Paganus

Paganus Simone O. Marques




Resenhas - Paganus


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Aline 27/12/2012

\o/ muitas emoções!!!!
O que primeiro chamou minha atenção nesse livro foi a capa, achei linda; depois foi a temárica - sinopse: "Portugal, 1673. Duas mulheres celtas e um bebê recém-nascido enfrentam a perseguição da Igreja contra hereges pagãos. Obrigadas a deixar sua aldeia, ajudadas por um jovem cristão, partem em busca de um lugar onde possam cultuar seus deuses livremente. Em meio a sua fuga descobrem que a Grande Mãe tem uma missão para eles e que os levará a lugares inesperados e a uma desconhecida Terra Nova."

Como foi indicado na sinopse o livro começa em Portugal em outro século e ao longo da história acampanhamos três gerações de mulheres que lutam pela liberdade de cultuar livremente os deuses que acreditam. Nesse caminho encontram pessoas que irão ajudá-las e outras que irão caça-las pelo simples fato delas serem diferentes dos padrões estabelecidos pela instituição religiosa poderosa no momento. Confesso que ao mesmo tempo que sou uma mega curiosa por esse tema, também fico facilmente abalada ao ler detalhes do sofrimento de tantas mulheres que nessa época da Inquisição foram massacradas, muitas injustamente.

A autora me conquistou de vez, esse é o segundo livro dela que leio e simplesmente amei a forma como ela escreve, nesse livro temos uma riqueza de detalhes históricos que me fizeram sentir ao lado nos personages lutando por suas vida. São vários os personagens marcantes e importantes, gosto quando leio um livro onde um grupo é parte essencial para seu desenvolvimento.

Gostei da forma como os valores de cada pessoa é apresentado e como uma pessoa determinada e com fé consegue influenciar outras a ajudarem-na a sobreviver e não permitir que toda uma cultura seja esquecida e sim transmitida de uma geração para outra.

Enfim para quem gosta de um livro que te faz vibrar e ficar louco e torcendo para que tudo termine bem, pode ler "Paganus" que não se arrependerá.
Cynthia 13/01/2013minha estante
Estou lendo a trilogia Sevenwaters que vai quase nessa linha... E estou apaixonada por Juliet Marillier! É encantador a forma que ela escreve, estou apaixonada! E quero seguir nesse ritmo esse ano, livros de ficção com temática de magia, históricos, fantasia, e só estou encontrando livros incríveis, esse é um dos que pretendo ler, e tenho certeza que deve ser muito bom pela sua descrição, assim que for possível estarei lendo!




Vânia 08/06/2014

As Brumas de Avalon portuguesas...
A história é ambientada na Lisboa de 1660-70. Dois irmãos, gêmeos, mas com almas totalmente opostas acabam de perder a mãe. O pai, D. Mario, era um homem rígido e procurara não mostrar aos filhos o quanto sofrera com sua perda.
Os anos passam e a diferença entre os irmãos torna-se cada vez maior; até que ela se torna também uma diferença física, mesmo que pequena: Douglas perdera o polegar de uma das mãos, mas ainda assim, treinara-se para ser um ótimo cavalheiro com a outra mão.
Diogo era mais calmo, pacífico. Sim, ele também era bom cavalheiro, mas ele não compactuava do prazer do pai e do irmão em forçar os chamados pagãos a aceitarem o seu Deus.
D. Mario e Douglas eram implacáveis. Em muitas vezes eles sequer tentavam ver se os pagãos queriam ser convertidos. Simplesmente ateavam fogo em suas aldeias e matavam a todos.
Foi exatamente numa situação dessa que Douglas e Diogo mostraram suas diferenças, e a Grande Deusa escolheu Diogo para ajudar a traçar o caminho do destino...

(Continue a leitura pelo link abaixo)

site: http://aborboletaquele.blogspot.com.br/2014/06/simone-o-marques-paganus.html
Patricia Chame 30/11/2016minha estante
Eu AMEI esta trilogia. Achei super envolvente, sem enrolação e com um pouco de tudo: romance, ficção, suspense ...
Alem disso os livros possuem uma linda diagramação e com um ótima revisão da Língua portuguesa, tão raro hoje em dia.




Carol 16/09/2017

Adorei!
Diogo um rapaz doce e com uma alma bondosa herdada da mãe, é muito diferente de seu irmão gêmeo Douglas, que é tal como o pai, rude e frio. Designados para ajudar na caça aos pagãos (bruxas) para conversão ao cristianismo, Diogo se vê preso a algo que não deseja. A morte de pessoas inocentes. Seu pai e irmão, são responsáveis por inúmeras mortes de bruxas e de centenas de outras pessoas, todos queimados vivos. Por que tanto ódio? E se essas pessoas não forem realmente bruxas? Era o que Diogo se perguntava.
Ao atacarem uma aldeia, Diogo confronta seu irmão e salva Gleide e sua filha Adele, uma senhora e uma bela moça de cabelos de fogo, que estava em trabalho de parto. Duas mulheres fortes e apaixonadas pela natureza, que faz parte de sua deusa Dana.
Morto para a família, Diogo ajuda as moças a encontrarem um abrigo, mas não contava se apaixonar por Adele, uma moça de corpo escultural, cabelos iguais a fogo. Diogo retornará para casa? Se entregará para Adele? São tantas perguntas...

***
Eu nunca vi um livro com tantas reviravoltas como esse em minha vida. Sensacional! Não tem hora para o tédio lendo esse livro. Quando você pensa que está tudo muito calmo, vem algo e muda tudo. Livro ótimo! Você vai se apaixonar por Diogo, querer matar Gleide (ou bater muito nela, que nem eu), Vai querer ter toda a força de Adele, vai querer matar Douglas e seu pai, vai sentir raiva da ignorância das pessoas sobre os pagãos, como eles são tratados como lixo . Sério! Você vai enlouquecer com esse livro!

site: http://perdidanabatcaverna.blogspot.com.br/
Patricia Chame 16/09/2017minha estante
Também amei esta trilogia !




Nana B. 19/10/2011

Uma semana! anxious mode on*
Ansiosa para ler o trabalho da querida Simone Marques!
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Eddy Khaos 20/10/2011

Paganus recomendado ^^
Bem galera já conheço o trabalhos da minha querida amiga
Simone O.Marques / E vou fala uma coisa essa mulher e fera no que que escrever... Portanto mesmo ainda nãi tendo lido seu novo trabalho sei que e coisa boa....

Depois de minha leitura retorno aqui para uma bela resenha ^^
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Bia Machado 20/01/2012

Uma história de mulheres fortes e homens determinados a tudo, seja por amor ou por ódio.
O livro de Simone Marques foi o melhor que li no mês de dezembro de 2011 e um dos melhores que li durante o referido ano. Fazia muito tempo que "namorava" esse livro, porém quando essa 2ª edição foi lançada, com algumas reformulações (houve mudança de editora, uma mudança pra melhor, com certeza), não resisti em comprar direto com a autora e receber meu exemplar autografado em casa! =)

A sinopse já me deixou muito curiosa por conferir essa história. Com título diferente (na primeira edição, era outro) e 108 páginas a mais, o livro teve alguns acréscimos nos capítulos finais e também, segundo a autora (com quem tive contato pela internet para sanar algumas dúvidas antes de compor essa resenha), ganhou um prólogo, em que ficamos conhecendo a história de Diogo e Douglas desde o nascimento. E isso explica muita coisa! Além disso, o prólogo só veio enriquecer ainda mais a história contada, nem consigo imaginar como era a edição anterior sem essa parte, rs, pois é nesse prólogo que se explica o porquê do grande duelo travado entre esses dois irmãos vida afora, tão diferentes como a lua e o sol, apesar de fisicamente parecidos.

A história é tão marcante que em uma comunidade literária onde me perguntaram qual o casal perfeito entre os romances que li em 2011, não hesitei em escolher Adele e Diogo. Fazia tempo que não lia sobre um amor tão intenso, tão verdadeiro, tão digno e forte, capaz de passar por qualquer dificuldade, qualquer preconceito, para acontecer. E fazia tempo que não chorava tanto com um livro, que eu me lembre. Chorei, sim, de emoção, mas também por medo do que estava por vir nas próximas páginas... Sou uma manteiga derretida, confesso, mas adoooro livros que produzem essa sensação durante a leitura!


Alguns aspectos técnicos que destaco ficam por conta da revisão/edição: foram poucos erros de revisão, bem poucos mesmo, se comparado a outros que li recentemente (e parece que isso está cada vez mais comuns nas editoras, infelizmente). Outra coisa que a edição deixou passar: no prólogo, alguns detalhes quanto a características físicas de Diogo e Douglas foram mostrados, além de explicações sobre uma outra determinada personagem. Depois do prólogo, porém, essas explicações aparecem novamente no texto, como se não tivessem sido mostradas antes, o que achei desnecessário, um tanto confuso, até.

Quanto à capa, não tenho dúvidas de que está muito bonita, moderna, chamativa. Mas depois que conheci as personagens, principalmente Adele, vi que a capa destoa um pouco da história. Explico: o vestido está moderno demais, não é um vestido que me pareça ter sido usado na época em que os acontecimentos se passam. Isso não chega a ser um defeito, claro que não. E parabéns ao capista, porém a meu ver esse detalhe deveria ter sido levado em conta.

Enfim, fica a dica de leitura de "Paganus", um romance com muita emoção, contando a história de uma época em que os pagãos, aqueles que não aceitavam a Igreja, chegavam a pagar com a vida se não se convertiam, infelizmente. Trechos de destaque do livro: a sequência narrativa que culmina com o nascimento de Daniele, filha de Adele e, tempos depois, a fuga de Daniele, Guilherme e Mateus. Li essas duas partes quase que sem respirar, de tanta tensão. Ponto mais que positivo para Simone! Destaque também para a ótima ambientação, o jeito de falar da época (sem torná-lo cansativo ao leitor), realmente a autora caprichou...

E assim como todo o livro, amei as reviravoltas do final! ;)
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Pat Kovacs 28/06/2012

Meu Achismo:
Demorei um bocado para adquirir meu exemplar de Paganus, por acreditar que ele fosse mais um livro sobre bruxas de Literatura Fantástica, até que pintou uma ótima oportunidade de uma promoção pelas mãos da própria autoras, Simone Marques, que aproveitei mais pela vontade de conhecer o trabalho dela (que, até então, só conhecia alguns poucos contos).
Assim como ocorreu com Os Deuses do Mar, do qual apenas conhecia os 3 capítulos que ilustrei, Paganus me surpreendeu muito! Acreditava, sim, que seria um bom livro, bem escrito e trabalhado, mas não esperava pela história densa, profunda e rica que é o livro, na realidade!
Paganus relata uma história sobre “bruxas”, mas não essas bruxas fantasiosas com varinhas de condão. Fala sobre o Povo da Terra e a Magia Natural que se extrai da comunhão com a Natureza e da manipulação consciente de energias.
Aliás, Paganus NÃO É Literatura Fantástica, com a graça de Deus e do Divino Espírito Santo, amém! Mas, sim, um Romance de Época, quase um Histórico, e dos melhores que já li!

A história se inicia no século 17, com os gêmeos Diogo e Douglas Couto, idênticos na aparência, profundamente diferentes no coração, e como tudo muda completamente com a morte prematura da mãe. O pai, Mario Couto, um fraco que pensa ser forte, se entregou à escuridão de seu próprio espírito quando perdeu a esposa, única capaz de mantê-lo à superfície de suas trevas, perdendo-se completamente em seu rancor, resolvendo descontar a sua raiva no mundo.

Passou a treinar arduamente os filhos para a guerra e assumiu o comando da Vila dos Canetos, em Portugal, onde se passa toda a trama, tornando-se um “Dom” e assumindo naquela região a caça às bruxas da Igreja, levando dor, desgraça e destruição às pessoas simples do campo, acusadas das coisas mais horríveis que elas próprias jamais ouviram falar!

A revolta e a indignação são dois sentimentos que te acompanham em quase toda a leitura do livro. Na verdade, há poucos momentos de leveza e descontração, pois a história é alicerçada sobre fatos verídicos e muito tristes (sobre como a Igreja Católica e os perversos que a serviram, destroçaram vidas inteiras, populações inteiras, em nome de uma fé que era apenas uma máscara para encobrir a mais cruel maldade fomentada pelo ser humano). Se já é revoltante que um qualquer apareça e dê pitacos em sua vida, imagine alguém chegar e destruir a tua casa, matar tua gente, só porque você não reza pelo Deus dele! E esse episódio macabro, doentio, que durou séculos, faz parte dos anais da Igreja. Ainda mais revoltante é ver que tal demência perdure ainda nos dias de hoje, embora não se acenda mais piras e queime pessoas (literalmente), mas meter-se com a fé dos outros, dizendo que a sua é a certa e que os outros são os errados, que a sua é de Deus e o resto é do capeta, é tão canalha e hediondo quanto foi a Inquisição.

Voltando ao livro...

Os gêmeos se tornaram homens, ainda tão iguais na aparência, ainda completamente diferentes no cerne. E são obrigados pelo pai a servi-lo em suas caçadas às bruxas, matando inocentes e destruindo vilas. Mas em uma dessas vilas, a vida destes três homens sofre grande mudança, em especial a Diogo, o que era o bondoso e o justo da família, um “cristão com coração de pagão”.

Gleide é a que pode ser verdadeiramente chamada de sacerdotisa da Grande Mãe. Mulher de muita fibra, mas rígida como uma rocha que, apesar de não esmorecer, também machuca. É conhecedora das ervas e possui uma mediunidade muito forte. Na história, pode ser personificada com a face anciã da Deusa, Morrigan. Gostei mais dela no início, mas depois ela me pareceu mais uma velha safada. Ter a sexualidade livre é uma coisa, comportar-se como um animal, é outra. Achei nojenta essa coisa dela de usar o sexo para controlar os homens. É engraçado como uma mulher que quer se mostrar tão superior aos homens se comporte como eles, enfim. Felizmente isso não é uma constante no livro e é mais uma descrição do comportamento da personagem do que propriamente fatos determinantes. Ainda assim é uma personagem que dá vontade de socar às vezes!

Adele é a única filha de Gleide e surge na história como uma moça de 17 anos às vésperas do parto da filha, Danieli. Ela personifica a face mãe da Deus, Dana. É amorosa, romântica e muito compreensiva, apesar da mãe que tem. Diogo se encanta pela beleza da moça e a construção do relacionamento deles é linda! Aliás, as melhores cenas do livro está, em maior parte, na fuga de Adele, Gleide e Diogo, depois que a família do rapaz destruiu a aldeia das mulheres e Douglas quase matou o irmão queimado ao incendiar a casa delas.
Diogo é um dos gêmeos, que cresceu e se tornou um homem belo mas justo. Dotado de verdadeira honra e bondade, porém Simone Marques nos livra dos pieguismos do “otarismo” que geralmente esse tipo de personagem sofre. Ele é bom e justo, mas é forte e firme e se impõe quando acredita ser necessário, mesmo que tenha que tomar atitudes drásticas. A cena de luta dele com o irmão e o último diálogo que tem com o pai em seu leito de morte são antológicos! É um ótimo personagem, um bom modelo para ser seguido na vida real.

E Adele e Diogo formam um casal alquímico, do tipo sonho de consumo para qualquer uma de nós!

Danieli é o bebê de Adele, que nasce na primeira parte do livro. O carinho com que Diogo trata a menina chega a ser comovente. Há uma cena lindíssima em que Diogo ajuda Adele, exausta e meio adoentada, a amamentar a criança!

Na segunda parte, Danieli já é uma moça, e Adele, Diogo e Gleide são colocados numa posição de menor importância na trama. A garota representa a face donzela da Deusa, Brigith. Por ser bonita demais, acaba caindo na ambição luxuriosa de um figurão, dono de vila, e tem que fugir da aldeia em que vivia pacificamente com os pais, a avó e o irmãozinho mais novo, Angus (Mateus). A aldeia paga muito caro por essa fuga e essa é só das primeiras desgraças que estarão no encalço da jovem.

Para se ver livre da ambição do figurão, Danieli acaba noiva de Guilherme, um rapazinho insignificante e apagado. Mas a Simone Marques é muito boa com suas leitoras, então é com grande alívio que se descobre que o ajudante de ferreiro é apenas um elo de conexão.

O livro termina com promessas de continuação. Danieli parte de Portugal para o Brasil, com seu irmãozinho Mateus, com o cara certo Antônio (irmão de Guilherme) e com o bebê em seu ventre, que será a sua maior missão perante a Grande Mãe.

Achismo Final:

O livro é longo e complexo. Tive a impressão de que há 2 histórias num só livro, o que acabou sobrecarregando muito com informações, deixando difícil a tarefa de resenhar. No meu humilde achismo, preferia transformar em dois livros distintos, formando uma série.
É um Romance de Época, é uma Ficção que retrata com riquezas de detalhes uma época conturbada de fins de Idade Média, já entrando no Iluminismo, mostrando um Portugal que chegava ao final de sua glória e a descoberta e povoamento de novas terras, em especial o Brasil, que se tornará o coração do mundo, onde Danieli tem a sua missão a cumprir.
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Maria Fernanda 23/05/2012

Pode vê-la em: http://thebutterbeer.blogspot.com
Quando postei pela primeira vez algo referente à Simone O. Marques, apareceram muitos elogiando suas obras. Desde então fiquei realmente curiosa para ler algum de deus livros. Aí a oportunidade perfeita surgiu. Agarrei-a, e ganhei Paganus! A capa é linda e diferente das que estou acostumada.

Sinopse: Portugal, 1673. Duas mulheres celtas e um bebê recém-nascido enfrentam a perseguição da Igreja contra hereges pagãos. Obrigadas a deixar sua aldeia, ajudadas por um jovem cristão, partem em busca de um lugar onde possam cultuar seus deuses livremente. Em meio a sua fuga descobrem que a Grande Mãe tem uma missão para eles e que os levará a lugares inesperados e a uma desconhecida Terra Nova.

Vocês não têm noção do quanto dou sorte com prólogos grandes... O bom é que o de Paganus é essencial para que se tenha um melhor entendimento da situação inicial como um todo. Então li sem reclamar. Bem, o enredo se passa no século XVII, apenas com esta informação já dá para imaginar o estilo de escrita adotado: "Vós sois..." e etc. Fiquei imaginando o livro como uma novela. Sério, daria uma ótima novela.

"Os passos vigorosos de Mário Couto ecoaram pelo elegante corredor com piso de madeira de lei de sua residência.[...]"

Quando li a sinopse, fiquei bastante interessada em ler. Mas nem me passou pela cabeça que Paganus seria 80% romântico. Pensei que mostraria apenas a constante perseguição da igreja católica aos pagãos. Estava enganada. Os 20% restantes ficam com a perseguição e o famoso ódio entre irmãos e problemas familiares.

"- Te aquietes, pequena. Ainda não é chegada a tua hora! - ela acariciou a barriga sob o vestido encharcado que grudava em seu corpo."

Um fato importante, na minha opinião, que você deve saber sobre Paganus: é dividido em duas partes. A primeira conta a história de Adele e Diogo. Já a segunda, conta a história de Daniele e Guilherme x Daniele e Antônio. Na verdade, o foco da trama é a missão que Daniele recebeu da Grande Mãe desde antes de nascer, e que ela deve cumprir no Brasil. Ou seja, tudo gira em torno disso. A luta de Adele para dar a luz à ela, a proteção que Diogo oferece às duas, as fugas do "olhar" da igreja... Muita gente morre para que Daniele consiga chegar ao local predito.

"Adele, sentindo um calor correr pelas costas e sabendo que era sangue que empapava seu vestido, se ajoelhou ao lado de Diogo e o ajudou a se deitar."

"Diogo sentiu a mão fria da morte que lhe apertava as entranhas. Olhou para sua mulher, mas não conseguia falar ou mesmo respirar. Piscou com força tentando manter o rosto dela diante de seus olhos que ficavam turvos."

Eu não aguentei. Chorei na cena acima. Eles se amaram verdadeira e profundamente até o último momento de suas vidas, não duvido de que se encontraram no Portal e continuaram se amando além da vida. Acho lindo quando um autor consegue nos tocar tão fundo à ponto de nos emocionar com o texto. Simone está de parabéns, e já me avisou que está escrevendo uma continuação. Gostei muito do livro e ficarei esperando o próximo =)

Nota do livro: ★ ★ ★ ★
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Monique Martins 23/11/2012

Resenha #21 - Paganus - Simone O. Marques
Com uma capa belíssima; uma diagramação que impressiona e um enredo forte e envolvente Paganus conquista o leitor completamente. Uma história com elementos históricos, contextualizada em fatos reais e que pode ter acontecido assim mesmo. O cenário é a Portugal de 1660 a 1690, período em que a inquisição e a caça às bruxas estava no auge.

Na primeira parte do livro começamos a história acompanhando uma tragédia que acomete a família Couto, portugueses tradicionais, cristãos e parte integrante da elite. Nesse contexto temos Diogo e Douglas ainda crianças, gêmeos idênticos por fora, mas tão diferente quanto água e vinho por dentro; que enfrentam um drama que vai marcar suas vidas. Diogo é um menino doce e sensível muito parecido em espírito com sua mãe; já Douglas é cruel, insensível e idolatra o pai, um homem duro, mas fraco, que por obra do destino se torna ainda mais amargo e cruel.

A narrativa da Simone é forte e marcante e mesmo quando a o enredo nos irrita ou comove é impossível largar.

O tempo passa e Mário é nomeado Dom Mário Couto, responsável pelo extermínio de hereges no entorno da Vila dos Canetos, para onde segue com os filhos já moços.

É então que o destino os põe a prova e cada um vai ter que descobrir seu caminho. Enquanto Mário e Douglas se satisfazem caçando e matando pessoas inocentes, Diogo se sente cada vez pior e começa a questionar os ensinamentos cristãos. Quando chegam a uma aldeia isolada na floresta para mais um massacre, não imaginam que suas vidas estão prestes a mudar radicalmente.

Esse local é comandado por Gleide, uma mulher forte e poderosa, que segue os preceitos celtas e pode ser cruel para atingir seus objetivos. Ela mora com sua filha Adele, uma jovem que está no final da gravidez e que se destaca pela sua doçura e romantismo o que incomoda sua mãe. Para Gleide as mulheres devem sempre comandar e os homens só existem para servi-las a seu bel prazer e serem descartados. Conceito que sua filha não entende, pois é apaixonada pelo marido.

Quando os Couto chegam à aldeia em busca de pagãos, Adele está em trabalho de parto e a situação foge ao controle de todos. Seu marido é assassinado e o cruel Douglas tenta mata-la. Diogo indignado com a atitude do pai e irmão salva mãe e filha, foge com elas e é dado como morto pela família.

Ele acompanha o parto de Adele e se apaixona pela moça e a criança, Danieli, desde o início. Mesmo contra seus ensinamentos ele fica com eles e partem em busca de um local onde possam viver em harmonia. Tem início uma dura jornada, onde os perigos espreitam a todo instante. Diogo é considerado então um “cristão com coração pagão” e conforme conhece e entende a cultura celta duvida ainda mais da veracidade dos ensinamentos cristãos.

Diogo e Adele vão se conhecendo e envolvendo cada vez melhor e a moça não resiste ao carinho, apoio e amor que o rapaz sente por ela e a filha. Gleide não fica satisfeita com o envolvimento dos dois e tenta separá-los de uma forma vil, no entanto infrutífera.

Enquanto isso na Vila dos Canetos Douglas começa a desconfiar que o irmão esteja vivo e mudou de lado; começa então uma perseguição ainda mais perigosa para os fugitivos. Não tarda e os encontra vivendo em uma aldeia pacífica como um casal com a filha menina. Uma batalha de vontades tem início e somente com muita perseverança eles conseguem vencer.

Na segunda parte do livro temos uma Daniele adolescente e muito sábia, que apesar de viver como uma ‘falsa cristã’ é totalmente voltada aos ensinamentos da Grande Mãe, a Deusa Dana. Ela sabe desde pequena que nasceu com uma missão e vai ter que cumpri-la quando chegar a hora, mas ainda não sabe qual será.

A narrativa da Simone é tão dinâmica que nos surpreende a todo instante. Quando chegamos a um ponto em que a história parece caminhar para seu final acontecimentos inesperados mudam o rumo da trama e a torna ainda mais intensa.

É o que acontece a partir deste momento, quando Daniele se vê obrigada a ficar noiva e partir da aldeia levando seu irmãozinho para fugir do assédio de um Dom egoísta e mimado. Neste contexto tem-se uma das cenas que mais me emocionou em todo o livro, realmente levou-me às lágrimas.

O que poderia ser o desfecho da história é apenas um fator decisivo para a sua continuidade. Todo sofrimento é o propulsor para que Daniele parta em busca de sua missão e encontre o verdadeiro amor.

É uma obra nacional que recomendo sem nenhum receio, de uma qualidade de narrativa impecável e feita para agradar. Seus personagens são fortes e decididos, dispostos a enfrentar qualquer conflito para alcançar um bem maior.

Leia mais em: http://mimosliterarios.blogspot.com.br/2012/11/resenha-21-paganus-simone-o-marques.html
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RLeitora 03/07/2013

Resenha RLeitora - Paganus
Paganus é inovador de certa forma, já que traz três histórias ao invés de uma, passando por duas gerações. A trama conta as histórias de um católico (Diogo), uma mulher pagã (Adele) e a filha desta última (Daniele).
É interessante ressaltar a questão das religiões, já que a trama se passa no século XVII, momento de Inquisição em Portugal. Então dá para imaginar que as personagens pagãs estão na mira dos católicos, certo?
As relações amorosas e parentais são bem delineadas. É possível praticamente enxergar as histórias acontecendo na mente.
Uma coisa que eu adoro observar é a questão dos diálogos, e neste caso foi tudo de bom. São bem compostos, condizentes com o período apresentado e com as idades dos personagens, dando velocidade e ritmo à trama.
E mais um ponto: os combates são de tirar o fôlego. Quando as brigas começavam eu não queria parar de ler um minuto sequer.
Mais um ponto bacana: a temática. Apesar de muito estudada, é pouco apresentada na literatura romanceada. E abordar a inquisição sob a perspectiva dos pagãos é algo ainda mais inovador. Adorei!
Os personagens são escritos em minúcias ao longo da história, nos livrando daquela descrição feita no primeiro capítulo e repetida ao longo da trama. Mais um ponto a favor. Também preciso colocar a diferença entre o interior e o litoral lusitano é colocado de forma espetacular. As vendas de escravos, a moda, os cheiros das casas.
O livro todo é escrito em terceira pessoa, alternando os pontos de vista dos personagens - não se detendo apenas nos principais, nos dando uma visão panorâmica dos acontecimentos.
O final é interessante e mostra que vem mais aventura por aí - já que a saga Paganus é composta por quatro livros (Paganus, Triskle, Tribo de Dana e Era de Aquário). O que nos resta é aguardar por mais um pouco de aventura em terras não mais lusitanas - única dica.

Agora, como historiadora, eu preciso dizer que o livro foi muito bem pesquisado. As fogueiras da Inquisição, a destruição de pessoas e valores, as razões ridículas para incriminar as "bruxas", a frieza empregada pelos inquisidores é muito real. É tão bom ver um livro bem pesquisado, bem escrito e, acima de tudo, com uma história tão contagiante!

Leiam, leiam, leiam!

site: http://www.resenhasdeumaleitora.com.br/2013/04/resenha-paganus-simone-o-marques.html
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Naty__ 05/11/2013

Paganus
Paganus é uma história que se passa no século XVII, um momento forte da inquisição de Portugal. Logo, a obra registra um bom ensinamento sobre história e a cultura dos pagãos e dos católicos. A descrição usada sobre a escravidão, a moda de ambas as culturas e da época em si, o estilo das casas, foram tudo bem construído e observado pela autora de forma grandiosa.

Simone inicia sua obra contando sobre Mário Couto, homem rico e poderoso, casado com Eugênia. Após a perda de sua esposa, ele nunca mais foi o mesmo. Frio, distante e grosseiro, mesmo sendo servo de Deus.

Diogo e Douglas são gêmeos, filho de Mário e de Eugênia. Diogo é mais carinhoso e dedicado à atenção, tanto com a família quanto aos seus empregados. Douglas é mais frio e indiferente, não pensa em relacionar-se bem e vê as mulheres como um objeto a ser pago e adquirido a hora que quiser.

Convocado a ser caçador de hereges, Mário Couto sai de sua casa à procura de pessoas que adoram outros deuses. Dom Couto parte com seus filhos em busca de encontrar bruxas e pagãos. Adentram numa aldeia a fim de destruí-la, caso as pessoas não aceitem a Jesus como salvador de suas almas.

“A missão da Igreja é levar a todos a Verdade, converter, arrebanhar... mas há muitos resistentes. Pessoas que deram às costas a Deus e à Verdade da Igreja, que negam Cristo, que adoram outros deuses, cultuam o demônio... Esses hereges precisam de alguém que os convença.”

Contando, dessa forma, para quem não é apreciador de histórias de períodos mais antigos, parece que não tem muita emoção. Pelo contrário, quando você inicia o livro a vontade que tem de devorá-lo é imensa. A autora trata tudo com muito carinho, os detalhes são bem feitos, a descrição de tudo faz com que o cenário seja criado em nossa mente. É uma daquelas leituras que tiram nosso sono e aguçam nosso desejo de chegar às últimas linhas.

“Com o coração despedaçado, Diogo seguiu o pai rumo a uma vila no meio do nada, rumo a um futuro nebuloso.”

Numa certa aldeia vive Adele e está grávida de Alan, seu marido. Adele vive com sua mãe, Gleide - poderosa sacerdotista da Grande Mãe. A tensão começa a aumentar quando a contração chega e é hora do bebê vir ao mundo. O bebê é uma promessa, uma grande esperança a todos os adoradores da Grande Mãe. Os olhos percorrem as páginas numa facilidade que você só quer saber o que acontecerá em cada detalhe, em cada ação.

Mário Couto, Douglas e Diogo chegam a aldeia onde Adele está prestes a ter um filho. Como tudo acontecerá? A história tem a capacidade de nos surpreender do início ao fim. E o que me deixa mais agoniada é saber que tem continuação e que eu ainda não li. Simone tem um mistério para narrar que só as magias de Gleide podem explicar.

“O pai o fitou por um momento. Não conseguia compreender Diogo. Como era possível que Deus tivesse lhe dado dois filhos tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo? Sua mulher falecida costumava dizer que os filhos eram os dois lados da mesma moeda.”

Em meio a tanto suspense, sofrimento e adrenalina, Simone ainda nos brinda com o amor em duas pitadas surpreendentes. A narrativa é impressionante. Simone usa a linguagem da época, com diálogos bem feitos e te fascina. A autora usou de muita pesquisa para trabalhar nesse livro, é tudo muito perfeito ao período narrado. As fogueiras da inquisição; a destruição das casas, das pessoas e daquilo que era considerado, por eles, o seu valor; as bruxas usadas e mortas, como se fossem descartáveis. Simone misturou tudo e saiu essa obra maravilhosa.

Outro detalhe importante para lembrar é a capa, bem chamativa e bem feita. A editora foi muito atenta aos detalhes. Não há erros ortográficos, o que existe foram deslizes na falta de pontos, em alguns momentos, o que não dá nem para perceber. A divisão dos capítulos é diferenciada, a autora teve a dedicação de colocar fotos, tornando tudo muito chamativo e carinhoso. A obra é mais do que recomendada e, com certeza, quero ler a continuação dessa série.
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Vitor Lacerda 19/11/2013

Resenha - Paganus - Simone O. Marques
Uma crença...
Um destino...
A morte.
Mas não foi o que Adele e sua mãe, Gleide escolheram.
Paganus é um livro cheio de aventura, ação, suspense, perseguição, romance e um toque erótico.
Você deve estar se perguntando... Como é possível tudo isso em um único livro?
Simone Marques consegue por um pouco de cada coisa sem faltar nada.
Logo que peguei o livro, me encantei com a linda capa! Lendo sua sinopse, já me deu vontade de começar logo a leitura, e foi isso que fiz. Não posso esquecer de falar da diagramação, está simplesmente maravilhosa!
Mas de que adianta isso tudo, se a história não tiver qualidade?
A história tem qualidade sim, e muita!

Gleide, e sua filha Adele são obrigadas a esconder sua crença e partem em busca de um lugar melhor, ajudadas por um cristão de coração bom! Sua aldeia foi destruída e a grande deusa Dana tem uma missão para essas duas pagãs. A história tem muitas reviravoltas, sempre tem algo novo, que te deixa com mais vontade de saber o final.
E este você irá saber quando ler o livro.

Não deixem de ler também o livro Samhain, o segundo livro da Série Paganus, eu estou super curioso para saber como continuará essa história.

site: http://svlivros.blogspot.com.br/2013/11/resenha-paganus-simone-o-marques.html
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Thaís Santos 23/01/2014

Um jornada de mulheres fortes...
Até onde o amor pode nos levar? E será que ele é capaz de ultrapassar até mesmo aquilo em que acreditamos? Em Paganus, Simone Marques nos leva por uma história onde mulheres fortes desafiam a tudo e a todos, quebrando as regras de uma sociedade em busca do seu destino...

Diogo e Douglas são irmãos gêmeos que, em meados do ano de 1673, perdem a mãe ainda pequenos. Seu pai, Dom Couto, desolado com o acontecido, passa a acatar as ordens da Igreja e perseguir as bruxas. Como costume daquela época, a punição para aqueles que não se entregam às ordens "celestiais", é o enforcamento. Mas Dom Couto vai mais longe, queimando vilas inteiras de pagãos.

É numa dessas perseguições que Diego acaba conhecendo Gleide, a parteira responsável pela vila e mestre no preparo de infusões. Ele se compadece de sua filha Adele, uma jovem de cabelos de fogo e lindos olhos cristalinos, que está grávida de seu primeiro filho. Por possuir um coração cheio de compaixão, Gleide acredita que Diogo seja o enviado da deusa Dana. E é nesse momento que ele decide seguir com elas sua jornada.

Como esperado, Diogo passa a admirar a beleza e fragilidade de Adele. Mas Gleide quer manter a filha no caminho que a Grande Mãe lhe preparou. Sua esperança é a neta, Daniele, que deve crescer seguindo as tradições pagãs.

Paganus é um livro bem escrito e atual, apesar de se passar num tempo remoto. Diogo é um personagem que é impossível não amar. Sua humanidade, suas dúvidas e crenças o tornam tão real ao leitor, que ele acaba tomando o lugar principal em toda a narrativa. A capa e a edição interna também merecem destaque, pois estão impecáveis!
Apesar disso, o livro - pra mim - tomou um rumo mais histórico e imparcial em algumas partes, evidenciando somente as tradições pagãs e deixando um pouco de lado a evolução da igreja e do próprio Diogo no processo.
Algumas coisas ficam em aberto, mas a autora já avisou que será uma saga (com 6 volumes, sendo dois passados nos dias de hoje), então veremos o rumo que vai tomar!

Leia mais em:

site: http://www.missthay.com
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ELB 25/05/2014

Every Little Book
Paganus se passa em Portugal, no século XVII. Num período de grande ápice da religião católica, quando toda e qualquer religião, que não esta, era caçada e dizimada, e seus seguidores exterminados em nome de Deus. Uma sociedade tradicional onde o homem é a figura superior e a igreja dita seus passos.

Neste cenário vivem os gêmeos Diogo e Douglas. Douglas é a figura do pai. Um homem cruel, sem nenhum tipo de respeito ao próximo e que segue às cegas as ordens duras do pai. Diogo não. É um homem justo e simples de coração, que prefere as festas às caçadas, e não aprova todas as atitudes de seu pai e seu irmão.

(...) Leia mais no blog!

Resenha feita pela Luiza, postada no ELB!

site: http://www.everylittlebook.com.br/2014/05/semana-dos-nacionais-paganus-simone.html
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