Cordeluna

Cordeluna Élia Barceló




Resenhas - Cordeluna


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Ivy 13/11/2020

Cordeluna
Uma das mais felizes surpresas juvenis que encontrei esse ano, um lindo conto de fadas ambientado na história espanhola. Cordeluna nos apresenta uma nova faceta da história do guerreiro Sancho e do eterno amor de sua vida. E eu que tenho raizes espanholas fiquei encantada com a narrativa. Um sopro de ar fresco para todas as idades.
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Ju 17/04/2013

Cordeluna
Espanha, séc. XI.

Sancho, um nobre guerreiro, está disposto a seguir seu senhor por onde for preciso. Filho mais velho de uma numerosa família, tem o apoio do pai para cumprir seu dever, indo com dom Rodrigo até mesmo para o desterro. Corajoso e destemido, torna-se um soldado de destaque. Generoso, nunca se esquece da família e de todos que ama. Apaixonado, não sabe fazer nada pela metade.

Guiomar, donzela nobre, vive somente com a madrasta após a morte do pai. É uma garota que acredita no amor, e que quer que este seja o motivo de seu casamento, ao contrário de muitas moças da época, que levavam mais em conta a proteção, segurança e respeito que poderiam alcançar com o matrimônio.

O caminho desses dois se cruza em uma tarde de festejos, em que Sancho, junto com seus companheiros, cumpre a missão de entregar alguns presentes ao rei, após terem obtido uma grande vitória. Seu senhor, dom Rodrigo, também conhecido por El Cid, pretende, com isso, que o rei comece a perceber o erro que cometeu banindo-o de suas terras.

"Então a viu. (...) Sancho pensou que nunca, em toda sua vida, tinha visto uma imagem tão bela e, independentemente de sua vontade, sentiu que seu coração voava para junto daquela donzela desconhecida. Gostaria de aproximar-se, dobrar o joelho à sua frente e oferecer-lhe sua espada. Para sempre. (...) Guiomar olhava o jovem guerreiro como se ele fosse uma aparição, um arcanjo descido do céu para terra. (...) Sem saber quem era, soube, no entanto, que aquele era o homem com quem ela tinha sonhado toda sua vida e que nenhum poder do mundo poderia separá-la dele."

Espanha, tempos atuais.

Um grupo de jovens atores é escolhido para fazer parte de um importante projeto: a recriação de uma parte da história, mais precisamente da época do séc. XI em que El Cid foi desterrado pelo rei Alfonso e começou a alcançar sucesso na conquista de mais territórios. Entre esses garotos, encontra-se Sérgio. Um jovem ambicioso que pretende mostrar seu valor. E também Glória, uma garota segura de si, que sabe que possui talento e quer descobrir se usá-lo é o que quer para sua vida. O grupo é levado para um antigo mosteiro e, pouco depois de chegarem ao local, Sérgio e Glória se encontram. Ao primeiro olhar, algo inexplicável acontece.

"Tinha sido... Como tinha sido? Como encontrar-se com alguém que só existe na própria imaginação, como ver na vida real a figura de um sonho, como recuperar algo enormemente valioso que se achava perdido para sempre, como... como apaixonar-se, simplesmente?"

Perdoem-me pelos quotes gigantes, rs, mas foram realmente necessários. Cordeluna nos apresenta uma história linda, ou melhor, duas histórias lindas. Na verdade, histórias bem parecidas, separadas por quase 1000 anos. O mesmo casal se reconhece instantaneamente, obstáculos parecidos se apresentam a eles. Para que possam finalmente usufruir do seu amor, terão que vencer uma pessoa que os persegue há vários séculos.

Sou louca por histórias de amor, acho que vocês já devem ter percebido. Essa me conquistou bem rápido. Torci tanto por um final feliz! E sofri absurdamente em todos os momentos em que algo deu errado.

Minha leitura fluiu muito bem. Não que eu tenha lido o livro super rápido. Ele contém bastante informação e, por isso, precisei de pausas para absorver tudo. Conhecemos a história que se passa no séc. XI ao mesmo tempo que a história dos tempos atuais.

Não consegui definir por qual personagem me apaixonei mais. Já a que eu mais odiei, é bem fácil nomear: dona Brianda, a madrasta de Guiomar. Que pessoinha mais mesquinha, burra, invejosa e infeliz! E o pior é que ela é daquelas que não sossega enquanto todo mundo ao seu redor não se torna completamente infeliz também.

Sobre o título... talvez vocês queiram entendê-lo. Cordeluna é o nome de uma espada mágica, dada a Sancho por seu pai. Mais um quote gigante, não me matem, rs, é que ele a descreve melhor do que eu conseguiria.

"- É Cordeluna - disse Ramiro Láinez com um leve tremor na voz -, a espada dos nossos antepassados. Tem esse nome por causa deste emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõem. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua. Observa-a!
Sancho contemplou-a extasiado, sem se atrever a tocá-la: era uma pedra grande e ovalada, de uma cor leitosa como a luz da lua cheia sobre rochas brancas, e em seu interior pareciam mover-se lentamente volutas coloridas de fumaça. Sem que ninguém lhe explicasse, sentiu que era uma pedra viva, uma pedra mágica."

A Editora Biruta classifica seus livros infantis e juvenis em várias categorias. Cordeluna pertence à categoria Leitor Crítico, que engloba textos com trama mais complexa que impliquem em interpretações mais elaboradas. Maior quantidade de informações, vocabulário mais rico, temas de interesse dos jovens. O livro é indicado para jovens a partir dos 14 anos. Além de tratar de uma época que eu amo, a Idade Média, ele ainda trabalha de verdade o vocabulário. Posso testemunhar isso porque tive que consultar algumas vezes o dicionário.

É muito difícil encontrar um trabalho editorial tão lindo quanto esse. Me deparei com ilustrações muito fofas durante a leitura e, os pequenos detalhes, como letras bem trabalhadas no início de alguns parágrafos e os números das páginas na cor azul, fizeram toda a diferença.

Super recomendo a leitura para todos! Amei demais Cordeluna, como eu já suspeitava que fosse acontecer.

Publicada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/04/resenha-cordeluna.html.
Dani 18/04/2013minha estante
Eu gostei imensamente do título do livro, gostaria que meu nome fosse esse ou que eu pudesse tatuar essa palavra nas costas, azul com glitter xD
No entanto, sem coragem, me contento em adimitir que o enredo me lembra extremamente Dom Quixote, fiquei mega interessada e estou doida para ler ^^


Adriane Rod 18/04/2013minha estante
Li a sua resenha lá no blog e tenho que dizer que não foi uma história cativante. Não gosto desse negócio de encarnação, mas as histórias são boas, separadamente.

E sim, também me lembrei de Sancho Pansa, do Dom Quixote. :p

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 18/04/2013minha estante
Adorei! que bom q vc gostou! isso é apenas mais um sinal q o livro é realmente bom, a resenha esta otima! Só achei o nome um pouco diferente rsrs..


Baah 19/04/2013minha estante
adorei, achei super legal, bem interessante!!!!! vou seguir sua recomendação e vou procurar ler !


Lua 19/04/2013minha estante
Apaixonei só pelo nome Cordeluna *-----*


Mila 22/04/2013minha estante
Olá , esse livro nunca tinha ouvido falar, mas vim conferir suas resenhas :)
Eu fiquei encantada com tanta doçura neste livro, quero ler um dia ..

Bjinhoos


Mila 22/04/2013minha estante
Olá , esse livro nunca tinha ouvido falar, mas vim conferir suas resenhas :)
Eu fiquei encantada com tanta doçura neste livro, quero ler um dia ..

Bjinhoos




Naty__ 04/08/2015

Quando soube que receberia Cordeluna para ler, fiquei parecendo criança com o brinquedo mais desejado que pudesse existir. Estava desejando o livro há muito tempo e confesso que imaginei que não fosse lê-lo tão cedo. Sorte que o meu pessimismo é menor do que a realidade e, quando menos imaginei, estava com a obra em mãos.

O século é XI, estamos na Espanha e vamos conhecer o nobre guerreiro Sancho, filho mais velho de uma grande família. Ele está disposto a seguir o seu senhor a todo custo. Seu pai o apoia em sua missão de ir, com dom Rodrigo, onde for preciso. Qualidade Sancho tem muitas e é um dos personagens que mais agradam o leitor.

Guiomar é uma bela sonhadora, acredita piamente no amor e nos benefícios que ele pode lhe proporcionar. Seu pai faleceu e desde então ela passa os seus dias com sua madrasta muito ciumenta e que esconde diversos segredos. A jovem donzela deseja um casamento em que o amor seja o centro, não o que as outras moças pensam e desejam. Ela não ambiciona riqueza, relacionamento de aparência e nem tampouco um homem para dizer à sociedade que o tem. Ela quer alguém que possa fazê-la sentir um sentimento verdadeiro e eterno.

Algo que não é nada inesperado acontece, claro, ambos se encontram. Alguns ousariam chamar de amor à primeira vista. Sancho se encantou por aquela imagem que viu e sentiu seu coração voando para junto daquela donzela que, até então, ele nunca tinha visto. Em contrapartida, Guiomar o observava como se fosse um arcanjo. Ninguém precisava dizer, mas, no fundo, ela sabia que ele era o homem que ela tanto sonhou.

Como nem tudo tem o seu lado perfeito, mil anos atrás essa história doce e envolvente de amor é interrompida por culpa de uma maldição. Esse poder foi tão grande e maligno que por diversas gerações conseguiu dominar os espíritos. E, acreditem se quiserem, os apaixonados eram “condenados” a esperar para reencontrar o amor, mas a consequência era apenas a ganância do ódio.

A obra não retrata apenas um romance com uma história medieval, ela é composta de fantasia, maldade, bruxaria, religião e tenho certeza que agradará diversos tipos de leitores. Élia envolveu diversos temas para cativar vários gostos. Sem contar que Cordeluna recebeu o prêmio de Edebé de Literatura Juvenil.

Como muitos já estão cansados de saber, não sou fã de romances. Pelo contrário, tenho até repúdio de livros melosos. Porém, o que me fez desejar esse livro é o diferencial que a autora conseguiu me passar apenas com a sinopse, um estilo medieval que logo cativa qualquer um. Fiquei mais curiosa ainda quando vi a capa e o cuidado da editora Biruta com a diagramação. Foi impossível não desejar ler até mesmo pela aparência. Há quem goste ou não, mas, sendo sincera, eu julgo pela capa.

A história foi ótima e a autora consegue envolver e prender o leitor, porém, fiquei desejando e esperando por mais livro, mais história, mais ação e, quando percebi, tinha chegado ao final sem ter esses “mais”. O fato é que o enredo é muito bem criado, mas ouso dizer que a estética do livro, no final, acabou por me arrebatar muito mais do que o seu conteúdo propriamente dito. Não foi uma leitura ruim, pelo contrário, foi uma leitura boa demais e me encantei por isso. Porém, acredito que me apaixonei mais pelo frasco do que pela fragrância.
Danielle Almeida 04/08/2015minha estante
Parece ótimo! A gente lê tanta coisa ambientada na Inglaterra ou na França, é bom sair desses locais um pouco. E eu tbm me encanto pela aparência, rs.


Naty__ 04/08/2015minha estante
Verdade, Dilly, é bom mudar um pouco. Realmente... E a capa deste livro é belíssima.


Eduarda Rozemberg 12/11/2016minha estante
Já fiquei interessada só pela capa, mas o enredo então.... Queria muito conhecer um livro que tem uma ambientação nos séculos mais antigos, e por você ter gostado, parece ser uma boa.


Rossana Batista 19/01/2017minha estante
Eu gosto de livros passados em séculos anteriores. Interessante que ele consegue reunir vários gêneros e conseguir lidar muito bem com toda a história que se passa. Parece bom!


Lana Wesley 20/01/2017minha estante
Será que só eu não consigo ler livros que se ambientam, e passam em outra época, por mais legal que seja sair da nossa zona de conforto, ainda sim para mim, e uma leitura que não flui, muito pelo contrário. Quem sabe futuramente dou uma chance a essa leitura, porém no momento não me despertou interesse.


Marta 24/01/2017minha estante
Nossa fiquei mega curiosa para ler esse livro!! Não conhecia mais a história é bem instigante!!
Beijoss




Fêh Zenatto 03/04/2016

Resenha por Fêh Zenatto - Blog Coisa e tal
ASPECTOS FÍSICOS
Vamos novamente chover no molhado com a diagramação incrível dos livros da Editora Biruta. A capa de Cordeluna tem esse brasão com a espada que tem tudo a ver com a história e também tem esse desenho no tom de azul que deixa um aspecto mais antigo.
As páginas iniciais do livro e algumas no seu interior tem detalhes sempre em tons de azul - como imitando pergaminho ou um brasão. As páginas não têm maiores detalhes mas o tipo e tamanho da fonte, as margens e o espaçamento são ótimos.

HISTÓRIA
A história do livro pula entre duas épocas para contar duas histórias diferentes mas interligadas. No passado, vamos conhecer Sancho, um cavaleiro, e Guiomar, filha de um nobre já falecido. Durante o desenrolar do livro, veremos como eles se conheceram e como se passou a sua história de amor. Ao mesmo tempo, no presente, vamos acompanhar um grupo de teatro formado no Espanha que passará um tempo ensaiando em um antigo mosteiro para encenar uma peça e, entre os muitos adolescentes do grupo, conheceremos a história de Sérgio e Glória.

OPINIÃO
O livro tem 312 páginas mas não tem capítulos; toda a divisão é feita apenas por pequenos espaços maiores entre os parágrafos mas isso não incomoda porque os trechos são curtos e rápidos.
Sempre gostei muito de livros que contam histórias do passado e, em Cordeluna, eu ficava sempre muito ansiosa para ler a parte de Sancho e Guiomar que foi a que realmente me encantou. Tudo parece mais puro, mais real e mais difícil também durante uma guerra.

A história é extremamente ágil e a forma como a autora intercalou os trechos de passado e presente foi muito interessante porque os eventos estão extremamente interligados. O que acontecia no passado também acontecia no presente, apesar de não ser a mesma situação, o fato se repetia nos dias atuais e era muito legal perceber a semelhança.

Para todas as idades, o livro tem uma linguagem simples, sem trechos impróprios - apesar de ter alguns até assustadores. Gostei muito do modo como tudo foi amarrado no final; final esse que, por sinal, é extremamente movimentado, deixando-nos ansiosos para descobrir todo o desenrolar. Nos extras, ainda há um texto explicando o contexto histórico em que o livro se passa, inclusive com mapas da região mostrando o domínio por diferentes povos.

Cordeluna me conquistou por ser um livro com uma temática simples - mostrar que uma história de amor pode ultrapassar barreiras de tempo - mas que foi muito bem desenvolvida e tornou-se cativante. Apesar de longo, em nenhum momento, o livro é chato ou monótono porque correm duas histórias paralelas e movimentadas por ele.
Mais que aprovado, mais que indicado!

site: http://www.blogcoisaetal.com/2016/04/cordelunaeliabarcelo.html#.VwGg4fkrLIU
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Isabela Minati 16/09/2012

Sancho Ramírez é um jovem rapaz guerreiro, vivendo no século XI, na Alta Idade Média, junto de seus pais e irmãos. A família Ramírez é vassala de dom Rodrigo de Vivar, também chamado de El Cid, e, quando este é acusado de roubo pelo Rei Alfonso, é condenado ao desterro. Sancho acredita na honestidade de seu Senhor, mas só o que pode fazer é acompanhar El Cid, então resolve partir com ele.
Antes de sair de casa, o pai de Sancho lhe entrega uma espada que era de seus antepassados e diz que seu nome é Cordeluna, por causa do emblema de um coração e uma lua sobrepostos em sua lâmina. Três dias depois, Sancho parte para o desterro com seu Senhor.
Então ele conhece Guiomar, uma jovem muito bonita. Os dois sentem que é amor à primeira vista, mas ela é uma condessa nobre e ele é apenas um guerreiro plebeu. Para piorar, temos Dona Brianda, uma mulher poderosa que começa a fazer de tudo para ter Sancho para si. Só que ela é a madrasta de Guiomar, então, assim que descobre que Sancho não vai querê-la por causa de sua enteada, ela passa a ter ódio dos dois. Mas, apesar de tudo, eles vão lutar para ficar juntos.

Já no século XXI, conhecemos Glória, uma menina que parte com um grupo de atores para um mosteiro para participar de um teatro, onde será encenada a vida de El Cid, que aconteceu mil anos atrás. Lá ela conhece Sérgio, um jovem lindo e que parece ser perfeito para a peça, pois tem até a aparência de um guerreiro medieval. Eles vão, aos poucos, descobrindo um amor que não esperavam sentir dessa forma.
Uma das monitoras do grupo de teatro é Bárbara, uma mulher que, apesar da diferença de idade, se sente atraída por Sérgio, mas se decepciona cada vez que tenta conquistá-lo, pois descobre que ele não tem interesse nela, e sim em Glória.
Já percebemos por aí que o passado está, depois de mil anos, se encontrando com o presente.

A autora alterna essas duas histórias com uma narrativa apaixonante. O livro é escrito de uma forma maravilhosa e você termina a leitura com um enorme sorriso nos lábios.
Eu não tive como não marcar esse livro como favorito, simplesmente me apaixonei pela história!
A diagramação também é fantástica, o livro tem imagens lindas e fiquei muito feliz de não ter encontrado nenhum erro de digitação/ortográfico/de revisão.
Agradeço MUITO a Gabi, do blog Fluffy (fluffy.com.br), que fez esse book tour e me proporcionou a oportunidade de me encantar com Cordeluna!
Gabi 16/09/2012minha estante
Que bom que você gostou do livro, Isa! Fiquei bem feliz com isso, porque também achei que a autora foi muito feliz em sua narrativa e na forma como ela fez com que mil anos não foram capazes de apagar um amor verdadeiro. É um livro lindo, mesmo.
Obrigada por postar a resenha! Beijos :)




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Ka Wozniak 25/08/2015

Cordeluna é um livro dividido em duas épocas, começando no século XI e paralelamente, nos dias atuais. Ambos tendo local na Espanha.

No primeiro tempo, temos Sancho, rapaz dedicado a servir seu senhor, Dom Rodrigo, que foi expulso de sua morada por uma denúncia (falsa) de traição ao Rei. Dom Rodrigo intimado a sair de Burgo, leva consigo seus soldados mais fiéis, dentre eles, Sancho, que antes de partir, recebe de seu pai uma espada mais que especial, Cordeluna, passada de geração para geração, recebida de presente de um mouro.

Antes de sua partida para o deserto, Sancho envolveu-se com Brianda, a senhora viúva de Peñalba, porém recusou sua proposta de ser seu companheiro, o que a deixou muito desgostosa.

Já na época atual, temos um grupo de jovens atores, dentre eles Glória, Sérgio, Andrés e Sibila e o diretor Bernardino e sua ajudante Barbara. Eles irão remontar a história do século XI de Dom Vivar, Sancho e a história da época. Os ensaios são em Burgo, num antigo mosteiro, onde eles irão experimentar o mundo sem a tecnologia e suas facilidades. E durante esse tempo que passam no mosteiro, algumas coisas estranhas começam a acontecer e eles irão descobrir o verdadeiro mistério por trás da espada e no passado de Sancho.

A divisão de tempos na narração não se dá logo de cara, as cenas dos personagens atuais começam a aparecer alguns capítulos depois do início, e apesar dessa divisão, a autora conseguiu deixar bem específico cada qual, sem haver nenhuma confusão. Com uma escrita mais clássica, ela conseguiu levar ao leitor toda a tensão e loucura dos personagens. Posso dizer que em certos momentos fiquei com tanto medo dos sentimentos deles, que não tinha coragem de avançar na leitura.

Somente no começo da leitura fiquei um pouco confusa por causa dos nomes muito parecidos dos personagens no século XI. A narrativa faz você mergulhar profundamente em cada capítulo, e ficar ansioso(a) pelo próximo. Não costumo ler muitos livros com escrita mais clássica pela minha própria dificuldade de entender e me aprofundar na leitura, mas com Cordeluna não tive esse problema, fui bem envolvida e gostei bastante na maneira como a autora desenrolou a estória.

Nessa leitura encontramos sentimentos de luxúria, amor verdadeiro que ultrapassa a eternidade, ódio descompassado e que leva a loucura, muito sofrimento mas também muita regeneração.

Agradeço a Editora Biruta pela oportunidade de participar do BT e ler esse livro, um estilo diferente do que estou acostumada e que me agradou muito.
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Núbia Esther 24/10/2012

Élia Barceló é uma autora espanhola de bastante sucesso mundo afora. A autora escreve romances policiais, ficção científica e literatura fantástica para adultos e jovens, e foi esse último gênero o escolhido pela Editora Biruta para começar a publicar seus livros no Brasil. E começaram com o pé direito, escolheram Cordeluna, um romance juvenil, ganhador do Prêmio Edebé de Literatura Juvenil, que mescla história medieval, romance e magia no melhor estilo conto de fadas.

“E enquanto os protagonistas atuais da história que vai começar vivem sua vidas cotidianas, outros protagonistas que já não têm nada, exceto seu amor e sua esperança, aguardam nas trevas geladas que o milagre aconteça.

Tudo começou há mil anos.

E, para o bem ou para o mal, acabará agora.”

A autora toma emprestada uma figura histórica espanhola e recria em volta dela um romance atemporal. Como ponto de partida uma antiga espada, chamada Cordeluna, que parece encerrar estranhos poderes e que faz parte de uma lenda de amor.

Com o jovem cavaleiro Sancho Ramírez, mergulhamos na Idade Média. O rapaz era vassalo do senhor Dom Rodrigo de Vivar (mais conhecido como El Cid), bom guerreiro e que vivia despertando as atenções das mulheres, sua última fã foi a viúva Dona Brianda, relacionamento esse que até poderia ter tido algum futuro se o rapaz não tivesse se enamorado pela jovem enteada dela, Guiomar. Um amor que desde o início já tinha tudo para dar errado, Guiomar era uma jovem da nobreza, Sancho um humilde ginete. Apesar dos empecilhos lutaram para viver seu amor, mas só puderam presenciar ele ser destruído pelo ódio e pela inveja e ser relegado às profundezas de uma maldição que só mil anos depois terá sua última chance de redenção.

Na Espanha atual conhecemos Glória e Sérgio, dois jovens que foram selecionados para participar de um projeto de uma peça teatral em homenagem a El Cid. Eles e outros jovens irão ficar alojados em um antigo mosteiro na região dos Burgos, vivenciando os costumes da Idade Média. No primeiro encontro dos dois, sentimentos fortes brotam e ambos começam a ter estranhas sensações e visões. Como a história de Sancho e Guiomar mil anos atrás se espelha na vida de Sérgio e Glória? Conseguirão eles quebrar essa maldição tão antiga?

Barceló intercala com propriedade os fatos passados e presentes, e tal como uma colcha de retalhos, os pedaços vão sendo adicionados aos poucos e um padrão vai emergindo lentamente. A transição entre um período e outro é bem marcada pelas mudanças no estilo narrativo e a forma como a autora nos conta a história é cativante. Palavras de pouco uso, termos técnicos ou fatos históricos eventualmente utilizados são explicados por meio de notas de rodapé. E no final, Barceló ainda traz um posfácio com informações históricas importantes sobre o período em que se passa a história e sobre El Cid. Outro adendo positivo é a excelente diagramação e o cuidado da edição brasileira.

Um romance juvenil, mas com um enredo que poderia muito bem servir para um romance mais adulto também. Acho até que seria interessante, e não é muito difícil imaginar um Cordeluna mais maduro, com batalhas sangrentas, conspirações políticas e religiosas mais afiadas e intrigas, muitas intrigas. Mas, esse é o meu lado viciado em romances históricos falando, a parte que curte romances juvenis ficou muito satisfeita com a história. Enfim, Cordeluna agrada desde os que gostam de romances juvenis, quanto os que nutrem uma predileção pelo período medieval. E eu, virei fã do trabalho da Barceló e fico na torcida para que novos romances da autora aportem por aqui.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/10/23/book-tour-cordeluna-elia-barcelo/
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Guzz 10/03/2013

Cordeluna - Élia Barceló
Você gosta de clichês? A minha opinião particular é que eles são muito importantes, porque ditaram fórmulas e jeitos especiais de contar histórias totalmente diferentes. Mas o clichê usado somente por ele, sem nenhuma pitadinha de algo diferente para a história, me incomoda bastante.

Élia tentou fazer isso, trazendo uma história de época para acontecer nos dias atuais, no maior estilo “predestinação”. Mas não rolou, pelo menos na minha opinião.

Sérgio e Glória são dois adolescentes que sonham em brilhar como atores e, por conda disso, acabam se conhecendo em um acampamento de preparação para um espetáculo. Eles são realmente bons, pois pararam ali devido a uma seleção bem criteriosa.

Assim que se conhecem, eles percebem que há algo de errado, pois sentem que já se conhecem de “algum lugar”.

Em paralelo, a narração em terceira pessoa também conta a história de Sancho, um cavaleiro que se vê obrigado a fugir com seu senhor, devido a um mal entendido que só será resolvido com o tempo.

Sancho conhece dona Guimar, uma donzela que possui uma madrasta muito ciumenta e que esconde muitos segredos também. E, a partir daí, você já deve imaginar que isso é um triângulo amoroso e que muita coisa vai acontecer, não é?

Ah, e adivinha: no acampamento de Sérgio e Glória existe uma instrutora que também esconde alguns segredos e sentimentos sobre Sérgio. E pra terminar, adivinha o que dá nome ao livro? Claro que Cordeluna é uma espada.

Pegou o nível de clichês?

Mas o livro não é tão ruim, só não é o meu estilo de leitura e creio, como a própria descrição diz, deve dar uma ótima novela. De preferência das seis horas na Globo.

Se você gosta de linguagem de época, cavaleiros, donzelas, reis, bruxos, magia e clichês, leia Cordeluna.
Laura.Covolan 02/08/2016minha estante
Eu achei meio confuso esse livro! Com certeza este também não é meu tipo de leitura!




Cláudia 27/07/2012

Cordeluna é uma espada poderosa que consegue influenciar o seu dono e as pessoas a sua volta. A narração em terceira pessoa apresenta duas histórias. Uma acontece em um passado distante – na Espanha, época do Rei Alfonso. A outra se passa no mesmo lugar, só que nos dias de hoje, nela um grupo de jovens atores vai para um retiro no campo para desenvolver um projeto que pode lançar as suas carreiras. A história que eles devem recriar é a de alguns guerreiros exilados pelo Rei Alfonso, incluindo a história de amor entre um dos líderes e sua dama. A trama vai e volta, alternado os capítulos entre o passado e o presente, mostrando ao leitor alguns pontos em comum entre as duas épocas.
No passado um casal de jovens (não o do projeto dos atores), um corajoso guerreiro e uma garota de boa família, se apaixonam perdidamente, mas uma pessoa mal intencionada faz de tudo para separá-los. O guerreiro é o dono da Cordeluna, uma espada que deve ser usada com cuidado, afinal como na história do Homem Aranha, com o poder vem a responsabilidade. Enquanto no presente um casal do grupo de atores começa a encontrar pistas sobre essa história, junto com as pistas, acontecimentos estranhos passam ser cada vez mais frequentes com eles e seu grupo de amigos. A narração vai desenrolando com um clima de suspense, os capítulos terminam em momentos estratégicos e como o próximo vai para outra época, deixa o leitor muito curioso. São alguns mistérios, qual a ligação entre as duas épocas, o que aconteceu com os amantes no passado, e como vai ser desfecho.

A leitura foi rápida, a linguagem é acessível, e a trama tem um jeito inocente. É uma aventura juvenil que indicaria para qualquer idade. Achei legal o ritmo, tem várias batalhas, conflitos e uma bela história de amor, lembra um pouco os contos de fadas, pois os personagens bons são íntegros e amáveis – totalmente bonzinhos, enquanto os maus são pura maldade, o que foge bem a realidade, sem meio termo. Uma boa leitura de entretenimento, o que poderia comentar como ponto negativo é que não vi algo que destaque esse livro entre outros do gênero, mas a história é bonita e bem contada.

http://www.concentrofoba.com.br
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Gabriele 31/05/2012

Cordeluna conta a história de um casal que foi separado por uma maldição há mil anos atrás. Eles se reencontram nos dias atuais, e talvez, dessa vez, eles consigam finalmente ficar juntos.
Comecei a ler sem muitas expectativas, não sabia muito que esperar do livro e me surpreendi. A narrativa da autora é muito bem trabalhada, eu me senti na Idade Média, me senti na pele dos personagens e eu simplesmente adoro quando isso acontece.
Eu demorei um pouquinho no inicio para entrar na história, para ver que rumo a autora iria seguir, mas logo depois, já não conseguia mais soltar o livro. A narrativa altera entre passado e presente e é viciante. É uma história maravilhosa, inteligente e diferente.
Eu adoro história, então ler algo ambientado na Idade Média, sendo essa época retratada muito bem, com todos seus costumes, foi algo muito bom.
Nunca tinha lido nada de autores espanhóis, e foi uma ótima primeira experiência. Foi como fazer uma viagem há mil anos atrás, uma ótima viagem.
Os personagens ao se reencontrarem no presente, sentem uma conexão inexplicável e começam a ter sonhos, onde elementos do passado tentam se comunicar com eles. Nessas horas eu simplesmente ficava vidrada nas páginas querendo saber o que iria acontecer. Sabe quando você senta para ler, não percebe o tempo passar e quando olha no relógio já se passaram duas horas e faltam pouquíssimas páginas para o livro terminar? Foi assim minha leitura de Cordeluna.
E vendo com um olhar estético, Cordeluna é também, um livro lindo. A diagramação interna é muito bem trabalhada, a revisão de texto, os desenhos, a capa... Tudo é lindo. Recomendo muito! É diferente do que eu estou acostumada a ler, mas vale muito a pena.
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Jaque 03/12/2012

Resenha do Blog: Meus Livros, Meu Mundo. http://www.estantevirtual-silva.blogspot.com.br/
Confesso que o inicio de leitura deste livro foi complicado, eu estava, digamos assim, de ressaca literária. Mas quando consegui mergulhar na historia de Cordeluna, foi impossível largar.


O livro relata uma história de amor que sobrevive à uma maldição de mil anos e sobre a espada de um guerreiro que pode salvar esse amor. Um amor puro e forte, um poder sobrenatural, um guerreiro, jovem, valente e apaixonado, uma donzela, herdeira da família real no séc. XI. E um feiticeiro com poderes das trevas.

É assim que começa historia...

O livro conta a história de maneira intercalada, saltando do passado para o futuro no atual século XXI. Mas acreditem isso não torna a leitura cansativa, nem nos deixa perdidos.

A leitura é deliciosa, fácil de entender e se deixar levar pela magia que envolve os personagens. Estes por sua vez, são apaixonantes. Tanto os do passado quanto os do presente.

Sancho e Guiomar se apaixonam, mas esse amor é impossível. Sancho é um desertor do reino onde vivia e Guiomar, Condessa, herdeira de um reino. Ainda assim o amor deles os torna fortes e eles lutam contra tudo e todos, quando estão próximos a tão sonhada felicidade, por conta da inveja e do ciúme de sua madrasta, Guiomar sofre ao ver seus sonhos serem destruídos.

Desse ódio, dessa inveja, nasce um pacto, uma maldição. Esta aprisiona as almas envolvidas no ocorrido, eles permanecem ligados por 1000 anos, se reencontrando de tempos em tempos.

Para tentar quebrar a maldição e reparar os erros cometidos. Agora no século XXI eles têm a última chance, ou viverão em sofrimento eterno e Sancho e Guiomar jamais vão poder ser feliz.

A história é repleta de magia, mistério e muita aventura e claro, recheada de romance.

O Mundo descrito pela autora é fantástico, nos faz imaginar como era viver naquela época, de guerreiros, damas, reis e rainhas. Nos leva a fantasiar à cada página que lemos.

O Mosteiro descrito onde se passa toda a historia vivida no século XXI, eu me peguei diversas vezes imaginando cada comodo descrito e ao final do livro senti como se tivesse ido aquele lugar.

Tudo é descrito com riqueza de detalhes. É um livro valioso como um pergaminho, deveria ser eternizado tanto quanto a história que ele conta.

Eu não conhecia a autora, muito menos o livro. O recebi em parceria pela Editora Biruta e agradeço imensamente a oportunidade de ler um livro tão maravilhoso.

Quanto à parte física do livro, é linda, a capa e as primeiras páginas de cada capítulo são em um tom de Azul maravilhoso, acredito ser Azul Real, a numeração das páginas também são neste mesmo tom de azul e ficam na lateral das páginas e não no rodapé como de costume.


Quanto à revisão do texto encontrei alguns pouquíssimos erros que não atrapalham em nada o seguimento da leitura. Acredito que a Editora veja isso numa próxima edição.



É um livro que eu recomendo de coração. Tenho certeza de que, quem o ler, vai amar cada linha lida.
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Jaqueline 02/12/2012

O começo da leitura desse livro foi bem difícil pra mim, acho que por culpa de uma ressaca literária que resolveu me fazer companhia por esses dias. O livro faz parte do Book Tour que a Gabi organizou *--* Obrigado pela oportunidade, Gabi.

Cordeluna é um livro muito marcante e intenso. Conta à história de um casal do século XI (Sancho e Guiomar), que vê seus planos ser levados por água abaixo por culpa de uma tal Brianda, essa mulher não é gente, sério.

Sancho, um cavaleiro do grupo de El Cid, acaba conhecendo primeiro Brianda, e essa tenta convence-lo a casar-se com ela, pois é viúva e precisa de um homem pra manter o controle de suas terras. Mas o cavaleiro se apaixona perdidamente por Guiomar, sua enteada, e então quando ela descobre que perdeu o “seu homem” pra garota, ela não se da por satisfeita.Brianda recorre à magia negra, e com a ajuda de um feiticeiro acaba jogando uma grande maldição no jovem casal.

Já no século XXI um grupo de jovens vai pra um mosteiro para participar de um grande projeto medieval, e a peça se passa no ano de 1081 data do primeiro desterro de El Cid.

Glória e Sérgio após chegarem ao mosteiro passam a sentir coisas estranhas, sonhos estranhos. Eles em alguns momentos passam a se comportar como se estivessem mesmo no ano de 1081, eles encarnam mesmo os personagens.

A história trágica de Sancho e Guiomar se passou há mil anos atrás, e só agora Glória e Sérgio poderão da um fim na maldição, trazendo assim paz para as almas dos apaixonados.

Como eu falei no início, esse foi um livro que ao começar a ler eu senti um pouco de dificuldade, por causa da ressaca e porque os personagens do século XI têm suas falas bem complicadas, por se passar a mil anos atrás. Isso foi no início, depois que você começa a juntar as coisas você fica louca pra entrar na história e tentar ajudar, você sofre por não poder fazer nada pra ajudar o casal. A história é tão trágica, mas tão bonita.

Esse livro foi uma grande surpresa, eu não esperava tanto, ele conseguiu me prender, me emocionei bastante, eu senti muita raiva, e muita vontade de agir. Infelizmente eu não consigo me expressar tão bem, mas uma coisa eu digo, esse livro vale a pena ser lido.

E por que o livro se chama Cordeluna? No decorrer da história você irá descobrir, mas já adianto que é uma espada, e ela não é uma espada qualquer, ela tem um grande poder de vingança. Só posso falar isso rsrs

Esse foi o primeiro livro com tema medieval que eu li, e confesso que adorei a história. *--*

Leia ,você não irá se arrepender!
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