Kamilla 09/08/2023Uma decepção.Primeiramente, se eu soubesse que o principal ‘romance’ da história se iniciava quando um padre de quase 30 anos conhecia uma menina de 10, eu provavelmente nem teria me dado do trabalho de ler, mas peguei esse livro meio que as cegas, esperando uma coisa mais épica, estilo “E o vento levou…”, mas não, me deparo com isso. O relacionamento deles só começa depois que Maggie já completou a maioridade, mas a sensação de incomodo com eles dois juntos me acompanhou até a última página desse livro.
Sem contar que os personagens não são memoráveis, Meghann não é nenhuma Scarlett O’Hara, ela é extremamente passiva, alguém a quem as coisas vão acontecendo, ela mesma não dirige nenhum acontecimento importante e não me passou nada que me fizesse com que eu me importasse com ela, no bom e no mal sentido, eu simplesmente não me importei.
A mãe tem uma história de fundo interessante, mas Fee também passa a maior parte do livro como uma incógnita e não consegui desenvolver muito apego, Frank começou como um personagem interessante e foi mutilado e caiu na obscuridade, os demais irmãos de diferente só tinham o nome, mas podiam ter poupado o trabalho e resumido todos eles em um personagem só, eles eram tão nulos que quando estavam todos no mesmo trecho era difícil diferenciar quem é quem.
Achei a prosa meio prolixa, exageradamente descritiva, era mais preocupação em descrever a paisagem australiana e o tom dos cabelos de Maggie, do que em mergulhar mais fundo nos aspectos psicológicos dos personagens, os romances foram rasos.
Consegui me interessar levemente por Justine, mas se ela terminasse sozinha ou acompanhada eu não ia achar grandes coisa e nem me revoltar com nenhum final possível. Dane então, para mim não provocou nada, e eu queria mesmo ter conseguido me importar com as história ou com um único personagem que fosse, mas infelizmente o livro me incomodou negativamente e não me agradou em quase aspecto nenhum, na minha opinião é uma história que envelheceu muito mal.