Resenhas - O Caso dos Exploradores de Cavernas

Artur 30/05/2023

Ótimo livro!
Depois de ler o livro entendo perfeitamente o porquê dele ser indicado para todo juvenil estudante de direito.

Muito mais que julgamentos diferentes sobre um caso curioso o que cada juiz propõem em sua sentença é a defesa de correntes filosóficas distintas, qual a certa e a errada? não há.

O livro mostra que a lei está lá, mas é morta e fria e o juíz é vivo, sempre há lacunas na lei, há juízes literais, rígidos incapazes de depositar bom senso e empatia em suas decisões e também há aqueles que vergam a lei a para o seu interesse, que podem fazer a espada da justiça cortar para o lado que desejarem.
Todos, ou quase, buscando a verdade e a justiça cada um por seu caminho.

Débora 24/05/2023

Praticamente uma leitura obrigatória pra quem cursa direito, um livro curtinho que faz você pensar nas suas opiniões o tempo todo.

Surtada1 21/05/2023

O caso dos exploradores de caverna
Na minha opinião, os réus deveriam ser condenados, mas não à pena de morte imposta no julgamento de primeira instância. Em vez disso, uma pena de detenção de um ano seria adequada. O comportamento dos réus se enquadra no princípio da necessidade, que justifica a exclusão da ilicitude quando uma pessoa comete um crime para salvar sua própria vida. Além disso, eles já serão punidos pela própria consciência, carregando as memórias desse momento fatídico.

Ao condenar quatro pessoas à pena de morte por enforcamento para fazer justiça pelo assassinato de Roger Whetmore, o juiz de primeira instância cria um paradoxo. Se os réus não podiam matar uma pessoa para que quatro pudessem sobreviver, por que o Estado condena quatro pessoas para fazer justiça por uma? Essa discrepância levanta questões éticas e lógicas sobre a proporção da punição.

Além disso, é importante considerar que durante o salvamento das vítimas ocorreu um segundo deslizamento de pedras, resultando na morte de dez pessoas. Essas vidas também são importantes e não devem ser ignoradas. O valor dessas vidas parece ter sido negligenciado na busca pela justiça pelo assassinato de Whetmore.

Conforme evidenciado pelos fatos e pelos testemunhos médicos, foi o próprio Whetmore quem sugeriu a ideia do sacrifício, indicando que ele teria tomado a mesma decisão se não tivesse sido sorteado. Isso levanta questões sobre a responsabilidade e a culpabilidade dos réus diante das circunstâncias extremas nas quais se encontravam.

Como o juiz Foster bem ilustrou, muitas vezes só damos importância ao ar quando somos privados do direito de respirar. Embora não possamos compreender totalmente o estado de inanição, sabemos que, após muitos dias sem comer, o ser humano perde a capacidade plena de raciocínio. Esse aspecto deve ser considerado ao avaliar a conduta dos réus e sua tomada de decisão em uma situação de extrema privação.

É essencial levar em conta todos esses elementos e considerar o contexto único e desafiador em que os exploradores de caverna se encontraram ao buscar uma resolução justa e equitativa para o caso.

Caroliss 19/05/2023

Me abstenho
O livro trata de argumentos muito interessantes do âmbito jurídico. São questionamentos pertinentes à certa da própria constituição e da moralidade humana.

Pedro.Goncalves 05/05/2023

Uma eterna incógnita jurídica
Este livro, recomendado por um dos meus professores de direito no primeiro dia aula; afronta-nos com uma dualidade jurídica de importância fucral. Para além de mais uma doutrina que estudantes de direito precisam ler essa obra, à luz de um caso inventado, é uma aula no que tange a distinção de Jurispositivismo e jurinaturalismo, e ainda deixa-nos com a mente fomentando em questionamentos, sobretudo sobre a temática da condenação ou não dos quatro homens.
Vejo que a forma que o autor escolheu para dispor seu tema é singular e criativa, por meio da decisão de cada juiz, elebora-se argumentos interessantíssimos e fundamentados em diferentes visões doutrinárias sobre a função, definição e objetivo do ordenamento jurídico como um todo. Nesse viés, essa forma de dispor o conteúdo prende o leitor de início e conduz-o a ler faminto a cada página por mais.
A obra traz mais reflexões que quaisquer certezas. Põe-se em questão o fato da imparatividade de uma norma, o que a faz valer universalmente, bem como essa característica é o alicerse para a vigência desta, ou seja, poder-se-ia fazer uma exeção a norma posta sem que com isso todo o ordenamento jurídico caia em cheque? Além disso, a circustância do caso proposto é de condição do estado de natureza do homem ou de sociedade? Houve de fato um "contrato social" por parte dos envolvidos? Esse contrato poderia de fato ser celebrado?.
Ademais, pendo a parte desses questionamentos nichados ao âmbito jurídico, sinto que a grande questão desse livro, e da filosofia jurídica como um todo, é: saber se o direito deve visar à justiça ou àquilo positivado em norma imposta.
Recomento a leitura àqueles interessados na área jurídica, pois esse livro é um prato cheio. Não é à toa que foi recomendado por um exelente professor de Teoria do Direito

Elaeseusromances 04/05/2023

Ninguém pode sair da faculdade de direito sem nunca ter lido
Foi por causa desta frase meus amados que li ao trancos e barrancos está obra e simplesmente amei.

Super indico para conhecimento

thainá 30/04/2023

Li para um trabalho na faculdade, achei ótimo para uma introdução ao estudo do Direito. Nos leva a pensar sobre Direito Natural e Direito Positivo, e qual o limite quando se trata de Direito e moral, até que ponto ambas vão?

leitura curta porém muito proveitosa :)

izabelly 26/04/2023

Interessante aos acadêmicos de Direito
Li esse livro para uma aula da faculdade e admito que me interessei mais do que o esperado.
Gostei de ter lido diferentes pontos de vistas do exercício e aplicação do Direito sobre um mesmo caso.

rorysb 22/04/2023

Muito bom
Li o livro para o meu primeiro trabalho da faculdade de Direito, achei que não iria gostar justamente por não ser uma especialista no vocabulário jurídico. Não poderia estar mais enganada, é um livro muito bom, muito fluido e de fácil compreensão.
É mais voltado para as pessoas que se interessam pelo Direito, mas você não precisa fazer parte do mundo jurídico para compreender a história e apreciar essa leitura.

Ana 19/04/2023

O caso dos ex....
Li para minha aula de Introdução ao direito, foi a primeira leitura da materia, rapido curto e facil de enteder com uma discussão muito valida e inteligente. a nota em estrelas e puramente ilustrativa, não sei avaliar essa leitura

literaliza 19/04/2023

História fictícia genial
Curso direito e sempre quis ler esse livro pra entender as decisões de cada juíz da corte. Mas o que mais me motivou a ler foi a citação desse livro em ?Jantar Secreto? de Raphael Montes.
Basicamente, 5 jovens são soterrados em uma caverna e para não morrerem de fome, um deles resolve decidir no dado quem será morto e consequentemente, comido. E justamente o infeliz que deu a ideia genial é o alvo.
Os 4 são julgados por canibalismo e homicídio doloso.
Logo, o livro traz a decisão de cada juíz e ao fim, o julgamento final.

Camis 18/04/2023

O caso dos exploradores de cavernas
O livro segue o relato do julgamento e das diferentes perspectivas, levantando questionamentos sobre moralidade, justiça e direito positivo. O livro termina com a decisão final dos juízes e uma reflexão sobre a complexidade da justiça.

K1tty-k1m 17/04/2023

Sem palavras.
O livro é muito recomendado para estudantes de direito, porém não recomendo que apenas estes leiam. Eu mesmo adoro um bom debate e me encantei pelo livro.

Mesmo sendo uma história totalmente fictícia sobre algo que não aconteceu e muitos anos na frente do nosso, o livro trás uma reflexão e uma debate interno que encanta o leitor.

Uma leitura muito fluida fazendo com que qualquer tipo de leitor consiga ler muito rápido. (Digo isso pois sou uma pessoa que só lê romances e livros com diálogo).

Você começa a história com a explicação sobre o que aconteceu com os exploradores e entendendo melhor o caso, em seguida você vê o voto do presidente e de mais 4 juízes para entender se os réus devem ser absolvidos ou culpados e lavados para a pena de morte.

O presidente diz que são culpados, o próximo diz que devem ser absolvidos, em seguida um voto nulo, mais um voto para culpa-Los e um último voto para eles serem dados como inocentes. Mas o último voto é o do leitor!

Você cria um opinião assim que lê o caso e cada vez ela vai mudando um pouco após você ler a opinião dos outros (Já que eles explicam o motivo de tal opinião) e a cada ponto de vista são mostrados fatores em que eu particularmente não pensei.

Queria eles fossem absolvidos!!!

duda! 17/04/2023

A obra se passa em 2300 anos no futuro, 4 exploradores são julgados pelo crime de terem matado seu colega e o comido por motivos de sobrevivência, e 5 juízes vão julgar o caso. Eles vão mostrar opniões e fatos que podem te fazer ver a situação por outra perspectiva.

Gabriela993 12/04/2023

Ponto de Vista
Li o caso dos Exploradores de Caverna devido a um trabalho no Curso de Direito que consistia em fazermos um júri simulado sobre o caso (típico de início de curso, rs)...
Bom, trata-se de um assunto polêmico que divide opiniões sendo que, ao meu ver, ambas conseguem ser bem fundamentadas no ponto de vista jurídico: de um lado temos um homicídio, do outro, temos a excludente de ilicitude pelo Estado de Necessidade e , outrossim, uma excludente de culpabilidade pela inexigibilidade de conduta diversa que destipificam o crime, além de, paralelamente, nos retomar a dicotomia entre juspositivismo e jusnaturalismo.
Para mim, além do conhecimento jurídico sobre o caso, pude refletir sobre como determinadas atitudes humanas conseguem mudar o que antes era colocado de forma imutável o nosso conceito moral e justiça, o que vai depender do ponto de vista e, obviamente, do caso concreto, portanto, recomendo a leitura.