Um alpendre, uma rede, um açude

Um alpendre, uma rede, um açude Rachel de Queiroz




Resenhas - Um Alpendre, Uma Rede, Um Açude


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Tiago 21/12/2023

Rachel de Queiroz e a vida nos anos 40 e 50
Uma coleção de crônicas de Rachel de Queiroz escrita nos anos 40 e 50. A escrita é muito boa, como já nos acostumamos ao ler Rachel de Queiroz, e os temas das crônicas são os mais variados possíveis. Há comentários sobre o cotidiano do Rio de Janeiro, recordações da infância e de pessoas do Ceará, além de algumas análises políticas e sociais a respeito do Brasil. No período abrangido pelas crônicas, tivemos eventos relevantes como o fim da segunda guerra mundial, a queda (e a volta) de Getúlio Vargas. Outra temática que aparece em algumas crônicas é a respeito da vida de escritor e a respeito da fama (e de como ela pode nos tornar reféns dela). Há temas que continuam atuais e que Rachel tratou de forma magistral: a democracia, a polarização e as elites. É um livro para ir lendo aos poucos ao longo do ano.
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Paula.Juca 25/08/2022

Excelente cronista
Rachel é uma excelente cronista, gostei da maior parte, ele faz duras críticas... É uma escritora seca, sem rodeios nem falas bonitas, diz aquilo que precisa dizer sem muitas palavras. Se quer conhecer essa escritora maravilhosa, comece por suas crônicas

Segue um trecho:

... vamos cuidar das nossas ELEIÇÕES. A começar pela honestidade e limpeza do alistamento eleitoral, indo até a escolha conscienciosa dos candidatos...
E o povo, na hora de escolher os seus mandatários, é vítima da velha mágica tão tola e tão manjada, que consiste em aceitar a carta que o ilusionista nos força; carta marcada, viciada, um miserável dois de paus, sem conteúdo nem substância, que o mágico habilidoso nos impingiu, sem nos deixar ver e pedir o ás de trunfos, que estava escondido por detrás da carta ruim.
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Leandro257 03/04/2021

Rachel sendo Rachel
Neste livro conhecemos mais sobre a inovadora Rachel de Queiroz, mãe de "O Quinze", uma das mais importantes obras literárias do modernismo de 30. Recomendo a leitura.
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Mari405 08/12/2021

100 Crônicas Escolhidas
Minha segunda leitura de Rachel de Queiroz neste ano. O primeiro foi A Casa do Morro Branco, também uma antologia de crônicas, algumas que li nesta edição. Gosto de ler histórias do nosso Nordeste e, principalmente, do Ceará. Já disse em outra resenha que ler algumas crônicas da Rachel é como sentar ao lado da avó e ouvi-la contar histórias que vivenciou. Tomo conhecimento de comportamentos, linguagem e experiências de uma mulher interiorana como ela foi, mas também letrada e conhecedora de muitas coisas. Mas não deixo de notar que ela poderia ser "cancelada" hoje em dia por usar termos que atualmente são inaceitáveis. Cito uma crônica em que ela elogia a beleza física de uma parenta, em detrimento da inteligência. "Sim, não acredite nunca quando lhe disserem que beleza é um acidente, que não tem valor, que não dá felicidade, que mais vale a inteligência etc. Isso são chavões nascidos do desejo e da necessidade de consolar os feios". Alguns grupos de feministas protestariam contra este texto ?.

Rachel escreve sobre temas diversos: romances, política, futebol, vida e morte, respostas a cartas de leitores ou editores. Achei alguns textos entediantes, mas a maioria ou são gostosos de ler ou trazem máximas para a vida. Muito bom!
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Raquel.Cola 21/01/2021

Muitas reflexões sobre muitos temas
De cara, o assunto mais recorrente que se percebe nesse livro é a morte. Em várias crônicas, seja em relatos ou histórias, esse é o assunto predominante.
As crônicas da Rachel são aleatórias, nenhuma tem ligação com a outra e são sempre sobre coisas diferentes. Desde a opinião dela sobre o valor da beleza física até a discussão que ela faz sobre democracia. Apesar de muitas crônicas terem sido chatas e ler e sem finalidade para mim, muitas outras me fizeram refletir sobre muitos temas. Por isso indico o livro.
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Beatriz3345 24/01/2024

Leitura arrastada, porém repleta de reflexões
As primeiras crônicas do livro mencionam assuntos profundos e melancólicos. A naturalidade com que algumas crônicas mencionam a morte me causou, inicialmente, uma aversão ao livro. Da metade do livro em diante, acostumei com o modo como o eu-lírico trata de assuntos dos quais muitas vezes fugimos ou parecemos ter medo de mencionar, mesmo fazendo parte de nosso cotidiano.
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