Religião para Ateus

Religião para Ateus Alain de Botton




Resenhas - Religião para Ateus


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Cachamorra 13/04/2024

Um livro com pequenas pretensões!
Aqui temos um Alain muito sensato. A proposta do livro é fazer uma análise dos simbolismos religiosos e buscar aquilo que não precisa ser abandonado pelo ateísmo. E isso é muito bom.

Em muitos livros que li recentemente, nós destilamos intolerância com as pessoas religiosas, quase em um nível de tratá-las como ignorantes ou pior. Alain discorre da coerência de certas práticas, se tivermos uma análise mais racional e avaliarmos os benefícios coletivos dessas práticas.

Digo que esse livro tem pequenas pretensões porque ele pretende apenas propor uma maior participação da comunidade atéia em certos ritos e aproveitar as benesses de estar presente no coletivo, apenas isso. Não há tentativas de mudanças sociais.

Apesar do pensamento de Alain de Botton ser muito liberal (que até irrita), há sim uma proposta de reflexão individual que faz sentido.
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yurigreen 30/01/2014

Welcome to Atheism 2.0
Sabe aquele livro que você pega e logo nas primeiras páginas já se identifica por completo com as ideias do autor? Aí está!

Essa afinidade grandiosa que senti ao ler o texto se deve a forma como Alain traz à luz temáticas e comportamentos religiosos interessantes que, segundo seu ponto de vista, faltam aos ateus militantes e isolados.

Já não me basta saber que Deus está morto(Nietzsche), que a religião é o mal do mundo (Dawkins, Harris, Hitchens), que a fábula religiosa é teatral (Dennett) e que o sentimentalismo religioso é ingênuo (D'Arcais). A caracterização do velho ateísmo é ser restritivo e deveras intolerante, sobrepondo a razão acima de tudo, num discurso tautológico infinito.

A proposta de de-Botton é capturar tudo aquilo que pode ser válido na filosofia religiosa e introduzir num ambiente secular. Nessa linha, discursa como a educação, a cultura, a retórica, a arte e o moralismo podem auxiliar numa perspectiva de vida mais emocionante e vívida por parte dos ateus.

Alain de Botton é um ateu apaixonado pelo estudo das religiões e sua influência no mundo ocidental. Esta narrativa se enquadrou perfeitamente com minha realidade atual e serviu para cimentar minha jornada teológica que já havia começado a alguns anos, colocando meu posicionamento sobre um prisma que ainda não havia enxergado.

Apesar do fuzilamento das críticas por parte dos cristãos e dos ateus, o livro é totalmente recomendado.
Iva 28/07/2015minha estante
E, bem, obrigada pelas outras dicas de leitura...Nietszche já li, mas os demais são bem vindos.




JonasMur 26/01/2012

Superficialidade ao tratar assuntos religiosos
Alain de Botton exagerou ao fazer a transposição para a sociedade secular. Suas propostas são no mínimo interessantes porém algumas bastante ingênuas. À nossa sociedade faltam coisas além de mecanismos religiosos, faltam-nos algo forte o bastante a acreditar para unir os diversos homens. Não é tão fácil quebrar a lógica da nossa sociedade hedonista e consumista atual. O Espírito do Ateísmo de André-Comte Sponville é mais profundo nesse aspecto, e mais contundente.
Sabrina 09/04/2012minha estante
A mim também pareceu que algumas ideias, a maioria, na verdade, são bastante ingênuas. E otimistas demais.


João 03/08/2012minha estante
Como ocorre com a filosofia nos dias de hoje. A maioria dos ditos filósofos fizeram uma leitura apressada da filosofia já feita (como Descartes, Hume, kant e outros) e repetem caminhos já trilhados, de uma forma muito mais superficial. Recomendo a leitura de "Quem Tem Ouvidos - Um Salto do Pensmento Para o Inconcebível".


Caio 13/09/2015minha estante
Nós, meros brasileiros estamos bem mais distante dessa realidade do que ele que nasceu na Suiça e viveu na Inglaterra, rs




Ronnie K. 04/02/2012

Passando a mão na cabeça dos crentes
O livro até sustenta uma ou outra boa ideia aqui e ali, mas isso, esses pontos luminosos, é tão raro que só com muita paciência e boa vontade para digerir a média que o Botton parece querer fazer com os religiosos e sua práticas. Muito estranho e absurdamente condescendente a maior parte das vezes. Não sabia se ria ou chorava (de raiva) na maioria das passagens. Juro que quase fui até o fim, mas não deu. Faltaram umas 15 ou 20 páginas. Botton aqui parece aquele animador de acampamento de jovens caretas pseudo-moderninhos. Em suma, Botton nunca mais.
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triwaca 26/07/2012

Um livro para Ateus, agnósticos e religiosos.
Livro cativante, com capítulos bem distintos, falando de uma forma bem desalienada sobre os ritos e situações da religião que devem transcender esta. Os rituais e crenças seriam, antes de tudo, parte da sociedade. Assim, devem ser considerados mesmo por ateus ou agnósticos. Recomendo muito para atiçar o pensamento de ateus (como eu) e para dar outra visão da religião para os religiosos.
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Victtorhugo 17/11/2023

Ao que parece, esse livro não foi feito para agradar muita gente.

Dentro de dez capítulos, Alain de Botton faz considerações sobre temas diversos, apontando como as religiões foram bem-sucedidas ao desenvolvê-los. Compara-se isso às carências encontradas no mundo secular e então são oferecidas algumas "sugestões práticas" do que fazer para que não crentes usufruam de algo que, para Alain, não é direito apenas dos religiosos, mas de toda humanidade.

As primeiras sugestões são mirabolantes, absurdas. Depois do susto inicial eu deixei de acreditar que o autor sugeria algo sério. Algumas coisas até podem ser aplicadas, mas individualmente. Meus capítulos favoritos foram "Educação" e "Perspectiva".

Em alguns momentos da leitura é possível sentir um pouco de inveja (para muitos, talvez raiva) dos religiosos e todos os seus privilégios. Em outros momentos senti falta de esperança ao pensar no alcance das religiões e nas multidões de adeptos.

Mas se de forma geral Deus existe porque o homem precisou criá-lo, então todo homem precisa de religião?

Acho que Alain tentou dizer que viver do lado "sóbrio" do mundo não é fácil, é solitário. Mas que se a repulsa do ateu pela religião não for extrema, valerá a pena excluir o misticismo e extrair algo bom do que os seus vizinhos crentes podem ensinar.

Para mim a leitura foi proveitosa, principalmente nas partes onde se constata a condição humana.
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Fabio 05/06/2012

Livro para quem acredita na religião desconsiderando seus dogmas e mitos.

Apesar de toda a manipulação causada por estas instituições sacras, não posso negar que a igreja é um dos melhores meios de formação do caráter humano. Mesmo não concordando com muita coisa, reconheço que a instituição tem muito a oferecer á formação do individuo. O livro fala justamente dos benefícios que a igreja traz para as pessoas, sem vincular o credo. O autor tenta buscar no mundo secular benefícios equivalentes que a igreja oferece para a educação, gentileza, respeito, convivência comunitária e outros atributos que não se ensina na escola.

Às vezes o livro fica um pouco enfadonho, as vezes as idéias do autor são otimistas demais. Mas no geral concordei com grande parte de suas idéias. Cresci dentro de uma igreja católica, e posso dizer que, independente da igreja, o ser humano ganha muito na formação do caráter com o auxilio destas instituições.
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João 19/05/2013

Botton não é filósofo
Ter cursado filosofia não é o mesmo que ser filósofo. Se alguém afirma, como Botton faz no livro, "que é óbvio que Deus não existe", ele pode se candidatar a Deus, mas não a filósofo. Saber se Deus existe ou não é impossível para nós, seres humanos, então não podemos afirmar sua existência ou inexistência. Diante dessa questão a filosofa que merece o nome começaria por perguntar o que é Deus, ou seja, o que queremos dizer quando perguntamos se Deus existe. Pois Deus é uma palavra de 4 letras e não sabemos se há algo por trás dela, e se houver, em que consiste.
Achei o livro muito fraquinho. Sua proposta de uma religião para ateus, que mantivesse "o bom" das religiões para pessoas que não acreditam em Deus, ou para pessoas que acreditam mas não se enquadram em nenhuma religião, é velha e já foi tentada, mas fracassou. Um exemplo é a Igreja Positivista de Comte. Em Porto Alegre tem um templo dela, e Botton o visitou quando esteve aqui. Ela está abandonada e é facil entender porque. As pessoas buscam a religião pela esperança de poder ir além da mera natureza. Apesar de se mostrar impossível, continuamos desejando viver eternamente. A "religião para ateus" de Botton joga fora o bebê junto com a água do banho.
Ronaldo.Refundini 06/08/2017minha estante
Olá, gostaria de divulgar meu segundo livro " Auschwitz como parâmetro de Amor", trata-se de uma análise ontológica que expõe as mazelas humanas que impedem as pessoas de viverem na sua plenitude. Numa reflexão profunda a respeito do sentido do ser além das aparências, o livro indaga a possibilidade do amor incondicional, trazendo também a ideia de que todas as pessoas são semelhantes sob a perspectiva de uma análise ontológica, a assimetria do verdadeiro e falso, a eternidade pela razão, perdão, etc. É uma obra fascinante! Será lançado na Bienal do RJ, mas já disponibilizo a pronta entrega, encomendas pelo whatsapp 44 99721 0404




Américo 08/08/2022

Proposta interessante, mas um tanto pitoresca
O autor faz uma proposta interessante nesse livro, que é basicamente utilizar conceitos e ideias da esfera religiosa no ambiente secular, de forma adaptada.

Embora eu tenha achado a leitura interessante, havia criado uma expectativa bem maior, que não foi correspondida. Muitas das propostas sugeridas pelo autor, embora aparentemente sérias e bem fundamentadas, soam mais como uma pegadinha, uma piada forçada, ou na melhor das hipóteses, um tanto vazias quando tiradas do contexto religioso.
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Fran 06/11/2012

Começo avisando que é preciso ter paciência para terminar a leitura desse livro, pois em alguns momentos torna-se muito enfadonha.
O autor deixa claro que seu livro traz a premissa de que “deve ser possível manter-se como um ateu resoluto, e, não obstante, esporadicamente considerar as religiões úteis, interessantes e confortáveis”.
Desse modo, Alain de Botton defende que as religiões servem de mecanismos para que o ser humano enfrente os desafios de viver em comunidade e do sofrimento mental e corporal.
Nesse sentido, Botton esclarece já no 1º capítulo que seu livro tenta examinar aspectos da vida religiosa a fim de retirar conceitos que poderiam ser aplicados de forma proveitosa aos problemas da sociedade secular, deixando de fora os aspectos mais dogmáticos da s religiões.
Em alguns momentos acredito que soa um pouco ingênuo, como por exemplo, em suas analogias para a educação, arte e arquitetura.
Na verdade, achei o autor bem cristão para quem se autodenomina um ateu resoluto desde criancinha.
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Malice 25/07/2020

Sensacional
Sou fã do autor, não tenho como esconder. Sua facilidade de lidar com temas tão complexos e analisá-los de forma tão leve e com soluções tão inusitadas me encanta. Há um certo sarcasmo e bom humor constante no fundo de cada sentença e isto é feito sempre com sabedoria e respeito. Conhecimento e reflexões para todos.
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Cristina117 28/05/2021

Achei uma leitura um pouco cansativa. Demorei mais que de costume.
Imaginei ler um livro sobre Ateus e não é bem isso, sei lá. Meio que me decepcionei.
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Kadulopexx 14/01/2012

Não esperava mas está me surpreendendo.
"Terminei o capitulo 3 hoje.Este livro até agora me surpreendeu pois o autor é um ateu,mas o livro segundo o próprio,não é para provar ou não a não existência de Deus,mas sim mostra os beneficios daqueles que acreditam em Deus e de como esses preceitos podem ser usados para trazer uma melhora para sociedade em geral."
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Natália Resende 11/04/2023

É um livro diferente do que eu estou acostumada a ler.

Me fez refletir sobre religião e espiritualidade.

Agradecer por tudo que temos
Saber que as coisas ruins são passageiras e temos que ter forças para as coisas boas
Amar uns aos outros
Cuidar dos animais e pessoas mais necessitadas
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Ricardo Santos 27/05/2017

Autoajuda sincera, mas frágil
Apesar de suas boas intenções, o livro é um amontoado de equívocos. O argumento do autor é que as religiões, com sua sistematização da fé, por meio de regras, rituais e práticas, têm muito a ensinar aos céticos e ateus. Esse bando de desgarrados com enormes dificuldades em influenciar o pensamento em grande escala e interferir de fato na vida pública. O autor não acredita em qualquer tipo de deus ou entidade sobrenatural. Mas reconhece a utilidade social das religiões em agregar e convencer as pessoas a pensar de determinada maneira, de forma a melhor a vida pessoal e coletiva. Então, à medida que o autor analisa vários aspectos da prática religiosa, ele propõe alternativas seculares, inspiradas no cristianismo, budismo e judaísmo, como forma de criar comunidades coesas e elevar o espírito de realização dos não crentes. Não sou daqueles que acreditam que religião é o ópio do povo. Religiões são criações humanas complexas, ficções da vida real cheias de significados, que fazem parte da ampla necessidade do ser humano por narrativas, que organizam e dão sentido à existência, apesar (ou por causa) de seus mistérios. Sempre deve haver respeito entre céticos e crentes. O problema é que o autor não leva muito em contas as barbaridades cometidas em nome das religiões ao longo da História. E pior, o livro é como um manual de como viver melhor dentro de uma economia de mercado perversa, aviltante. Não há qualquer proposta do autor de quebra profunda das normas, seja para crentes ou céticos. A mensagem seria: tente aproveitar o melhor possível dentro do status quo. O livro não é de todo ruim. Há insights interessantes e passagens informativas. Mas que se perdem num mar de ideias frágeis. No final, o livro não passa de uma autoajuda mais sincera e melhor escrita do que a média.
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