Juh Lira 14/02/2013The Mark of AthenaEu estava devendo essa resenha há tempos. Faz quase três meses que eu terminei de ler este referido livro e nada da resenha. Eu estava cogitando em apenas publicá-la quando o livro sair em português, em maio precisamente, mas para quê esperar? Pretendo adquirir a versão em português, mas até lá...
Muitos foram os burburinhos e spoilers que eu infelizmente vi na internet já que eu levei quase dois meses para ler. Ainda sim, as surpresas não deixaram de surpreender. É notável o total domínio do autor para direcionar a história e gerenciar sete personagens (oito contando com o treinador-sátiro Gleeson Hedge). O que eu mais ficava curiosa era em como seria este encontro dos sete da Grande Profecia juntos para finalmente caírem na estrada para derrotar Gaia e os Gigantes. Com três pontos diferentes de narração – Annabeth, Piper e Leo – o autor vai brincando com os receios, medos e esperanças dos personagens, tanto introspectivamente, quando exteriormente – referenciando os outros personagens através dos citados.
Como eu já mencionei isso nas outras resenhas da série, Riordan usa sutilmente esses receios dos personagens, ou seja, ele não se aprofunda completamente, porque afinal de contas, é um livro juvenil, uma grande aventura e é esse o propósito da obra. Com um leve tom sombrio, há muitos momentos de humor entre eles, isso já ficando no encargo de Leo e Percy. Frank acabou virando um alívio cômico, sendo engraçado meio que sem querer.
Um fato interessante é que mesmo os semideuses ainda se mantendo com os seus pequenos grupos originais dos livros anteriores – exceto Leo que é excluído, já que Jason e Piper só pensam neles mesmos – nas missões de reconhecimento, eles inovam na escolha dos trios, como por exemplo, Annabeth, Piper e Hazel. Esse momento delas três juntas foi engraçadíssimo e ao mesmo tempo tenso...
Os conflitos entre eles não foi deixado de lado. Afinal, sete adolescentes diferentes convivendo juntos por semanas, não ia ser sempre um mar de rosas. São nestes momentos que o temperamento de cada personagem é ressaltado, e como eu já esperava, Percy e Jason - mesmo sendo civilizados um com o outro – deixam transparecer uma competição entre os dois já que eles são os mais fortes dos sete e líderes por natureza (para mim somente Percy é realmente líder, já que o Jason até agora não fez nada de grande relevância...).
Com a declaração oficial de guerra contra os setes vindo do Acampamento Júpiter, a narrativa segue num ritmo frenético do início ao fim e são poucos os momentos de folga, onde dá para respirar em alívio (dá para relaxar e dormir na narração da Piper...). E claro, o romance também circunda o Argo II e há muitos momentos fofos entre Percy e Annabeth - sem mencionar um triângulo amoroso que está se formando com Leo, Hazel e Frank. Em se tratando da filha de Plutão, o mistério de Sammy e Leo é revelado e foi um dos momentos em que eu mais me surpreendi.
A grande reviravolta ficou para o final, digno de você querer matar o autor por terminar o livro daquela forma. Annabeth desde o início deixa claro que tem uma missão difícil a cumprir, mas ninguém imaginava que isso teria um preço tão alto. Destaco também a coragem da personagem em enfrentar os seus piores medos e apesar dela se achar inferior em comparação com os seus colegas, ela prova que o conhecimento é a mais poderosa das armas. Eu adorei vê-la em destaque nesse livro, porque é uma das minhas personagens preferidas.
Não foi simples eu ler este livro originalmente no inglês, porém foi a minha porta de entrada para essa nova forma de ler, e com o pouco tempo desse exercício, a melhora foi significativa.
O que resta é esperar para o quarto do livro da série que será lançando em outubro deste ano, The House of Hades (A Casa de Hades), com o fim próximo...
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