Terra Ardente

Terra Ardente Janice Diniz




Resenhas - Terra Ardente


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Fernanda 03/07/2013

Resenha: Terra Ardente
Resenha: O que define um bom livro? Os personagens ou a trama em geral? Acredito que cada um tem uma opinião diferente quanto a este respeito, pois uns podem gostar do personagem e não da trama, e vice versa. Mas o ponto ao qual quero realmente chegar é que “Terra Ardente” apresenta um conteúdo magistral referente aos personagens e ao enredo, sendo que um complementa o outro de uma maneira bem específica e adequada.

“A sombra de um sorriso esboçou-se nos lábios duros. Ele conteve-o. Adestrara as emoções, controlava-as bem de perto. Uma arte que o mantivera vivo no passado. Observou que Karen ajeitara-se para vê-lo, abandonara o jeans e o eterno chapéu e vestira-se de mulher.” Pg.32

Acredito que o centro desta história é a cidade fictícia em que gira a trama. Matarana tem um estilo único e dominante, definidos pelos próprios habitantes do local, que pode ser resolvida como uma parte criativa e outra bem conflituosa e repleta de intrigas acerca de poder. A narrativa envolvente e descritiva faz com que o leitor adentre num universo ilimitado, e consiga imaginar as cenas com clareza e precisão. Cenas estas, apresentadas em ambientes dinâmicos, que redirecionam o leitor para um estilo de vida “velho oeste” moderno com todas as suas peculiaridades (caubóis, pistoleiros, xerifes e afins). É uma leitura intensificada nas essências por conter uma riqueza minuciosa de traumas, dramas familiares, romances e agitações ameaçadoras.

“Gostava da companhia daquela que deixava Matarana e se entregava sem reservas a ele.” Pg.129

Mas é preciso enfatizar ainda que o foco principal são as relações humanas, o comportamento e as escolhas feitas por cada um. Em relação aos personagens, pode-se concluir que todos os citados na trama em questão, são muito relevantes e que no decorrer dos acontecimentos acabam se interligando. Vale destacar também que mesmo os homens sendo muito bem apresentados e descritos de uma maneira sexy e calorosa, as mulheres mantêm uma relação corajosa e destemida diante de situações perigosas. Karen Lisboa e Nova Monteiro são o oposto uma da outra, mas ao mesmo tempo são extremamente parecidas quando lutam por seus objetivos, são idealizadores e não se intimidar por qualquer coisa.

“Sou um homem das antigas. Porque acha que uso chapéu e banco o xerife? – indagou sorrindo com timidez. Em seguida, tirou o chapéu, pegou a mão dela e perguntou, encarando-a sem desviar: - Quer namorar comigo, Karen Lisboa?” Pg.175

Confesso que foi muito difícil escrever esta resenha fundamentada nas minhas emoções, justamente porque poderia ficar repassando à vocês todas as minhas expectativas e declarações acerca de cada personagem, porém se resolvi justamente não falar muito sobre cada um, é para não estragar as surpresas para quando o leitor for ler, porque sei que se começasse a falar, poderia me estender muito e talvez até soltar spoilers desnecessários. Por fim, o que mais me encantou foi o conteúdo narrado e das diversas maneiras de como os assuntos foram abordados. Foi uma leitura prazerosa e mesmo que o livro faça parte de uma série, o desfecho passou uma sensação de “dever cumprido”. Concluo, ressaltando que se você for um leitor apaixonado por uma boa narrativa de ação, aventura e romance, com certeza encontrou o livro certo.

site: http://www.segredosemlivros.com/2013/07/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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Amanda Azevedo 22/02/2012

Terra Ardente - Janice Diniz

Não se deixe enganar pelo título ou capa do livro. Terra Ardente não é um faroeste, um bang-bang ou coisa do tipo. A Janice Diniz criou uma história com personagens marcantes, fortes, espirituosos e às vezes inseguros. Erram e acertam. Agem sem pensar, se deixam levar pelo impulso, pelo calor do momento, mas também são calculistas, espertos. São feitos de medo e também de coragem. São frios em relação ao amor, mas vez ou outra se pegam acreditando na força que esse sentimento possui. São contraditórios, são reais, são seres humanos. Como eu, como você. São personagens dignos de nosso respeito. Enfrentam a vida de peito aberto fazendo o melhor que podem.

Preciso ressaltar em como a escolha do título do livro não poderia ter sido melhor. Terra Ardente resume bem o que encontramos nas páginas desse livro. Por dois motivos: primeiro o clima de Matarana — cidade fictícia localizada no centro-oeste brasileiro onde se passa a história — onde o clima é extremamente quente; e o outro motivo é que a vida dos personagens é um verdadeiro tumulto, coisas acontecem o tempo inteiro e isso faz com o livro não esfrie nunca, você encontra ação, sensualidade, emoção, rivalidade... É realmente quente!

Os diálogos presentes no livro são inteligentes e engraçados. Isso torna a história dinâmica e dá um ritmo mais rápido e leve à leitura. Pelas páginas você encontrará conflitos entre poderosos, pessoas capazes de fazer tudo para ficar no poder e pessoas capazes também de tudo para conquistarem a confiança de seus patrões. Em Matarana reina a vontade do mais forte. Então, os mais fracos obedecem. E àqueles mais atrevidos se rebelam, colocando assim a própria vida em risco.

Não temos o foco da história em um personagem somente. Várias histórias são desenvolvidas na narrativa, mas não de forma separada. As vidas dos personagens são entrelaçadas. Achei isso ótimo, pois podemos entrar na vida de cada um e conhecê-los a fundo. Karen, Nova, Cris, Franco, Rodrigo, entre outros. Tão diferentes e tão parecidos. Encantei-me pela história de vida de cada um deles. O que posso dizer? Só me resta ressaltar o que já disse no início dessa resenha, eles são reais. São como eu e você. Inevitável não torcer por eles, ansiar por suas escolhas e se desesperar por querer ajuda-los a encontrar o rumo dessas vidas que parecem tão conturbadas.

O livro mostra que ninguém carrega somente o bem nem somente o mal dentro de si. Frente às situações que aparecem no decorrer de nossas vidas podemos tomar atitudes que não sejam bem vistas por outras pessoas, mas era o que nos cabia naquele momento. E ás vezes só nos falta oportunidade de tentar mudar e nos tornar pessoas melhores. Às vezes falta alguém que descubra o melhor dentro de nós mesmos, porque ficamos cegos a nossa real condição, cegos em relação a quem somos de verdade. O livro mostra que mesmo aquele ou aquela aparentemente forte, às vezes vacila e precisa de apoio. Aquele apoio único, verdadeiro, forte... Apoio de alguém que te ama.

Dizer parabéns à Janice pela história que ela criou é pouco, mas é o que me cabe fazer. E fico feliz por contribuir pela propagação de seu livro que tem tudo para ser sucesso! Torço muito por você, de coração. Quando gosto muito de alguma obra, tudo o que mais quero é o que o maior número de pessoas possível leia aquele livro. Por isso, espero que minha resenha tenha instigado alguns de vocês a conhecer de perto Terra Ardente. Não vejo a hora de conferir as continuações, meu coração anseia por saber o que aguarda esses personagens que tanto me cativaram.

Amanda — Lendo & Comentando
Visite: lendoecomentando.blogspot.com
Jenny 28/04/2012minha estante
Ganhei o livro numa promô hoje,tava louquinha pra lê-lo. Sua resenha ficou ótima,me deixou com mais vontade,não vejo a hora de ler!!


Amanda Azevedo 21/05/2012minha estante
Que bom que gostou da resenha, Jenny! Fico feliz em saber. :) Ah, que ótimo! Agora você terá oportunidade de lê-lo! Boa leitura! ^^




Pah Aleksandra 26/01/2012

[Livros & Fuxicos] Resenha Terra Ardente
Paixão a primeira vista. Assim que descrevo meu encanto imediato com o livro “Terra Ardente”. A capa, a sinopse e os trechos disponibilizados pela autora em seu blog me deixaram totalmente curiosa, além do fato de que, desde que passei a ler romances de banca criei um apreço especial por livros de faroeste, o que só colaborou para aumentar a minha ansiedade em ler o livro em questão. Sendo assim, criei muitas expectativas e esperei muito da leitura de “Terra Ardente”, confesso que minha estima por tal obra era tão grande, que no fundo, sabia que as chances de me decepcionar com a mesma eram grandes, não por não acreditar na capacidade da autora, mas por saber que quando se trata de um livro, as expectativas tendem a ser traiçoeiras. Contudo, para minha alegria, “Terra Ardente” foi muito além do esperado, deixando-me extasiada não só com a história, mas também, com os personagens, com o cenário e principalmente, com a escrita da autora.

Sob o sol quente de Matarana, faroeste moderno localizado no interior do Brasil, somos apresentados a duas mulheres fortes e determinadas, que em meio a intrigas e guerras de poder, trilham caminhos perigosos que podem levá-las a situações de perda e muita dor. Afinal, Karen está no meio de uma batalha territorial encabeçada pelos dois maiores fazendeiros da região, que em busca do domínio total da cidade visam (independente dos meios necessários para isso), reclamar para si sua propriedade, uma estalagem localizada em um lugar estratégico da cidade, ao mesmo passo que Nova Monteiro, jornalista que há pouco tempo chegou a Matarana, corre perigo ao insistir em investigar os meios duvidosos utilizados por um destes fazendeiros na contratação de mão de obra.
Desta forma a autora nos apresenta ao cenário incomum e intrigante de Matarana, uma cidade dominada por dois homens obstinados e poderosos, que não medem esforços para atingir seus objetivos e que por isso, ditam o ritmo da cidade. Logo de início é fácil se entregar a narrativa da autora, que não priva detalhes com relação às características da cidade, seus costumes e hierarquias sociais criadas e mantidas pelos detentores de poder, contudo a narrativa realmente flui quando Karen e Nova se envolvem de forma ativa em meio à guerra por poder que domina Matarana.
Nova e Karen representam muito bem o reflexo da mulher moderna. Elas não se deixam amedrontar facilmente e mesmo diante de ameaças e afrontas, lutam em busca da felicidade. Nova, é uma personagem que amadurece seus objetivos no decorrer da estória, aos poucos ela percebe o que quer e então, passar a lutar contra suas dúvidas e medos. Já Karen é incrível, sua personalidade arredia a faz parecer os heróis com os quais estamos acostumados a lidar, sabe aqueles mocinhos que com medo de se machucar, fogem de relações que envolvem sentimentos? Pois bem, Karen é assim, sua verdadeira personalidade é amigável e bondosa, mas sua atitude com os homens a rotula com uma fama negativa, com a qual ela faz questão de não se importar.
Além de personagens femininas fortes, “Terra ardente” nos presenteia com caubóis muito envolventes, personalidades difíceis, dramas familiares, marcas e traumas do passado, são personagens tão ricos que nos perdemos entre a linha do certo e errado, de forma que aqueles que a princípio nos parecem príncipes encantados, correm o risco de perder facilmente o encanto. Entre os personagens masculinos, meu preferido, com certeza é o delegado Rodrigo, em meio à guerra de poder não declarada que aflige Matarana ele tenta proteger a cidade, e por isso tem um papel de mediador muito importante na estória. Contudo, Rodrigo não nos envolve somente por fazer o papel de moço da lei, mas sim, por deixar transparecer seus sentimentos, por ser forte quando deve, mas abusar da compaixão, do carinho e do amor quando menos se espera, ele é o tipo de personagem que nos faz pensar – Cara, onde estão os homens assim?

Além do cenário e dos personagens, a autora media as batalhas que envolvem os grandes fazendeiros de Matarana com amor. Quando Karen e Nova se vêem em apuros elas descobrem com quem podem, verdadeiramente contar, e quando menos esperam são bombardeadas pela força do amor, que as enlaça em sentimentos complicados e para alguns, improváveis.
“Por que está chorando? A pergunta a pegou de surpresa, e ela lutou para não desabar. – Porque não tenho ninguém. – falou, enquanto engolia uma lágrima. – Já estou chegando. – disse para acalmá-la. Ele, que quase a expulsara de sua vida. – Não demora. – pediu num gemido. Ela, que temera morrer em suas mãos.”
Ação, romance, bom humor, tudo na narrativa de “Terra Ardente” se complementa, envolvendo-nos a trama de uma forma gostosa, na qual o ritmo da leitura nos encanta com a mistura de sentimentos presentes em cada página da estória. Um aspecto do livro muito positivo é a flexibilidade do tempo da narrativa. Em alguns momentos os fatos ocorrem de forma acelerada, fazendo-nos devorar as páginas do livro, ansiosos pelo desfecho da trama, em outros, as cenas são narradas com uma calma e uma riqueza de detalhes que nos envolve ainda mais em cada pormenor da trama.
Saliento também que me surpreendi com a forma da autora escrever, ela utiliza o português de uma forma rica, o que nos fascina e encanta ainda mais. Outro ponto é o final, mesmo o livro fazendo parte de uma série, “Terra Ardente” tem um desfecho suficiente para nos preencher como leitores, ao mesmo passo que, sentimos que novas batalhas surgiram nos próximos livros.
Para concluir, só posso dizer que, para aqueles que apreciam romances repletos de personagens fortes e muita ação, “Terra Ardente” é uma ótima escolha de leitura.

Resenha completa em: http://livrosefuxicos.blogspot.com/2012/01/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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Julia G 01/08/2012

Terra Ardente - Janice Diniz
Resenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

"[...] Quem gostava de meter a mão numa colméia: tinha Karen. Não duvidava que tivesse ido à fazenda para atirar em Dolejal. E também não duvidava que se ele soubesse que ela o faria, jamais teria ido a leilão algum. Estaria lá, à espera. Que tipo de amor havia entre eles? Parecia mais com orgulho, com uma queda-de-braço. O primeiro que precisasse do outro: perdia." (pág. 67)

Matarana é uma cidade localizada no cerrado brasileiro, com terras muito produtivas nas mãos de poucos latifundiários. O clima quente e as estações peculiares da região centro-oeste, junto à guerra silenciosa e cotidiana pelo poder e pela sobrevivência, faz com que os que vivem no lugar, todos forasteiros, tenham que aprender ao seu próprio modo maneiras de se defender.

Karen, por exemplo, não é exatamente o que se pode chamar de mulher decente. Com um filho de 15 anos e amante do segundo homem mais rico da região, Thales Dolejal, em virtude de negócios, deixa-se governar apenas por seus impulsos, inclusive quando eles a levam a "enfeitar" a cabeça desse homem. Um caubói em pele de mulher, não admite perder para homem, mas sabe que seria considerada um canalha se fosse de outro sexo. Por essas razões, aceita bem a denominação que recebeu de "vaca-louca".

Nova, por sua vez, enterrou a carreira jornalística que tinha em Belo Horizonte e deixou tudo para trás para não sair do lado do homem que amava, Doutor Cristiano. Mas quem pensa que o veio acompanhando como sua mulher não poderia se enganar mais. Ele a olhava apenas como amigo, e o medo de o perder, de uma maneira ou de outra, a deixava resignada com a sorte que tinha. O medo era, por mais irônico que pareça, o que movia sua vida.

E a partir da vida que levam essas duas mulheres intrinca-se uma teia de outros personagens tão complexos quanto, como Rodrigo, o delegado de polícia viúvo e charmoso, que vive com sua irmã Valéria e sua sobrinha Sabrina; Franco, o diabo-loiro capanga de Dolejal, que tem pouco mais de vinte anos, mas uma frieza rara; Mendes, Coronel Marau, Lucas, Bronson, e vários outros que desempenham papéis fundamentais nessa história.

Talvez a melhor maneira de definir a forma como a narrativa de Janice Diniz se desenha em Terra Ardente seja pelas características da própria Matarana: árida, ríspida e seca, sem economizar na língua afiada que se vê nos moradores, na ironia por trás de cada palavra, e quente; pegando fogo, como as queimadas frequentes naquela terra. E é por essa intensidade colocada em cada vírgula da história que não se torna possível deixar de se envolver.

Um faroeste diferente e cativante, com a medida exata de ação, mistérios e romance. Janice conseguiu montar toda a obra com pausas nos pontos certos, que nos deixam ansiando por mais o tempo todo. Narrado em terceira pessoa, permite conhecer mais a fundo cada personagem. E mesmo quando a narrativa leva por um caminho totalmente diferente do que se espera e se imagina, é possível se flagrar diversas vezes com um sorriso bobo ou apaixonado no rosto.

Eu odiei profundamente cada personagem. E os amei ainda de maneira ainda mais impetuosa. Porque por trás de cada máscara que eles ergueram para tentarem se proteger dos mais fortes, talvez até de si mesmos, havia uma humanidade infinita, que tornava a todos belos e apaixonantes. Esse contraste tão bem delineado pela escrita da autora foi uma surpresa maravilhosa, principalmente porque ela criou, por meio de suas palavras, humanos: com momentos de força e fraqueza, de amor e ódio, de acertos e erros.

E surpreendo a mim mesma dizendo isso, mas eu já ficaria satisfeita se a série se resumisse a esse livro, pois ele foi tão perfeito e significativo que dispensaria continuação. Mas esta existirá e, claro, há pontas soltas a serem resolvidas. Então só posso torcer para que Céu Chamas venha logo e ainda melhor que o primeiro, para matar saudades de todos os caubóis que me deslumbraram. Para os que não leram, estão esperando o quê?
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Vanessa Vieira 25/04/2012

Terra Ardente_Janice Diniz
O livro Terra Ardente, de Janice Diniz, nos conta a saga de duas mulheres, Karen Lisboa e Nova Monteiro, na cidade de Matarana, localizada no centro-oeste do Brasil.

Karen não possui uma boa reputação, por conta de seus milhares de envolvimentos amorosos, além de ter altas dívidas que podem levá-la à falência. Sua vida afetiva também não é das melhores e ela está envolvida com dois fazendeiros da cidade - Coronel Marau e Thales Dolejal - que ambicionam tomar sua propriedade como parte do dinheiro que ela lhes deve. Um deles, Dolejal, possui também um envolvimento sexual com Karen. Sua vida corre risco, e tudo o que ela quer é viver pacificamente ao lado do seu filho Johnny e de sua avó Ninita. Em busca de segurança e paz, ela acaba se envolvendo com Rodrigo Malverde, o delegado local. Rodrigo ficou viúvo há alguns anos, e desde então nunca se envolveu com nenhuma mulher. Ele é um homem robusto, estonteante e muito másculo, além de se comportar como um típico xerife americano.

A jornalista Nova também precisará da proteção de Rodrigo. Ela veio a Matarana investigar a exploração de trabalhadores pelo latifúndio local e também para ficar perto do homem que ama intensamente, o médico pediatra Cristiano. Cris foi traído pela ex-esposa, o que resultou em sua separação. Amargurado pelos encalços da vida, ele não pensa em se envolver com mais ninguém, focando-se exclusivamente no trabalho e enxerga Nova apenas como sua amiga, o que não corresponde em nada os sentimentos da moça. A investigação sobre os poderosos de Matarana colocará Nova em grande perigo, ao mesmo tempo em que o seu coração sangra pelo amor não correspondido. Ela fará inúmeras descobertas e precisará fazer uma escolha importante.

Terra Ardente é um livro incrível! Personagens bem construídos e de arrancar suspiros da primeira à última página. Janice Diniz conseguiu nos entreter com caubóis maravilhosos, sexys e que transbordam masculinidade em cada gota!

Karen é vista com maus olhos pela cidade inteira, por ter dormido com quase todos os homens do local. Ela é uma mulher determinada e de garra, que só busca a felicidade de sua família. Tentando arrumar a sua vida, acabou arranjando ainda mais contratempos, e foi parar nas mãos dos dois homens mais poderosos do local. Quando passa a se envolver com Rodrigo, descobre sua verdadeira feminilidade e encontra proteção e fogo nos braços fortes e no tórax bem esculpido do delegado. Rodrigo é um homem másculo e que provoca arrepios em muitas mulheres, mas é bem criterioso em suas escolhas. A princípio, ele busca apenas proteger Karen, como um bom mocinho que se preze, mas dia após dia se sente cada vez mais envolvido no corpo da bela mulher e enlaçado por uma forte paixão.

Nova é uma mulher feminina e romântica, além de ser uma jornalista brilhante. Ela não suporta injustiças e decide investigar os donos de latifúndios de Matarana com ímpeto, mesmo que tenha que pagar por seus atos com a própria vida. Alimenta uma paixão platônica por Cris, que a trata como se ela fosse sua irmã caçula. Cris é um homem que se fechou para o mundo desde a traição de sua esposa, e que tem como válvula de escape o seu trabalho no centro médico. Ele trabalha sem descanso, por horas à fio, para que não tenha tempo de dar vazão aos seus sentimentos. Foi um dos personagens que não me encantaram na trama. Achei ele muito mole e inseguro, além de fazer Nova sofrer com a sua postura.

Agora, um personagem que vale a pena ressaltar (e como vale!) é Franco, mais conhecido como Diabo Loiro. Com apenas 22 anos, aparentemente desprovido de sentimentos e um dos homens de confiança de Dolejal, ele toca terror por onde passar, amedrontando todos ao seu redor. Mas ao longo da história, ele acaba mostrando a sua verdadeira importância e se tornando um homem com H maiúsculo. Sedutor, amoroso e com o tipo de pegada que desarma qualquer mulher. Como a própria autora disse, ele foi criado como coadjuvante, mas acabou se destacando e se tornando um dos personagens mais especiais da trama.

Terra Ardente é uma leitura prazerosa e envolvente. Um romance bem estruturado em um clima de faroeste sem proporções, com muitas cenas hot, de tirar o fôlego, e caubóis que transpiram sensualidade. Sem dúvidas, é um livro que tem tudo para virar um ótimo filme e ser recorde de bilheteria, além de nos provar como a literatura brasileira é maravilhosa, vasta e agrada a todos os gêneros. Recomendo, com certeza!

http://www.newsnessa.com/
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May 22/05/2012

Nacional de dar orgulho!
Sabe aquele tipo de coisa que você gosta tanto que não consegue reunir as palavras certas para externar isso? Foi o que aconteceu com Terra Ardente. Ele é um romance com uma mistura des elementos que podem tornar o livro um best-seller. E para isso, sabemos que ele não precisa ter elementos de outro mundo, narrativa complicada e rebuscada; basta ter os certos. Ok, ok, eu admito… Ele me ganhou mais ainda por ser nacional. Eu tenho o maior prazer e satisfação de ler uma história tão bem escrita por um autor nacional. E se me permitem um parênteses para falar diretamente a autora: Janice, nem tenho como agradecer pelo presente que foi ter lido sua obra. Amei! Desculpe a demora em resenhá-lo. Queria guardá-lo mais tempo na minha memória, e sem saber explicar muito bem o porque mas tentarei: é como se depois que o resenhasse, eu libertasse minha mente para um próximo livro, pois eu fico martelando as palavras certas para por na resenha e acabo relembrando mais do livro. Porém, tenho certeza que não esquecerei de Terra Ardente. Karen e Rodrigo me ganharam. Ah! Já falei no twitter quando acabei a leitura e falarei aqui também: quero mais, quero continuação! Acalenta um coração e diz que fará logo. rs

Acho que depois desse enorme parágrafo eu nem preciso mais resenhar, né? Mentira! Tenho mais a falar! A começar pela personagem principal, Karen, que embora ambientada em um cenário latino com direito a fazendeiro milionário, capangas e um delegado para lá de machão, ela chama a atenção do leitor por não se tratar de mais uma mocinha indefesa. Mãe solteira, mulher feita (literalmente, ela não é mais nenhuma mocinha), dona de uma pousada que está mais para lá do que para cá e se vê toda enrolada e sem dinheiro nem para terminar a pintura do seu estabelecimento. Para melhorar a situação, depois de 10 anos sendo amante do ricaço (e insuportável) da cidade, é jogada de escanteio e expulsa da vida dele, ou melhor, expulsa de sua própria cidade. Logicamente, como era de se esperar, ela não aceitará isso nunca, pelo menos, não sem antes tentar de todas as formas impedir que isso aconteça.

Aqui o foco principal não é o romance entre Karen e Rodrigo, e aliás, não sabemos como, quando e nem se isso acontecerá. O que deixa a história mais interessante ainda. E é muito gostoso acompanhar a quimíca entre os dois que é quase palpável. Ele é irresistível. Imagine só: delegado, herói, machão, corpo de admirar e implicante. Existe melhor que isso? Sim, só dois disso! haha Então, devaneios à parte, a coisa toda gira em torno dela, em que situações ela irá se meter para se livrar dos capangas do seu ex-amante, como reerguer a sua vida pessoal e profissional e ainda cuidar do seu filho e sua avó – e, quem sabe, de si mesma. Com uma ajudinha, quem sabe…

Citei apenas os dois protagonistas anteriormente, mas os secundários merecem um destaque também. Eles fazem parte de uma história que preenche e complementa bem o foco principal. Além de serem bem construídos e cheios de carisma, e com características que se encaixam perfeitamente na ambientação.

Leia a resenha na íntegra: http://www.itcultura.com/2012/05/terra-ardente-de-janice-diniz
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Elis 20/01/2012

Ainda estou com toda a história na mente e pensando em como lhes mostrar o quanto apreciei cada página sem contar spoiler...vai ser difícil...mas amo um desafio.

Bem a leitura nos transporta para a cidade de Matarana em pleno séc. XXI, cujo nome além de ser diferente, conta a lenda que foi tudo por causa de uma onça...nesse ponto a escritora me fez dar ótimas gargalhadas, pois a lenda faz com que você leitor, jamais esqueça do nome da cidade.

Thales um dos ricaços do pedaço vai deixar as mulheres de queixo caído, com sua postura de macho alfa e seu coração frio.
Rodrigo o delegado deixará todas sem ar, pois além de ser o mocinho é totalmente apaixonante.
Cris nosso médico de plantão é um incrível amigo, mas um homem sem coragem que deixa-nos na dúvida sobre seu modo de pensar e agir. Afinal ele é um homem singular.
Franco o garoto que teve uma mãe nada exemplar e desconhece o paradeiro do pai, nos deixa totalmente revoltadas no início, mas suas atitudes podem modificar todo seu destino.

Karen um mulher que não se importa com a opinião alheia, não ama ninguém, faz o que quer e na hora que tem vontade vai surpreender a todos os leitores com sua personalidade.
Nova a jornalista que quer voltar a mídia vai se arriscar e muito por sua matéria, mas todo seu caminho vai mudar depois de ser contratada por Thales para escrever a história da cidade.
E ainda temos alguns outros personagens que darão um toque especial a trama.

Cada um deles e o rumo que toma suas vidas vai fazer o leitor correr pelas páginas perseguindo o final, sem perder um momento.

A autora sabe como nos prender e encantar através das voltas e reviravoltas que transmite através de suas palavras. E nos faz ter sentimentos diversos enquanto mergulhamos fundo na leitura.

Simplesmente leiam, leiam e leiam...pois o livro tem a dose perfeita de romantismo, ciúme, desavenças, sedução e desejo.

Nota....+10....\o/

Beijokas elis!!!!
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Lola 26/06/2012

O mundo é dos que têm coragem para admitir suas fraquezas.
"Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um romance country contemporâneo com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras.
A humanidade posta à prova em situações-limite..."

Nunca busquei ter um estilo literário, de ler apenas esse ou aquele gênero de livro. Confesso que alguns enredos não me atraem. Por exemplo faroestes, bag-bang’s, caubóis e toda essa coisa meio EUA nunca fez minha cabeça.

Eis que um belo dia li a resenha de um livro nacional super bem indicado pela blogueira Mi, do Inteiramente Diva que me fez querer dar uma chance aos caubóis.

Um tempo depois surgiu a oportunidade de participar do BookTour do livro “Terra Ardente – Amor e Ódio onde nem os fortes têm vez.” E aqui estou para contar para vocês a primeira coisa mais importante que descobri: o livro não é um faroeste fajuto que imita a cultura do Texas apenas abrasileirando os personagens.

Janice Diniz construiu o que há muito está em falta no mercado literário: um romance tipicamente brasileiro, ambientado em uma cidade pequena localizada no cerrado, com homens rústicos e mulheres que aprendem desde cedo a ser fortes. Porque afinal Matarana nunca foi o lar de ninguém.
Uma terra colonizada por influência do governo e onde a lei costuma encontrar dificuldades para se sobrepor aos bandidos disfarçados de ricos latifundiários.

As desconfianças que eu tinha eram a respeito da forma que a autora usaria para ambientar esse enredo, bem como a respeito de sua forma de escrita.
Já no prólogo acabaram-se as desconfianças. Janice utiliza uma linguagem que oscila entre o coloquial e o rústico. Apesar de tudo se passar em uma cidade relativamente pequena ela teve o cuidado de não inserir em seus personagens características forçadas que os deixassem inverossímeis.

O delegado Rodrigo Malverde é o “viúvo convicto” cobiçado pelas mulheres da cidade, que ama a lei acima de tudo. Graças ao seu bom caráter, possivelmente ele não esteja em segurança.

Como é mesmo que dizem, que alguns amigos são lobos vestidos em pele de cordeiro?

Eu definiria assim Thales Dolejal, o 2º homem mais poderoso da cidade. Ele tem ao seu dispor homens dispostos a tudo para obter o reconhecimento do patrão.
Qual será a sensação de ter alguém capaz de tomar um tiro por você?

Talvez Franco, ou melhor, o nosso diabo loiro, possa te dar essa resposta. Do alto da sua masculinidade ele tem um passado que o atormenta. Mas o chefe da segurança de Dolejal quer mais do que reconhecimento. Aparentando ser um homem destemido, talvez sua vida esteja a perigo já que ousou meter-se com a amante do patrão.

E por falar em amante, logo conhecemos Karen, uma mulher que aprendeu a ser forte e controlar suas emoções. Pois se não fosse assim de que forma administraria sua propriedade, suas dívidas, um filho adolescente e uma avó para lá de desligada? Apesar da má fama e dos poucos amigos seu coração almeja o melhor para aqueles que ama. Custe o que custar.

Por outro lado Nova Monteiro, a jornalista da cidade, não tem nem de perto a mesma fama de Karen. Uma mulher de constituição física pequena, mas cheia de amor por Cristiano Bittencourt, o charmoso pediatra e seu melhor amigo. Uma pena é que ele não esteja disposto a romper as amarras de medo que o prendem.

E é como todos sabemos: muitas vezes criamos uma ilusão e de tanto depositarmos nossas esperanças nisso, acabamos acreditando que a vida só terá sentido se aquele sonho tornar-se real.

Porém, o que é a vida senão um conjunto de fatos surpreendentes?
E é nesse clima de romance, perseguições, revelações e perigos que nossos protagonistas serão envolvidos, e no final será impossível tirar do rosto do leitor aquele sorriso de canto e aquela sensação de que na vida aquilo que nos faz feliz, sempre vale a pena lutar.
Um romance sensual sem ser vulgar, uma narrativa em 3ª pessoa que agrada, transmite o íntimo de cada personagem sem tornar-se dramática em excesso nem detalhista demais.

Terra Ardente quer mostrar que ser fraco e ser forte em nada tem a ver com força física, mas sim com caráter. Forte é quem tem coragem de assumir suas próprias fraquezas, é aquele que jamais desiste dessa tal felicidade. Mesmo que demore, mesmo que hajam inúmeros obstáculos.
Forte é quem se joga de cabeça em águas turvas, que deixa o passado e vem sonhar com o futuro e viver o presente da melhor forma possível.
Lutar por aqueles que você ama, ainda que isso lhe custe a vida: esses são os fortes. Esses são os sobreviventes de Matarana.


Resenha Originalmente Postada no seguinte Blog: http://adventurerpenelope.blogspot.com.br/2012/06/booktour-terra-ardente-janice-diniz.html
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Ka 26/10/2012

Maravilhoso!
Quando eu comecei a ler a respeito desse livro na blogosfera, tratei de me inscrever para um BT dele. Estava super ansiosa para conhecer os caubóis que tanto ouvia falar.
E posso dizer? Ainda bem que eu fiz isso!
O livro é simplesmente maravilhoso.

Karen é mãe, responsável pelo seu filho e pela sua avó. Até ai tudo bem, se não fosse pelo fato de que ela está à beira da falência. Mal falada na cidade, sem dinheiro e com dois grandes fazendeiros em busca de suas terras, Karen terá que batalhar para se manter.
Nova Monteiro é uma jornalista que está investigando a contratação ilegal de mão de obra pelos fazendeiros de Matarana. Romântica, destemida e de personalidade forte.
Cheio de sensualidade, o livro nos conta a estória não apenas dessas duas mulheres, mas de uma cidade cheia de tramas, mentiras e paixões.
“Os fracos torravam ao sol de Matarana. Morriam de sede. Eram mortos pelos pistoleiros. Eram comidos pelo câncer de pele. Os fracos vacilavam diante da esfinge. Contavam verdades embrulhadas em celofane.”
A Janice nos introduz a vários personagens ao longo do livro, e nenhum deles é, digamos, mal apresentado. Todos são bem construídos, os diálogos não deixam a desejar e nos mostram o quão real aquilo poderia ser.
E a maneira como ela escreve, tão rico em detalhes, é simplesmente apaixonante.
Eu amei o livro, mal posso esperar pelo próximo da série *.*
Recomendo Terra Ardente para todos os amantes da literatura, que apreciam um bom romance, cheio de personagens marcantes e estória inesquecível.


Conheça o Post Original no Blog Acho Que Cresci Acho Que Cresci...: Indicação de Livro ~ Terra Ardente http://achoquecresci.blogspot.com/2012/10/IndicacaoTerraArdente.html#ixzz2AS19UZHA
Por Karol Alencar. Plágio é crime, não compartilhe esse texto sem a devida autorização prévia.
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It Cultura 24/07/2012

Sabe aquele tipo de coisa que você gosta tanto que não consegue reunir as palavras certas para externar isso? Foi o que aconteceu com Terra Ardente. Ele é um romance com uma mistura de elementos que podem tornar o livro um best-seller. E para isso, sabemos que ele não precisa ter elementos de outro mundo, narrativa complicada e rebuscada; basta ter os certos. Ok, ok, eu admito… Ele me ganhou mais ainda por ser nacional. Eu tenho o maior prazer e satisfação de ler uma história tão bem escrita por um autor nacional. E se me permitem um parênteses para falar diretamente a autora: Janice, nem tenho como agradecer pelo presente que foi ter lido sua obra. Amei! Desculpe a demora em resenhá-lo. Queria guardá-lo mais tempo na minha memória, e sem saber explicar muito bem o porque mas tentarei: é como se depois que o resenhasse, eu libertasse minha mente para um próximo livro, pois eu fico martelando as palavras certas para por na resenha e acabo relembrando mais do livro. Porém, tenho certeza que não esquecerei de Terra Ardente. Karen e Rodrigo me ganharam. Ah! Já falei no twitter quando acabei a leitura e falarei aqui também: quero mais, quero continuação! Acalenta um coração e diz que fará logo. rs

Acho que depois desse enorme parágrafo eu nem preciso mais resenhar, né? Mentira! Tenho mais a falar! A começar pela personagem principal, Karen, que embora ambientada em um cenário latino com direito a fazendeiro milionário, capangas e um delegado para lá de machão, ela chama a atenção do leitor por não se tratar de mais uma mocinha indefesa. Mãe solteira, mulher feita (literalmente, ela não é mais nenhuma mocinha), dona de uma pousada que está mais para lá do que para cá e se vê toda enrolada e sem dinheiro nem para terminar a pintura do seu estabelecimento. Para melhorar a situação, depois de 10 anos sendo amante do ricaço (e insuportável) da cidade, é jogada de escanteio e expulsa da vida dele, ou melhor, expulsa de sua própria cidade. Logicamente, como era de se esperar, ela não aceitará isso nunca, pelo menos, não sem antes tentar de todas as formas impedir que isso aconteça.

Aqui o foco principal não é o romance entre Karen e Rodrigo, e aliás, não sabemos como, quando e nem se isso acontecerá. O que deixa a história mais interessante ainda. E é muito gostoso acompanhar a quimíca entre os dois que é quase palpável. Ele é irresistível. Imagine só: delegado, herói, machão, corpo de admirar e implicante. Existe melhor que isso? Sim, só dois disso! haha Então, devaneios à parte, a coisa toda gira em torno dela, em que situações ela irá se meter para se livrar dos capangas do seu ex-amante, como reerguer a sua vida pessoal e profissional e ainda cuidar do seu filho e sua avó – e, quem sabe, de si mesma. Com uma ajudinha, quem sabe…

Citei apenas os dois protagonistas anteriormente, mas os secundários merecem um destaque também. Eles fazem parte de uma história que preenche e complementa bem o foco principal. Além de serem bem construídos e cheios de carisma, e com características que se encaixam perfeitamente na ambientação.

Uma história envolvente, com toques de romance, amores não correspondidos, drama, um pouco de suspense, e o que eu acho melhor: cotidiano – apesar de ser um cenário um pouco distante do nosso. Entendem o quero dizer? Elementos simples e que nos conquistam fácil. Fiz a leitura tranquilamente mas pensando em todo momento que não queria que acabasse logo. Esse é o tipo de livro certo, que você não sente o tempo passar, nem quer se desapegar. Hoje mesmo, depois de algum tempo, me pego lembrando, querendo mais daqueles personagens que fizeram parte de alguns dias da minha vida. E fico aqui aguardando a continuação…
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Aione 10/02/2012

Janice Diniz criou uma realidade que poderia perfeitamente coexistir em meio ao centro-oeste brasileiro. Matarana é uma terra habitada quase que exclusivamente por forasteiros, atraídos a ela pela promessa do cultivo de soja e a consequente ascensão financeira por ele proporcionada. O que reina na cidade, entretanto, é a lei do mais forte, e as únicas maneiras de se sobreviver são aceitar as regras e com elas conviver ou enfrentá-las de frente, sendo necessário ser ainda mais forte, nesse caso.
A escrita de Janice é tão bem estruturada e desenvolvida que, a todo o momento, fui capaz de sentir o calor pegajoso de Matarana em minha pele misturado à poeira e a terra, sensação essa muito bem descrita durante toda história. Ainda, acho que nunca li um livro cuja narrativa e personagens me lembrassem tanto o cenário e clima da história como em Terra Ardente. O uso de frases curtas, separadas por pontos, dão a sensação de rigidez, tão típica das personagens do enredo e das paisagens de Matarana. Outros dois fatores que contribuem para a construção tanto das falas quanto da própria história são a linguagem utilizada e as cenas eróticas. O constante uso de palavrões aliado a essas cenas poderiam ter vulgarizado o livro, porém, deram a ele um tempero ainda mais especial e completamente condizente ao contexto, simplesmente porque Janice soube como utilizá-los a seu favor.
As personagens são as mais diversas possíveis e, ao mesmo tempo, apaixonantes. Karen é a típica mulher mal falada, que age inconsequentemente por não se importar com a opinião alheia. No fundo, apenas usa essa máscara como uma proteção, com medo de sofrer e se sentir frágil. Nova, a jornalista e cantora, é sonhadora e romântica, porém, também é muito determinada e dona de uma personalidade forte, como todas as mulheres criadas por Janice. Os homens são um destaque à parte – com uma atenção especial para Rodrigo, o delegado de Matarana. Como dito na própria história, são verdadeiros machos e assim agem, independente de terem uma boa ou má índole. Aliás, a linha, aqui, entre o bem e o mal é tênue e subjetiva, uma vez que as personagens enfrentam situações de sobrevivência e, muitas vezes, fazem apenas aquilo que deve ser feito.
Algo que me agradou foi a contraposição, na história, da questão da auto-valorização da mulher. Karen é mal falada porque não tem critérios para sair com os homens, já dormiu com quase toda a população masculina de Matarana. Da mesma forma que é mal vista na cidade, vemos o quão batalhadora ela é, e que somente faz de suas aventuras amorosas uma distração e uma maneira de saciar os prazeres carnais. Por outro lado, há a contraposição: Nova, há tanto tempo se guardando para seu grande amor, mas que adoraria ter um pouco do jeito da Karen em si por sentir falta do prazer e, como tem sua fama preservada, é vista com bons olhos. Tanto Karen quanto Nova são mulheres fortes e admiráveis. Por que o simples fato de uma delas ter a mesma atitude de tantos homens por ai a torna depreciada? Caímos na antiga questão do preconceito e do tabu do sexo, o qual pode ser praticado sem julgamentos por homens, mas que desvaloriza a mulher que resolve ter as mesmas atitudes. E Janice fez questão de fazer da mulher mais falada a mais forte e fiel aos seus próprios princípios de toda sua história.
Terra Ardente é um livro que não foca apenas em uma personagem principal, narra muito bem todo o contexto da intricada teia que envolve suas tantas personagens. Toda a história é muito bem desenvolvida e nada fica mal explicado ou sem explicação. Conhecemos a fundo a história, não só de Karen e Nova, mas também de Rodrigo, Cristiano, Dolejal, Franco, entre tantos outros. Tantos detalhes e informações, ao invés de tornarem a história enfadonha, apenas a enriqueceram e deram a ela veracidade. Foi impossível não me envolver com a leitura e não imaginar Matarana e seus cidadãos.
O parágrafo final só completou minha sensação de como o cenário, a narrativa e a história estão interligados. Por toda a narrativa, o calor escaldante fazia uma metáfora para todos os problemas acontecidos: impossível de se fugir de ambos. Da mesma maneira, a constante fumaça das queimadas era responsável por tornar a visão da cidade tão nebulosa quanto a aparente resolução dos problemas. E então, a promessa da aproximação do inverno e das chuvas vem, ao final, ligada à ilusória sensação de calmaria e tranquilidade da mesma forma que vem conectada à fantasia dos novos forasteiros de fazerem, em Matarana, seu pote de ouro.
A obra de Janice Diniz me conquistou e só tenho a parabenizá-la e agradecê-la pela oportunidade de ter lido Terra Ardente. Essa é, sem dúvida, uma série recomendada e que quero continuar acompanhando.
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Books Friends & News 12/02/2012

Envolvente, Intrigante e Sensual
Toda a resenha é difícil de fazer, para mim que sou leiga, e as minhas resenhas são na base da emoção e o prazer que foi provocado pelo livro. Quando o autor é estrangeiro que não têm contato, a resenha se torna digamos mais tranqüila, mas quando o autor é nacional e você tem uma relação de amizade, no meu caso, eu tenho um bloqueio, receio e medo de muitas vezes fazer a resenha e mostrar uma decepção com o livro ou escrever uma resenha que não seja altura da obra.

No caso de Terra Ardente da autora Janice Diniz, me interessou a capa e depois li a sinopse eu realmente fique obcecada para ler o livro, até porque estava e ainda estou numa fase da série Homens do Texas da Diana Palmer, e sabe aqueles livros que você realmente tem uma impressão maravilhosa do livro sem ao menos ler???? Foi o que aconteceu com Terra Ardente.

Pode ser, ou melhor uma loucura da minha maneira de reagir, mas quando chegou o livro demorei a ler, como fiz da Carina na resenha de Perdida, vou confessar para autora que deu medo, de a expectativa criada pela narrativa me decepcionar... mas ainda bem, que não me decepcionei e muito pelo contrário me apaixonei...

Enrolei esses dois parágrafos de explicações e acho que vou enrolar mais umas frases, é para explicar que a resenha que irão ler, por mais absurdo que vocês possam não acreditar, ela é totalmente imparcial a minha amizade pela Janice e totalmente apaixonada pela narrativa que ela desenvolveu...

Quem já leu Diana Palmer, Linda Lael Miller, sabe que são livros com características de faroeste, mas sem aquele modelo de moçinho e bandido se duelando em frente ao bar com portas de vai-e-vem, é um faroeste denominado moderno, onde os cawboys (ou colocando no português, caubóis) nem sempre andam de botas, chapéu e cavalgando, até pode ocorrer já que a história se ambiente em meios rurais, porém em faroeste moderno os caubóis anda de caminhonetes cabine dupla com ar condicionado e muitas vezes a palavra “cavalo” se denomina a potência do motor...

A cidade onde se passa o livro Terra Ardente, chama-se Matarana, que é o nome título de uma série de 3 livros (confira acima da resenha os nomes e previsões de lançamento), uma cidade com poucos habitantes, onde há uma disputa de poder, praticamente uma cidade do estilo velho oeste, porém nos tempos atuais, apesar da autora não ter especificado um ano.

A trama ocorre em torno de 6 personagens (pelo menos nesse livro), com personalidades bastante diferentes entre si, com vidas diferentes porém se conectam no decorrer do livro, tanto que têm personagens nas primeiras páginas do livro que você não consegue enxergar como eles se unirão no final desse primeiro livro, e também algumas relações por mais sólidas que sejam, elas poderão sofrer rupturas nos próximos livros da série.

O que me passou da escrita da Janice, ela é bastante visceral, ela faz você escolher personagens e ficar ameaçando a autora de morte (\0/ Eu fiz!!!!) para dar ou também não retirar a felicidade de alguns personagens, acabamos escolhendo os preferidos por identificação pessoal por serem tão reais, apesar de serem ficcionais.

Em relação aos personagens por serem 6 no qual a autora manipula com a vida deles no decorrer do livro, e também para não ficar confuso, irei separá-los, tentarei passar a personalidade na minha visão de cada um deles, não se preocupem... Não terá spoilers.

Outra característica que me atraiu muito e com certeza irá atrair a mulherada “perva” são os personagens masculinos, homens fortes, com muita testosterona e muito amor para dar, ao mesmo tempo estilo Diana Palmer, não sabem amar e rude.
Há também motivos para atrair os homens, já que as personagens femininas, são fortes e ao mesmo tempo sensíveis, além de ocorrer diversos assassinatos bem no estilo de “Em Terra de cego, quem tem um olho é Rei!”.

" - Vou jantar a galinha, a que está solta ciscando ao meu redor, delegado.
Rodrigo voltou-se e estreitou os olhos, procurando absorver devagar a ameaça do meliante.
- É estranho um homem que nem sabe ao certo se sairá detrás das grades, fazer uma ameaça velada para um delegado de polícia. Você é o quê, Pedro, burro ou débil mental?
Diante da cela do aliciador, o delegado parou e pôs as mãos na cintura. Pedro continuava sentado à beira do catre, imóvel, fitando o vazio à sua frente.
- Não ameacei o senhor e ninguém, a não ser que a lei considere uma galinha um ser humano. – falou com calma.
- Entendi, você é supostamente poeta e deve cultuar figuras de linguagem, - debochou e emendou num tom de ameaça: - mas, de minha parte, como humilde agente da lei sem dotes artísticos, lhe digo que, se simbolicamente ou não, está se referindo à jornalista, espero que use o tempo que ficará aqui detido e, pelo visto, será muito tempo, para reconsiderar o que me disse. Para seu próprio bem... asno. – completou, com desprezo."

Além de tudo isso há humor, a autora faz comparações engraçadas e criativas, exemplo (“- Para falar a verdade, não sou muito boa com as automáticas. Só tive intimidade com um .38 com cinco anos de uso e problemas de travamento.”), rsrsrs... Sabem o que é isso??? Não??? Eu não vou dizer... Descubram... Como eu disse os diálogos são cômicos e muitas vezes a autora une essa comicidade com sensualidade.

Então vamos conhecer um pouco da população de Matarana???? A partir de agora a resenha será feita por personagens e suas relações e sua estória.


Karen Lisboa (mulher forte)

Essa é declarada minha personagem favorita, por incrível que pareça, ela é uma mulher, gostei muito das características da personalidade, apesar de parecer masculinizada, irresponsável e vulgar, na verdade no decorrer da trama irá se revelando uma outra mulher.
No início do livro a primeira impressão nos leva acreditar, preconceituosamente, que ela é uma espécie de prostituta da cidade, mas no fundo, ela era uma pessoa sem amor próprio, que levou tanto da vida, que a tornou uma mulher sem sentimentos, e na situação precária que se encontra atualmente.
Apesar de ser independente, proprietária de um hotel em ruínas e cheio de dívidas, cria um filho adolescente, Jonhhy, sozinha, ela sobrevive através de uma negociação com os dois homens poderosos da cidade para não perder o seu estabelecimento, um hotel, deixado pelos seus pais que vieram buscar uma vida melhor, como prometia Matarana.
Karen tem uma relação de amante de um desses homens poderosos da cidade, Thales Dolejal (homem estilo Diana Palmer, bonito, rico mas ordinário rsrsrs), um fazendeiro frio, rude e a trata como se fosse lixo.
Depois de um início deprimente a personagem irá evoluindo... e pode ter certeza que o leitor irá torcer por isso... porque realmente é uma personagem que te conquista, apesar de ser orgulhosa e rude, ela irá nos mostrar que é uma mulher sensível, vulnerável, que busca a felicidade porém não sabia encontra-la...


Thales Dolejal (fazendeiro e cruel)

Thales é um fazendeiro que disputa com o Coronel Marau, o título de homem mais poderoso e influente da cidade, e quase uma guerra, que muitas vezes é resolvida com armas de fogo.
Ele é frio, cruel e vingativo, não posso definir Thales como uma pessoal má, é um personagem que te confunde, muitas ações são justificáveis, mas ao mesmo tempo ele não toma as melhores atitudes para resolvê-las...
Foi o único personagem do livro que não tem uma conclusão, e muito aberto a probabilidades, e também têm o poder de interferir e manipular pelo seu próprio prazer, os relacionamentos de alguns personagens futuramente, não sei... a autora é muito má!!!! Não dá nem uma dica.
Mesmo sendo assim, ele te conquista, e sinceramente você acaba querendo que apareça uma mulher que derreta um pouco esse muro, quem sabe Karen???? Mas depois que lerem o livro vão ficar divididos... eu fiquei...


Karen Lisboa & Thales Dolejal (relacionamento doentio)

O relacionamento de Thales e Karen, acho uma palavra o define, "doentio".
Ambos tem personalidades fortes, também são muito orgulhosos, por exemplo, ela tinha vários amantes, paralelamente com a relação de ambos, talvez com intuito de demonstrar poder, que mesmo se relacionando com ele, ele não a dominava, pois financeiramente ele tinha esse poder sobre ela.
Como não considero Thales um homem mau, pois vemos nesse relacionamento com Karen, que ele têm sentimentos, porém tem uma maneira um tanto peculiar de demonstrar isso... Mas a falta de respeito já que a relação é baseada em apenas sexo, mas mesmo podendo haver sentimentos ambos não confiam um no outro, por haver uma relação bastante desgastada e cheia de desconfianças.
Acho que a história de ambos ainda não acabou, pelo que pude perceber no personagem, e vocês perceberão também, ele não gosta muito de perder... já que temporariamente ele a tenha perdido para o delegado.


Rodrigo Malverde (delegado responsável e um homem romântico)

Esse é o personagem que com certeza irá conquistar a maioria das leitoras, ele é delegado da cidade, bem a moda antiga, usa chapéu Stetson (só para caubóis rsrsrs), bota e camisa quadriculada, porém anda de caminhonete e não a cavalo.

É viúvo, e mora com a irmã e a sobrinha, perseguido pelas mulheres da cidade, mas ela prefere o distanciamento de relacionamentos, vive somente para o trabalho, e tem bastante, principalmente para proteção de duas mulheres, Nova e Karen.

"- Avise o delegado que a Karen vai ao Bar do Gringo arejar a cabeça.
- Humm, entendi.
A escrivã relançou m olhar curioso a Rodrigo, que falava ao telefone na sua sala. À porta, ela parou e disse a contragosto:
- Pretendia voltar mais cedo para casa hoje?
Ele pôs o fone no gancho e gemeu baixinho:
- Ai, o que aconteceu?
- Uma frase apenas: Karen Lisboa foi arejar a cabeça no Bar do Gringo.
A policial se pôs a rir ao ver a careta do delegado. Todas as vezes que isso acontecia, ele tinha de salvá-la de alguma briga. Noutras vezes, o próprio Dolejal mandava um de seus seguranças a fim de levá-la de volta a sua casa. Rodrigo suspirou, profundamente, e se afundou na poltrona. Telefonou pra o fazendeiro."

Mantém uma amizade com Karen Lisboa, pois foi amiga da sua esposa, e através de algumas lembranças de Rodrigo dessa época, vemos uma Karen bem diferente, mais sensata e responsável do que a atual.
Amigo do Thales (se é que se pode chamar de amizade), às vezes ele também serve de babá para Karen, quando ela bebe demais no Bar do Gringo, o point da cidade rsrs, ela se mete em confusão.
Mas amizade dele e Thales ficará abalada pelo relacionamento com Karen, e insisto mais uma vez, Thales não vai se conformar... e previno muitas mudanças e confusões nos próximos livros da série


Rodrigo Malverde e Karen Lisboa

Rodrigo valoriza e respeita Karen como mulher, e também é um homem que Karen respeita, através dos olhos de Rodrigo, enxergamos a Karen que ele vê, e talvez a verdadeira Karen
Acho que a cenas iniciais da Karen no livro são bem impactantes, e leva os leitores a conclusões precipitadas da personagem, que pode passar de uma mulher vulgar, masculinizada e incapaz de sentimentos.
Mas Rodrigo descobre nos mostra uma mulher carente, completamente perdida, e apesar da personalidade forte, e bastante vulnerável, e durante o desenvolvimento do relacionamento vimos uma nova Karen, ou a verdadeira Karen, pois não tem como saber... se Karen realmente encontrou a felicidade.
Rodrigo consegue quebrar barreiras, Karen tenta levar o relacionamento para o impessoal, porém Rodrigo quer um relacionamento sério e íntimo, a autora conseguir levar de uma maneira cadenciada sem apressá-lo...

"- Sou apenas uma mulher obcecada por um amor impossível.
- Não, você é durona, livre, impetuosa. – ele parou de dançar e tomou-lhe o rosto entre as mãos, encarando-a: - Você é capaz de jogar um homem na lona apenas com um olhar. – ele riu e emendou, soltando-a e pondo as mãos na cintura: - Falei alguma coisa com sentido?
- Sim, Rodrigo, mas não sou essa pessoa que disse.
Ele avaliou devagar o que Nova falou e, antes que esboçasse um contra-argumento, ouviu:
- Acabou de descrever a Karen."

Além da sombra de Dolejal, da resistência da irmã de Rodrigo que tenta atira-lo para Nova Monteiro (veremos em breve), e alguns atentados a vida de Karen, eles constroem um relacionamento forte e parcialmente estável, acredito que nos próximos livros terão algumas mudanças.
Rodrigo também surpreende pelo romantismo e a amabilidade, as cenas entre os dois são sensuais, e a autora instiga a nossa imaginação, nenhuma cena sexual é descritiva essencialmente, porém, os diálogos em si e a insinuação das cenas são carregadas de erotismo.


Nova Monteiro (jornalista e insegura)

Confesso que no início antipatizei por essa personagem, é a típica mulher frágil e insegura, que vive um amor platônico pelo seu melhor amigo Cris Bittencourt (nem vou comentar sobre essa pessoa), eles moram juntos, depois que ambos tiveram problemas em seus relacionamentos anteriores.
Nova é insegura, conformada em apenas ser amiga de Cris, mesmo sofrendo todos os dias por essa relação não ser a que idealiza, porém ela é conformada e não tem nenhuma atitude para modificar essa vida.
Mas em relação a sua profissão, como jornalista, era bem corajosa e decidida, e se mete em algumas enrascadas, pois está investigando com a intenção de denunciar os negócios ilícitos dos dois homens importantes da cidade, o que ocorre uma dualidade, na vida pessoal é frustrada e insegura, porém profissionalmente é segura e querendo mudar situações.
Não irei escrever uma parte especial para Cris, é um personagem que só vemos nesse livros, através de Nova, apesar de ter uma história, mas elas se interligam, e no inicio da resenha que a escrita da Janice é visceral, que ela conseguiu principalmente comigo, ter uma implicância total com Cris, pois na minha visão ele é um fraco e covarde, e se achamos Nova uma pessoa conformada, então Cris é o rei do conformismo.
Cris vive a renegando, mesmo quando Nova devido um fato, toma algumas atitudes chocantes na visão dele, ele continua a tratando como uma amiga, somente depois que Nova desiste do relacionamento deles, e acaba se envolvendo com outra pessoa, que ele começou a tomar uma atitude, mas somente quando a estava perdendo...
Apesar de Nova estar feliz e realizada com o relacionamento dela atual, mas acredito que a história entre eles não acabou... teremos muitas reviravoltas para os próximos livros, até numa possível reconquista de Nova, visto algumas atitudes tomadas por Cris.


Franco (O "Diabo Loiro")

Mulherada segurem as saias, está chegando um dos personagens mais interessantes do livro, se não me engano, foi um personagem adicionado de última hora, e Janice estava inspirada no momento que o descreveu, loiro, lábios carnudos, furinho no queixo, e uma "gostosura" bem distribuída e avantajada... rsrss... e é um menino de 22 anos, que coloca muito homem em Matarana no chinelo.
Inicialmente imagina que ele será apenas o homem de confiança de Thales e nada mais, o matador da cidade, um cara sisudo e que se mantem longe das pessoas, e muito próximo das mulheres rsrsrs... e temido pela cidade pela fama, porém ele surpreendeu, igualmente a Nova, há uma dualidade de personalidade.
Teve uma infância bastante complicada, foi ainda criança para fazenda de Dolejal, onde foi criado como empregado pelo "amável" Thales, e indiretamente através de uma sementinha da discórdia feita por Karen, descobre algumas ligações entre ele e Dolejal.
Ele é bastante sarcástico e irônico e tem um temperamento inconstante, porém tem uma sensualidade arrasadora.
Um personagem que cresceu muito no livro, através do relacionamento dele com Nova, nós conhecemos um outro lado de Franco, ele o tempo todo alterna entre homem e garoto, tem aquela irresponsabilidade da idade, mas ao mesmo tempo uma postura de homem adulto.

Obs.: A autora me falou que se a resenha não tiver uma porcaria ela vai mandar o diabo loiro para me pegar, então se a resenha tiver uma droga foi de propósito, ok ????


Franco e Nora Monteiro

E um relacionamento apaixonante, cativante e intenso, ambos se descobriram, e também se ajudaram a curar suas frustrações e carências.
O relacionamento é pura sensualidade, os diálogos deles são cheios de significados, com muita pitadas de sarcasmo e erotismo, e com aquele jeito moleque e ao mesmo tempo homem de Franco ele é um personagem que irá fazer as leitoras suspirar, talvez a palavra melhor é suarem...
Apesar de Franco ser uma pessoa taciturna ele se mostra a Nova, talvez pela fragilidade de Nova, ele tem um senso de proteção a ela, ao mesmo tempo mostra a mulher que ela escondia devido a insegurança do relacionamento frustrado com Cris, e Nova o retribui com carinho e amabilidade que faltava na vida de Franco.
Apesar da diferença de idade, já que Nova tem aproximadamente 35 anos enquanto o Franco tem 22... eles aprenderam com as diferenças encontrar um consenso comum, e um relacionamento sadio e maduro.

"(...) – Que relacionamento saudável? Devemos então moderar na maionese e nas frituras? Vai para o diabo! Eu falo de paixão, de amor, de tesão, de matar qualquer filho da puta que encostar um dedo em você! Falo de suor e de sangue! E da saudade que me vai foder a alma todos os dias como nessas duas semanas. E você vem me catequizar sobre relacionamentos? Não temos um re-la-ci-o-na-men-to, dona Nova! É mais que isso... é coisa do destino. Ninguém mandou a dona vir para a minha terra. Ninguém senão o destino. Isso é fato. – completou, por fim, encurvando-se por sobre ela.
Duas mãos embarafustaram-se por baixo do vestido dela e puxaram-lhe a calcinha. (...)"

Convocando as "pervas" de plantão, Franco é um homem de não pedir e sim tomar, no máximo ele exige um "pedágio", mas ao mesmo tempo é carinhoso e por incrível que pareça, posso dizer romântico, e trata Nova como uma verdadeira "Princesa".
Mas como todos os outros personagens do livro, o relacionamento deles também dará reviravoltas, apesar de terem um relacionamento sólido, possa sofrer mudanças... Mas isso só veremos nos próximo livros...

Conclusão
Terra Ardente para quem gosta de um faroeste moderno, estilo Diana Palmer, com um desenvolvimento coeso e bem elaborado, personagens perfeitamente construídos e envolventes, não podem deixar de ler o livro.

Eu tenho a mania de comparar obras nacionais com obras de autores estrangeiros, mas é apenas demonstrar um parâmetro, já que ainda os autores nacionais sofrem com preconceitos de uma parcela de leitores, por acharem que são obras com desenvolvimento e personagens inferiores e sem originalidade, mas originalidade é complicado, e nós leitoras sabemos disso, quantas séries e mais séries, tem o mesmo andamento, e só trocam como se diz "sexo dos anjos" porque no final é sempre o mesmo.

Citei tudo isso acima, porque Janice conseguiu originalidade num livro com um tema bastante popular, poderia dizer que ela é a "Diana Palmer brasileira", para chamar a atenção dos leitores mais preconceituosas com os "nossos nacionais", mas isso menosprezar um livro tão bem escrito, emocionante e visceral que Janice nos presenteou, sou uma leitora do gênero faroeste, e posso dizer que o livro Terra Ardente é para ser lido várias vezes (já reli ele duas vezes e isso que tenho uma pilha de livros para ler), tem uma história sólida e personagens, essencialmente personagens viciantes.

É uma série, porém pelo que pude perceber nesse, todas terão um final, óbvio que a autora deixou possibilidades mas não lacunas, e já que os personagens são tão reais em personalidade e sentimentos que como todo ser humano são mutáveis o que poderá render muitas histórias nos próximos livros.

A autora provoca o leitor a tomar partido, a torcer por um determinado personagem e se apaixonar por um determinado casal, é um livro ficcional, uma cidade que não existe, mas a autora conseguiu tornar a história real, e tenho certeza que ao terminar de ler o livro, todos irão querer comprar uma passagem para Matarana, e tenho certeza que irão "pagar um pedágio" prazeroso e inesquecível.

E ai autora ficou ruim??? Pode mandar o Diabo Loiro me pegar... rsrsrs

Para acessar a resenha completa com citações ilustrativas e também participar do sorteio acessem -->>>http://www.guardiadameianoite.com.br/2012/02/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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sabrina sexton 18/08/2012

Li Terra Ardente (Editora Multifoco – Selo Desfecho Romances/ 2011 – 284 páginas) através do book tour organizado pela autora Janice Diniz, do qual me vi impelida a participar depois que a Lariane leu o livro e só me falou coisas boas (resenha da Lari => http://www.leiturasedevaneios.com.br/2012/01/janice-diniz-terra-ardente-amor-e-odio.html). Então sou obrigada a concordar com minha amiga, e dizer que também passarei a sempre recomendar Terra Ardente. A única parte triste do book tour é a despedida do livro, não é?

Terra Ardente é um livro tão denso que nem sei por onde começar esta resenha. Pela cidade, talvez? A ambientação é bem reveladora: Matarana é uma pequena cidade latifundiária de trinta e dois anos de emancipação. Ela é dominada por duas grandes forças, Dolejal e Marau, dois ‘fazendeiros’ inimigos, que chegaram junto com os primeiros colonizadores, e acabaram criando seus feudos poderosos pela força da intimidação e do sangue na época da grilagem e do garimpo. O “clima” de Matarana, apesar de ser descrito no livro como similar à colonização dos EUA, para mim tem muito da antiga oligarquia do café com leite, tão famosa na história do Brasil, e tema daquelas grandes novelas de coronéis que não se fazem mais (mas não se enganem, é um livro contemporâneo e muito morderno!).

Vamos aos personagens principais: contraditoriamente à premissa de ‘terra de homens’, os dois grandes destaques de Terra Ardente são duas mulheres:

Karen Lisboa foi amante constante de 10 anos e protegida, mas também inimiga, de um dos dois homens mais ricos da região: Thales Dolejal. Mãe de um adolescente, ela mora com a avó e o filho no condomínio de bangalôs de sua propriedade. Karen não tem amigos, além do Delegado Rodrigo Malverde (*Suspiros), ela é um espírito indômito e uma mulher de má fama na cidade.
Agora Karen precisa se acostumar às mudanças de sua vida, pois ela acaba de ser descartada. O motivo é que o poderoso Dolejal se cansou de ser publicamente chifrado e, após fazer com que todos os seus 15 ex-casos-de-apenas-três-transas deixassem a cidade, é chegada a hora de Karen também pagar pela afronta.

"Então o mundo em que ela vivia, ruiu. E a rejeição ateou fogo no seu sangue como um maldito rastro de combustível nas veias, espalhou-se, consumindo-a de uma forma avassaladora. Rejeitada, ela o quis. E saber que o queria a tornou desesperada e infeliz. Porque já não mais o tinha. Nunca o teve. Assim, o sangue que ardia em chamas nas principais artérias de seu ser, explodiu. Dos pedaços dês seu corpo, outro se acomodou. E esse novo corpo, nascido do esqueleto carbonizado, arrastou-se até a beira do rio para matar a sede que somente a boca de Thales matava. No deserto sempre viveria à sombra do que pudera viver. Levara dez anos para descobrir que sentiria falta de odiá-lo, desprezá-lo e, ao mesmo, de ser sua mulher." Página 36 ==> (*Esse trecho sempre me arepia)

Nova Monteiro é uma jornalista que por vezes se apresenta como cantora no bar do Gringo. Ela deixou sua família em Belo Horizonte e foi para Matarana para acompanhar o amigo pediatra Cris, por quem tem um sonho de amor impossível. Como jornalista, toda a indignação pelas desigualdades e desmandos dos poderosos de Matarana fica alvoroçada, e Nova muitas vezes se coloca em situações perigosas. Mas, assim como Karen, Nova também tem o Delegado Rodrigo Malverde para protegê-la (*Suspiros²). Após um artigo provocador que alfinetava os poderosos, Nova foi contratada por Thales para escrever um livro sobre a verdadeira colonização da cidade.

Apesar destas duas mulheres pouco terem em comum, é linda a forma como se tornam grandes amigas!
Karen se tornou, para mim, um ícone de personagem feminina. Toda a antipatia que ela me provocou no início da narrativa foi se transformando em admiração conforme a leitura do livro avançava. Ela mostrou ser uma mulher de fibra, uma mulher que precisa lutar para ser forte numa “terra de cretinos”.
Nova me irritou um pouco por insistir e insistir em querer e querer ficar com Cris, quando estava óbvio que ele não queria nada além de uma confortável amizade. Mas então seu personagem deslancha, e ela logo recupera a simpatia que desperta desde o início no leitor.

Por mais que eu tente, sei que não conseguirei traduzir em palavras o quanto ler Terra Ardente foi uma experiência gratificante. Fiquei completamente apaixonada pela narração da Janice Diniz, que é tão crua e tão madura, e ao mesmo tempo tão suave, coroada por um estilo que não encontramos muito facilmente. A autora foi muito feliz no processo de escrita de Terra Ardente, onde tudo acaba se casando perfeitamente, com personagens muito especiais que conquistam o leitor aos poucos e diálogos ótimos, ora tensos ou intensos, ora divertidos.
Uma particularidade que eu gostei demais em Terra Ardente foi a de permitir ao leitor “entrar na mente” dos personagens e ler como seus sentimentos são dissecados durante a trama, revelando sem revelar ou escondendo sem esconder suas características psicológicas e caráter.
Os personagens não são bonzinhos, talvez até anti-heróis, mas são, de fato, autênticos. Thales Dolejal, por exemplo, é um personagem extremamente complexo que infelizmente perdeu um pouco de espaço na trama. Ainda que sua relação de amor e ódio com Karen ganhasse algumas cenas muito interessantes, poderia ter rendido muito mais. Por outro lado, é ponto positivo que outros personagens que talvez pudéssemos imaginar como secundários cresçam. Terra Ardente é daqueles livros que escondem surpresas! Eu me senti agradavelmente surpresa com o destino de um personagem em especial. Depois que findei a leitura, voltei ao início e reli – como quem bebe com sofreguidão de imensa sede – particularmente todos os trechos que em que ele aparece. Sabem aquela situação em que você só consegue descobrir quem é mocinho ou vilão no final? Ou talvez nem descubra? Ou melhor, nem se “importa”? Em Terra Ardente, um tal de Diabo Loiro é assim... (*Suspiros³)

Finalizando a resenha, digo simplesmente que Terra Ardente é um livro ‘extremamante bom’ e a autora Janice Diniz é um exemplo de que os novos autores brasileiros podem, sim, disputar o mercado literário pau a pau com grandes nomes internacionais. Recomento Muito!

Este texto pertence ao site Leituras & Devaneios: http://www.leiturasedevaneios.com.br/2012/06/janice-diniz-terra-ardente.html#ixzz23vfnWmU4
por Lariane Santos, Luciara Cândida e Sabrina Pepe. Plágio é crime previsto em lei: Não copie sem autorização.
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Zilda Peixoto 13/02/2012

Terra Ardente- Amor e Ódio onde nem os fortes têm vez
Meu primeiro contato com o livro foi através da leitura do primeiro capítulo, pelo qual a autora disponibilizava-o em seu blog. Após conhecê-lo fiquei bem interessada em dar continuação a leitura. Logo,pude firmar parceria com a autora.Infelizmente, por vários motivos não pude lê-lo imediatamente,pois alguns livros de parceria demoraram muito para chegar, e quando os recebi, todos resolveram chegar de uma só vez.Sendo assim,uma pilha se formou;por esse motivo Terra Ardente demorou para ser resenhado. Enfim,minhas expectativas eram enormes em relação ao livro, e digo que todas elas foram superadas após sua leitura.Terra Ardente é um livro incrível!

Inicialmente, somos apresentados a cidade de Matarana,uma pequena cidade habitada por poucos habitantes onde o sol escaldante castiga incessantemente aqueles que a habitam.
Matarana é uma cidade explorada por latifundiários que exploram suas terras e seus habitantes.Thales Dolejal é o grande senhor das terras e que domina a cidade com seus capangas inescrupulosos. Dolejal é um homem rude e ganancioso que não mede esforços para conseguir poder e fortuna. Ele fará de tudo para se apoderar do terreno de Karen,onde ela mantem pequenos bangalôs herdados por seus pais.

Karen é amante de Dolejal há 10 anos e luta incansavelmente contra Dolejal para manter-se na cidade. Ela é uma mulher destemida, de pulso firme e que tem uma personalidade muito forte.Karen sempre agia de acordo com seus instintos,vivia sempre metida em confusões. Normalmente, estava bêbada e transava com quase todos os homens da cidade.Apesar da imagem construída pelos moradores da cidade,Karen não se importava com o julgamento dos outros.

Nova Monteiro é outra personagem feminina de personalidade forte que encontramos em Matarana. Vinda de Minas Gerais, Nova vai em busca de uma nova vida na companhia de seu amigo Cristiano, o médico da cidade. Ambos viveram decepções amorosas em seus passados e se mantem juntos para suportar a frustração. Ela é uma mulher que tem uma personalidade forte,porém é um tanto sonhadora. Em Matarana, Nova será posta a situações que a farão superar seus medos a custo de muito sofrimento e decepções.
Nova tem dois ofícios, dividindo-se entre o emprego de jornalista no pequeno jornal da cidade e durante as noites, ocupava um lugar cativo como cantora de música country no bar do Gringo.

Em toda narrativa , as personagens femininas tem seu destaque.Pois, as mulheres de Matarana são fortes,determinadas e lutam por seus objetivos com muita obstinação. Karen e Nova são o símbolo de firmeza e determinação. Porém,nem só de mulheres fortes Matarana é habitada. Além de Thales Dolejal, o importante latifundiário,conhecemos Rodrigo Malverde; o delegado da cidade. As meninas que se segurem,pois esse personagem arranca suspiros e deixa qualquer leitora doidinha. Outro personagem marcante é Franco, o capanga de Dolejal.

Franco é um rapaz de 20 anos que trabalha como fiel escudeiro de Dolejal. Ele é um homem muito amargurado devido a uma triste infância. Mas,assim como Rodrigo Malverde, Franco é um homem de pegada. Ele é indivíduo que carrega consigo grandes decepções mas demonstra em diversos momentos que pode haver sentimentos dentro de um coração tão bruto.Ele é o tipo de homem que deixava as mulheres loucas com seu jeito rústico e sedutor.

Todos os personagens em Terra Ardente tem sua devida importância. Apesar da trama ser focada em Karen Lisboa, os demais personagens carregam consigo dramas que valorizam ainda mais a narrativa. Terra Ardente é aquele tipo de livro que não conseguimos largar por um só minuto durante sua leitura. Janice soube criar uma estória cheia de realidade com personagens fortes e que ao mesmo tempo são sentimentais em demasia. Ousou em narrar um romance que descreve a vida de caubóis num espaço muito próximo ao leitor, trazendo a narrativa para o cerrado brasileiro. Todos os relacionamentos são muito bem articulados.

Karen Lisboa é a figura de uma mocinha diferente. Ela não é puritana como as demais personagens como costumamos conhecer em outras estórias. Ela não tem papas na língua e deixa qualquer homem de calças arriadas literalmente. Janice insere palavrões a fim de dar mais realidade aos personagens rudes e impulsivos que compõem a narrativa. Sempre com um vocabulário um tanto rústico e limitado a gentilezas.

O livro é narrado em 3ª pessoa e possui alguns diálogos que aprimoram a interlocução dos personagens. A narrativa é simples e traz algumas referências bem atuais,como por exemplo,o Facebook. Fazendo com isso,que nos aproximemos da narrativa levando-se em conta a inclusão de termos bem conhecidos da realidade do leitor.Não seria exagero algum dizer que, Terra Ardente deveria ter uma adaptação cinematográfica.Pois, a narrativa é muito bem elaborada, os elementos e personagens são muito bem construídos. Logo, o livro merecia ser adaptado para o cinema.

Terra Ardente é um romance muito diferente dos demais.Pois,Janice dá vida a caubóis que transitam facilmente a nossa realidade.Porém, esses caubóis não são aqueles tipos estereotipados em alguns romances, que sempre denotam superficialidade e que normalmente habitam terras americanas. Outro ponto positivo, é a maneira como cada personagem convive com seus dilemas e sentimentos dúbios. Dessa forma, somos envolvidos diretamente com o drama de cada um deles.E por último, o ponto mais alto é a maneira como Janice conduz a narrativa,nos envolvendo com maestria numa estória cativante e totalmente sedutora. Terra Ardente entra sem sombra de dúvidas para a lista dos favoritos. Recomendo a leitura para quem curte um romance repleto de aventura e regado à muita sensualidade. Com certeza, o leitor irá se render facilmente a esse livro.

Durante a narrativa, o leitor dará boas risadas, ficará apreensivo a cada novo acontecimento e sentirá aquele arrepio durantes as passagens bem quentes que os personagens se relacionam. O único ponto desfavorável, foi a elaboração da capa do livro que deixou a desejar por faltar uma luminosidade.Apesar de ilustrar um personagem central como um caubói, acredito que a capa poderia apresentar além da figura do caubói, a presença marcante da mulher já que a mesma está presente durante toda a narrativa.No mais, dou nota máxima ao romance de Janice por sua construção,elaboração e perfeição no conjunto da obra.

Terra Ardente é o primeiro volume de uma série, que compõem outros dois volumes,são eles: Céu em Chamas e Fogo no Cerrado. Estou bem ansiosa para conferir o segundo volume da série, já que Janice deixa alguns pontos a serem esclarecidos no fim da trama.
Gostaria de agradecer a Janice pela oportunidade de ler uma obra tão maravilhosa. Eu super recomendo mais um livro nacional de excelente qualidade.
Terra Ardente é um livro perfeito, intenso, magnífico. Dentre tantos parágrafos marcantes,cito alguns que irão encher os olhos e dar água na boca dos leitores. São eles:

" Através do reflexo do vidro da cozinha, ela via o rosto dele, os olhos brilhando, o cabelo castanho claro cortado como o de um executivo. Conhecia aquele olhar assim como conhecia aquele homem.Mas nunca seria fácil entre eles. Tentou ignorá-lo e concentrar-se em lavar a louça da manhã. Podia oferecer-lhe um café, um copo de uísque ou um pedaço do seu coração."

“Os fracos torravam ao sol de Matarana. Morriam de sede. Eram mortos pelos pistoleiros. Eram comidos pelo câncer de pele. Os fracos vacilavam diante da esfinge. Contavam verdades embrulhadas em celofane.”

"[...] A resposta quase veio quando ela desceu a mão até o cós da cueca e parou. Rodrigo suspirou pesadamente e percebeu que estivera de olhos fechados.[...] Ela castigava-o? Desafiava-o? O que, diabos, aquele inferno gostoso de mulher queria?,ele pensou, querendo morder-lhe a boca e avançar sobre ela como um bicho."

"[...] Matarana é um vespeiro envenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa também a espalhar o veneno".

Preparem-se para um romance avassalador,onde amor e ódio duelam o tempo todo e que nem mesmo os fortes dominam seus instintos. Curtam o book trailer de Terra Ardente:
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