No caminho de Swann

No caminho de Swann Marcel Proust




Resenhas - No Caminho de Swann


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Daniel 17/11/2014

Lista de Personagens Principais de Em Busca do Tempo Perdido
Esperando ajudar os leitores que se aventuram pelos 7 volumes do Proust (sem spam)

# Família do narrador:

- O Narrador (Marcel): jovem sensível, de saúde frágil, que deseja se tornar escritor
- Pai do narrador: um diplomata que inicialmente desestimula o narrador da sua vocação
- Mãe do Narrador: dama honrada, afetuosa, que enche o narrador de mimos
- Bathilde ou Madame Amédée: avó do narrador, sobre o qual tem grande influência e afinidade
- Tia Leonie: tia-avó de saúde frágil, a quem o narrador visita durante suas estadias em Combray
- Tio Adolphe: tio-avô do narrador, militar reformado, tinha muitas amigas/amantes atrizes
- Françoise: cozinheira da família, posteriormente empregada do narrador, fiel e teimosa

# Os Guermantes:

- Barão de Charlus, ou Palamède Guermantes: aristocrata decadente, é um esteta
- Duquesa de Guermantes, ou Sra. De Guermantes, ou Oriane: pertence a alta sociedade, seu salão é um dos mais disputados de Paris. Uma esnobe
- Duque de Guermantes, ou Basin: homem pomposo, superficial, é marido de Oriane e irmão de Charlus. Tem uma sucessão de amantes: Sra.D’Arpajon, Senhora Surgis Le Duc
- Robert de Saint-Loup: oficial do exército e melhor amigo do narrador, sobrinho da Duquesa de Guermantes
- Marquesa de Villeparisis: Tia do Barão de Charlus e da Duquesa de Guermantes. Ela é uma velha amiga da avó do narrador
- Princesa de Guermantes (Marie Gilbert): prima da Duquesa, menos requintada, mas de melhor caráter, foi apaixonada por Charlus
- Príncipe de Guermantes (Gilbert): marido da Princesa de Guermantes
- Sr de Norpois: diplomata e amigo do pai do narrador, amante da Sra. de Villeparisis
- Sra. de Marsantes: mãe de Robert de Saint-Loup, irmã do Duque e do Barão de Charlus

# Os Swann:

- Charles Swann: judeu, amigo da família do narrador. Suas opiniões políticas favoráveis no Caso Dreyfus e seu casamento com Odette vão afastá-lo da alta sociedade
- Odette de Crécy: uma bela cortesã parisiense, esposa de Charles Swann
- Gilberte Swann: filha de Swann e Odette, primeiro amor do narrador

# Os Artistas:

- Elstir (Sr. Biche): pintor famoso pelas interpretações do mar e do céu
- Bergotte: escritor cujas obras o narrador admirava desde a infância
- Sr. Vinteuil: compositor obscuro que ganhará reconhecimento póstumo
- Berma: famosa atriz

# "O Pequeno clã" dos Verdurin:

- Senhora Sidonie Verdurin: burguesa que mantém um grupo social a base de interesse
- Sr. Gustave Verdurin: marido da Sra. Verdurin, seu cúmplice fiel
- Conde de Forcheville: esnobe e grosseiro, desperta ciúmes em Swann
- Dr. Cottard: médico idiota na primeira fase no salão dos Verdurin, torna-se repeitável
- Brichot: pomposo professor da Sorbone
- Saniette: paleógrafo humilde, é ridicularizado pelo clã Verdurin

# As raparigas em flor de Balbec:

- Albertine Simonet: órfã privilegiada de beleza e inteligência, por quem o narrador se apaixona
- Andrée: amiga Albertine, a quem o narrador ocasionalmente se sente atraído
- Gisele: outra moça do grupo das raparigas
- Octave: um menino rico, que leva uma existência ociosa em Balbec

# Outros:

- Albert Bloch: amigo do narrador, judeu, pretensioso
- Sr. Legrandin: engenheiro em Paris, amigo esnobe da família do narrador
- Marquês e Marquesa de Cambremer: aristocratas provinciais de Balbec; ela é irmã de Legrandin
- Jupien: alfaiate que tem uma loja no pátio no Palácio de Guermantes, tem relações secretas com Charlus
- Charles Morel: filho de um criado do tio Adolphe, interesseiro, torna-se um violinista famoso com a ajuda do Barão de Charlus
- Senhor Vaugoubert (Marques): amigo de Norpis, também diplomata, casado com a Sra. Vaugoubert que aparenta ser lésbica
- Sra. Bontemps: tia e guardiã de Albertine
- Rachel: amante de Robert de Saint-Loup, atriz e ex-prostituta
- Senhorita Vinteuil: filha lésbica do compositor Vinteuil
- Lea: atriz, tem relações com Srta. Vinteuil, Albertine e, mais tarde, Bloch
- Aimé: mordomo do Grande Hotel de Balbec
Nanci 17/11/2014minha estante
Presente de natal antecipado. Obrigada!


Daniel 18/11/2014minha estante
De nada, Nanci! Acho que a lista é muito útil principalmente a partir do terceiro volume, no qual aparecem vários personagens - alguns importantes e outros que são apenas citados, e não vão influenciar muito na trama mais adiante. Os personagens listados são os mais relevantes, ou os que irão aparecer novamente nos volumes finais. O leitor precisaria ser muito atento para se lembrar de alguém que é casualmente apresentado nos primeiros volumes e só vai dizer a que veio, por exemplo, no sexto livro...


Helena 27/07/2015minha estante
Obrigada!!!! Era o que estava procurando para orientar melhor a leitura!!


Cello 23/07/2016minha estante
Melhor do que dar sua opinião é ajudar outros a formar sua própria opinião. Valeu pela ajuda!


Carlos.Vergueiro 26/04/2020minha estante
Quem é Gilberto, o mau?




Letícia 20/11/2012

Faça um favor a si mesmo: leia Proust!
E o mais rápido possível.

Sou bastante burra por ter demorado tanto, imaginando que seria uma leitura extremamente difícil. Ficava intimidada pela profundidade, e também porque uma preguiça forte bate em mim quando eu preciso me esforçar para focar a atenção, aí imaginei que faria como a Lorelai Gilmore: renovando eternamente esse livro na biblioteca. Enfim, deixava Em Busca do Tempo Perdido pra depois, e nem preciso fazer um trocadilho infame para ilustrar como me arrependo disso.

Ler No Caminho de Swann é apreciar a arte e o poder que ela tem de revelar, antecipando-se à ciência, toda a verdade humana. Acho mesmo que se podem encontrar todas as respostas, o tal sentido da vida, através dela. E o que Proust faz nessa obra é um verdadeiro manifesto artístico, não só pelas menções a pintores, estéticas, música, estilos arquitetônicos ou literários, mas o próprio romance é uma homenagem à literatura. O ambiente da história é pintado como um quadro através das palavras, nos fazendo mergulhar em suas memórias como uma madeleine em uma xícara de chá. Sobre essa cena, eu nunca teria sonhado que relembrar um sabor pudesse ser tão poético, ainda mais descrevendo um mecanismo mental tão intricado! É a verdadeira percepção do tempo através dos sentidos, o despertar de sensações adormecidas. Momentos como esse colorem o livro, que é repleto de uma introspecção deliciosa e nostálgica, o que nos faz pensar que a importância não está nos acontecimentos, como o simples ato de subir uma escada, mas os pensamentos que nos ocorrem e a maneira como nos transformam e se transformam. E é dessa forma que ele analisa as mais diversas personalidades, sentimentos e opiniões, somente afirmando suas existências e importâncias, sem julgamentos, inclusive seu próprio passado. É alguém consciente de que o presente se delineou através de coisas que pareciam insignificantes ou imutáveis, e que o decorrer do tempo roubou da memória até mesmo das mais agradáveis sensações.

“A realidade que eu conhecera não mais existia. Bastava que a sra. Swann não chegasse exatamente igual e no mesmo momento que antes, para que Avenida fosse outra. Os lugares que conhecemos não pertencem tampouco ao mundo do espaço, onde os situamos para maior facilidade. Não eram mais que uma delgada fatia no meio de impressões contíguas que formavam nossa vida de então; a recordação de certa imagem não é senão saudade de certo instante; e as casas, os caminhos, as avenidas são fugitivos, infelizmente, como os anos.”

A arte é mais precisa que a ciência. E a literatura é mais completa que a vida.

clorofilarosa.blogspot.com.br
milena gomes 15/05/2013minha estante
essse seu comentario do primeiro paragrafo foi o que eu fiz parecia ate eu que tinha escrito adorei sua resenha parabens




mat 15/02/2022

Tempo
Durante a madrugada eu terminei a leitura do primeiro volume de "Em Busca do Tempo Perdido ", e estou com um sentimento estranho, talvez esse livro tenha vindo como uma simbolização da minha vida no presente momento. O livro é sobre um homem que depois de mergulhar uma Madeleine no chá recorda toda sua infância, despertando memórias por muito adormecidas, o que o autor chama de memória involuntária. É um livro que desafia pela forma que é narrado, parágrafos com páginas, frases gigantes, e narrando muitas vezes cenas corriqueiras, e é na narração que está a grandeza dessa obra, é tudo muito poético, sentimental e escrito de uma forma linda. A criança esperando o beijo da mãe, as Madeleines, os campos Elísios, a música... Ganham tons cinematográficos em algumas das cenas mais lindas da literatura. No primeiro capítulo é narrada a infância do protagonista e o episódio das madeleines; no segundo é retratado toda obsessão e ciúme de Charles Swann (o vizinho do narrado) por Odete de Crécy, e o terceiro e último capítulo do volume que é intitulado "nome de lugares: o nome", proust nos faz refletir sobre o nome dos lugares (e metaforicamente das pessoas também), e toda a significação que isso traz à nossa vida, nossos humores e interesses. Esse terceiro capítulo foi meu favorito, talvez porque esteja convergindo com situações que eu tenho vivido, há lugares que são os mais belos em um instante, mas uma pequena mudança (ou falta de algo, alguém) pode fazer esse mesmo lugar perder o brilho aos nossos olhos, e se tornar um lugar estranho e/ou diferente, que pode causar apatia, tristeza (pelo perdido) ou medo. Começo suspeitar que esse tempo perdido é o que já passou, esses instantes corriqueiros que não damos importância no momento que acontecem, mas que depois de meses, anos que não temos mais acesso a eles, percebemos que seja o nosso tesouro perdido.
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Pedróviz 10/03/2020

Nunca é tarde...
Não vou mentir. É preciso ter certa paciência - sorte de quem tem - para não desistir em função do estilo sem pressa de Proust em "No Caminho de Swann".

Se há uma coisa que Proust consegue fazer é ativar a imaginação do leitor que consegue captar o ritmo do texto, criar imagens, fazer o leitor ver o que está sendo contado pelo protagonista-narrador,  o que está sendo sentido pelos personagens. É um ótimo criador de perfis psicológicos. Segundo o próprio autor, não se explora, na obra, o raciocínio, mas os sentidos, as emoções.

Sentidos que evocam memórias, como aqueles cheirinhos que nos lembram da casa da avó, da mãe, de alguma coisa boa que ficou guardada para ser ativada a qualquer momento. Como se vê, pouco há de racional e muito de intuitivo.

Na obra se depara com a manifestação do belo, seja na arte, seja na natureza. Um jardim artificial como os Campos Elíseos não é, para o protagonista, um modelo de beleza; esta ele encontra na natureza de Combray.

Além da questão estética, há o ambiente psicológico muito bem elaborado. As intrigas de salão são bem exploradas, mas é  especialmente no amor entre Swann e Odette, escrito com paciência, que se constrói um enredo psicológico magistral.

Um livro excepcional, como devem ser os demais livros que compõem a obra Em Busca do Tempo Perdido, que pretendo ler. Pois nunca é tarde.
Dan 13/03/2021minha estante
Você foi na mosca: "É preciso ter paciência". É uma obra magnífica, porém desgastante!


Dan 13/03/2021minha estante
De fato, o perfil psicológico dar personagens é completo. Harold Bloom afirmava que "Em busca do tempo perdido" tem as melhores personagens do século XX. Acredito nisso.


Dan 13/03/2021minha estante
Uma coisa que me deixa espantado, é como Proust consegue tratar de uma variedade imensa de temas! E parece que tal variedade não se esgota! Quando pensamos que não há mais possibilidade de falar sobre mais nada, na próxima página, Proust nos surpreende.


Dan 13/03/2021minha estante
das*


Pedróviz 13/03/2021minha estante
Os outros volumes de Em busca do Tempo perdido não devem ficar atrás.




almeidalewis 05/08/2022

Lírico
Segundo livro ( A sombra das moças em flor )

O menino Marcel agora já saindo da sua infância ( a sombra das moças em flor ) passando para outra fase mais madura da sua vida se apaixona e se desapaixona e vai viver junto com sua família no tão conhecido e elogiado Balneário "Balbec" e participa dos encontros reuniões e rotinas da aristocracia da sociedade francesa relatando como é e o que é, e como várias coisas aconteciam nessa camada da sociedade da sua época.

Proust é muito detalhista, esmiúça muito o momento, o ambiente como também a atmosfera e os sentimento sensações e os pensamentos fazendo assim com que alguns parágrafos fiquem eeeeennnnnooooorrrrrmmmmmeeeeeesssss que chegam a durar duas páginas...


*No caminho de Swann é descrito um pouco a infância do menino Marcel, Swann e Odete aqui já evoluiram no relacionamento...
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Higor 24/12/2020

"Aprendendo com Nabokov": sobre a caça ao tesouro, em que o tesouro é o tempo e o esconderijo é o passado
Figura igualmente admirada e temida por leitores quando mencionada, a saga de sete livros de "Em busca do tempo perdido", de Marcel Proust estava me cercando em todos os aspectos possíveis. Está presente nas listas de "1001 livros para ler antes de morrer", do "Livro da Literatura", e do "Lições de Literatura", além de ser mencionada em diversos livros e ter abocanhado prêmios importantes, porém nacionais, como o "Prix Goncourt", que não acompanho a risca, mas volta e meia dou aquela conferida para saber o que há de bom sendo laureado no território francês.

Depois de tantas opções de caminhos para conhecer Proust, o mais rápido foi justamente o de acompanhá-lo nas Lições de Literatura de Vladimir Nabokov. Chamado pelo próprio Nabokov de "prisma, em que Proust refrata e cria um mundo em retrospecto", eu fiz esse percurso com a sensação de que ia amar a experiência. E que delícia de livro é este primeiro volume!

Nabokov, inclusive, ousa dizer que leitores ruins ou superficiais, com esse livro, vão sentir tédio e bocejar até, definitivamente, abandonar a empreitada, enquanto outros leitores vão se alimentar das deliciosas palavras de Proust, ora de maneira rápida e ágil, ora com paciência, sem pressa, para apreciar cada detalhe.

É impossível sair ileso das memórias tão intensas, tão ricas de detalhes, que embora sejam atos tão simples e corriqueiros da vida, como o ato de ir ao quarto do filho dar um beijo de boa noite; a visita ao tio, sempre programada, mas de repente feita sem aviso prévio ou até mesmo seus gostos literários, são cenas tão básicas, que escritores atuais, ou que procuram cenas chocantes, bombásticas ou até mesmo com efeitos ou ganchos para manter o leitor vidrado ao próximo volume, acabam por detalhar coisas simples em meras linhas, quando é justamente no simples que mora o magnífico.

O encanto em acompanhar as memórias do jovem narrador de "No caminho de Swann" é justamente o cuidado com que tais imagens são contadas, em um primeiro momento "abandonadas por tanto tempo fora da memória" e que, de repente, "se estiram, de delineiam, se cobrem, se diferenciam, tornam-se flores, casas, personagens consistentes e reconhecíveis". Memória.

É óbvio que muita coisa ainda não foi percebida por mim, mas que certamente serão reconhecidas com uma bagagem literária maior e uma releitura. Exemplo é a menção às obras de arte de Giotto di Bondone, pintor e arquiteto italiano, que eu já conhecia graças às aulas História da Arte, mas que em certos leitores, será algo novo e até pouco interessante. No entanto, tais referências de nada tiram o brilho do livro, mas impulsionam a querer conhecer mais para apreciar Combray e Guermantes em sua completude.

Um livro que demanda tempo e paciência, mas que recompensa o leitor a cada página, "No caminho de Swann" foi a melhor leitura do ano. Um exercício de como olhar as coisas simples da vida com mais atenção.

"Lendo Lições de Literatura" é um projeto baseado no livro 'Lições de Literatura', de Vladimir Nabokov, em que suas aulas da década de 1940 sobre os Grandes Mestres da Europa foram transcritas e compiladas. Para saber mais sobre a lista e conhecer os demais livros, acesse:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Danilo 09/10/2011

Melhor leitura da minha vida. Depois dele todos os outros livros pareciam superficiais e insossos. Acabou de certa forma com a minha paixão pela literatura. Leia por sua conta e risco ;)
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Karen 07/04/2016

NÃO RECOMENDO A NINGUÉM!!! O enredo promete ser bom, mas se perde em uma riqueza absurda de detalhes, que faz com que a história não se desenrole, e se é um leitor como eu , que vira e mexe já está pensando em outra coisa e se dispersa da leitura, essa característica deixa o livro chato que não te prende, a não ser quando realmente conta algo significativo para a história. No Caminho de Swann é o primeiro de 7 livros do ciclo de Em Busca do Tempo Perdido, apesar da curiosidade de saber o que acontece com os personagens, eu não tenho a mínima coragem de comprar o resto dos livros pra ler e ficar nessa enrolação de várias páginas pra contar meia dúzia de coisas interessantes.
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Anna intimista/yt 16/05/2021

Substimei
Não é uma leitura fácil para um iniciante. Mas seja persistente, segura mão de God e vai?!
Agora sério, é uma experiência não é só leitura. A profundidade da escrita de Proust ? é única. Certeza ganhei vários neurónios a mais.
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Bruna Peixoto 01/02/2022

Não é um livro fácil de ser lido. Não acontece muita coisa, e que demora a engrenar. Mas, quando você se acostuma, a leitura é fluida.
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Luiz.Goulart 01/10/2022

O Colosso de Proust
Livro inicial da colossal empreitada de 7 volumes da série Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust. Obra prima que todos deveriam ler um dia na vida, mas que são difíceis pela complexidade do tema e do estilo. Li para poder ler o capítulo sobre ele da obra Lições de Literatura, de Vladimir Nabokov, o que foi um excelente motivo para começar a ler Proust que cria dezenas de personagens e ambientes da França do início do século XX e trata da memória como visão filosófica do tempo com as recordações intercalando o passado e o presente, o que tornou-se uma revolução para o romance em todos os tempos.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/5508448897034557562?hl=pt-BR
Milena.Saleh 23/12/2022minha estante
To lendo pelo mesmo motivo!




Fernanda 07/01/2010

Um mergulho.

Bem no início nos deparamos com o memorável trecho das madeleines. Recordar o tempo perdido a partir das madeleines molhadas no chá.

Fiquei estática de tanta beleza.

Com o desenrolar do livro, só tive mais certeza que estava diante de melhor.

A descrição da insônia quando criança, enquanto esperava a mãe. Françoise, de uma profundidade psicológica impressionante. Os passeios por Combray! Que vontade de me transportar pra lá imediatamente. Consigo vê-la na minha frente e sonho com o dia em que iriei a Illiers-Combray!



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andré 17/02/2013

Anatomia do tempo
É redundante qualquer alusão à importância do tempo na obra proustiana, o próprio titulo já denuncia isso, mas em caráter pessoal, o que me chama a atenção é a maneira como o tempo se desdobra na narração, amarrando-se em milhares de caminhos que tornam a leitura, mesmo intensa, uma luta contra a maré do fluxo de acontecimentos. O tempo segue um ritmo, que de tão profundo, absorto nas reminiscências do narrador, da voltas sobre si mesmo, retardando o avanço, quase como um eterno retrocesso, às vezes cansativo, mas nem por isso menos prazeroso. O tempo é um corpo arquitetônico, construído sobre outros tempos, que se completam e se conflitam-se, ao ponto de o narrado não serem os fatos e sim a própria essência temporal que divaga na alma do autor, são memórias, mais que isso, memórias de sensações, memórias sensíveis que traduzem, ou buscam fazer, o indelével. O universo em absoluto é interiorizado, medido e reconstruído dessa ótica profunda, e finalmente refeito quase filosoficamente. Esse tempo se reflete na própria construção das sentenças, normalmente longas, que delongam-se no percurso de várias idéias sobrepostas. O narrador monta o enunciado, o interrompe com outra idéia, uma explanação maior dessa idéia, uma metáfora, uma observação, e a conclusão do enunciado original. Razão pela qual não raramente se encontram parágrafos de três a quatro páginas.

De qualquer modo, a obra propõe uma leitura quase experimental, de um tempo quase experimental, que leva o leitor para outra dimensão, ao mesmo tempo que invoca neste uma dimensão intima, que todos possuem, mas muitas vezes se faz inexplorado, e o tempo da narração, se torna, desta forma, o tempo de nós mesmos.
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Lorena K. 22/08/2018

Dramático e verborrágico: como todo francês
Talvez eu tivesse gostado muito desse livro quando era adolescente e me apegava a esse tipo de descrição: exagerada, dramática e até certo ponto vazia. O livro poderia ter cem páginas, mas tem muito, muito mais! É arrastado e descritivo demais, mas não de um modo bom e sim de um modo afetado.
Entendo a importância de obra dentro da literatura mundial e recomendo a leitura porque esse livro conversa com a tradição literária e todo leitor assíduo de literatura clássica deve ler até o que não gosta, mas precisa. O livro, aliás, correspondeu as minhas expectativas porque já tive contato com literatura francesa através de Balzac e outros e sei que é o modo pessoal deles de escreverem. Eu sou mais a literatura russa.
Achei que a narrativa ficou muito boa quando Proust, no capítulo do meio, começa a descrever o amor de Swann. Creio que na terceira pessoa ele se dê melhor que na primeira, pois o primeiro e último capítulos são um verdadeiro inferno. Me peguei revirando os olhos diversas vezes e me maldizendo por estar lendo uma coisa assim, quando tenho os dois volumes de Guerra e Paz me esperando na estante.
Por incrível que pareça: pretendo ler os outros seis livros. Não por ter me apaixonado pela narrativa, mas pela importância da obra dentro da literatura mundial e do respeito que tenho por Proust, apesar de tudo.
Amisterdan 31/08/2018minha estante
Também tive essas sensações que você descreve e concordo com seu comentário, mas diferente de você, o meu "verdadeiro inferno" foi o capítulo Um Amor de Swann, amigo, que desperdício de tempo, mas igual a você , também pretendo ler toda a saga. Que os deuses dos livros os de coragem rs


N'yFër 18/09/2018minha estante
Proust quer se nós sintamos assim mesmo, como se estar vivo fosse um fardo necessário na jornada do descobrimento, para se reconhecer durante todo o percurso, para no final apreciarmos a importância dos eventos em nossas vidas, e por fim, redescobrirmos o verdadeiro valor do tempo


Juraski 17/01/2019minha estante
Simples e direto: o livro é muito enfadonho (chato).


TatiLedo 10/02/2019minha estante
Pra mim a beleza do livro resume-se a compreensão dos pensamentos do heroi e do turbilhão vivido pelo amor de Swann. A colocação em palavras de tantos sentimentos e comportamentos complexos.
Mas sim, a leitura é difícil... parágrafos que compreendem a página toda. Só o amor pela literatura faz-nos vencer




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