À Sombra das Raparigas em Flor

À Sombra das Raparigas em Flor Marcel Proust




Resenhas - À Sombra das Raparigas em Flor


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Brito 11/08/2021

Proust - À sombra das jovens em flor
O narrador deste livro é uma enciclopédia de ideias, juízos, intuições. Todo o livro é escrito, não só sobre a égide da memória, como o próprio autor afirma, mas também sob a égide da intuição criativa. Em cada linha há uma análise, um aparte, um dito de uma profundidade e de uma verdade quase inimagináveis., analista da vida em sociedade, parece ver cada pormenor ao microscópio, e com um balança em cada mão, rindo do modo como cada um valoriza a sua pessoa, a sua palavra, o seu estatuto, observa a diferença entre o estatuto real e o estatuto imaginado de cada um, a forma como cada um se integra na sua classe social, conhece o que sente um jovem, uma jovem, analisa a forma como cada um se comporta na vida em sociedade, o modo como o coração muda, insensivelmente, e logo a seguir muda de agulhas e discorre sobre literatura. É difícil perceber se são mais admiráveis os pensamentos em si, ou a forma como estes engastam no texto com uma naturalidade de tapeçaria, numa complexa lógica de rede em que nada é deixado ao acaso, como se uma locomotiva passasse a pente fino toda a alma humana; uma estrutura que é tudo menos natural, tão difícil de criar como os próprios pensamentos que dela fazem parte. É notável a fluidez das frases que se alongam como videiras e trepam aos ombros de outras que por sua vez se alongam e dão continuidade a novos pensamentos. Uma escrita tão elegante que parece natural, mas não é, ninguém escreve daquela forma sem um trabalho meticuloso de artífice por trás, mas a verdade é que em nada se nota esse trabalho, as frases caem no papel como as tolhas de certas mesas em certas casas.
As personagens e as situações narradas são extremamente verosímeis e simples, quase naturais e tudo se vai encadeando para nos mostrar mil realidades diferentes da realidade, como quem forja as cores estilhaçadas de um caleidoscópio uma a uma e por fim une o caleidoscópio a partir de uma gigantesca memória criativa, desproporcionada, que abrange em si todas as pluralidades.
comentários(0)comente



Aguinaldo 07/03/2011

proust again
"À sombra das raparigas em flor" é um livro que fala dos prazeres - e dos perigos - da inteligência. No volume anterior de "Em busca do tempo perdido" aprendemos algo do amor e da paixão, experimentamos como podem ser mutáveis o tempo e a memória, comparamos nosso comportamento na juventude e na maturidade. Já neste segundo volume somos apresentados ao processo de entendimento do mundo, ou melhor, de várias das facetas possíveis do mundo, que um sujeito ao crescer é forçado a experimentar. Vivemos todos os dias, um a cada vez, e a cada vez somos uma metamorfose, uma mutação, do dia anterior. O livro é divido em duas partes. Na primeira, "em torno da sra. swann", encontramos o narrador se esforçando para conhecer a menina Gilberte que vislumbrou de longe, e se apaixonou, quando era mais jovem, em Combray. Há sempre um jogo de contrastes nesta parte: entre o diplomata Norpois e o médico Cottard (aquele mais articulado, porém falso; este aparentemente tolo, porém correto); entre o entendimento de uma obra de arte pela leitura (pela inteligência) e a fruição da mesma obra de arte (pela experiência física); entre a idéia de um amor (do narrador por Gilberte, fugaz) e a construção real de uma amizade (do narrador por Odette, marcante). Já na segunda parte, "nome de terras: o nome", há um câmbio no tempo e na ambientação. O narrador já não está apaixonado por Gilberte e viaja com a avó para uma temporada nas praias de Balbec. Ali ele aprende alguns dos jogos da mundanidade, ou seja, de como operam as relações de classe, entre aristocratas e burgueses, entres estes e trabalhadores assalariados. Proust nunca faz um juízo autêntico de valor, mas antes nos apresenta o mundo como ele é, sem concessões. E a verdade do sentido da vida que ele alcança nos mostrar é cruel. Um sujeito não precisa já ter experimentado todos os prazeres e aborrecimentos da vida para imergir neste livro (imergir em todo o ciclo proustiano). A capacidade de Proust de nos surpreender (com suas construções, suas metáforas, sua lógica, seu enfoque) é algo que paira sobre todo o livro. Em " à sombra das raparigas em flor" conhecemos novos e poderosos personagens, entre eles Robert Saint-Loup, Palaméde de Guermantes e Albertine Simonet. Esta segunda parte é como um rosário de aulas de educação dos sentidos. O narrador é apresentado aos personagens bizarros da cidade à beira mar; à generosidade da marquesa de Villeparisis; à ambivalência - e depois as surpresas - de Sant-Loup; ao amor pela literatura de Bergotte; à rusticidade dos Bloch; ao enigma que é Charlus; ao entendimento da arte e da vida, enfim, à experiência do pintor Elstir; aos amores serpeantes (e cambiantes) que tem por Albertine, Andrée, Gisèle e Rosemonde. Mais do que tudo o narrador é apresentado a sua personalidade, aos câmbios de seu entedimento das coisas. Neste volume qualquer leitor pode vir a se ver retratado. Ora encontramos uma frase reiterada que nos é familiar, ora concordamos com uma particular forma de entender o mundo, ora sorrimos por ver a mesma maneira que utilizamos para reagir a certos estímulos, ora compartilhamos os compromissos da vida que escolhemos. Sempre é um grande prazer ler este livro. Devemos ser gratos aos autores que nos proporcionam prazeres desta natureza. Haverá mais Proust aqui este ano, seguro que sim. [início 18/01/2011 - fim 27/02/2011]
"À sombra das raparigas em flor: Em busca do tempo perdido (vol.2)", Marcel Proust, tradução de Mário Quintana, São Paulo: editora Globo, 3a. edição, revista (2006), brochura 16x23 cm, 669 págs. ISBN: 85-250-4226-9 [edição original: À l´ombre des jeunes filles en fleurs (éditions Gallimard), 1919]
comentários(0)comente



Paula.Juca 30/08/2021

Lindo, lindo...
Ler esse livro, é desacelerar a vida, olhar tudo com calma, apreciar o canto dos pássaros, o barulho da chuva... É querer muito alguém agora e quando o tem não quer mais, pois a vontade do querer já se tornou uma lembrança de ontem.
Se você quer ler Marcel Proust saiba que terá que fazê-lo com calma, saboreando e a cada livro você percebe que não conseguirá deixar de ir para o próximo.
Segundo Vol concluído, que venha o terceiro ?
comentários(0)comente



Giordano.Sereno 15/11/2023

Um livro difícil, mas que vale a pena...
O livro é dividido em duas partes. Na primeira parte, o autor descreve o florescimento e o crepúsculo do amor (ou seria paixonite) entre o herói e Gilberte, filha de Swann e Odette. Nesse processo, parece que vai se construindo uma amizade "esquisita" (na minha opinião apenas) entre o herói e Odette. Imagino que esse relacionamento curioso será resgatado nos próximos volumes. E, muitas vezes, parece que a amizade com a mãe é mais forte que o amor pela filha.

Já na segunda parte, o herói viaja em companhia da avó para a cidade litorânea de Balbec. Lá ele conhece Robert de Saint-Loup, com quem desenvolve uma sólida amizade. Isso não é spoiler, mas apenas uma desconfiança minha... Acho que Robert é o rapaz misterioso que sai em companhia de Gilberte e que tanto desalento traz ao nosso herói durante o primeiro volume da série. Resta saber se essa minha suspeita se concretizará e como nosso herói lidará com ela. Imagino que isso dará pano para manga. Já que, desde o primeiro volume, Proust gosta de desenvolver o sofrimento dos apaixonados. É curioso notar que há sofrimento diante de amores correspondidos ou não correspondidos.

Em Balbec, nosso herói também conhece um grupo de meninas (as raparigas em flor que dão título ao livro), entre elas, Albertine. Essas meninas também estão vivendo a mesma experiência do herói de transição para a idade adulta. Floresce um certo interesse amoroso que, aparentemente, não é plenamente concretizado. Temos nessa parte da obra trechos muito bonitos e poéticos.

É um livro difícil e que exige do leitor. Capítulos e parágrafos longos, muita descrição e um ritmo lento da narrativa ilustram essa dificuldade. É como se o autor estivesse perdido em seus pensamentos, quando, uma lembrança resgata um acontecimento esquecido que é imediatamente transcrito para o papel como se fosse um fluxo de consciência.

Chama a atenção a habilidade de Proust em dizer alguma coisa, sem dizer de fato. Como exemplo, cito o personagem Charlus. O autor deixa transparecer um certo interesse amoroso pelo herói, mas não diz isso explicitamente.
comentários(0)comente



Silvana (@delivroemlivro) 02/09/2020

Um jardim feito de sombra e flor
Se tivesse que eleger apenas uma palavra para definir minha experiência com a leitura desse segundo volume de "Em Busca do tempo perdido" escolheria contraste (especialmente ao conceito aplicado às artes plásticas, subtema de extrema relevância aqui): em suma, luz e sombra.

O claro-escuro das situações, dos personagens, dos encontros. Nada é monocromático à sombra dessas moças em flor: há matizes, tons, e especialmente, o desgaste pelo tempo dessa pintura chamada Vida. Para o bem e para o mal, nada aqui resiste: encanto vira desencanto, que se transfigura em encanto novamente, por outra pessoa, por outro lugar. Como o mar, que é sempre mar mas contém a mesma água, como as flores mortas substituídas em um vaso. Como os vasos que uma vez, lascados, quebrados serão renovados.

"(...) eu abrira minhas cortinas na impaciência de saber onde a marquesa brincava aquela manhã na praia, como uma nereida. Pois nenhum desses mares ficava por ali mais de um dia. Na manhã seguinte haveria outra vez que se parecia com ele. Mas nunca vi duas vezes o mesmo mar."


Há também uma clara percepção, um senso de ambiguidade que permeia todo o livro: ao mesmo tempo em que há um caráter claramente nostálgico e indulgente do narrador para com o seu passado, há também um olhar crítico e severo. Em suma, um louvável (e claramente intencional) equilíbrio.


"(...) a característica da idade ridícula que eu atravessava; idade nada ingrata, aliás muito fecunda - é que não se consulta a inteligência e que os menores atributos das criaturas parecem fazer parte indivisível de sua personalidade. Sempre cercados de monstros e deuses, a gente quase não conhece o sossego. E quase todos os gestos que fazemos por essa época, desejaríamos suprimi-los mais tarde. Mas, ao contrário, o que se deveria de fato lastimar seria não mais possuirmos aquela espontaneidade que nos inspirava. Depois, vêem-se as coisas de maneira mais prática, em plena concordância com o resto da sociedade, mas a adolescência é a única época da vida em que aprendemos algo."


Completamente oposto ao "No caminho de Swann" (em que os personagens me pareceram artificiais e as situações excessivamente cênicas), esse flui naturalmente, há humanidade em tudo, é quase uma experiência sensorial acompanhar o narrador por esse jardim (especialmente na segunda parte em Balbec, no litoral). Enfim, um livro espetacular!
comentários(0)comente



andré 17/02/2013

Anatomia do tempo
É redundante qualquer alusão à importância do tempo na obra proustiana, o próprio titulo já denuncia isso, mas em caráter pessoal, o que me chama a atenção é a maneira como o tempo se desdobra na narração, amarrando-se em milhares de caminhos que tornam a leitura, mesmo intensa, uma luta contra a maré do fluxo de acontecimentos. O tempo segue um ritmo, que de tão profundo, absorto nas reminiscências do narrador, da voltas sobre si mesmo, retardando o avanço, quase como um eterno retrocesso, às vezes cansativo, mas nem por isso menos prazeroso. O tempo é um corpo arquitetônico, construído sobre outros tempos, que se completam e se conflitam-se, ao ponto de o narrado não serem os fatos e sim a própria essência temporal que divaga na alma do autor, são memórias, mais que isso, memórias de sensações, memórias sensíveis que traduzem, ou buscam fazer, o indelével. O universo em absoluto é interiorizado, medido e reconstruído dessa ótica profunda, e finalmente refeito quase filosoficamente. Esse tempo se reflete na própria construção das sentenças, normalmente longas, que delongam-se no percurso de várias idéias sobrepostas. O narrador monta o enunciado, o interrompe com outra idéia, uma explanação maior dessa idéia, uma metáfora, uma observação, e a conclusão do enunciado original. Razão pela qual não raramente se encontram parágrafos de três a quatro páginas.
De qualquer modo, a obra propõe uma leitura quase experimental, de um tempo quase experimental, que leva o leitor para outra dimensão, ao mesmo tempo que invoca neste uma dimensão intima, que todos possuem, mas muitas vezes se faz inexplorado, e o tempo da narração, se torna, desta forma, o tempo de nós mesmos.
Daniel 17/11/2014minha estante
Acho que quem chegou até aqui, o segundo volume da obra - é importante que se leia na sequência certa - é por que se encantou com o primeiro volume "No Caminho de Swann" e vai se encantar cada vez mais. Tarefa penosa (às vezes), mas que compensa como poucas.

Fiz uma lista de personagens principais e postei como uma resenha para o primeiro volume, "No Caminho de Swann". A intenção é ajudar os leitores não se perderem em meio a tantos personagens.




Marcio 03/03/2021

Inventário de sentimentos
Neste volume as descrições da infância dão lugar aos primeiros amores de Marcel.

Agora o herói já é um adolescente que começa a viver os primeiros amores platônicos da juventude, suas alegrias e também aprende a viver os sofrimentos inerentes à essas relações.

Uma coisa que pra mim foi marcante é o quanto a super proteção da mãe e da avó tornam o rapaz dependente na execução de coisas práticas e no gerenciamento do seu cotidiano. Ele consegue tecer de forma magistral críticas acerca dos mais variados temas presentes na cultura, mas ao mesmo tempo tem-se a impressão que não sabe abotoar uma camisa sozinho, dependendo sempre da vovó e da babá para esses cuidados.

Aqui mais uma vez o autor não economiza nas descrições e minúcias das relações, inventariando de forma precisa cada sentimento e pensamento associados às suas experiências.

Não é um livro fácil de ler. Exige muita dedicação e força de vontade. No entanto é recompensador. Mal comparando, é como se estivéssemos garimpando em uma mina, e que após alguns longos momentos enfadonhos somos recompensados com uma pepita de ouro que faz valer todo o esforço anterior.
comentários(0)comente



Aurélio 13/12/2009

Maravilhoso. Essas experiências do Proust com as mulheres me lembram as minhas - claro que naquela época era ainda mais osso, mas enfim...Sei que essa é uma resenha bem plebéia, mas tô achando a obra toda linda. Já comecei O Caminho de Guermantes.
comentários(0)comente



Luiz.Goulart 08/10/2023

Uma pedreira transposta
Segundo livro que li da série de 7 volumes da monumental obra Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. Foi muito difícil avançar na leitura desse volume, como foi no primeiro O Caminho de Swann. Aqui acompanhamos um Marcel adolescente que, após desilusão amorosa com Gilberte, filha de Charles Swann e Odette de Crécy, parte com a a avó para uma temporada de veraneio num hotel chique na cidade litorânea de Balbec onde conhece um grupo de moças e se apaixona por Albertine. Este é considerado o mais difícil dos sete livros da série, com infinitas digressões líricas e descrição excessivamente minuciosa e detalhista do autor.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/5248677325871008951
comentários(0)comente



Maitê 28/03/2019

O jovem Marcel me parecia ser um rapaz com muito tempo livre, que se tornou obcecado por preencher seu mundo com algo maior que sim, o amor. Mas ele passa tanto tempo idealizando e sonhando com esse grande amor, como tudo vai ser, como ele ira agir e tentando controlar tudo, que as oportunidades o passam sem que ele perceba.
comentários(0)comente



Marion 03/03/2024

A história continua
Continua a história do autor que conta com uma grande viagem para Balbec, mas antes disso continua com a relação do autor com Swan e a ex- meretriz
comentários(0)comente



Leonardo Bezerra 30/01/2022

Enquanto que no primeiro livro o Narrador descreve suas memórias de infância e narra a história da família Swann, este dá lugar à sua adolescência e aos seus primeiros amores. O que mais me encantou nesse livro é a sutileza com que o autor sinaliza o crescimento do Narrador. Percebemos por meio da maturidade de seus pensamentos, a forma como passa a encarar sentimentos e situações que no primeiro livro pareciam desconhecidos a ele. Outro ponto positivo é como o escritor insere as inseguranças do Narrador - como sua constante necessidade por validação através de pessoas vistas como cultas - e como cada personagem não é apresentado de maneira rápida, mas sendo construída a cada volume.

Sinto que pouco aproveitei a leitura desse livro, portanto, deixo as 4 estrelas com a expectativa de me inserir mais na próxima narrativa.
comentários(0)comente



AsaReader 20/06/2022

O LIVRO MAIS LÍRICO E O ÚNICO PREMIADO DA SÉRIE.
Chego ao fim de mais um livro da série Em Busca do Tempo Perdido, o segundo livro da série, À Sombra das Moças Em Flor e o saldo é positivo. Sinto um contentamento ao terminar mais este livro.
?
A viagem foi assidentada, mais muito positiva. Vocês lembram que eu precisei desembarcar do ebook, versão em que comecei essa viagem, para embarcar no físico, pois senti muita dificuldade em manter o foco e comecei a sentir-me perdida na leitura já bem depois do meio de À Sombra das Moças Em Flor, por isso a leitura ficou suspensa por quase 2 meses, até a compra do box físico. Depois disso tudo se normalizou e a viagem seguiu seu curso.
?
O presente livro é considerado o mais lírico dos livros do autor. Foi com ele que Proust ganhou seu único prêmio literário; o prêmio Goncourt de melhor romance em 1919. Encontramos aqui, além do lirismo, a mesma complexidade de análise psicológica, suas longas frases e períodos enormes.
?
Quanto ao enredo, temos o narrador, já adolescente, fazendo várias amizades, coisa que não vimos no livro anterior. Em Combray ele só tem Block como amigo e depois surge uma amizade com Gilbert, filha de Swann, já em Paris. Nesse segundo libro, o narrador viaja para Balbec, cidade litorânea, com a avó Bathilde - meu personagem favorito - e lá, na cidade praiana, conhece seu amigo Marquês de Saint-Loup, um grupo de moças que ele dá nome de "pequeno grupo" e o pintor Elstir.
?
Ao fim desse livro percebemos que o narrador coleciona decepções amorosas e nutre a convicção de que o tempo destrói tudo, até mesmo o amor.
?
Será que esse narrador, personagem principal, enfim verá sua sorte mudando no terceiro livro, O Caminho de Guermantes? Só o tempo dirá! Avancemos nessa viagem de forma destemida.
?
Quer acompanhar essa viagem em tempo real? Me segue lá no Instagram.
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR