líder, mas nunca mais ela quer ficar sem o Cabeça de Alga ao seu lado. Narrado por quatro diferentes semideuses, A Marca de Atena é uma inesquecível viagem por terra e mar para Roma, onde descobertas importantes, sacrifícios surpreendentes e horrores indescritíveis aguardam. Suba a bordo do Argo II, se você ousar…
ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES!
Este começa imediatamente depois do final de O filho de Netuno, com Annabeth chegando ao Acampamento Jupiter a bordo do Argo II, em companhia de Leo, Jason, Piper e Coach Hodge. Percy acabou de se tornar praetor, o que causa um certo desconforto porque Jason também é. E não há maneira de os romanos terem 3 praetors.
Mas Percy, Hazel e Frank tem outra missão. Agora os sete semideuses da Profecia dos Sete estão juntos e tem uma semana (claro) para salvar Roma da completa destruição e também Nico das garras de Gaia. E Annabeth tem uma missão toda especial, e potencialmente mortal, só para ela. Em um encontro meio desconcertante com a mãe, Athena dá a Annabeth uma moeda e diz apenas: "Siga a marca de Athena, corrija o que está errado. Vingue-me". Mas afinal, o que é a tal marca? E qual equívoco deve ser reparado? E justamente quando ela finalmente reencontra Percy.
Aliás, a cena do reencontro dos dois é ao mesmo tempo fofa e hilária. Eles correm um para o outro, se beijam, mas sendo Annabeth, ela logo joga o garoto no chão num golpe de judô e o faz prometer que nunca mais irá se afastar. Típico ;D E a relação dos dois também segue firme e forte, depois de tantas coisas juntos e tanto tempo separados. Eles estão mais unidos e o namoro deles amadureceu também. O que não significa que eles não tem inseguranças e incertezas.
Annabeth, por exemplo, teme o que o tempo entre os romanos tenha feito com Percy, que efeitos isso terá sobre ele? Será que ele é o mesmo ainda? E Percy também teme que o tempo separados tenha enfraquecido o que Annabeth sente por ele. O que, claro, não acontece, se maias nada, ficou mais forte. Aliás, falando em Percy, agora que ele conheceu Jason, ele começa a questionar sua liderança. Afinal, os dois são líderes, e até que as coisas se acertem é engraçado ver os dois competindo para ver quem é mais sensacional, fantástico, awesome que o outro (eu particularmente acho que é Percy, mas isso pode ser porque conheço Percy há mais tempo. Jason também é awesome. E eu queria usar outra palavra, em português, mas fico com vergonha ;D). Jason não entende como Percy pode ser tão imprevisível e não segue ordem ou plano nenhum. Jason é muito certinho (acho que é por isso que eu prefiro o Percy). Não dá pra dizer muita coisa sobre o que Jason pensa porque neste não há ponto de vista dele.
O que dá pra perceber sobre Jason vem do ponto de vista de Piper. E depois de encontrar Reyna, que tinha uma queda por Jason (n]ao sei se chegaram a namorar), Piper começa a se perguntar se o namoro dos dois é real ou ainda é resultado da atuação daquela fofa da Hera (também conhecida por Juno, uma flor de deusa). Ela começa a se perguntar se pode competir com Reyna e se agora que a reviu Jason vai continuar a gostar de Piper ou se velhos sentimentos irão se reacender.E além disso, depois de conhecer os outros semideuses da profecia, ela começa a duvidar de seu poder, acha que não é suficiente. Sinceramente, as partes dela são meio chatinhas por causa desse chororô todo (fazer o quê? Filha de Afrodite...)
O trio Leo/Frank/Hazel também está interessante. Tudo contado do ponto de vista de Leo. Isso porque surge uma competição entre Frank e Leo por Hazel. Leo tem alguma coisa a ver com o passado de Hazel, da primeira vez que ela estava viva. E isso será esclarecido neste (mas claro que não vou dizer o que é). Frank, por ter sua vida limitada ao pedacinho de madeira, é bastante inseguro, e piora quando Leo ativa seu poder de ignição das mãos. Mas os dois acabam por se entender. Leo ainda tem que lidar como estigma de ter iniciado uma guerra com os romanos, (acidentalmente). Esqueci de mencionar que os romanos são meio desconfiados dos gregos e vice-versa. E quando o Argo II chega ao Acampamento Júpiter, com a cabeça de Festus na proa, não é lá uma visão das mais amigáveis. E piora quando Leo dispara um tiro contra o acampamento.
Se Otávio já era paranóico agora então está pior. Ainda bem que Reyna é mais racional, apesar de estar magoada por Jason a ter esquecido e trocado por Piper. Mas não há muito que ela possa fazer, a não ser adiar o ataque o máximo possível. Então, enquanto Percy e cia. partem para cumprir a profecia e tentar parar Gaia, os romanos se preparam para atacar o Acampamento Meio-Sangue. Há duas narrativas paralelas. Mas a gente só vai ver o desenvolvimento dela mais pra frente, ao fim da missão dos Sete.
Como sempre, o livro conta com muito bom humor (eu ria sozinha, e tinha que fazer o maior esforço para não rir durante as aulas), principalmente nos pontos de vista de Percy e Leo. Como acontece nos anteriores, a narrativa é dividida entre 4 personagens: Annabeth, Piper, Leo e Percy. O ritmo é bom, ação do começo ao fim, mesclado com um
pouco de romance e tiradas sarcásticas sensacionais, como: '"A guerra das plantas', disse Percy, 'vocês vão armar todas as uvinhas com rifles de assalto em miniatura'" (p. 123. Fiquei imaginando uma trepadeira armada com uma submetralhadora minúscula e parecendo bem ameaçadora) e "'Uma bola de basquete para todos governar', resmungou Leo" (p. 461, parodiando "um anel para todos governar .."). E se prepare para um final surpreendente e chocante. Quase um George R. R. Martin.
Trilha sonora
Ordinary, do Train, pra começar. Skyfall, da Adele, serve não só pras Crônicas do Gelo e do Fogo, também se aplica aqui. Collision of Worlds, com Robbie Williams e Brad Paisley. Para Frank, Burn out bright, do Switchfoot. Ainda Bad day, do Daniel Powter (sometimes the system goes on the brink, and the whole thing turns out wrong, you might not make it back, but I know that you can be oh, that strong, and I´m not wrong...isso é muito uma coisa que Percy falaria pra Annabeth), Highway to hell, do AC/DC e Through hell, do We are the fallen (tenho a impressão de que estas duas últimas também vão servir para o próximo...).
Se você gostou de A marca de Athena, pode gostar também de:
coleção Percy Jackson - Rick Riordan;
coleção Harry Potter - J. K. Rowling;
trilogia As Crônicas dos Kane - Rick Riordan;
Ciclo A Herança - Christopher Paolini;
Tequila vermelha - Rick Riordan;
As Crônicas de Nárnia - C. S. Lewis;
Jogos Vorazes - Suzanne Collins;
O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien.