Books Friends & News 12/02/2012Envolvente, Intrigante e SensualToda a resenha é difícil de fazer, para mim que sou leiga, e as minhas resenhas são na base da emoção e o prazer que foi provocado pelo livro. Quando o autor é estrangeiro que não têm contato, a resenha se torna digamos mais tranqüila, mas quando o autor é nacional e você tem uma relação de amizade, no meu caso, eu tenho um bloqueio, receio e medo de muitas vezes fazer a resenha e mostrar uma decepção com o livro ou escrever uma resenha que não seja altura da obra.
No caso de Terra Ardente da autora Janice Diniz, me interessou a capa e depois li a sinopse eu realmente fique obcecada para ler o livro, até porque estava e ainda estou numa fase da série Homens do Texas da Diana Palmer, e sabe aqueles livros que você realmente tem uma impressão maravilhosa do livro sem ao menos ler???? Foi o que aconteceu com Terra Ardente.
Pode ser, ou melhor uma loucura da minha maneira de reagir, mas quando chegou o livro demorei a ler, como fiz da Carina na resenha de Perdida, vou confessar para autora que deu medo, de a expectativa criada pela narrativa me decepcionar... mas ainda bem, que não me decepcionei e muito pelo contrário me apaixonei...
Enrolei esses dois parágrafos de explicações e acho que vou enrolar mais umas frases, é para explicar que a resenha que irão ler, por mais absurdo que vocês possam não acreditar, ela é totalmente imparcial a minha amizade pela Janice e totalmente apaixonada pela narrativa que ela desenvolveu...
Quem já leu Diana Palmer, Linda Lael Miller, sabe que são livros com características de faroeste, mas sem aquele modelo de moçinho e bandido se duelando em frente ao bar com portas de vai-e-vem, é um faroeste denominado moderno, onde os cawboys (ou colocando no português, caubóis) nem sempre andam de botas, chapéu e cavalgando, até pode ocorrer já que a história se ambiente em meios rurais, porém em faroeste moderno os caubóis anda de caminhonetes cabine dupla com ar condicionado e muitas vezes a palavra “cavalo” se denomina a potência do motor...
A cidade onde se passa o livro Terra Ardente, chama-se Matarana, que é o nome título de uma série de 3 livros (confira acima da resenha os nomes e previsões de lançamento), uma cidade com poucos habitantes, onde há uma disputa de poder, praticamente uma cidade do estilo velho oeste, porém nos tempos atuais, apesar da autora não ter especificado um ano.
A trama ocorre em torno de 6 personagens (pelo menos nesse livro), com personalidades bastante diferentes entre si, com vidas diferentes porém se conectam no decorrer do livro, tanto que têm personagens nas primeiras páginas do livro que você não consegue enxergar como eles se unirão no final desse primeiro livro, e também algumas relações por mais sólidas que sejam, elas poderão sofrer rupturas nos próximos livros da série.
O que me passou da escrita da Janice, ela é bastante visceral, ela faz você escolher personagens e ficar ameaçando a autora de morte (\0/ Eu fiz!!!!) para dar ou também não retirar a felicidade de alguns personagens, acabamos escolhendo os preferidos por identificação pessoal por serem tão reais, apesar de serem ficcionais.
Em relação aos personagens por serem 6 no qual a autora manipula com a vida deles no decorrer do livro, e também para não ficar confuso, irei separá-los, tentarei passar a personalidade na minha visão de cada um deles, não se preocupem... Não terá spoilers.
Outra característica que me atraiu muito e com certeza irá atrair a mulherada “perva” são os personagens masculinos, homens fortes, com muita testosterona e muito amor para dar, ao mesmo tempo estilo Diana Palmer, não sabem amar e rude.
Há também motivos para atrair os homens, já que as personagens femininas, são fortes e ao mesmo tempo sensíveis, além de ocorrer diversos assassinatos bem no estilo de “Em Terra de cego, quem tem um olho é Rei!”.
" - Vou jantar a galinha, a que está solta ciscando ao meu redor, delegado.
Rodrigo voltou-se e estreitou os olhos, procurando absorver devagar a ameaça do meliante.
- É estranho um homem que nem sabe ao certo se sairá detrás das grades, fazer uma ameaça velada para um delegado de polícia. Você é o quê, Pedro, burro ou débil mental?
Diante da cela do aliciador, o delegado parou e pôs as mãos na cintura. Pedro continuava sentado à beira do catre, imóvel, fitando o vazio à sua frente.
- Não ameacei o senhor e ninguém, a não ser que a lei considere uma galinha um ser humano. – falou com calma.
- Entendi, você é supostamente poeta e deve cultuar figuras de linguagem, - debochou e emendou num tom de ameaça: - mas, de minha parte, como humilde agente da lei sem dotes artísticos, lhe digo que, se simbolicamente ou não, está se referindo à jornalista, espero que use o tempo que ficará aqui detido e, pelo visto, será muito tempo, para reconsiderar o que me disse. Para seu próprio bem... asno. – completou, com desprezo."
Além de tudo isso há humor, a autora faz comparações engraçadas e criativas, exemplo (“- Para falar a verdade, não sou muito boa com as automáticas. Só tive intimidade com um .38 com cinco anos de uso e problemas de travamento.”), rsrsrs... Sabem o que é isso??? Não??? Eu não vou dizer... Descubram... Como eu disse os diálogos são cômicos e muitas vezes a autora une essa comicidade com sensualidade.
Então vamos conhecer um pouco da população de Matarana???? A partir de agora a resenha será feita por personagens e suas relações e sua estória.
Karen Lisboa (mulher forte)
Essa é declarada minha personagem favorita, por incrível que pareça, ela é uma mulher, gostei muito das características da personalidade, apesar de parecer masculinizada, irresponsável e vulgar, na verdade no decorrer da trama irá se revelando uma outra mulher.
No início do livro a primeira impressão nos leva acreditar, preconceituosamente, que ela é uma espécie de prostituta da cidade, mas no fundo, ela era uma pessoa sem amor próprio, que levou tanto da vida, que a tornou uma mulher sem sentimentos, e na situação precária que se encontra atualmente.
Apesar de ser independente, proprietária de um hotel em ruínas e cheio de dívidas, cria um filho adolescente, Jonhhy, sozinha, ela sobrevive através de uma negociação com os dois homens poderosos da cidade para não perder o seu estabelecimento, um hotel, deixado pelos seus pais que vieram buscar uma vida melhor, como prometia Matarana.
Karen tem uma relação de amante de um desses homens poderosos da cidade, Thales Dolejal (homem estilo Diana Palmer, bonito, rico mas ordinário rsrsrs), um fazendeiro frio, rude e a trata como se fosse lixo.
Depois de um início deprimente a personagem irá evoluindo... e pode ter certeza que o leitor irá torcer por isso... porque realmente é uma personagem que te conquista, apesar de ser orgulhosa e rude, ela irá nos mostrar que é uma mulher sensível, vulnerável, que busca a felicidade porém não sabia encontra-la...
Thales Dolejal (fazendeiro e cruel)
Thales é um fazendeiro que disputa com o Coronel Marau, o título de homem mais poderoso e influente da cidade, e quase uma guerra, que muitas vezes é resolvida com armas de fogo.
Ele é frio, cruel e vingativo, não posso definir Thales como uma pessoal má, é um personagem que te confunde, muitas ações são justificáveis, mas ao mesmo tempo ele não toma as melhores atitudes para resolvê-las...
Foi o único personagem do livro que não tem uma conclusão, e muito aberto a probabilidades, e também têm o poder de interferir e manipular pelo seu próprio prazer, os relacionamentos de alguns personagens futuramente, não sei... a autora é muito má!!!! Não dá nem uma dica.
Mesmo sendo assim, ele te conquista, e sinceramente você acaba querendo que apareça uma mulher que derreta um pouco esse muro, quem sabe Karen???? Mas depois que lerem o livro vão ficar divididos... eu fiquei...
Karen Lisboa & Thales Dolejal (relacionamento doentio)
O relacionamento de Thales e Karen, acho uma palavra o define, "doentio".
Ambos tem personalidades fortes, também são muito orgulhosos, por exemplo, ela tinha vários amantes, paralelamente com a relação de ambos, talvez com intuito de demonstrar poder, que mesmo se relacionando com ele, ele não a dominava, pois financeiramente ele tinha esse poder sobre ela.
Como não considero Thales um homem mau, pois vemos nesse relacionamento com Karen, que ele têm sentimentos, porém tem uma maneira um tanto peculiar de demonstrar isso... Mas a falta de respeito já que a relação é baseada em apenas sexo, mas mesmo podendo haver sentimentos ambos não confiam um no outro, por haver uma relação bastante desgastada e cheia de desconfianças.
Acho que a história de ambos ainda não acabou, pelo que pude perceber no personagem, e vocês perceberão também, ele não gosta muito de perder... já que temporariamente ele a tenha perdido para o delegado.
Rodrigo Malverde (delegado responsável e um homem romântico)
Esse é o personagem que com certeza irá conquistar a maioria das leitoras, ele é delegado da cidade, bem a moda antiga, usa chapéu Stetson (só para caubóis rsrsrs), bota e camisa quadriculada, porém anda de caminhonete e não a cavalo.
É viúvo, e mora com a irmã e a sobrinha, perseguido pelas mulheres da cidade, mas ela prefere o distanciamento de relacionamentos, vive somente para o trabalho, e tem bastante, principalmente para proteção de duas mulheres, Nova e Karen.
"- Avise o delegado que a Karen vai ao Bar do Gringo arejar a cabeça.
- Humm, entendi.
A escrivã relançou m olhar curioso a Rodrigo, que falava ao telefone na sua sala. À porta, ela parou e disse a contragosto:
- Pretendia voltar mais cedo para casa hoje?
Ele pôs o fone no gancho e gemeu baixinho:
- Ai, o que aconteceu?
- Uma frase apenas: Karen Lisboa foi arejar a cabeça no Bar do Gringo.
A policial se pôs a rir ao ver a careta do delegado. Todas as vezes que isso acontecia, ele tinha de salvá-la de alguma briga. Noutras vezes, o próprio Dolejal mandava um de seus seguranças a fim de levá-la de volta a sua casa. Rodrigo suspirou, profundamente, e se afundou na poltrona. Telefonou pra o fazendeiro."
Mantém uma amizade com Karen Lisboa, pois foi amiga da sua esposa, e através de algumas lembranças de Rodrigo dessa época, vemos uma Karen bem diferente, mais sensata e responsável do que a atual.
Amigo do Thales (se é que se pode chamar de amizade), às vezes ele também serve de babá para Karen, quando ela bebe demais no Bar do Gringo, o point da cidade rsrs, ela se mete em confusão.
Mas amizade dele e Thales ficará abalada pelo relacionamento com Karen, e insisto mais uma vez, Thales não vai se conformar... e previno muitas mudanças e confusões nos próximos livros da série
Rodrigo Malverde e Karen Lisboa
Rodrigo valoriza e respeita Karen como mulher, e também é um homem que Karen respeita, através dos olhos de Rodrigo, enxergamos a Karen que ele vê, e talvez a verdadeira Karen
Acho que a cenas iniciais da Karen no livro são bem impactantes, e leva os leitores a conclusões precipitadas da personagem, que pode passar de uma mulher vulgar, masculinizada e incapaz de sentimentos.
Mas Rodrigo descobre nos mostra uma mulher carente, completamente perdida, e apesar da personalidade forte, e bastante vulnerável, e durante o desenvolvimento do relacionamento vimos uma nova Karen, ou a verdadeira Karen, pois não tem como saber... se Karen realmente encontrou a felicidade.
Rodrigo consegue quebrar barreiras, Karen tenta levar o relacionamento para o impessoal, porém Rodrigo quer um relacionamento sério e íntimo, a autora conseguir levar de uma maneira cadenciada sem apressá-lo...
"- Sou apenas uma mulher obcecada por um amor impossível.
- Não, você é durona, livre, impetuosa. – ele parou de dançar e tomou-lhe o rosto entre as mãos, encarando-a: - Você é capaz de jogar um homem na lona apenas com um olhar. – ele riu e emendou, soltando-a e pondo as mãos na cintura: - Falei alguma coisa com sentido?
- Sim, Rodrigo, mas não sou essa pessoa que disse.
Ele avaliou devagar o que Nova falou e, antes que esboçasse um contra-argumento, ouviu:
- Acabou de descrever a Karen."
Além da sombra de Dolejal, da resistência da irmã de Rodrigo que tenta atira-lo para Nova Monteiro (veremos em breve), e alguns atentados a vida de Karen, eles constroem um relacionamento forte e parcialmente estável, acredito que nos próximos livros terão algumas mudanças.
Rodrigo também surpreende pelo romantismo e a amabilidade, as cenas entre os dois são sensuais, e a autora instiga a nossa imaginação, nenhuma cena sexual é descritiva essencialmente, porém, os diálogos em si e a insinuação das cenas são carregadas de erotismo.
Nova Monteiro (jornalista e insegura)
Confesso que no início antipatizei por essa personagem, é a típica mulher frágil e insegura, que vive um amor platônico pelo seu melhor amigo Cris Bittencourt (nem vou comentar sobre essa pessoa), eles moram juntos, depois que ambos tiveram problemas em seus relacionamentos anteriores.
Nova é insegura, conformada em apenas ser amiga de Cris, mesmo sofrendo todos os dias por essa relação não ser a que idealiza, porém ela é conformada e não tem nenhuma atitude para modificar essa vida.
Mas em relação a sua profissão, como jornalista, era bem corajosa e decidida, e se mete em algumas enrascadas, pois está investigando com a intenção de denunciar os negócios ilícitos dos dois homens importantes da cidade, o que ocorre uma dualidade, na vida pessoal é frustrada e insegura, porém profissionalmente é segura e querendo mudar situações.
Não irei escrever uma parte especial para Cris, é um personagem que só vemos nesse livros, através de Nova, apesar de ter uma história, mas elas se interligam, e no inicio da resenha que a escrita da Janice é visceral, que ela conseguiu principalmente comigo, ter uma implicância total com Cris, pois na minha visão ele é um fraco e covarde, e se achamos Nova uma pessoa conformada, então Cris é o rei do conformismo.
Cris vive a renegando, mesmo quando Nova devido um fato, toma algumas atitudes chocantes na visão dele, ele continua a tratando como uma amiga, somente depois que Nova desiste do relacionamento deles, e acaba se envolvendo com outra pessoa, que ele começou a tomar uma atitude, mas somente quando a estava perdendo...
Apesar de Nova estar feliz e realizada com o relacionamento dela atual, mas acredito que a história entre eles não acabou... teremos muitas reviravoltas para os próximos livros, até numa possível reconquista de Nova, visto algumas atitudes tomadas por Cris.
Franco (O "Diabo Loiro")
Mulherada segurem as saias, está chegando um dos personagens mais interessantes do livro, se não me engano, foi um personagem adicionado de última hora, e Janice estava inspirada no momento que o descreveu, loiro, lábios carnudos, furinho no queixo, e uma "gostosura" bem distribuída e avantajada... rsrss... e é um menino de 22 anos, que coloca muito homem em Matarana no chinelo.
Inicialmente imagina que ele será apenas o homem de confiança de Thales e nada mais, o matador da cidade, um cara sisudo e que se mantem longe das pessoas, e muito próximo das mulheres rsrsrs... e temido pela cidade pela fama, porém ele surpreendeu, igualmente a Nova, há uma dualidade de personalidade.
Teve uma infância bastante complicada, foi ainda criança para fazenda de Dolejal, onde foi criado como empregado pelo "amável" Thales, e indiretamente através de uma sementinha da discórdia feita por Karen, descobre algumas ligações entre ele e Dolejal.
Ele é bastante sarcástico e irônico e tem um temperamento inconstante, porém tem uma sensualidade arrasadora.
Um personagem que cresceu muito no livro, através do relacionamento dele com Nova, nós conhecemos um outro lado de Franco, ele o tempo todo alterna entre homem e garoto, tem aquela irresponsabilidade da idade, mas ao mesmo tempo uma postura de homem adulto.
Obs.: A autora me falou que se a resenha não tiver uma porcaria ela vai mandar o diabo loiro para me pegar, então se a resenha tiver uma droga foi de propósito, ok ????
Franco e Nora Monteiro
E um relacionamento apaixonante, cativante e intenso, ambos se descobriram, e também se ajudaram a curar suas frustrações e carências.
O relacionamento é pura sensualidade, os diálogos deles são cheios de significados, com muita pitadas de sarcasmo e erotismo, e com aquele jeito moleque e ao mesmo tempo homem de Franco ele é um personagem que irá fazer as leitoras suspirar, talvez a palavra melhor é suarem...
Apesar de Franco ser uma pessoa taciturna ele se mostra a Nova, talvez pela fragilidade de Nova, ele tem um senso de proteção a ela, ao mesmo tempo mostra a mulher que ela escondia devido a insegurança do relacionamento frustrado com Cris, e Nova o retribui com carinho e amabilidade que faltava na vida de Franco.
Apesar da diferença de idade, já que Nova tem aproximadamente 35 anos enquanto o Franco tem 22... eles aprenderam com as diferenças encontrar um consenso comum, e um relacionamento sadio e maduro.
"(...) – Que relacionamento saudável? Devemos então moderar na maionese e nas frituras? Vai para o diabo! Eu falo de paixão, de amor, de tesão, de matar qualquer filho da puta que encostar um dedo em você! Falo de suor e de sangue! E da saudade que me vai foder a alma todos os dias como nessas duas semanas. E você vem me catequizar sobre relacionamentos? Não temos um re-la-ci-o-na-men-to, dona Nova! É mais que isso... é coisa do destino. Ninguém mandou a dona vir para a minha terra. Ninguém senão o destino. Isso é fato. – completou, por fim, encurvando-se por sobre ela.
Duas mãos embarafustaram-se por baixo do vestido dela e puxaram-lhe a calcinha. (...)"
Convocando as "pervas" de plantão, Franco é um homem de não pedir e sim tomar, no máximo ele exige um "pedágio", mas ao mesmo tempo é carinhoso e por incrível que pareça, posso dizer romântico, e trata Nova como uma verdadeira "Princesa".
Mas como todos os outros personagens do livro, o relacionamento deles também dará reviravoltas, apesar de terem um relacionamento sólido, possa sofrer mudanças... Mas isso só veremos nos próximo livros...
Conclusão
Terra Ardente para quem gosta de um faroeste moderno, estilo Diana Palmer, com um desenvolvimento coeso e bem elaborado, personagens perfeitamente construídos e envolventes, não podem deixar de ler o livro.
Eu tenho a mania de comparar obras nacionais com obras de autores estrangeiros, mas é apenas demonstrar um parâmetro, já que ainda os autores nacionais sofrem com preconceitos de uma parcela de leitores, por acharem que são obras com desenvolvimento e personagens inferiores e sem originalidade, mas originalidade é complicado, e nós leitoras sabemos disso, quantas séries e mais séries, tem o mesmo andamento, e só trocam como se diz "sexo dos anjos" porque no final é sempre o mesmo.
Citei tudo isso acima, porque Janice conseguiu originalidade num livro com um tema bastante popular, poderia dizer que ela é a "Diana Palmer brasileira", para chamar a atenção dos leitores mais preconceituosas com os "nossos nacionais", mas isso menosprezar um livro tão bem escrito, emocionante e visceral que Janice nos presenteou, sou uma leitora do gênero faroeste, e posso dizer que o livro Terra Ardente é para ser lido várias vezes (já reli ele duas vezes e isso que tenho uma pilha de livros para ler), tem uma história sólida e personagens, essencialmente personagens viciantes.
É uma série, porém pelo que pude perceber nesse, todas terão um final, óbvio que a autora deixou possibilidades mas não lacunas, e já que os personagens são tão reais em personalidade e sentimentos que como todo ser humano são mutáveis o que poderá render muitas histórias nos próximos livros.
A autora provoca o leitor a tomar partido, a torcer por um determinado personagem e se apaixonar por um determinado casal, é um livro ficcional, uma cidade que não existe, mas a autora conseguiu tornar a história real, e tenho certeza que ao terminar de ler o livro, todos irão querer comprar uma passagem para Matarana, e tenho certeza que irão "pagar um pedágio" prazeroso e inesquecível.
E ai autora ficou ruim??? Pode mandar o Diabo Loiro me pegar... rsrsrs
Para acessar a resenha completa com citações ilustrativas e também participar do sorteio acessem -->>>http://www.guardiadameianoite.com.br/2012/02/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html