Genealogia da Moral

Genealogia da Moral Friedrich Nietzsche




Resenhas - Genealogia da Moral


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Henrique 24/03/2024

Fight me: essa é a melhor introdução ao pensamento nietzscheano
Dentre os livros de Nietzsche que eu já havia lido (Crepúsculo dos Ídolos, Gaia Ciência e Além do bem e do mal) esse é de longe o que mais me cativou.

O livro se propõe a descrever a interpretação histórica do desenvolvimento da moral, pois assumindo que os valores tem um valor e devem ser reexaminados, primeiro é necessário se entender de onde surgiram tais pressupostos morais que significam os valores.
Muito longe de ser uma visão utilitarista, que ele inclusive critica no livro, Nietzsche significa os valores ao seu próprio jeito: com perspectivismo (rejeição de uma moral universal), agonismo (aceitação do conflito entre morais opostas como força motivadora e afirmadora da vida), e honestidade nobre perante a própria vontade de poder.

Essa base filosófica, serve como uma ótima introdução e ponte para aprimorar o próprio senso crítico e ser capaz de entender o conceito de transvaloração do valor dos valores, tema central essencial para entender a culminação de todo seu pensamento: o übermensch.

Agora, o porque eu acredito que esse livro é a melhor introdução à Nietzsche: simplesmente porque os conceitos apresentados com clareza nesse livro são de longe os mais essenciais para se compreender o resto da filosofia dele. Assumindo que você já deva no mínimo ter um conhecimento básico de "vontade de poder" antes de ler Nietzsche, o próximo passo é entender a moral dos senhores e escravos exposta aqui. Após isso, os outros pontos centrais vão ser muito muito mais compreensíveis, a saber: questionamento e transvaloração do valor dos valores, ideais ascéticos e niilismo, morte de Deus, eterno retorno, amor fati e übermensch.

Sinceramente espero que todos que tenham lido esse livro também consigam o apreciar com boas risadas e uma felicidade infantil.
Mariana113 24/03/2024minha estante
E o que ele chama de consciência (ou alma) aquilo que foi interiorizado pelo homem, salvo engano. Ótima resenha! Após a minha leitura do livro "Crepúsculo dos Ídolos", este com certeza será o próximo.


Henrique 24/03/2024minha estante
Yap, pelo que eu entendi, quando a vontade de poder não pode ser exteriorizada ela se volta pra dentro, eis a gênese da consciência pesada.

Mas nn tenho total ctz. Um prof da UFABC tem uma playlist de 50 lives no youtube explicando cada parágrafo do livro, recomendo.


Mariana113 24/03/2024minha estante
Obrigada pela recomendação.




Guilherme548 09/03/2024

"'Para que existe o homem?' Eis uma pergunta sem reposta; o homem e a terra não tinham liberdade; em cada passo do destino humano ressoava este refrão: 'Em vão!'"
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Diego Santos 09/02/2024

A moral é realmente importante?
Durante a leitura deste livro acabei ficando doente, mudei de emprego, precisei correr atrás de muitas burocracias pessoais, dentre outras coisas. Isso me fez parar de ler ele por uns dias. Mas hoje vejo que se essas coisas não acontecessem, teria pausado do mesmo jeito.

Me incomoda o Nietzsche dando "xilique" em algumas passagens, e também seu modo "Dono da verdade" de falar. Porém, a crítica é muita boa. A moral e seus desdobramentos não passam de uma forma opressora de controlar massas através da "culpa" ou da "dívida." E isso ele fala muito bem.

Suas "soluções" soam um tanto atrasadas, mas pra época os conceitos eram "ok", mas para hoje de nada valem. Bom livro num todo, mas exige paciência e reflexão acerca da época em que foi escrito.
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LucasFaeru 17/01/2024

Pelo fim do absoluto
Nietzsche empreende um trabalho digno de estremecer as estruturas da filosofia moral. Aqui, comprova-se que nada é absoluto, mas tudo deriva de circunstâncias históricas. Nietzsche pega Hegel e o rasga não para destruí-lo, mas para que revele e seja compreendida a consequência última de sua história.
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Mickael 13/01/2024

Genealogia da obra
Certa vez um professor recomendou iniciar a leitura de Nietzsche por este livro. Não foi o que fiz, mas agora que li concordo com meu professor. Esta obra contém o cerne do pensamento de Nietzsche. Os preconceitos contra as mulheres também estão presentes, então é necessário essa ressalva. Outro ponto importante é o perigo da obra: é muito fácil ser mal interpretado por fascistas.
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Fernando.Lovato 04/01/2024

Crítica sólida e polêmica à moral cristã
Nietszche escreve nesse livro uma crítica aos ideais ascéticos cuja expressão máxima é o cristianismo e propõe uma moral para substituí-la. Encare o livro como uma laranja passada do ponto: possui gomos doces e gomos podres.

-- Pontos positivos:
. Na época de lançamento (final do séc 19), a obra foi corajosa e polêmica, pois ataca diretamente conceitos dados como certos e eternos.
. Excelente argumentação contra morais fundadas na metafísica
. Excelente análise filológica
. Fácil de ler. Não precisa ser filósofo de carreira para entender

-- Pontos negativos:
. Nietszche usa/bebe do conceito de darwinismo social (que é uma asneira, porém ainda era aceito na época dele). Logo, a parte que ele propõe conceitos é lixosa. Ex: propõe coisas que o Nazismo algumas décadas depois iria por em prática.
. Datado. Hoje, algumas críticas que ele propõe já foram incorporadas ao senso comum devido ao enfraquecimento religioso no séc 21. Assim, tem poucas novidades para o leitor contemporâneo. Ex: cristianismo renega a vida terrena em prol de uma aposta de vida em outro plano.
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Miquéias :) 30/07/2023

Bom, mau, ruim, bom... freudiano e bem século XIX
Meu primeiro contato com Friedich Nietzsche foi, ironicamente, com seu livro mais psicanalítico.

Em a genealogia da moral, Nietzsche questiona, em três ensaios, as origens da moral, controle e culpa que aflingem até a sociedade posterior ao filósofo.

Aqui ele busca diferenciar os termos "bom" e "mau" tal qual "bom" e "ruim", questionando os motivos sociais e morais de o termo "bom" possuir dois antônimos de significados distintos, após isso, parte para o entendimento da "culpa" e da "má-consciência", compreendendo o uso da culpa cristã como ferramenta de doutrinação moral e modelação social. Finalmente, parte para o significado dos ideias ascéticos, onde deixa transparecer, entre uma linha e outra, toda sua misoginia cristalizada e freudiana.

A tradução de Paulo César de Souza faz um trabalho muito bom em transparecer todas as informações necessárias para o entendimento do livro, mantendo sua alma e escrita agradável de Nietzsche.
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Lucas.Yoshi 27/07/2023

Subestimei muito por sempre ver pessoas Enaltecendo Nietzsche e achei q não era nada disso, acabei quebrando a cara pq de vdd QUE LEITURA COMPLICADA. Eu pretendo futuramente ler outra vez, pois sinto q não consegui extrair ao máximo.
emanuelppolar 27/07/2023minha estante
KKKKKK todos passamos pela fase de achar nietzsche superestimado


Lucas.Yoshi 27/07/2023minha estante
nem fala vei kskksks eu lia e ficava: "O QUE???"




CharlesSouto 22/07/2023

Fechando o ano com Nietzsche...!
Eu cito:
?Tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os antissemitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo?

Diria mais que atual.

?O homem preferirá ainda querer o nada a nada querer...?
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Romeu Felix 15/07/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Genealogia da Moral" é uma obra profunda e provocativa escrita pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, considerado um dos pensadores mais influentes da filosofia moderna. Publicado originalmente em 1887, o livro faz parte da coleção "Textos Filosóficos" e é uma das obras mais importantes do autor, explorando temas como moralidade, valores, ética e a natureza do bem e do mal.

A obra está dividida em três ensaios distintos, cada um examinando criticamente a evolução histórica das noções de moralidade. Nietzsche expõe sua análise incisiva das origens das concepções de "bem" e "mal" na cultura ocidental, questionando a ideia de que a moralidade é uma verdade absoluta e inquestionável. Em vez disso, o autor defende que a moralidade é um produto da cultura humana, sujeita a mudanças e influências ao longo da história.

O primeiro ensaio, "Bom e Mau, Bom e Vil", inicia a investigação com a distinção entre a moral aristocrática e a moral do ressentimento. Nietzsche aborda a origem dos conceitos de bem e mal, mostrando como valores são estabelecidos por meio de relações de poder, dominação e submissão. Ele critica o que ele chama de "moral de escravos", que teria sido desenvolvida pelos fracos e oprimidos, que ressentidos, denunciam os valores da moral dos poderosos. Nietzsche argumenta que essa moral dos escravos resultou na condenação da força e da vontade de poder em favor da humildade e da obediência.

O segundo ensaio, "Guilt, Bad Conscience and the Like", explora a ideia de culpa e consciência culpada. Nietzsche traça o desenvolvimento psicológico das emoções e conceitos morais, revelando como o sentimento de culpa emergiu como uma ferramenta para o controle social. Ele questiona o papel da religião e das instituições na manipulação das consciências individuais para promover a submissão e a obediência.

Finalmente, no terceiro ensaio, "O que Significam os Ideais Ascéticos?", Nietzsche investiga as origens do ascetismo e a vida monástica, associando-os a um desejo de negar a vida terrena em favor de uma suposta vida após a morte. Ele vê nesses ideais ascéticos uma fuga da realidade e uma negação da vontade de poder natural do ser humano.

"A Genealogia da Moral" é uma obra complexa e densa, repleta de reflexões profundas sobre a natureza humana, a moralidade e a sociedade. Nietzsche desafia as noções tradicionais de moralidade e abre espaço para uma abordagem mais perspicaz e crítica dos valores morais. Ele argumenta que a moralidade não é inerente ao ser humano, mas é moldada por forças sociais e históricas, convidando os leitores a questionar suas próprias crenças e valores.

Embora a leitura do livro seja desafiadora, o leitor é recompensado com uma compreensão profunda da filosofia de Nietzsche e uma visão perspicaz sobre a natureza da moralidade. "A Genealogia da Moral" é uma obra fundamental para estudiosos de filosofia, sociologia e psicologia, e continua a ser debatida e discutida até os dias atuais.

Em resumo, "A Genealogia da Moral" é uma obra filosófica ousada e instigante, na qual Nietzsche oferece uma crítica poderosa e incisiva sobre as bases da moral ocidental. Através de sua prosa eloquente, Nietzsche desafia os conceitos tradicionais de bem e mal, convidando-nos a reavaliar nossos valores e a refletir sobre a natureza da moralidade humana. Certamente, é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em filosofia e nas questões fundamentais que permeiam a existência humana.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Eduardo 12/07/2023

Vontade do nada > Nada da vontade
Publicado em 1887, o livro é composto por três ensaios interligados, nos quais Nietzsche empreende uma análise crítica da moralidade ocidental e investiga suas origens, desenvolvimento e consequências.

Nietzsche começa sua obra questionando as noções tradicionais de bem e mal, virtude e pecado, e apresenta a ideia de uma "moral dos senhores" e uma "moral dos escravos". Ele argumenta que a moralidade predominante na sociedade ocidental é baseada em uma inversão de valores, na qual as virtudes da força, coragem e nobreza são consideradas vícios, enquanto a submissão, a humildade e a obediência são enaltecidas como virtudes.

O autor investiga as raízes dessa moralidade, traçando sua origem na moralidade herdada do cristianismo, que ele vê como uma religião do ressentimento, na qual os fracos e oprimidos encontram consolo na crença de uma justiça divina que recompensará os sofredores no além-vida. Nietzsche argumenta que essa moralidade dos escravos é uma tentativa de enfraquecer e subjugar os fortes e criar uma sociedade baseada na igualdade, que ele vê como uma negação da natureza humana e uma fonte de ressentimento.

Ao longo do livro, Nietzsche examina as noções de pecado, culpa e responsabilidade moral, questionando sua validade e utilidade. Ele critica a ideia de livre-arbítrio, argumentando que nossas ações são determinadas por uma complexa interação de forças internas e externas, e que a culpa e o arrependimento são apenas ilusões que impedem o indivíduo de abraçar sua vontade de poder.

A escrita é caracterizada por sua prosa vigorosa e poética, cheia de metáforas e imagens impactantes. Seus argumentos são provocativos e desafiadores, destinados a questionar as bases morais da sociedade, ainda mais na considerando a época que a obra foi concebida.

A Genealogia da Moral é uma obra complexa e densa, que exige do leitor um bom conhecimento prévio da filosofia nietzschiana e do contexto histórico em que foi escrito, tanto é que em diversos momentos o autor indica outros trechos de suas demais obras. Além disso, como acontece com grande parte da obra de Nietzsche, suas ideias podem ser interpretadas de maneiras diversas e muitas vezes controversas, o que tem levado a diferentes correntes de pensamento e interpretações divergentes.

Uma obra filosófica desafiadora e profunda que busca desconstruir as noções tradicionais de moralidade ocidental. Com sua análise crítica e sua linguagem eloquente, Nietzsche convida os leitores a questionar suas próprias crenças e explorar as origens e implicações de seus sistemas de valores.
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Gian 25/05/2023

Em genealogia da moral Nietzsche faz uma análise das palavras bom e mau e questiona se esses conceitos não teriam sido inventados pelos que se consideram superiores e são dominantes, justamente para escravizar os mais vulneráveis...
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gaturna 28/02/2023

Um livro curto mas denso, mostrou a caminhada de conceitos e valores (moral) desde o início da civilização até o homem moderno, e como aos poucos tal homem foi adoecendo, tornando-se uma vítima da ma consciência
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frsco 10/02/2023

O melhor dele até agora
Esse livro é muito bom.
é um além do bem e do mal só que uma versão melhorada, direto ao ponto e com mais reflexões que deixam o leitor pensativos mesmo.
tem menos misoginia e menos dos preconceitos dele nesse livro.
gostei mto recomendo
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Lil penne 19/01/2023

Bem, acredito que eu li esse livro da maneira errada, no momento errado, enfim, nunca li nada de filosofia e me interessei pela história de Nietzsche e quis conhecer um trabalho de sua autoria.
As dissertações no livro são de simples entendimento, talvez a última dissertação seja a mais confusa por se apoia em outros livros e autores em diversos argumentos, mas o contexto geral da argumentação é de simple compreensão, concordo com Nietzsche em partes e discordo completamente em outras, acho que em livros como esse a polêmica não permite um meio termo.
Acredito que o fato de Nietzsche não ter levado em consideração Darwin é respaldo para argumentação de refutação nos dias atuais mas, não tira o prestígio de uma obra do século 19, pretendo reler a obra após o estudo de outro grandes nomes da época de seu movimento e do início da filosofia, até lá fica aqui a opinião de um leigo no ramo da filosofia.
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