Pássaros Feridos

Pássaros Feridos Colleen McCullough
Collen Mccullough




Resenhas - Pássaros Feridos


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Flávia Menezes 06/09/2022

ROMANCE NADA ROMÂNTICO SOBRE O AMOR DOLOROSO.
?Pássaros Feridos?, um clássico escrito pela romancista e neurocientista australiana Colleen McCullough, foi publicado em abril de 1977, ganhando 10 anos mais tarde uma adaptação para a televisão, tendo seu personagem mais polêmico, o padre Ralph de Bricassart, interpretado por um dos atores mais bonitos da época, Richard Chamberlain.

O romance tem seu início entre 1915-1917, onde somos apresentados à família Cleary, e começamos a acompanhar a vida da ainda pequena Meggie, a protagonista dessa história. Os primeiros capítulos são um verdadeiro mergulho na vida simples da família que vivia com muita dificuldade em terras da Nova Zelândia, com meninos que desde cedo sacrificavam suas vidas de sol a sol, e a única filha, Meggie, que cresce com uma mãe que pouco a nota, e que tem no irmão mais velho sua maior fonte de amor.

Escondendo-se atrás dos rancores e dores da vida, Fee, a mãe de Meggie, é uma mulher bastante calada, sofrida, e que teve um casamento arranjado pelo seu pai com um homem bastante simples, Paddy, porém um dos personagens masculinos mais virtuosos que poderíamos ver descrito em uma obra de ficção.

Para mim, Paddy é o melhor personagem dessa obra, e é o único que realmente merece ser lembrado. A forma como ele assume uma mulher que mal conhece, e que foi humilhantemente posta para fora de casa, com tanto respeito e cuidado é simplesmente tocante. Com ele aprendemos que o amor é muito maior quando vem do ato de se comprometer totalmente com alguém, sem querer mudá-lo, mas convivendo com as suas diferenças dia após dia com muita paciência, respeito e carinho.

E quando a família deixa a vida pobre na Nova Zelândia para se mudar para a Austrália, para que Paddy possa receber a herança de sua irmã mais velha e mais abastada, as dificuldades passadas pelos Cleary vão dando lugar a uma vida com melhor qualidade, e é nesse momento em que o amor que existe entre eles, Paddy e Fee, abre espaço de tal forma que a vontade é poder ter a sorte de viver um amor como o deles.

E tão marcante quanto as cenas de amor entre Paddy e Fee, foram as descrições da autora sobre detalhes climáticos, de vegetação, vida animal e dos costumes vividos na Austrália e Nova Zelândia. Me senti mergulhada em uma realidade que eu desconhecia, e confesso que ler sobre tosquia de carneiros me deixava interessadíssima. Eu desconheço outras histórias que se passam nessa região, então, sem dúvida esse foi um ponto alto desse grande clássico.

Porém, eu confesso que meu encantamento por esse romance acaba por aí. E de fato, o romance principal (e bastante polêmico) que acontece entre o padre e a jovem que o encanta desde o primeiro momento em que se conhecem, é umas das partes mais degradantes dessa história.

Em primeiro lugar porque esse encantamento acontece quando ela ainda é apenas uma criança, e ele já é um adulto. Chega até a lembrar o ?imprinting? que o Jacob, personagem do livro ?Crepúsculo? da autora Stephanie Meyer, tem com a filha da Bella Swan. É um tanto inapropriado, e o pior... é que fica ainda pior. Afinal, precisamos lembrar que Ralph de Bricassart é um padre!

Apesar da autora descrevê-lo como um homem belíssimo, de um físico impressionante, o fato de sua personalidade corrompida pela ganância por dinheiro e poder, o torna o homem mais feio que poderia existir. Tudo o que ele faz é pensar em como pode subir em sua vida sacerdotal, e quando o dinheiro fala mais alto do que o amor que sente por Meggie, não há como não se revoltar.

O que mais me incomodou nessa história é em como a autora o descreve como um homem que fez seus votos sacerdotais, porém que vez ou outra se entrega aos desejos carnais, como se isso não ferisse seus votos, e ainda com a justificativa de que ele estava apenas fazendo um favor à Meggie.

Eu até posso compreender o fato da autora viver o ateísmo, porém, sua crítica ao catolicismo, para mim passou bastante do ponto, sendo esse meu motivo maior para a nota atribuída à obra. Afinal, é um verdadeiro desserviço desenvolver um romance como esse, onde todos os preceitos religiosos são deturpados, unicamente pelo fato da autora não viver a mesma fé. Desnecessário, e totalmente grotesco. E tendo dito isso, nem sequer me estenderei mais no assunto.

Apesar de tão aclamado, esse é um romance que traz homens extremamente gananciosos, e que veem as mulheres apenas com um mero objeto de prazer. E quanto às mulheres, longe de ser como protagonistas do porte de Scarlett O`Hara, ou Jane Eyre, Meggie é uma mulher que idealiza demais os homens da sua vida, chegando a ficar totalmente cega para todo o mal que eles lhe causam. Ela os endeusa de tão forma, que é muito degradante.

Confesso que cheguei ao final da história, me perguntando onde foi que a autora quis chegar, e o que aconteceu com ela nesse caminho, pois a sensação foi de que ela se perdeu completamente. Ela pareceu tão preocupada em amarrar o final a ideia do título, do pássaro ferido que canta pela última vez em meio a todo seu sofrimento, que de fato deixou a história por si só, sem qualquer sentido.

No final, a história é uma sequência de tragédias e muito sofrimento, onde nunca se chega a lugar algum. E a grande tacada de sorte da autora, foi dar ênfase ao personagem Rainer, um alemão que trabalhava para Ralph de Bricassart, e que assim como Paddy, se torna um exemplo de homem honrado, que sabe como tratar verdadeiramente uma mulher. Um verdadeiro refrigério, para um final onde a dor consumiu tudo o que encontrou ao seu redor.

De fato, as vidas nessa história se entrelaçam. Mary Carson, a irmã de Paddy, apesar de abastada, era uma mulher solitária, que tinha o coração tomado pelo rancor à velhice, essa figura maligna, que lhe tirou toda a juventude e a beleza capazes de encantar e viver o amor com o homem que tanto desejava. E quando Mary Carson se foi, ela não deixou apenas as terras como herança para o irmão. Ela deixou também toda a dor, todo o sofrimento, e a sina de que assim como ela, ninguém ali jamais viveria para desfrutar do amor, e da alegria de ser verdadeiramente amado.
Geovana 06/09/2022minha estante
A história parece interessante, mas essa questão do padre foi realmente desnecessária. A autora podia ter buscado uma forma melhor de criticar quem não leva o cristianismo a sério.


Flávia Menezes 06/09/2022minha estante
Exato, Geovana! Até porque eu gostei da parte da revolta com os preceitos por parte da Meggie. Isso faz parte? Mas ele como padre?e o pensamento da cúpula da Igreja vendo tudo e achando normal? isso foi desserviço. Mas tem coisas boas sim. É um bom livro. Só achei as relações muito frias?superficiais? Acho que faltou o romance. Ainda bem que o alemão salvou o final do livro! ??


Luiz Souza 19/09/2022minha estante
A autora errou a mão um pouco kkkkkkkk


Allie 15/03/2023minha estante
O pior foi o fato de tudo começar ainda criança


Flávia Menezes 16/03/2023minha estante
Isso foi bem absurdo mesmo, Allie.




Evy 20/01/2011

Uma história de amor sem igual...
"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento".

Pássaros Feridos é um romance singular. Conta a saga da família Cleary que tem início no começo do século 20, quando Paddy leva a esposa, Fiona, e os sete filhos do casal para Drogheda, uma enorme fazenda de criação de carneiros, de propriedade de sua irmã mais velha, viúva e sem filhos. Entre os 7 filhos de Paddy, encontra-se Maggie, a protagonista deste romance. Sua história é contada desde quando tem apenas 7 anos e se sente excluída pela mãe que dá preferência aos filhos homens, até o final de sua vida como Senhora da enorme fazenda de Drogheda.

Entremeando esses acontecimentos, está o proibido amor de Maggie pelo ambicioso padre Ralph de Bricassart. Uma história de amor fantástica, envolvente, forte e significativa. Quem já teve oportunidade de ler esse livro sabe que o trecho com o qual iniciei a resenha, não poderia ter sido melhor escolhido. Sem dúvida um amor que sobreviveu a distancia, aos sofrimentos, as ambições e tragédias humanas. Um amor verdadeiro, sem igual.

O livro emociona do primeiro ao último capítulo. É impossível não se envolver com a personagem Maggie de forma que você sofra, ri, chore junto com ela em cada fase de sua vida. De criança à senhora. De menina à mãe. Um dos meus livros favoritos sem dúvida.

Leitura recomendadíssima!
Fe Sartori 08/06/2010minha estante
Ah!!!

Agora fiquei com muita vontade de ler,depois dessa resenha, e de todas as outras que vi no skoob...Me pareceu lindo mesmo...

=D


Sandra de Oliveira 21/01/2011minha estante
quero tanto ler esse livro! mas quem disse que eu consigo encontrá-lo!? =/

adorei a resenha! ^^


giosg 17/10/2013minha estante
eu comecei a ler agora, mas sempre tive vontade de le-lo, voce tem razão, é um livro lindo, comovente.. já entrou para um dos meus favoritos!


lilian.souza.33 09/12/2014minha estante
simplesmente maravilhosooooo


tiana.batista1 12/12/2014minha estante
Eu já li esse livro pelo menos quatro vezes,amei demais a estória.


tiana.batista1 06/02/2015minha estante
Comprei e li esse livro em julho de 1986,sempre que da vontade releio,é um romance maravilhoso.


carol 20/02/2015minha estante
Terminei de lê-lo hoje, ele é um livro maravilhoso, você ri, chora e se comove junto com os personagens da história. É um livro tão envolvente que eu senti vontade de lê-lo o tempo todo e não fazer mais nada; me apaixonei por Maggie e Ralph.
Pássaros Feridos é um ótimo livro e agora um dos meus favoritos.


Lane 31/07/2015minha estante
Já li há algum tempo e é um dos meus preferidos!! Lindo!!!
Se não me engano teve uma mini série dele




Dayane 24/10/2011

O pássaro com espinho cravado no peito segue uma lei imutável; impelido por ela, não sabe o que é empalar-se, e morre cantando.
"Eu sei e você sabe, já que a vida quiz assim, que nada nesse mundo, separa você de mim. Eu sei e você, que a distância não existe, que todo grande amor, só é bem grande se for triste..."

Outra releitura! Li com 15 anos e agora com 30, de novo! Nem posso acreditar que minha percepção sobre a história tenha mudado tanto. Uma coisa continua igual, a absoluta certeza de que este livro é lindo, inesquecível, atemporal, uma perfeição.

Quando eu tinha 15 anos minha atenção, frustração, ansiedade ficou totalmente voltada para o amor impossível entre Maggie e o Padre Ralph de Bricassard, e essa fixação no tema era tão grande que passou-me despercebido quantas personagens complexas e maravilhosas foram tema deste livro.

Desta vez, me dei conta do quanto Paddy, o pai de Maggie, amou a mãe dela e que este amor foi rejeitado e colocado de lado por Fee, até o dia em que foi tarde demais para Fee arrepender-se de sua reserva.

Com esta nova chance, eu pude sofrer por Frank, amado irmão mais velho de Maggie, um jovem revoltado, que amava a mãe e a irmã com a mesma intensidade crua que odiava o pai. Este menino atormentado, confuso, capturou meu coração com sua história triste e vibrei quando ele teve uma segunda chance de estar no seio da família, já velho e cansado...

Como eu não pude da primeira vez perceber como Mary Carlson amou Ralph de uma maneira tão destemperada e egoísta que seu último desejo antes do suspiro da morte fosse que ele fizesse uma escolha que o condenaria ao pecado da ambição, do orgulho e que esta mesma escolha traçaria as dores de Maggie até sua velhice?

E Ralph? O homem que há quinze eu considerei uma vítima do destino, por amar Maggie e não poder estar com ela? Desta vez, o que eu vi foi um homem que amou sim Maggie,como um homem ama uma mulher e que colocou este amor acima do amor á Deus, mas ele foi incapaz de colocar este sentimento acima da paixão que ele tinha pela política católica, pela fascinação que sentia ao imaginar-se Cardeal e por tal fascinação ele jogou Maggie nos braços de Luke.

Maggie casa-se, impulsivamente e infantilmente levada pela semelhança física que este pobre diabo tinha com Ralph. Pode imaginar nascer de tal ato alguma afeição? Mas durante este matrimônio nascem Justine e Dane, duas pessoas fascinantes.

Confesso que Justine é para quem vai todas as minhas honras nesta releitura, uma mulher feita de um material único, resistente, diferente.

Confesso também que a história de amor entre Justine e Rainer, o alemão, foi uma grata surpresa, pois não me lembrava dela e ela é linda e comovente, e graças a Deus, feliz! Ela dizia que o nome dele, se pronunciado com o sotaque dela "Rein" siginificava chuva, que era uma das coisas mais valiosas na Austrália, assim como ele era valioso para ela...

Dane foi a inspiração de Maggie, o amor que ela pôde expressar, o filho que ela amou...mas ela foi avisada, que os Deuses às vezes tem inveja...

Uma história de 40 anos de lutas, dores, perdas, ganhos, derrotas e vitórias, mortes e nascimentos. Mas, decididamente, uma história de amor!

VANESSA 02/03/2012minha estante
Esse livro foi o mais lindo que já li...A história é linda e a narrativa é estonteante!! Já li 3 vezes e confesso que estou com vontade de ler novamente!!


Briena 02/07/2012minha estante
Linda sua resenha, me deixou com vontade de ler ainda mais.


Nilda 22/07/2012minha estante
Dayane, também li este livro há aprox. 17 anos atrás e pra mim o que tinha ficado marcado era o amor impossível de Maggie e Ralph. Dedicando especial atenção a estas considerações que vc fez quero fazer esta releitura o mais rápido possível. Este livro é um clássico!!


Monica 07/08/2013minha estante
Tb li esse livro mto cedo, em 1988 aos 12 anos de idade, e ja reli inúmeras vezes, e como você meu foco principal ao ler pela primeira vez era o amor impossível da Maggie pelo padre.
E com o passar dos anos fui relendo e fui vendo os personagens complexos assim como vc, e fui me apaixonando cada vez mais pelo livro
E no final achei Maggie um pouco egoísta até, por ter repetido a mesma história da sua mãe, dando valor exclusivamente para o filho por ser filho de quem era, e pouca atenção a Justine, que eu vejo como uma mulher solitária, sem a atenção da família e mesmo assim com uma capacidade enorme de amar


Anna.Rebeca 03/01/2016minha estante
Eu ,infelizmente , li esse livro quando era muito nova para aproveita-lo como se deve ... Agora estou esperando esquecer mais dele para poder reler e apreciar completamente. Pois mesmo sem ter aproveitado direito, consegui ver sua beleza .




Andre.28 27/01/2020

Uma história de amor que ultrapassa gerações
[ALERTA, RESENHA EXTENSA!]

[Uma novela australiana com toques de descrição proustiana, uma história de amor bastante extensa, de grande duração. Um enredo que alerta para responsabilidades emocionais, a polêmica relação do celibato na Igreja Católica e uma série de más escolhas ante um amor ardente.]

Pássaros Feridos é o segundo romance da autora australiana Colleen McCllough publicado no ano de 1977. Nessa História de longa duração temos a narração da vida da família de Paddy Cleary, as relações familiares e de convívio entre os membros da família, em especial Meggie Cleary. A narrativa descreve toda a mudança da família da Nova Zelândia pra a Austrália, logo após a tia megera de Meggie, a Sra. Mary Carson, convidá-los para tomar conta da fazenda, incluindo-os como trabalhadores e futuros herdeiros de sua enorme fortuna australiana. Meggie acaba crescendo na Austrália, em meio às intempéries do clima e as dificuldades de um amor impossível pelo “bonitão” padre Ralph De Bricassart.

Logo após a morte de Mary Carson, o enredo dá uma reviravolta. O Padre Ralph e a jovem Meggie, após declararem o amor mútuo. Eles acabam por fazer más escolhas, perturbados pelos fantasmas do pecado e pelas ambições do jovem padre. Os dois expõem os seus conflitos emocionais numa luta entre a razão e coração, seguindo caminhos opostos, aceitando (parcialmente) seus destinos.

A História toda vai de 1919 a 1969 (50 anos) e que nos levam, na segunda metade da história, aos filhos de Meggie e um “segredo de sangue”, as relações com a fazenda na Austrália e ascensão de Ralph aos altos postos da Igreja Católica. Enfim, a narrativa é uma verdadeira novela com refino literário de descrição aos mínimos detalhes, principalmente das paisagens. (Digamos que é um estilo “proustiano” de escrita).

A minha crítica está na extensão da história. Até a metade eu consegui ter empatia pela Meggie e pelo Padre Ralph, mas depois da separação e das complicações dos dois, a segunda metade meio que “se estende” para a velhice deles, nas histórias de amor, dos conflitos dos filhos de Meggie, de forma a cansar o leitor desgastando a figura de ambos e a leitura. Ou seja, por mais que os filhos de Meggie fossem personagens construídos ao longo da narrativa, faltou-lhes o carisma dos personagens iniciais (o Padre e Meggie).

Outra crítica ao livro está no tamanho da história. A autora poderia ter; ou enxugado a história (o que no final das contas eu acharia um erro), ou simplesmente dividir a história em dois livros. Em minha opinião ficaria menos cansativo se a historia tivesse divida em 2 livros. Até metade da história eu daria 5 estrelas, mas pra mim decaiu na parte final ficando entre 4 e 5 estrelas. Honestamente, teve momentos que achei que a narrativa parecia que não teria um final. As lamentações de Meggie pela escolha horrorosa em se casar com o podre do Luke O’Neill pareceram-me enfadonhas, até certo ponto irritantes. Justificativas voláteis, impossibilidades esdrúxulas e o amor ali ao lado em uma relação de “vida e morte”.

Enfim, a narrativa tem um apuro magnífico, ótima pesquisa histórica sobre a Austrália, Europa, período Entre Guerras, recursos novelísticos interessantes e etc. Pássaros Feridos é uma história de ficção moderna, um romance em longa duração que exige paciência do leitor.
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Dani 29/01/2021

Intenso
Se alguém me perguntasse antes dessa releitura sobre o que era a história do livro, eu teria respondido que era um novelão de um amor proibido entre uma jovem e um padre. O que não é mentira. Mas não é completamente verdade. Pássaros Feridos também é uma história sobre família, sobre luta, sofrimento, alegria e dor. Sobre o livre arbítrio e a consciência humana, e sobre as consequências de cada decisão que tomamos na vida. Também é um retrato histórico da Austrália na primeira metade do século XX. Mas é principalmente um livro que transborda emoção, e é por isso que gosto tanto dele.
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Dri Ornellas 25/08/2010

Pássaros feridos é um clássico da escritora australiana Colleen McCullough que narra a história da vida de Meggie Cleary e sua família.

Meggie é apenas uma criança quando sua família se muda para Drogheda, onde mora a irmã de seu pai Paddy, Mary, que está velha e se sente perto da morte. Nessa nova casa, a família Cleary é apresentada a várias mudanças, tanto por passaram a ter melhores condições financeiras graças a fortuna de Mary quanto culturais, por estarem em um novo lugar.

Em Drogheda, a família também conhece o padre Ralph de Bricassart que nutrirá um amor especial por Meggie e estará presente durante toda sua vida.

O romance é longo, bem descritivo e com várias tragédias. A história começa no ano de 1915 e termina em 1969, nesse período acompanhamos toda a vida de Meggie, todas as suas transformações - menina, adolescente, mulher, mãe e idosa - e todas as suas decisões e frustrações.

Esse é um livro muito amado por muitas pessoas. Eu gostei muito da narração e do personagem de Ralph de Bricassart, pois apesar de desejar sacudí-lo durante a maior parte do livro, seus pensamentos e brigas internas foram a história mais interessante no livro para mim.

O livro se inicia e termina com uma alusão ao seu título:

Exite uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda. (...)

O pássaro com o espinho cravado no peito segue uma lei imutável, impelido por ela, não sabe o que é empalar-se e morre cantando. No instante em que o espinho penetra não há consciência nele do morrer futuro; limita-se a cantar e canta até que não lhe sobre vida para emitir uma única nota. Mas nós, quando enfiamos os espinhos no peito, bem sabemos. Compreendemos. E assim mesmo o fazemos. Assim mesmo o fazemos.



kellen.ssb 27/09/2010minha estante
Que resenha linda... filosófica... adorei!




@bibliotecadedramas 24/04/2023

Final deixou a desejar e Justine é insuportável
Esse livro foi mais um daqueles clássicos que a história passa de geração pra geração e, conforme a leitura se desenvolve, parece que o leitor também passa a ser mais um membro dos Clearys. A história começa na Nova Zelândia com Meggie – sendo uma das protagonistas, ainda muito pequenina no meio de 7 irmãos (ou oito? perdi a conta) e seus pais Fee e Paddy. A vida da família é muito dura no campo, eles são relativamente pobres, mas após Paddy receber uma carta da irmã de Paddy extremamente rica para morar na Austrália e herdar a fortuna, todos os Clearys se mudam de país e tudo também passar a mudar na vida de cada um deles.

“Pássaros Feridos” é um livro extenso e denso, com muitos detalhes e descrições minuciosas de todos os lugares e personagens, sendo cada qual completamente diferentes um do outro. Mas isso não é cansativo, pois a autora vai mesclando com os acontecimentos da vida dos Clearys e você cada vez mais vai imergindo na história. É de fato uma leitura incrível: alguns pontos polêmicos (o padre! gente?!?!), cheio de dramas, resiliências, perdas, encontros e muitos desencontros. Fala sobre orgulho, sobre o amor a terra, sobre as escolhas, e sobretudo nas consequências que cada uma delas carrega.

Contudo, o que não me agradou foi o final. Parece que a autora, sabe-se lá porque, se perdeu do fio da história e focou apenas nos dois personagens que são os filhos de Meggie: Justine e Dane. Acontece que Justine, pra mim, foi uma personagem chata, fútil, frívola e totalmente irrelevante e dispensável pra história, ao contrário da Dane que teve sim, uma história bem interessante e um final trágico. Mas a parte que ela foca e dedicou o final para falar apenas em Justine, pra mim, poderia passar completamente batido porque de verdade, não achei ela nada de acrescentável ao livro e não entendi porque a autora deu essa volta fora da curva. O final pra mim faltou, infelizmente. Faltou um final digno à Drogheda e principalmente à todos os outros personagens que estiveram o tempo todo na história. Mesmo assim, é uma história que vale a pena ser lida.

site: https://shejulis.com/livro-passaros-feridos/
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Luiza.Andrade 03/03/2020

Uma trágica história familiar
Leitura muito extensa, muitos personagens, alguns se perdem no meio da história, muitos detalhes, aos dias atuais, desnecessários. Isso torna a leitura cansativa. Mas no contexto geral a história é boa. Só me pareceu que ficou faltando uma finalização para a mesma.
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Vanessa 20/06/2021

Livro triste. Como as mulheres se resignavam a uma vida sem expectativas somente de criar filhos. Uma família que só viveu tragédias.
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Amandask 03/10/2020

Nunca li um livro nesse ?estilo?, no começo não estava dando muito pra ele, mas a história me encantou, fiquei feliz e triste com os acontecimentos. É um dos livros preferidos da minha mãe e com certeza vai fazer parte dos meus preferidos também!
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Mari Pettian 28/12/2023

Este é o livro favorito da minha mãe, e por incrível que pareça a primeira vez que ela leu esse livro foi em dezembro de 1980.

E em dezembro de 2023 eu o abri pela primeira vez... logo no início me deparei com um verso que ela transcreveu, o mesmo verso que ela cita para mim desde quando me conheço por gente

"Quando o mundo se acabar
E do sol, o resplendor
Deixando de haver amor
Deixarei de vos amar."

Devido a diferença de décadas eu pontuei algumas coisas para minha mãe que antigamente ela não tinha parado para pensar e muito menos tal assunto era comentado, mas é uma linda história, e finalmente eu pude conhecer o Padre Ralph, o qual minha mãe é apaixonada desde a primeira leitura (ela já releu esse livro quatro vezes).

Manhê, obrigada por todos os livros compartilhados, que possamos ler e compartilhar muitos outros que virão ?
Shill 02/01/2024minha estante
????????




otxjunior 08/05/2023

Pássaros Feridos, Colleen McCullough
Saga familiar épica e multigeracional, que apesar de parecer muitos livros em um só, gira essencialmente em torno da incapacidade masculina de amar. Salvo outros homens, inclusive Deus. O que torna a protagonista sozinha fonte de toda a energia sexual, o som e a fúria, do romance.
João 08/05/2023minha estante
Você fez parecer interessante. Eu pensava que era só um longo romance tipo "banca de jornal".


otxjunior 09/05/2023minha estante
e é tb! kkk pra mim valeu a pena a leitura.




Taise 29/12/2020

História dramática, onde muitas coisas extremamente tristes acontecem, porém muito bem escrita.
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DIRCE 02/12/2009

Incomparável
Como eu conhecia a história, pois assisti a mini-série quando foi exibida pelo SBT anos atrás, eu ia protelando a leitura deste livro sem saber que estava me privando de me deliciar com a narrativa de Colleen McCullough. Nossa!!! O curioso é que eu já tinha lido o livro Tim e, nessa ocasião, me passou despercebido que, como contadora de história, Colleen McCullough é incomparável.
Foram 498 páginas de puro encantamento ( meu exemplar tem 528 páginas, mas no finalzinho perde-se um pouco o brilho).Meu encantamento nem foi tanto pela história. Sim, o romance tem uma bonita história : a da família Cleary que deixa Nova Zelândia e parte para a Austrália,passando a viver na fazenda de uma parenta - a manipuladora Mary, ocasião em que conhecem o padre (ou seria o deuso? risos ) Ralph que, a despeito do grande amor que sente pela jovem Meggie, não consegue renunciar suas ambições. O meu encantamento foi decorrente da atmosfera criada, do modo como C. McCullough consegue desnudar a essência de pessoas herméticas, refratárias como a matriarca Fee. E ao descrever a menina Meggie então? Dá vontade de carregá-la no colo.
Teve momentos que me senti solidária com os asmáticos. Isso mesmo e não há nisso exagero algum. Quando Paddy enfrenta a grande tempestade a que se segue o grande incêndio cheguei a sentir o cheiro de queimado. E quando surge o grande porco ferido... tive que encher os pulmões porque me faltou o ar.
Como fui tomada por fortes emoções esse livro passará a fazer parte dos meus favoritos.
Regina 30/08/2011minha estante
O Cardeal Vittório, no final do livro, resume bem o Padre Ralph: "ele foi um dos homens mais atormentados que já conheci."


Magasoares 27/01/2018minha estante
Comprei hoje no sebo :) vai ser minha próxima leitura :D


DIRCE 27/01/2018minha estante
Boa leitura , Magali




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