Contos de Meigan

Contos de Meigan Roberta Spindler
Oriana Comesanha




Resenhas - Contos de Meigan


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Lola 20/02/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Você acha que o escritor de Guerra dos Tronos é o rei internacional da ficção fantástica? Então hoje venho apresentar a vocês as rainhas nacionais deste gênero: Roberta Spindler e Oriana Comesanha. Em 617 páginas de puro talento, ação, magia, batalhas, traições e mistérios elas conseguem criar com maestria um mundo novo e em nenhum momento perdem o foco. Prepare-se para noites em claro onde o Mundo de Meigan vai roubar cada porção do seu fôlego. E com certeza vai roubar também o seu coração.

Eu poderia começar essa resenha de muitas formas diferentes, mas é impossível conter minhas emoções. Por quê? Eu li um livro que me fez sentir frio na barriga, vontade de chorar, estapear a protagonista, depois abraçá-la, eu me diverti com o senso de humor de um dos personagens mais completos que já tive o prazer de conhecer, eu fiquei apreensiva com um talvez futuro triângulo amoroso e confesso, torci para que acontecesse. Eu li um livro incrível que em momento nenhum me cansou, apesar de suas 617 páginas, eu me surpreendi tanto com o desfecho final que estou anestesiada até agora. Você consegue entender o quanto eu gostei de um livro que mesmo sendo enorme, se dependesse de mim não teria fim?
Caros leitores, é assim que tento descrever um pouco das emoções que tive ao ler Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos.
Um enredo que surpreende já no prólogo que tem uma construção que eu achei perfeita. Ele funciona como uma introdução ao Mundo de Meigan, descrevendo sua criação em termos práticos, sem enrolação ou divagações desnecessárias.
A princípio você poderá estranhar os nomes que não são nada casuais, contudo isso é mero detalhe. Em algumas páginas você já se considera um habitante desse mundo fantástico e em muitos momentos se pega chamando os personagens pelos nomes e dando conselhos. Ou passando sermão. É gente, Meigan faz isso com você.
A garota Maya é a filha da atual soberana de Meigan, Liza Muskaf. Devido a relação conturbada com a mãe, ainda jovem Maya saiu de Meigan e veio viver entre os humanos. Abalada por uma estranha doença que a acometeu na infância após anos afastada de seu mundo ela engole seu orgulho e decide partir de volta para o seu mundo na próxima caravana. Mas ela não poderia ter escolhido um momento pior para retornar.
Em meio ao caos de um ataque surpresa dos violentos Cártagos, traidores dos Magis que há muito tempo foram banidos para outra dimensão, Maya se desespera ao imaginar a possibilidade de não ter a chance de encontrar sua mãe viva.
Durante sua luta para chegar ao seu destino ela ganha a proteção do Sétimo Guardião, um dos responsáveis por garantir a segurança dos portões do Solo Sagrado.
Em um enredo bastante intrincado, com inúmeros personagens bem construídos não posso deixar de destacar um: o Sábio.
Em sua fuga pela Floresta dos Condenados Maya encontra esta figura engraçada, misteriosa e muito gentil. O senso de humor dele agita boa parte do livro.

“-Nossa, eu não sei por que se preocupar tanto com isso, eu não vi nada. Ou melhor, quase nada. (...) Bom, eu vi tudo sim, mas não precisa me olhar desse jeito. Eu juro que não contarei que você está com umas gordurinhas... Ei, calma! Estou brincando!” – Capítulo 11, página 161.

A relação de amizade que surge entre Maya e o Sábio emociona. Ele apesar de idoso tem uma alma jovem, ainda que seus segredos o impeçam de se abrir totalmente com Maya.
Seth, o guardião, acompanha os dois em grande parte da jornada, e sua relação conturbada com Maya me deixa em êxtase.

“Ele deu um passo para trás, atordoado com aquela mudança de comportamento. Era tão difícil assim perceber que a única coisa que ele queria era protegê-la? Agora tinha certeza de que fora um idiota por se preocupar com aquela garota. Sem dar explicações, deu as costas para ela e voltou para a extremidade do pátio. Só queria sair dali.” – Capítulo 25, página 303.

É necessário destacar dois aspectos que saltam aos olhos durante a leitura.
Um deles é que sendo um livro escrito a quatro mãos poderiam ocorrer mudanças sutis na forma de escrita ou alterações bruscas de estilo. Isso não acontece em momento algum. Oriana e Roberta funcionam perfeitamente escrevendo juntas, formam uma dupla entrosada que não falha.
O segundo aspecto a ser apontado é que neste livro não existem páginas descartáveis. Sem enrolação nem parágrafos e mais parágrafos recheados de inutilidades. Sabe aquela velha mania que alguns autores têm de, com todo respeito, encher lingüiça? Pois é, Contos de Meigan está livre desses males.

Feitas todas essas observações só tenho uma coisa a dizer: depois de quase surtar com o final totalmente enigmático e surpreendente e de quase enlouquecer a Roberta Spindler com meus e-mails super sutis do tipo: “Fala que a continuação sai esse ano? Por favor? Pooor favoor!” ela prometeu que ela e a Oriana estão se dedicando bastante para seguir com o nível de qualidade da história e que assim que for possível a continuação estará disponível.
Leitura total e incondicionalmente recomendada. Estou roendo os dedos de ansiedade para ler o próximo volume.

Resenha originalmente postada em http://adventurerpenelope.blogspot.com/2012/02/contos-de-meigan-furia-dos-cartagos.html
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gleicepcouto 03/11/2012

A mágica de fazer com que 600 páginas se transformem em 200 é pra poucos
http://murmuriospessoais.com/?p=4826

***

A Fúria dos Cártagos (Dracaena) é o primeiro livro da trilogia Contos de Meigan, das autoras Roberta Spindler e Oriana Comesanha. Ambas tem experiência em escrever contos – alguns publicados, mas essa é a primeira experiência delas com romance (enquanto gênero narrativo).

Maya Muskaf está de volta ao lar. Após viver por três anos na Terra, retorna à Meigan, um mundo fantástico, onde residem os magis, seres que possuem o poder de controlar elementos da natureza (fogo, água, terra, ar) - e outros como o tempo e o próprio corpo - de forma mágica tamanha sua afinidade com ela. Corajosa, Maya, mesmo sabendo que teria que encarar medos em seu passado e uma relação um pouco turbulenta com a mãe, faz a travessia para o seu mundo. Logo, porém, se depara com uma situação tensa e estarrecedora. Sua caravana encontra o corpo de um Cártago – povo que traiu o seu há muitos anos e que foram banidos para outra dimensão.

Mas como eles tinham conseguido chegar ali? Há valentes e poderosos Guardiões que tomam conta dos limites de Meigan. O que teria acontecido com eles? À medida que a caravana avança, percebem que a situação é mais séria do que imaginavam. Uma guerra se travava em Meigan e Maya tinha dúvidas se conseguirá chegar à capital em tempo de se encontrar com a mãe.

Ao longo dessa jornada repleta de aventura e magia, Maya terá que ser forte e aprender a superar barreiras para defender seu povo e sua terra.

Eu fujo de séries. Vocês sabem. Mas elas me perseguem. Essa, entretanto, tenho que agradecer por ter batido à minha porta...

Simplesmente porque Contos de Meigan é o melhor livro nacional que li em 2012, aliás, pode incluir internacional aí também. Corrigindo, então: Contos de Meigan é um dos melhores livros que li esse ano. Acho que isso já quer dizer muita coisa da minha opinião sobre ele.

As mais de 600 páginas viraram 200, tamanha fluidez da narrativa, que é em terceira pessoa (adoro) e alterna entre vários pontos de vista. Com uma linguagem direta e sem firulas, as autoras conseguem passar a história de modo conciso (sim, acredite!), mas sem soar um livro frio. É fantasia sim, mas há sentimentos ali. Muito bem dosados para não fugir do foco o e não se tornar piegas.

O mundo criado é original e faz nascer uma vontade em você de querer conhecê-lo e participar dele. O mais interessante é que os elementos fantásticos não se sobrepõem à natureza das pessoas. Há magia, poder, aventura. Mas também há amor, amizade, dor. Essa é a principal característica do livro, é o que faz você se conectar à Meigan e aos seus personagens.

E que personagens! Bem construídos e nem um pouco rasos. São densos e com histórias interessantes. Cada um buscando sua própria superação. As autoras não se perderam na história, com as dezenas de personagens que criaram – e o melhor: conseguiram fazer com que o leitor também não se perdesse. Posso até não saber de cor o nome de todos eles, mas os identifico claramente. E só consigo isso, porque é um trabalho bem feito.

Não pense que, pela protagonista ser mulher, que a ação no livro fique mais ‘light’. A aventura é de tirar o fôlego. Maya, inicialmente, somente tem força e garra, mas, aos poucos, vai se aperfeiçoando e aprendendo os ‘macetes’. Adorei essa transformação gradual e coesa, com os elementos da Jornada do Herói delimitados. Resumindo: percebe-se que foi um livro pensado e organizado antes de ser escrito.

Nada aqui é ZAZ!, velocidade da luz. Tudo acontece no seu tempo e com um motivo. Pode parecer loucura, mas o livro não possui excesso de páginas. Claro que sempre dá para cortar uma coisa ou outra, mas no geral, não há cenas supérfluas. Isso dita a cadência de leitura rápida do livro. Algo como “Só mais uma página vai...” E quando você vê, essa sua uma página já se tornaram cem.

Como ressalva, tenho apenas dois pontos. Um, não posso falar muito, pois senão seria spoiler, pois tem relação com o final. Apesar de muito bem escrito, acho que ficou bem evidente que a impressão que as autoras quiseram passar, ficou só na impressão mesmo, não aconteceu de fato. Não fiquei com o coração na boca, sei o que me espera na continuação do livro. Acredito que um elemento surpresa, de “Uou! Não acredito! Vou matar essas duas!” cairia bem. A outra ressalva tem relação com a repetição de palavras consideradas “fracas” ao longo do texto (excesso de verbo ‘ser’, ‘estar’, etc) e o prólogo, onde contém muita informação nova logo de cara - o que acho que pode assustar um pouco alguns leitores.

Enfim, Contos de Meigan é extraordinário. Uma das melhores estreias de literatura nacional com que já tive contato. Tem aventura, romance, traição, jogo de interesses... É um livro de fantasia, mas com sentimentos tão reais e humanos, que faz você trazer a magia para si e inseri-la em seu cotidiano.
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Lids 14/08/2012

Minhas reflexões durante e pós a leitura
Pontos positivos:

- A perceptível influência de Garth Nix (A Sétima Torre, Arquivo X) na construção do universo e na narrativa.

- A inegável criatividade das autoras ao não elaborar situações previsíveis, envolvendo o leitor na trama exatamente por não ter a mínima ideia do que pode acontecer em seguida.

- Cenas de lutas medianas, porém não desapontantes. Apenas não são marcantes; os movimentos são bem descritos (o que me faz parabenizar as escritoras mais uma vez), mas nada que faça você se impressionar realmente.

- Talvez eu esteja vendo coisas onde não têm, mas senti influências de Harry Potter quanto ao personagem Avatar, que inicialmente é tratado como um vilão em potencial, semelhante ao querido Severo Snape.

- Nenhuma cena é desnecessária, cada detalhe posto no livro é reutilizado em algum ponto; até coisas que são mal explicadas do porquê de sua existência no mundo de Meigan, mais tarde, prova-se algo útil à situação da personagem perante aos seus aliados em potencial.

Defeitos:

- O modo com que alguns elementos são introduzidos. Como disse anteriormente, de início estranhamos que algumas coisas aconteçam tão facilmente para Maya. Soa meio forçado como ela simplesmente consegue se dar bem com todo mundo; parece que todo mundo já está pré disposto a ser simpático com ela e à adorá-la instantaneamente após conhecê-la.
Fato que me lembrou o filme A Branca de Neve e o Caçador onde todo mundo acaba de conhecê-la e já quer ajudá-la. Não há muita dificuldade, afinal ela é querida por grande parte, ou pelo menos uma pessoa influente, no ambiente em que ela se encontra.

- Como disse anteriormente, cada cena é essencial para o desfecho final, assim, você acaba com a impressão de que tudo passa rápido demais, afinal tudo está conectado; uma coisa que leva a outra e a outra... Isso acontece inclusive nas relações pessoais entre os personagens.
Rafael 19/08/2012minha estante
Adorei sua resenha. Eu citaria como pontos negativos a revisão do livro. Achei muitos pontos fora do lugar e até um VIAGEM com J. Isso doi um pouco na vista de quem trabalha com a Língua Portuguesa, que é o meu caso. Acho que a ed. Dracaena deixou um pouco a desejar nesse caso.
Quanto ao seu comentário de perceptíveis influências de Arquixo X, as próprias autoras declararam em uma entrevista ao SEM CENSURA aqui da TV CULTURA de Belém que era fanáticas pela série e que começaram escrevendo episódios dela. Um abração!




@apilhadathay 18/02/2012

*.*
Este é o momento em que você diz: "É por isso que eu amo o que faço". Talvez a minha resenha nunca chegue ao patamar do livro que acabei de ler, mas como dizem que "menos é mais", vou tentar resumir minha opinião da melhor forma.


"- Você está na Sala dos Livros há quase dois dias - Avatar comentou com fingido desinteresse - Um Sábio não deveria precisar de tanta leitura.
- É claro que deveria - Keyth respondeu na mesma hora - Afinal, a sabedoria não se ganha de presente..."

A ausência do número da página foi proposital. O desfecho deste diálogo eu deixo para vocês conferirem na leitura, porque Keyth é um personagem espetacular, especialmente quando se trata de Maya e de Avatar.

CONTOS DE MEIGAN é épico: o melhor livro de LitFan nacional e mesmo da estrangeira que li desde O Senhor dos Anéis, até hoje. Com muitas influências importantes, como do próprio J.R.R. Tolkien, C. S. Lewis, de George R.R. Martin - e arrisco dizer que também da própria J.K. Rowling, de Riordan e de Victor Hugo - entre os que identifiquei, não posso deixar de mencionar que é uma história original, cativante e arrebatadora. Esta é a narração de duas brasileiras, paraenses de Belém, que passei a admirar profundamente a partir do fim da leitura deste livro, como grande fã da ficção e da fantasia, que sou.

"Maya suspirou, fitando o céu. Não sabia mais o que pensar. Ela se sentiu extremamente cansada, como se carregasse o peso de todo o mundo em suas costas. Sorriu desmotivada. Pensou que só uma Shyrat tivesse que lidar com tanta responsabilidade, mas estava enganada... Já era hora de trilhar o caminho de sua mãe." (P. 290)

Dor, família, guerra, paixão e amor; disciplina, ordem e hierarquia; o treino pela perfeição; um ambiente medieval com o toque da magia tradicional e do mistério; o dinamismo de uma linguagem acessível, mesmo quando formal; o mistério dos guardiões mascarados, um toque de suspense e toda a filosofia envolvida com sua condição. CONTOS DE MEIGAN é um livro de movimento, cujas páginas vibram nas mãos da gente junto com a leitura. A nossa sensação é a de estarmos correndo, mesmo sentados.

Os personagens são simples, mesmo que tenham poderes além dos humanos. Eles são verdadeiros e apaixonados, especialmente Maya, que é uma Grande protagonista, uma líder nata que só precisa aprender um pouco mais; e Keyth, meu personagem favorito: inteligente, engraçado, espirituoso e amável. Suas melhores tiradas eu não posso relatar aqui, porque elas merecem ser lidas no contexto. Seth e Sebastian exercem um outro tipo de atração nas leitoras, mas senti que poderiam ter sido um pouco mais explorados no sentido de relacionamentos - embora entenda bem as razões de cada um para agirem assim. Já Allan, para mim, representa um big ponto de interrogação. Preciso ler mais!

O livro conta uma história séria sobre invasão e vingança, jogos de poder e traição, mas não deixa de ter seus deliciosos momentos de diversão, como tudo na vida. Especialmente com relação a Keyth - que deve ser uma pessoa maravilhosa de conviver!

"Viu sem reação um braço masculino afastar as colchas.
- Sebastian, eu realmente não sei o que dizer... - ela começou com a voz relutante.
- Que tal não dizer nada? Minha cabeça está estourando.
Aquela voz rouca, aquele tom tão conhecido. Maya franziu o cenho e teve certeza de que havia perdido completament o juízo.
Ou então o mundo só podia ter virado de ponta-cabeça.
- Eerrr... Keyth?
O Sábio, com os cabelos completamente arrepiados e a barba embaraçada até a raiz, fitou-a com seus olhos semiabertos." (P. 506)

O livro trata de forma interessante a questão das diferenças sociais: posição não é tudo, mas o respeito à hierarquia e/ou às leis é importante- especialmente quando se trata dos Guardiões dos Sete Portões. Existe um belo "duelo" entre o certo e o errado, e a quem devemos obediência: às regras ou ao bom senso? Há questões sociais, filosóficas e políticas que foram abordadas de forma leve, acessível e dinâmica. A riqueza do movimento está nos ótimos diálogos e no texto, em si, que voa em nossas mãos. Ainda levei muito tempo para ler o livro, 7 dias! Se não fossem o trabalho e os estudos, certamente teria terminado antes. Eu me peguei pensando que essa história renderia um jogo muito, MUITO legal: de RPG, de tabuleiro ou no formato virtual.

O único ponto que eu preciso mencionar é a revisão, que poderia ter sido mais generosa. No início do livro, não vemos muito isso, mas no decorrer do texto, há várias crases que não deveriam existir e pontos finais de menos, o que ligava frases que deveriam estar separadas. Nada que atrapalhe a leitura, no entanto.

É a única observação que faço, porque amei o livro. Como eu já mencionei antes, ele é bárbaro, muito mais do que eu já esperava dele: uma ótima história que une portais dimensionais (já me apaixonei aí), elementos medievais, conflitos, liderança, e ao mesmo tempo diversão, juventude e amadurecimento. Não deixemos de fora o amor, mesmo que haja cenas de ação e terror de arrepiar os cabelos e nos fazer pular. Os públicos jovem e adulto, feminino e masculino vão adorar, porque ele une ação e amor sem ser exageros, tudo na medida. Ah, e esperem reviravoltas já no início: Amo!

"Percebendo que ela havia despertado, Sebastian quebrou o beijo. Encarou-a com um olhar arrebatador. Atordoada, Maya demorou a conseguir formular algum pensamento coerente. Suas pernas tremiam tanto que não sabia como ainda conseguia ficar de pé. Não havia sido apenas um beijo. Ainda sentia o calor do fogo em seu interior, arrepios tomavam seu corpo sem aviso. Perguntou-se mentalmente se beijar um magi de fogo seria sempre assim. Como podia ter esquecido da noite anterior?" (P. 510)

A capa, de César Oliveira, ficou um espetáculo, e o final do livro me deixou refletindo sobre ela. As ilustrações do João são um charme a mais e dão vida aos personagens, inclusive os apocs (podemos sonhar com um Apoc só nosso? *.*)

Acho que tudo isso vai girar para um mistério interessante e um desfecho ainda melhor! Só tenho a agradecer a Roberta e Oriana pela oportunidade de encontrar um livro maravilhoso, vivo e que já tem lugar certo no nosso Top Nacional 2012 o//

Ansiosíssima pelo segundo livro da saga!

Recomendo!

No Canto e Conto:
http://canto-e-conto.blogspot.com/2012/02/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
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Biah @garotapaidegua 22/02/2012

Fantástico!
O livro tem mais de 600 páginas e nos conta uma estória fantástica. Nesse novo mundo chamado Meigan, os magi são descendentes dos manarcus, seres poderosos que tinha domínio sobre um mantar - um elemento da natureza. Com o passar do tempo, as tribos de manarcus foram se relacionando entre si, gerando seres capazes de controlar vários mantares, mas não com a perfeição que os manarcus controlavam apenas um, e esses seres foram chamados de magi.

Maya Muskaf é uma magi , filha de Liza Muskaf, a atual shyrat - um líder-governante - de Meigan. Ela fugiu para a Terra a fim de fugir das pressões que o cargo de sua mãe exercia sobre ela e das lembranças de um infância afetada por uma misteriosa doença. Mas ao chegar a Meigan se depara com o caos: fumaça, gritos e corpos espalhados diante dos sete portões que protegem a entrada de Meigan. Mal ela sabe que está prestes a enfrentar as maiores batalhas de sua vida.

A partir de então nos vemos em meio a intrigas, conspirações rebeldes, magia e batalhas que te fazem querer pegar algum tipo de arma e defender uma causa também! Sentimos raiva de alguns personagens, pena de outros, e vontade de sacudir a Maya até entrar juízo na cabecinha dela. E rimos muito dos comentários de Keyth, o personagem mais hilário de todos!

O final do livro é muito surpreendente! Sério, eu duvido que alguém adivinhe como a jornada através de Meigan acaba. Tudo bem que eu não agüentei de curiosidade e li o final antes de terminar - NÃO façam isso! - mas mesmo quando eu voltei a ler a parte em estava não consegui parar de pensar no final. Ele estava lá, no fundo da minha mente, mesmo enquanto eu lia sobre batalhas fantásticas. E mesmo quando eu realmente cheguei ao final não fiquei menos surpresa. Só conseguiu pensar em OMGs e COMASSIMs . E estou pensando nele enquanto escrevo essa resenha.

É que ele foi muito bem escrito e serve a dois propósitos: ter uma continuação ou não. É porque o livro todo te transmite a sensação de estar lendo um conto de fadas sabe? Não pelas características da estória, mas porque tem todo aquele ar fantástico e antigo, como algo que foi repassado durante gerações. Então quando chegamos ao final temos a sensação de conto de fadas ainda mais reforçada: o que o 'Felizes Para Sempre' te diz de verdade sobre os futuros acontecimentos? Não muita coisa, certo? Mas é, de certa forma, definitivo, e te deixa especulando e imaginando e te traz uma sensação boa, tipo de 'missão cumprida', mesmo que ainda haja perguntas a serem respondidas. Uma sensação difícil de descrever. Mesmo assim eu espero uma continuação. Pra ontem!

Eu não pensei que fosse gostar tanto. Já falei diversas vezes que estórias em novos mundos me deixam com um pé atrás por causa do comum excesso de descrições. Contos de Meigan não é assim. O ambiente em que é narrada de forma clara e direta. Em nenhum momento a estória é chata ou maçante, e o que eu mais pensava é que foi necessária muita imaginação por parte das autoras. Por falar nisso, apesar de ter sido escrito por duas pessoas, em momento algum eu senti mudanças no estilo da narrativa. Realmente pareceu ter sido escrito por uma pessoa só e sua grande imaginação. Grande parceria!

É um dos melhores livros da literatura nacional que eu li até agora. Creio que os fãs de Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos vão adorar! Adorei, adorei !!! Difícil de explicar o quanto, só lendo para entender ;)

Mais resenhas em www.garotapaidegua.com
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André 25/12/2012

Meigan, um mundo mágico e oculto. Conheça-o.
Escrito por duas autoras paraenses, Contos de Meigan é o primeiro livro de uma trilogia que vem revolucionar o cenário da fantasia nacional. São muitos os pontos positivos da obra e poucos os defeitos.

Misteriosos guardiões mascarados, fantásticas criaturas aladas e grandiosos portões mágicos são os principais responsáveis por manter protegida a passagem entre o mundo de Meigan e o nosso mundo. Meigan é um local oculto e mágico, protegida por razões magnificamente explicadas no Prólogo - Uma carta de cunho histórico escrita por um representante da Ordem dos Sábios.

Logo após o prólogo, temos o desenvolvimento da história principal. Maya Muskaf passou um longo período na Terra e agora está voltando para Meigan. É exatamente no momento em que ela está ultrapassando os portais de segurança que encontra toda a proteção de sua terra natal abalada. Um violento ataque de cartágos - traidores banidos de Meigan - está acontecendo.

O ritmo intenso já no início deixou-me com uma fome incontrolável pelas páginas seguintes. E ao longo do restante do livro, a boa combinação de aventura, ação e mistério o tornaram uma leitura instigante e prazerosa. As autoras tem seu ápice de poder criativo no Prólogo e Epílogo, ambos me deixaram com os olhos marejando expectativa.

A construção do enrendo do livro é ótima, é nítido que as autoras arquitetaram toda a história antes de começar a escrevê-la, todos os pontos são bem encaixados e nada é supérfluo. Mesmo informações que a primeira vista parecem pouco importantes, mostram sua relevância ao longo do desenvolvimento da trama.

O troca-troca de perspectiva entre os personagens, a alternância de capítulos curtos e longos, e a simpatia de alguns personagens deixaram a trama interessante e empolgante. Difícil não rir das piadas do Keyth ou conter a curiosidade sobre o mistérios dos guardiões dos portões.

Uma das poucas coisas que não me agradaram foram detalhes de algumas batalhas que ocorrem ao longo do livro, principalmente no final. Mas, apesar disso, as batalhas ainda mantem-se elegantes e bem construídas.

Logo após o fim do livro temos a confirmação de que há muito guardado para os próximos dois livros. A sensação que fica é de A Fúria dos Cartágos é apenas um livro que vem para preparar os leitores a algo muito maior. Estou apostando fortemente em que os próximos livros vão superar este primeiro.

Apenas achei injusto a Maya ter passado tanto tempo na Terra enquanto eu passei apenas alguns dias em Meigan. Aguardando ansiosamente o próximo livro: Contos de Meigan - Entre dois Mundos.
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Nat 30/07/2012

Maya Muskaf está voltando para Meigan após um longo período de ausência. Há um tempo ela e sua mãe não se falam, ambas magoadas por brigas do passado. Agora, ela está de volta, ansiosa para ver Katur, capital de Meigan, e sua mãe Liza mais uma vez. No entanto, durante a viagem, a caravana da qual faz parte encontra um dos portões no Solo Sagrado destruído e corpos por todo o lado. Um dos mortos Maya reconhece muito bem e percebe que a situação é grave: os cártagos conseguiram invadir Katur, mesmo com os guardiões lutando para impedir. No meio da luta, a garota é salva por um deles e ambos correm para a cidade, mas acabam chegando tarde demais. Com a morte de sua mãe, Maya deve assumir o cargo de Shyrat, mas não se sente preparada para isso. Na verdade, o que ela mais queria era se vingar pelo assassinato da mãe, Embarcando em uma viagem louca, ela conhece Keyth e descobre mais do que gostaria sobre o guardião que a protege.Quando finalmente se sente preparada para assumir o cargo de sua mãe, um acontecimento inesperado faz com que seu mundo vire de cabeça para baixo. Será que Maya conseguirá derrotar os cártagos e assumir seu lugar como Shyrat? E o que será dos guardiões e Seth?

Preciso falar desse livro por partes. Eu o descobri em um dos anúncios da editora Dracaena e de cara a capa me chamou a atenção. Fiquei muito mais surpresa quando vi que, além de um título nacional, as autoras eram paraenses (minhas conterrâneas!). E quando, em uma conversa pelo facebook com a Roberta, descobri que ela era fã de Tolkien, aí não teve como. Comprei em mãos com ela porque queria autografado (aliás, obrigada, Roberta, por ir me encontrar onde eu estava, já que o normal era eu ter ido onde você se encontrava. Só me arrependi de não ter tirado uma fotinho...), mas ainda demorei um pouco pra ler (a pilha de livros é grande). Comecei a ler e terminei em 3 dias. Amei a história toda. O livro contém todos os elementos que uma excelente fantasia deve ter: lugares sagrados, poderes sobrenaturais que regem o mundo, personagens enigmáticos e cativantes, dimensões paralelas, um romance proibido... Ok, essa última parte é mera suposição (que eu quero MUITO que se torne realidade). Talvez por saber que a Roberta é fã de Tolkien, eu vi muita influência do autor na história (na descrição de Anahat e Katur, por exemplo). Uma história que prende a atenção desde o início e deixa um gosto de quero mais, torna esse livro uma excelente leitura para os apaixonados por fantasia. Mil estrelinhas.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2012/07/contos-de-meigan-roberta-spindler-e.html
Rafael 19/08/2012minha estante
Excelente resenha! Também, né? O livro merece.




juliana 08/06/2012

Depois de ouvir as inúmeras críticas positivas que meus companheiros do PA Book Club teceram a Contos de Meigan e de ler inúmeras resenhas elogiando o livro, vocês podem imaginar a minha animação quando comprei meu exemplar e AUTOGRAFADO *-*

Meigan é um mundo paralelo a Terra, habitado pela raça magi (seres capazes de manipular elementos – os mantares - como terra, fogo e água) e outras criaturas diferentes. Meigan é rodeada por um Solo Sagrado, no qual nenhum magi ou cártago (traidor da raça magi) pode manipular seus mantares; este solo é protegido por sete portões, cada um vigiado por um Guardião. Os Guardiões são seres com habilidades mais evoluídas que os magis, no que diz respeito à força física e manipulação dos mantares, eles usam máscaras e seu padrão de comportamento segue, rigorosamente, às antigas leis e Meigan. Quanto á organização política, Meigan é governada pela Shyrat, que exerce suas funções com o auxílio de um Conselho, formado pelos magis mais habilidosos.

A estória de “Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos” começa quando a jovem magi Maya Muskaf, após passar alguns anos vivendo na Terra, retorna para Meigan e encontra seu mundo em um estado de calamidade, resultado da invasão dos cártagos. A capital Katur está um verdadeiro cenário de destruição e a moça logo tem de lidar com situações difíceis. A partir daí, segue uma série de acontecimentos que buscarão responder alguns questionamentos: como os Cártagos conseguiram invadir Meigan? Tiveram ajuda de alguém que deveria estar do lado de Maya? E o que Maya, futura Shyrat de seu povo, poderá fazer para vencer os cártagos e todas as conspirações que a cercam?

Tenho que fazer coro aos elogios que o livro tem recebido. Contos de Meigan é uma leitura esplêndida! Começar a ler esse livro é embarcar em uma sucessão de acontecimentos eletrizantes! Por isso, quando o clima no livro “esfriar”, aproveite pra respirar, tomar um copo de água e tals, porque depois vem mais e você simplesmente não quer largar o livro (papo sério)!

O mundo criado pelas autoras é bem original, mas sem exageros e sem passar uma imagem forçada. Todo o “fantástico” do livro pareceu ser bem dosado para não prejudicar a trama em si (os dramas dos personagens, os mistérios e afins). Os personagens foram bem construídos e uns me surpreenderam bastante! Falando em personagens, o que dizer deles?

Convenhamos que a Maya é insuportável no começo do livro, suas ações impulsivas mais atrapalhavam do que qualquer outra coisa. Eu entendo que ela estava movida por ódio e dor, mas teve momentos que eu não pude deixar de fazer You don’t say face pra ela. MAAAAS, até que em um dado momento ela começa a pensar racionalmente e para de fazer tantas besteiras. Gostei da evolução da personagem, achei que ela teve muita coragem para fazer certas coisas, considerando a idade dela e as perdas que sofreu. Além disso, Maya não é uma magi qualquer, ela tem alguns “poderes” que nem mesmo ela sabe que tem (mas que foram percebidos pelo sábio Keyth) que não foram muito bem explicados no volume um de Contos de Meigan, ou seja, haja dúvidas esperando para serem esclarecidas no segundo livro!

O Guardião do sétimo portão, Seth, é um personagem bem complexo. Ele se vê jogado em situações que colocam em cheque a função de guardião, o conflito pessoal desse personagem é bem evidente e, por mais que a gente torça pra ele seguir Maya e Keith em seus planos, não dá pra não sentir uma certa angústia em vê-lo ter que tomar decisões difíceis. Espero saber mais sobre a estória do Seth no volume dois de Contos de Meigan, pra mim ele ainda tem muitos mistérios a serem desvendados!

E Keyth? Ah Keyth! O sábio mais engraçado que já ‘conheci’ xD As partes mais divertidas do livro se devem a esse personagem, com certeza!! Um verdadeiro poço de senso de humor (ou não /brincadeira)! Acho que Keyth e Maya formam uma dupla e tanto! O conhecimento dele é de suma importância para ajudar jovem a desvendar seus poderes, torço para esses personagens continuarem juntos no próximo livro!

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Allan, sério... ele sofreu uma mudança drástica!! Eu realmente não esperava que ele se tornasse o que se tornou e acho que foi um dos pontos mais originais do livro! Sinto que ele ainda vai me trazer muitas surpresas (aliás, não só ele, mas Joen e Isabel também).

O livro termina em um momento altamente eletrizante!! Sério, você está lá no calor da leitura e começa a perceber que o número de páginas não será suficiente para dar um ‘desfecho’ àquela situação e então... bate o desespero. Resultado, PRECISO do próximo livro pra ontem!!
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Rafael 25/07/2012

Surpresa mais do que agradável.
Cheguei até este livro por indicação. Em uma conversa com Léo Kades, o editor chefe da editora Dracaena, ele me falou sobre a trama de CONTOS DE MEIGAN e eu só então tive curiosidade o bastante para ir atrás deste livro.
Antes mesmo de ler entrevistas de uma das autoras, pude perceber a paixão dela por obras do estilo de J.R.R.TOLKIEN e sua Terra Média. Meigan é uma terra onde é fácil se apaixonar. Pelo menos literariamente. As páginas do prólogo foram suficientes para que eu me enamorasse pelo enredo como um todo e torcesse para que Maya se saísse bem em sua missão.
Os nomes dos lugares, das personagens, as situações...absolutamente tudo é digno de palmas. Adoraria saber quanto tempo as autoras levaram para conseguirem terminar esta história. Dez anos não seriam suficientes para explicar a grandeza desta belíssima e agradável narrativa - orgulhosamente PARAENSE.
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Bruno 26/06/2012

Contos de Meigan
Palmas para Roberta e Oriana que conseguiram criar um livro ótimo que nos prende desde do começo e nos deixa com um gostinho de quero mais depois que acaba principalmente pelo fim que...Opa! Sem Spoiler para não perder a graça.
A estória se passa em Meigan(oohhhhh que descoberta) um mundo paralelo a terra onde vivem pessoas iguais a nós só que ele possuem poderes, não como no X-Men, mas poderes afiliados as forças da natureza que denominam-se mantares. Quando forem ler, não estranhem alguns termos. No começo é claro que ficará confuso todavia no decorrer do livro você já vai afiliar cada palavra com o seu significado.
Maya é a personagem principal do livro. Ela é a filha da governante de Katur, capital de meigan, que qu ando chega é surpreendida por uma guerra que ocorre entre os moradores e os cártagos, magis expulso, que moram em mundos paralelos. Sua mãe é morta na batalha e Maya é a principal acusada do assassinato. Com medo de ser presa e também por ter que ficar no trono de sua mãe, ela foge em busca de vingança.
É inevitável não ficar com raiva das autoras, brincadeira, pelo fim que tem o livro. Para nós que falamos com a Roberta Spindler quase toda semana em eventos literários é pior. Porque estamos perto de saber o que aconteceu e ao mesmo tempo longe porque a única que solta é que " Estamos escrevendo e tem mais de 100 páginas" Poxa. Mas fazer o quer? Vamos esperar para saber a continuação incrível de Contos de Meigan
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Leitora Viciada 27/12/2012

Primeiramente: Apesar do nome, Contos de Meigan não é um livro de contos. Ele possui este título porque é parte de uma saga maior. Juntos todos os volumes serão chamados de Contos de Meigan. No caso deste primeiro, o nome é Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos. Simples de ser compreendido, porém achei melhor esclarecer.

Conforme um fã de Fantasia lê a sinopse, a curiosidade e empolgação o domina.
Apesar de o Brasil possuir excelentes livros do gênero, o país ainda dá seus primeiros passos fantásticos, comparando à importância e ao prestígio que livros e autores de Fantasia possuem em muitos países ao redor do mundo.
Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos, o primeiro livro das autoras Roberta Spindler e Oriana Comesanha que apresenta o mundo e mitologia de Meigan ajuda o Brasil a dar um grande salto no gênero da Fantasia.
É um livro com mais de 600 páginas e excelente de uma forma geral que não deixa nada a desejar comparando-o aos livros internacionais do estilo. Comparando-os até aos mais famosos livros épicos e de Fantasia do mundo! E que orgulho de ver que esta obra-prima fantástica é nacional e ainda por cima escrita por mulheres.
Além de mostrar como os autores brasileiros estão preparados para competirem ao mesmo nível de autores internacionais de Fantasia, comprova que as mulheres não apenas se interessam pelo gênero como sabem fazê-lo tão bem quanto os homens; um cenário bem distinto do de anos atrás.

Não são todos os autores iniciantes que conseguem compor um primeiro livro (que será seguido por outros) tão grosso e com tanta qualidade. Por serem novatos, sempre existe aquela dúvida: "Será que uma saga longa e complexa pode mesmo já nascer de autores que estão sendo publicados pela primeira vez?" - muitos devem pensar isso ao se deparam com Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos, por exemplo.
Então eu não apenas recomendo o livro, porém também garanto: leiam sem medo ou preconceitos. Sim, é um grosso livro e o primeiro de uma série; sim, foi escrito por duas pessoas; e sim, são autoras nacionais e mulheres. E o resultado excepcional!

Não existem páginas perdidas, para enrolarem o leitor. Todas são importantes e é notável que houve a preocupação por parte das autoras de criarem Meigan como um mundo completo e planejado antes de escreverem o livro. Não foi algo feito por impulso e sem estrutura. Não foi escrito: "Conforme o rumo da história nós inventaremos as coisas." Pelo contrário, aposto que existiu a preocupação de criarem esboços, uma base, glossário, mapas e um guia de uma forma geral. Portanto, essas autoras possuem mentes criativas, organizadas e magníficas.
Aposto que a mitologia, geografia, história, personagens, hierarquia, fauna, flora, poderes, e tudo mais que compõem Meigan e esse episódio intitulado A Fúria dos Cártagos foi esboçado, planejado e moldado.
Percebi isso porque não encontrei falhas na criação de Meigan, de detalhes como ervas medicinais, passando por animais e locais até os poderes e personagens. Não encontrei furos no roteiro e desenvolvimento do enredo.

Meigan parece tão real ao leitor que é fácil imaginá-lo e desejar viver uma aventura lá, mesmo correndo os imensos perigos existentes. É uma criação tão grandiosa que garanto aos fãs de Fantasia, mundos diferentes e imaginários: vocês não se decepcionarão com Meigan. Uma dimensão paralela à Terra tão realista!

O que mais me impressionou durante a leitura, além de sentir que Meigan parece tão palpável e concreto, é que não é um livro formado por um apanhado de itens e mitologias pré-existentes. Não é uma história de Fantasia clichê, baseada em várias outras histórias já escritas. Percebi influências de típicas histórias do gênero, afinal existe um padrão. Porém não encontrei cópias. Muitos de baseiam em raças e animais já criados por outros autores, mas isso não acontece aqui, onde tudo é original!
Enxerguei um estilo de narrativa que podemos encontrar em quadrinhos, mangás e séries animadas e animês, principalmente em relação às cenas de ação, de magia e superpoderes. Adorei esse detalhe, fez do livro uma Fantasia moderna e muito dinâmica.

O fato dos poderes fazerem parte de Meigan, de ser uma ligação entre mundo e seres é maravilhoso. Mais que o controle dos elementos essenciais como fogo, água, vento e terra, os mantares, existe muito mais magia presente e misturada à Meigan. Poderes ocultos, elementos mistos e exóticos como a sombra e as vozes. Partículas manipuladas, ambiente e magis entrelaçados numa teia de física e mágica surpreendente.

As cenas de batalhas são incrivelmente bem escritas. Algumas são tão perfeitas que é fácil imaginar cada movimentação, seja de golpes, armas ou poderes. As batalhas e lutas parecem sair diretamente das páginas, saltando com vida na mente do leitor. Percebi influência de livros épicos e históricos em várias composições de batalhas, pois existe um certo nível de violência e realidade, mesmo que exista magia entre manipulação de diversas armas e golpes variados.

A capa do livro possui uma ilustração de um ser mascarado em chamas e logo no começo da leitura já compreendemos bem essa representação. Em seus olhos estão refletidos seres que misturam expressões de ira e pavor.
O livro possui um prólogo, sessenta e dois capítulos e um epílogo. Alguns capítulos são longos, outros são bem curtos. Não existiu preocupação em manter um padrão e sim em construir capítulos de acordo com os acontecimentos, o que considerei um acerto no livro.
Os capítulos mais longos prendem a atenção do leitor e quando necessário existem pausas para podermos respirar; os capítulos mais curtos servem como uma sacudida a mais no leitor para fazê-lo agarrar o livro e continuar a leitura mesmo que precise parar para fazer outras coisas. Você pausa a leitura e sente falta das personagens e fica imaginando o que virá a seguir nas próximas páginas.

Maya é uma protagonista tão real quanto todo o livro, pois embora seja a herdeira governante do mundo magi, ela retorna ao seu mundo como uma forasteira, uma fugitiva que volta ao lar. Ela ainda possui muitas dúvidas e receios sobre seus mantares e sobre a misteriosa doença que a abalara durante a infância.
Uma protagonista feminina complexa. Não é por ser mulher e nobre que ela recebe tratamento diferenciado em sua educação (atrasada, devido ao tempo em que permaneceu na Terra) e em seu treinamento magi (nenhum professor ou colega de turma tem pena de atacá-la nas aulas práticas ou deixá-la exausta fisicamente e psicologicamente). E quando o perigo realmente a alcança, ela será obrigada a passar por provações, superar a si própria e a seus mantares.
Maya deverá ser a futura Shyrat, comandante do Conselho de Meigan, no entanto, possui tantas dúvidas sobre si, seu passado e seu futuro. Não quer aceitar essa poderosa responsabilidade.
Ela claramente evolui de menina teimosa, perdida, vingativa e esquentada a uma mulher mais ponderada, fria e cheia de liderança. Ah, ela continua muito teimosa, mas aprende que sem planejamento e estratégia não será capaz de enfrentar os cártagos.
E o que mais admirei nela: como cresce sua força em vários sentidos e como sua coragem não a abandona, mesmo nos piores e mais dolorosos momentos. Uma heroína que possui seus defeitos um pouco irritantes, mas mostra suas qualidades únicas e impactantes.

Se não bastasse Maya fazendo o leitor torcer por ela, as demais personagens de destaque são (sem nenhuma exceção) igualmente carismáticas e viciantes. Talvez até mais que Maya, isso varia de leitor para leitor.

Seth, o Guardião tão misterioso e guerreiro com sua máscara está presente como uma incógnita. Nunca se sabe quais são suas reais intenções e sentimentos. Ele representa tradições e cultura milenares sobre os Guardiões e profundos segredos. Sob os mais diversos pontos de vista ele é julgado, temido, odiado ou adorado. Porém existe uma pessoa por detrás da máscara, isolada e perdida e que durante a leitura, surge e comove.
Seu apoc Kaos é seu fiel parceiro e escudeiro. Uma representação de um animal igualmente poderoso ao dono. A ligação entre eles vai muito além e é um dos pontos fortes da história.
Seth não é o único Guardião. São sete guardiões para cada um dos sete Portões que guardam, protegem e preservam Meigan.
Mas toda essa proteção parece duvidosa após a invasão dos cártagos, que foram banidos para os Três Infernos. Será realmente necessária a força dos Guardiões?

Keyth, o Sábio é quem traz bastante humor à trama. Sua mistura de genialidade e loucura na verdade esconde pontos muito mais estranhos, secretos e importantes.

Ele é uma das personagens mais decisivas da história de Meigan e eu adorei seu jeito maluco de tentar animar os outros ao redor com suas piadas sem graça. Uma fachada que esconde seu sofrimento e o peso de seus atos.
Seu livro de piadas deve ser hilário e sua sabedoria essencial à história, embora seja um pouco exótico, é mais forte e poderoso que aparenta.

Sebastian, líder magi do fogo ou dos manarcus-na-farris da Tribo do Meio me impressionou não apenas por sua bravura, mas por ser um misto de bárbaro selvagem e homem civilizado, mas também por possuir o controle de seu mantar numa forma nua, crua, incrível e impressionante. Simpatizei com ele e seu povo.
Com certeza um de meus preferidos no livro. Acho que ele merece ter mais destaque.

Allan é mais um que surpreende o leitor. O rumo dado ao menino indefeso foi um fato que me pegou totalmente desprevenida e me deixou imaginando encontros e reencontros no decorrer dos acontecimentos.
Junto a ele tantas outras dúvidas e personagens que ainda terão grande importância na saga.

Tuomas, Serenity, Anya, Artur, Joen, Isabel. Brigit, Iash, Ayka, Avatar - tantas personagens misturadas em diversas cenas de ação, se envolvendo em conspirações, intercalando emoções e deixando o leitor cada vez mais admirado com a história e desejando chegar ao clímax e desfecho.

Gostei da participação da Gelo, porém espero mais dela e de todos os Guardiões na continuação. Causam impacto e muita curiosidade sobre quem eles verdadeiramente são (e foram).

A geografia de Meigan é peculiar. Katur, a Floresta Negra e o Solo Sagrado são locais únicos!
A Praia dos Mortos, Anahat, Feight e as Docas são partes de Katur que me chamaram a atenção e possuem destaque.
A história também é nos apresentada no Prólogo e no decorrer do livro.
Os Portões e seus Guardiões são o grande ponto forte do livro, e já imagino uma coleção de bonecos de todos estes mascarados.

A cultura e as diferentes camadas nos são apresentadas de forma natural. Conhecemos o Conselho magi, os nobres, os Guardiões, os soldados, os estudantes, magis professores, políticos, líderes tribais, pessoas mais humildes e trabalhadoras da sociedade, civilizações afastadas e até mesmo o lado mais sombrio, desde bandidos, mendigos e prostitutas até os poderosos traidores que auxiliam os cártagos.
Artefatos mágicos, armas poderosas, mantares em diferentes níveis e figuras diferentes, desde os violentos cártagos, passando pela Legião dos Escorpiões até os lendários manarcus-na-farris. Os apocs são meus preferidos, mas me arrepiei com os Durfeins!

Não se preocupem com os nomes, locais e toda a mitologia de Meigan. As autoras souberam como apresentar tudo aos poucos e sem complicações. No decorrer das páginas o leitor fica por dentro de tudo que é importante em Meigan, como as nomenclaturas, cargos, mantares - de forma natural e espontânea.

As últimas 100 páginas são muito empolgantes, eu não queria deixar o livro de lado para tratar de meus afazeres cotidianos. Os últimos capítulos são frenéticos, imprevisíveis e o final deixa o leitor satisfeito de ter lido uma obra de Fantasia legítima, criativa, original, empolgante e tão bem estruturada e ao mesmo tempo, impossível não tentar imaginar as diversas possibilidades de como será a continuação. Estou pensando nisso até agora e desejo com todas as minhas forças que seja publicada muito em breve!
Estou ansiosamente aguardando pela graphic novel e pela continuação. Este é o melhor livro de Fantasia épica nacional lido por mim!

+ resenhas em www.leitoraviciada.com
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Blog PL 22/09/2012

A melhor ficção nacional que já li.
http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2012/09/resenha-contos-de-meigan-furia-dos_6.html

Uma das dificuldades de escrever uma resenha de um livro ótimo, é que lhe faltam palavras. Não tenho certeza se conseguirei transmitir a quem está lendo esta resenha um terço da emoção que senti lendo Contos de Meigan; mas acredito que posso tentar.

Meigan é outro mundo, habitado por seres muito parecidos fisicamente aos humanos. O porém é que a similaridade para por aí. Os nativos de Meigan – chamados de magis – têm o domínio de mantares – os cinco elementos (água, fogo, terra e ar), além de mantares que lhe dão poder sobre o tempo ou o corpo.
Maya Muskaf é a filha da atual shyrat, a governante, de Meigan. Sobrepujada pelas responsabilidades e a pressão de ser filha da comandante de um país inteiro, Maya foge para a Terra e, durante três anos, se refugia no nosso planeta. Maya, quem durante a infância sofreu de uma misteriosa doença, decide retornar e fazer as pazes com sua mãe, mas se depara com um caos: os sete portões que protegem a entrada para Meigan foram totalmente destruídos por cártagos – magis que traíram seu povo em uma antiga guerra e foram condenados, então, ao isolamento em outra dimensão – e os poderosos guardiões dos portões não conseguiram impedi-los.

É aí, então, que a história se inicia. Uma trama regada de magia, intrigas e mistérios, aonde o leitor precisa simplesmente estar com os dois olhos na história o tempo todo: todo detalhe é crucial. Sem deixar de lado o humor, o livro se passa em um ambiente quiçá medieval, tratando de temas como disciplina, dor, honra e principalmente sobre se fazer o que é certo. Rico em diálogos bem escritos e descrições detalhadas na medida correta, há certa formalidade presente no livro. Com cenas de batalhas bem descritas, você se vê preso ao mundo de Meigan.
Não posso deixar de dizer que Contos de Meigan é o melhor livro de ficção nacional que já li, superando, inclusive, vários estrangeiros. Recebi a obra pela parceria com a Roberta – umas das autoras – e fico deveras contente em dizer que me surpreendi com a majestosidade da obra. Parabenizo as autoras também pela criação de um mundo completamente novo e por conseguirem transmitir a idéia perfeitamente – uma tarefa muito bem sucedida, por sinal – pois isso deve qualquer coisa, exceto fácil.
Com as folhas amareladas e um pouco mais grossas que o normal – os leitores compulsivos como eu irão se encantar com esse fato –, uma fonte regular e um ótimo design, é um livro que também é visualmente ótimo de ler. Se você costuma se deixar assustar pela quantidade de páginas de um livro, lhe garanto que depois de Contos de Meigan irá mudar de idéia: com 617 páginas, a leitura flui de um jeito impressionante, e quando você se dá conta, já está no fim.
O fim. Não poderia escrever essa resenha sem comentar o fim da obra. Não irei soltar spoilers, apenas digo que nunca – nunca – imaginaria um fim como este livro teve, e, se refletirmos, foi um fim digno a uma história espetacular. Pelo menos, até os livros restantes serem lançados. Confesso que me emocionei com o final do na mesma proporção que apenas livros épicos haviam conseguido me tocar. Mas, afinal, isso é Contos de Meigan: Um livro épico.
A única crítica sobre o livro é a revisão: ao longo do livro são perceptíveis alguns erros de português e falta de pontuações, mas nada que afete a qualidade significativamente.
Outro ponto que não pode deixar de ser citado é a capa: com o rosto do sétimo Guardião – anotem, vocês ainda irão ouvir muito falar dele – é magnífica. Um dos detalhes, inclusive, que atrai o leitor. Fiquei genuinamente feliz e aliviada ao descobrir que se trata de uma trilogia, e espero fervosamente para o lançamento das demais obras.
Agradeço a Roberta e a Oriana pela oportunidade de resenhar esse livro incrível, e a você, leitor, só tenho uma pergunta:
Por ainda não está lendo Contos de Meigan?
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Barbara Sant 16/06/2012

Terça Sobrenatural #27 - Roberta Spindler e Oriana Comesanha - Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos
Oie Gente,

Bom, eu confesso que eu não sabia como começar essa resenha.
Pensei, pensei e nada do que eu escrevia parecia estar a altura da aventura que foi ler o primeiro livro da trilogia "Contos de Meigan" e nem representavam uma mínima parte do que foi a ansiedade de lê-lo.
Primeiro fiquei ansiosa porque o livro era enorme e eu não queria ler aos pedaços, o que atrapalharia a leitura. Levei uns dois meses para conseguir uma folga e ler ele com tranquilidade.

O outro grande motivo da ansiedade é conhecer a autora. E é um conhecer do tipo todo sábado/domingo estamos papeando na Saraiva. rs
Admito, vai... deu aquele medinho básico antes de começar a ler e aqueles fantasmas pairando na cabeça: "ih meu pai, e se eu não gostar?" "E se achar ruim?" E se isso... e se aquilo...
Vocês sabem como é, né?
Então quando surgiu aquela folguinha, respirei fundo e fui ler.

E, gente, foi uma viagem maravilhosa!

Ao contrário do que o título sugere, Contos de Meigan não é um livro de contos e nem Meigan é uma pessoa.
Meigan é um lugar, uma dimensão paralela à Terra, onde a magia é a regra e guerras terríveis definiram a sociedade atual.
É bem complicado explicar o início do livro, já que são muitos detalhes e seria preciso uma resenha inteirinha só para explicar as o que e como é Meigan.
Mas aqui você consegue ler o prólogo, que explica muito bem tudo isso.

Eu já resenhei fantasia infanto-juvenil de todo tipo aqui no blog, mas esse é o primeiro livro de fantasia adulta, que não é um romance, que eu resenho.
Então perdoem a resenha enorme, mas desde Senhor dos Anéis esse tipo de fantasia não me empolgava tanto.

Acho que todo mundo aqui viu ou ler Senhor dos Anéis e sabem o quanto a estória é diferente de tudo o que veio antes dela. Explicar Meigan seria como explicar SDA para alguém que nunca ouviu falar de hobites: um trabalhão. E com Meigan é a mesma coisa.
Apesar das pessoas parecerem com humanos os poderes que cada uma tem e as particularidades de cada poder e da estrutura política de Meigan são tão diferentes que é impossível dizer que se parece com qualquer outra coisa.
Vou tentar só dar as indicações básicas dos acontecimentos, para vocês entenderem mais ou menos o que vou comentar.

"A Fúria dos Cártagos", primeiro livro da trilogia "Contos de Meigan" começa com o retorno da Maya para Meigan no exato momento do início de outra guerra contra os Cártagos.
Ela é filha da Shyrat, que é a governante de Meigan, e fugiu para a Terra depois de muitas brigas com a mãe.
No início do livro eu realmente detestei a Maya.
Ela é cabeça-dura, teimosa e orgulhosa demais pro próprio bem, caracterizando muito bem uma pessoa que resolve fugir de casa só porque não consegue se entender com a mãe.
Achei que fosse entrar para o time das que detestam ela, mas no decorrer do livro você percebe que ela vai mudando, que deixa de ser tão egoísta e que começa a entender que nem tudo gira do redor dela.
Quando ela chega em Meigan, ainda em um estilo aborrecente de ser, se depara com seu mundo de pernas pro ar, uma guerra que nenhum magi tem esperança de ganhar sozinho e muitas, muitas dificuldades.

Além da Maya, a estória do primeiro livro nos apresenta os misteriosos e temíveis Guardiões. Todos em Meigan tem pavor deles e ninguém sabe explicar exatamente porque.
E isso tinha tudo para continuar exatamente assim, não fosse o encontro da Maya com o Guardião do 7º Portão. eu quero um pra mim, eu quero um pra mim!
Aí quando ela aparece na vida dele tudo, tudinho mesmo, vira de pernas pro ar.

Vocês não tem ideia de como está sendo difícil não falar de todos os personagens, mas isso faria dessa resenha um livro e aí ia estragar a graça, né? [risos]
Só vou dizer mais uma coisa sobre eles: vão fazer você sofrer. Muito.
Você vai adorar alguns, ficar torcendo por eles e, de repente, você percebe que eles não são nada do que você imaginava. Ou, pior ainda, vemos aquele personagem que adoramos serem arrebatados pelo outro lado e... errr... melhor parar, né? rs

Quando eu comecei a leitura e vi que não tinha um glossário pensei seriamente em ficar desesperada. Fiquei me imaginando no meio do livro totalmente perdida, tentando a todo custo gravar todos os termos, nomes e palavras diferentes que são apresentados pelas autoras.
Só que quando eu cheguei lá pelo sexto capítulo eu percebi que não ia precisar.
Elas foram reforçando cada um desses termos ao longo do texto, explicando um pouco mais sobre cada um e permitindo que você criasse sua própria definição.

Também tinha medo de ficar entediada nas partes explicativas do livro como eu fiquei em Senhor dos Anéis só que isso não aconteceu, já que depois do prólogo, todas as explicações sobre o mundo são entremeadas com cenas de ação e sangue. Muito sangue.
Acontecem tantas coisas no livro que é difícil falar sobre o que eu mais gostei.
E o mais incrível é que, mesmo com tanta coisa acontecendo, eu não me vi perdida no meio dos fatos.
Outra coisa bem legal é que o lado malvado do livro não é malvado só por ser.
Eles tem motivos relativamente justos para começarem a guerra (ao menos na teoria), já que Meigan é sua terra natal e tudo o que eles querem é voltar para lá.
O problema, é claro, são os políticos! Eta racinha terrível, minha gente! Até na fantasia eles conseguem desvirtuar as coisas e, na surdina, vão fazendo as coisas acabarem em vantagem para eles.
A trilogia é totalmente sequencial, então o final é de arrasar e deixar você insano.
O livro é muito bom, seja para quem gosta de fantasia , para quem curte uma boa aventura ou gosta de livros cheios de conspirações.
É muito difícil colocar no papel tudo o que senti enquanto lia, porque qualquer migalha de informação vai messsmoo estragar algumas surpresas.
Então só posso dizer que é cheio de mistério, magia e reviravoltas incríveis!
R-E-C-O-M-E-N-D-O!

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Leitor Cabuloso 15/01/2013

http://leitorcabuloso.com.br/2013/01/resenha-contos-de-meigan-uma-jornada-classica-mas-com-bastante-criatividade/
Saudações, caros leitores! Esta será a minha primeira resenha do ano e espero começar com o pé direito. A obra é uma fantasia, escrita por duas brasileiras. Sendo uma delas a Roberta Spindler, publicitária, que já se aventurou em diversas antologias, e a outra Oriana Comesanha, formada em psicologia e com contos ainda não publicados. Ambas são fãs do que poderíamos chamar de cultura nerd (HQs, videogames, cinema, RPG e seriados muito elogiados – Arquivo-X etc). Estou fazendo essa introdução porque ao longo da obra percebemos como cada parte de suas formações acadêmicas e culturais foram fundamentais para o resultado excelente do qual pude desfrutar.

Uma das coisas que mais me marcou foi o texto moldado a partir da Jornada do Herói, com cada etapa claramente definida, permitindo que qualquer leitor se familiarize com a questão. Criar algo completamente original, atualmente, é praticamente impossível, visto a abundância de material que já foi produzido. Contudo, o que cria o destaque para algumas obras é a dosagem de criatividade que se conseguem injetar nos trabalhos. Algo como dar a sua voz para as palavras, conseguem me compreender? O trabalha a quatro mãos rendeu um fruto deliciosamente suculento (618 páginas de um sonho compartilhado).

“Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos”, dentro do cenário literário brasileiro, faz enxergar ainda mais as pérolas que temos em nossa nação. Sinceramente, posso apontar sem hesitação o grande motivo para as obras de fantasia não venderem muito: falta de incentivo das grandes editoras e veículos de comunicação como rádio e televisão (mais acompanhados pela população brasileira). Considerando esse contexto, posso classificar a Dracaena, assim como outras editoras que apostam as fichas no Brasil, como verdadeiras guerreiras. Os devidos tesouros serão obtidos, pois vocês fazem um trabalho extraordinário, indo na contramão de um culto cego a tudo que é estrangeiro. Infelizmente, como um país colonizado e não colonizador, parece que ficou enraizada essa tendência de sempre recorrer a coisas de outras origens. Ainda bem que possuímos alguns focos de resistência.

Observo bastante as estratégias de um livro para me fazer avançar na leitura e Contos de Meigan foi direto em meu “Calcanhar de Aquiles Literário”: o suspense. A obra começa estabelecendo uma atmosfera de fatalidade, o que por si só já gera apreensão no leitor, e depois dá uma drástica acalmada. Entretanto, somos tomados de assalto por uma sequência de ação. Aliás, quero salientar que as descrições de batalhas ficaram excelentes. Como cheguei aos livros por meio dos filmes e também jogo RPG, acabei criando o hábito de ser muito exigente com os escritores na parte de me fazerem enxergar através de suas mentes. Outro aspecto que auxilia a tornar os eventos narrados ainda mais visuais é a divisão da obra em capítulos com nomes, como em um seriado.

A personagem Maya Muskaf, apesar da sua importância em momentos cruciais, não é a única que temos a oportunidade de conhecer mais intimamente. O foco narrativo varia entre diversos personagens, dando uma leve noção do cenário que esta saga (serão três livros) irá formar. Apesar do mundo de Meigan ser uma realidade que transborda magia, tanto que qualquer habitante pode manipular os mantares (elementos), a principal preocupação é com o estabelecimento e desenvolvimento das relações de poder entre as pessoas. Há batalhas impressionantes, porém os sentimentos e intenções que as orientam são mais importantes que o espetáculo de sangue sendo derramado. Os personagens não saem incólumes de suas experiências, seja no sentido físico, espiritual ou ambos (o que é maioria).

Acredito ser indispensável um trabalho extremamente rigoroso com sagas, pois um pequeno erro pode acabar comprometendo os volumes subsequentes. Seja desestimulando o leitor a continuar neste caminho ou não obtendo êxito em tornar “sólida” a sua ficção, ou seja, fazer com que vejamos e sintamos outro mundo ao mergulhar na aventura. Todavia, não basta transmitir esses sentimentos pungentes, tem que se criar uma plausibilidade no fantástico. Algo como Tolkien fez ao criar a Terra-Média com o seu próprio sistema econômico, línguas, panteão etc. É uma tarefa árdua, mas, quando bem executada, resulta em algo belo como o livro da Roberta e da Oriana. Quase me esqueci de dizer, o livro usa neologismos e, em alguns instantes, conhecemos mais da história, cosmogonia, política etc deste lugar exótico. Fascinante.

Como é necessário, para manter o leitor preso à história, alguns mistérios não são explicados. Mas, podem ficar tranquilos, nada é por um acaso, percebe-se apuro na seleção das informações que nos são entregues e coisas que vocês vão ler podem acabar fazendo sentido dezenas de páginas depois. Obviamente não vou lhes mostrar o mapa do tesouro (soltar spoilers). O desfecho do primeiro livro foi espetacular, deixou-me aflito. A única observação que tenho a fazer é quanto a pequenos erros de revisão, mas eles são tão poucos que ficam ofuscados pela qualidade do romance e sequer chegam a atrapalhar. A minha nota são cinco selos cabulosos! Aguardem, em breve publicarei uma entrevista com a autora. Se você quer ler uma excelente fantasia em janeiro, aqui está uma dica!
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Ju 08/09/2012

Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos
Achou a sinopse gigante? Concordo, é mesmo... rs... Mas o livro é bem maior!! O que me deixou imensamente feliz!! Ele tem 618 páginas! As folhas são mais grossas que o habitual, o que facilita bastante a leitura. Não é fã de livros gigantes? Pois só digo uma coisa: depois de ler esse livro, você tem grandes chances de se tornar um. Ele é maravilhosamente escrito e a leitura flui muito bem. Eu li em dois dias! Simplesmente não consegui largar antes de chegar ao final.

Recebi Contos de Meigan devido à parceria com as autoras, Roberta Spindler e Oriana Comesanha. E estou extremamente surpresa com ele!!! Eu sempre achei que fosse gostar (ou não teria pedido a parceria, né?), mas não pensei que fosse gostar tanto!! Os autores nacionais me encantam mais a cada dia. Foi o primeiro livro brasileiro de literatura fantástica que li e tenho que dizer que é um dos melhores do gênero, se não o melhor, que já li em toda a minha vida!! Portanto, Brenda, volto a dizer que você precisa ler urgentemente! E não só a Brenda, gente, mas todo mundo que gosta deste tipo de literatura, ou que quer se iniciar nela. Tenho certeza que vocês vão amar!

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos é o primeiro livro de uma trilogia. Quando faltavam umas 200 páginas para o livro acabar, já comecei a me desesperar porque não ia dar tempo de nada se resolver! rs... Quando faltavam duas páginas, o desespero se tornou absurdo!! E quando terminou... eu fiquei enlouquecida!!!!! Como assim o próximo livro ainda não está disponível? Eu preciso dele com urgência!

Vou tentar falar do livro, apesar de achar uma missão quase impossível!! hehe... Vamos começar pelo título: é um livro de contos? Não, não é. Começou a ser escrito com a criação de contos relacionados a Meigan pelas autoras, depois esses contos se tornaram uma coisa só e nasceu o livro. Aliás, eu admiro demais a Roberta e a Oriana por escreverem um livro juntas. Deve ser muito difícil!!

Chegamos a Meigan. O que é isso? É um mundo paralelo à Terra, formado pelos magis. Hein? Magis? Sim, magis, seres semelhantes aos humanos, mas que se relacionam com os mantares de uma forma muito próxima. Ah, o que são mantares? São elementos da natureza e, além da terra, do fogo, da água e do ar incluem coisas como o controle absoluto do corpo e do tempo. Os magis interagem com esses elementos e retiram deles sua força.

Ok, entenderam a primeira parte? Agora a segunda: A Fúria dos Cártagos. Cártagos?? Sim, cártagos. Cártagos nada mais são que magis que traíram seu povo em uma guerra que aconteceu há muito tempo, bem antes da história de Maya começar. Foram expulsos de Meigan e condenados a viver em uma outra dimensão. Bem, de alguma forma, eles conseguiram voltar e querem seu lar de volta. É aí que a história começa.


O livro conta a saga de Maya Muskaf, filha da Shyrat. A Shyrat é a principal governante do povo e, o cargo, transmitido aos descendentes. Maya, no início do livro, está voltando a Katur, a principal cidade de Meigan, disposta a retomar seu relacionamento com sua mãe e sua antiga vida.


É muito difícil MESMO falar desse livro. As autoras criaram um novo mundo, com novos termos. É um mundo fascinante, mas muito complicado de descrever em uma resenha.


A gente percebe no livro o lado publicitário da Roberta, com frases curtas, bem escritas, capítulos do tamanho certo e um jeito de narrar que prende o leitor. E percebe também o lado da psicóloga Oriana, as personagens foram muito bem trabalhadas e a gente sente que são realmente vivas. Sinceramente, acho que elas conseguiram a união perfeita, cada uma dando o seu melhor e trabalhando em equipe para gerar esse trabalho fantástico.


Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos, é um romance épico. No prólogo há a contextualização da história. Depois dele, passamos a acompanhar Maya em sua jornada. Uma jornada repleta de suspense, aventura, reviravoltas, traições, amor e amizade. Não tem como alguém não se apaixonar por essa narrativa.

Originalmente publicada em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/06/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
Lua 04/03/2013minha estante
Fantasia, mistério como eu adoro isso, aquele livro que te faze viajar, te faz se sentir parte da história hahaha bem interessante, e ele toma o bom tempo (muitas páginas) EU QUERO o/


Adriane Rod 01/04/2013minha estante
Eu sei como é difícil escrever sobre livros assim, só quem já leu entende.
Fico encantada com tanta criatividade.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Baah 14/04/2013minha estante
que capa linda , ficou incrivel e perfeita. gostei demais de tudo na sua resenha!


Thaís 14/04/2013minha estante
A resenha simplesmente me fez apaixonar por esse livro! Ainda bem que ele tem muitas paginas pois isso faz a leitura valer a pena eu estou lendo As cronicas de Narnia (volume unico) que tem 750 paginas e estou amando (e enrolando um pouqinho pra ler kkk keria q ele durasse pra sempre)


Dani 16/04/2013minha estante
A resenha me deixou dependente literária de ler esse livro rsrs A Capa é linda e o enredo é mega épico *-*




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