O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
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Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Ivana M. 17/04/2024

"O Mundo se Despedaça" é um romance icônico escrito pelo autor nigeriano Chinua Achebe. Publicado em 1958, este livro é uma crônica poderosa e comovente da colonização e da desintegração da sociedade tradicional igbo na Nigéria.

A história é centrada em torno de Okonkwo, um guerreiro e líder tribal que luta para manter suas tradições e valores em meio à crescente influência do colonialismo britânico. A narrativa habilmente retrata os conflitos internos de Okonkwo, que se debate entre a necessidade de preservar sua identidade cultural e o desejo de se adaptar às mudanças impostas pelos colonizadores.

Achebe tece uma rica narrativa de personagens e eventos, destacando os efeitos devastadores da colonização na comunidade igbo e nas relações entre os indivíduos. A prosa é envolvente e poética, transportando os leitores para o coração da África pré-colonial e permitindo-lhes sentir profundamente as alegrias, as tragédias e as lutas dos personagens.

"O Mundo se Despedaça" é mais do que uma simples narrativa sobre o impacto do colonialismo; é uma exploração profunda da identidade, da resistência cultural e das complexidades da condição humana. Através da voz de Achebe, os leitores são confrontados com questões universais de poder, justiça e moralidade, tornando esta obra um clássico da literatura mundial.
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Bruna.Bandeira 30/03/2024

Ficção histórica
O livro é da metade do século passado, então imagino que tenha sido pioneiro em narrar a história do ponto de vista do colonizado. De fácil leitura e super impactante. Quero ler mais do Achebe.
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Giovana.Kutschenko 23/03/2024

Vemos no livro toda a introdução e a construção social de vários povos na Nigéria, somos introduzidos aos seus costumes, as suas crenças e sonhos e de repente, chega os colonizadores querendo jogar toda uma herança no lixo.
Li muita coisa pesada no livro, muitas coisas nas quais sou contra, mas não deixei de sentir a dor dos habitantes dos clãs quando seu mundo desmoronou para criar ali, o segundo mundo dos europeus. O final foi um tanto decepcionante, mas não chega a ser ruim por isso, já que é próximo da realidade dos fatos. É muito louco ver toda uma história se desfazer, ver todo o poder sucumbir e por aí vai, até sobrar pó. Até não sobrar nada além da lembrança.
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Jolie 22/03/2024

O Mundo se Despedaça - Chinua Achebe
O maior desafio dessa leitura para mim foi não julgar com olhos ocidentais do século XXI o que me foi apresentado de uma cultura muito distante da minha; apesar de alguns questionamentos serem necessários.

A primeira parte do livros é mais lento e somos apresentados ao estilo de vida, tradições, crenças, costumes, organização social e política de uma aldeia africana localizada na Nigéria (Umuófia) e seu povo (Ibo), tendo como centro o protagonista Okonkwo. Em um segundo momento da leitura veremos sua colonização pelo homem branco ocidental (colonização inglesa) e com isso observamos o despedaçamento não só do mundo externo como, também e consequentemente, do mundo interno de Okonkwo, sua família e povo.

Gostei bastante da leitura que nos faz refletir sobre questões que advém da colonização, entre eles, o apagamento de uma cultura e a desestruturação de uma sociedade. Impossível sair a mesma pessoa após finalizar uma leitura como esta.
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ogatoleu 22/03/2024

O mundo se despedaça
"O mundo se despedaça", de Chinua Achebe, é uma obra extremamente rica e com múltiplas dimensões, que podem ser analisadas paralelamente ou em separado.

Esse livro é uma reconstrução fictícia dos modos de vida de sociedades que pouco conheciam povos brancos -- e do impacto causado pela colisão desses mundos. Em particular, dos modos de vida da aldeia de Umuófia (na atual Nigéria) no fim do séc. 19.

São comunidades com ênfase nas tradições, que foram carregadas ao longo dos anos com poucas modificações. Uma estabilidade que é trançado firme, uma sobreposição de uma trama vertical (o respeito àqueles com maior capital econômico, político e social) apoiando uma trama horizontal (a união entre as comunidades familiares).

Até a vinda de mais um elemento, o homem branco, que desfia tudo a partir dos fios soltos: os párias (efulefu) e outros que não se sentiam contemplados pelo sistema vigente.

"O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficasse em nossa terra. Agora ele conquistou até nossos irmãos, e nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos."

Interessante notar que esse despedaçamento de um mundo externo ocorre concomitantemente ao do personagem principal, Okonkwo, um líder ambicioso que dedicou toda a sua vida a galgar uma posição de prestígio em sua comunidade e vê tudo desmoronar. Seu destino, como o de todos nós, é muitas vezes independente da sua vontade.

Achebe constrói um elaborado jogo de derrubar dominós, em que cada peça é cuidadosamente posta em pé. A primeira parte do livro é mais lenta, mas isso finca as bases para que, uma vez que o jogo esteja montado, inicie-se uma cascata de eventos que nos absorve intensamente. Somos despertados em súbito da ilusão de que tudo está como sempre foi e como sempre será.

Uma das principais obras nigerianas e africanas, "O mundo se despedaça" é mais do que um romance magistralmente orquestrado sobre a colonização africana. Ele vai mais além, sendo um comentário quase universal sobre a natureza da mudança e das relações de poder.

ig: @ogatoleu

site: instagram.com/ogatoleu
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Dani 17/03/2024

Leitura Conjunta com a Mell do Literarure-se
Uma visão bem íntima do terrível momento em que um mundo todo se desaba.
Um mundo pode ser um continente, um povoado, uma religião, uma família ou apenas uma pessoa.
A gente vai se embrenhando num microcosmo cheio de dicotomias, e o tempo todo me senti indecisa em como racionalizar e sentir os acontecimentos.
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Izabella.BaldoAno 12/03/2024

"a vida de um homem, desde o nascimento até a morte, era uma série de ritos de transição que o aproximavam cada vez mais de seus antepassados".

em o Mundo se Despedaça conhecemos a comunidade de Umuófia e aldeias adjacentes, sobretudo a partir de um olhar para Okwonko, protagonista da história. junto a eles, conhecemos uma série de ritos, costumes e grandes significados que permeiam a vida naquele contexto, mergulhando de cabeça no modo de pensar e de viver de Okwonko e nas feridas que o fazem ser quem é.

sem maniqueísmos, o autor nos leva a uma viagem por uma série de episódios marcantes tanto para Okwonko quanto para Umuófia. aos poucos, o mundo que Okwonko e seus contemporâneos conhece vai se despedaçando, sobretudo por acontecimentos que extrapolam do nível individual para a vida coletiva e que mudam definitivamente a dinâmica entre as pessoas que ali vivem.

uma das marcas dessa história é a colonização inglesa; ela é o elemento que despedaça mais sutilmente o mundo de Okwonko e dos seus. ela rompe gradativamente a relação dos moradores de Umuófia e comunidades vizinhas com seus ancestrais e com sua própria história.

é difícil falar de O mundo se despedaça porque, para aprofundar os temas abordados no livro, seria necessário dar conta da mesma delicadeza com que Chinua Achebe os desenvolve. O mundo se despedaça não é um livro feito pra ouvir falar, mas pra você mesmo criar com ele sua experiência e relação. é um livro que fica, fica forte, fica muito.
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Gabriela Gonçalves 08/03/2024

Nesse livro acompanhamos a história de Okonkwo e o modo de vida na sua aldeia. O autor nos apresenta as tradições, costumes e a organização política e social dessa sociedade com uma narrativa calma, sem pressa e de maneira realista. Chinua não tenta transformar essa sociedade em um paraíso, ela tem suas complexidades e opressões. É um grande exercício ler sobre outras culturas sem querer julgar as suas tradições a partir da nossa visão de mundo. Durante a história, Okonkwo precisa lidar com alguns códigos éticos da sua aldeia e com uma força inesperada: o colonizador branco. A partir daí é só pra trás. O contato entre culturas se torna dramático e conflituoso. Os colonizadores seduzem e desorientam os nativos. Okonkwo, de maneira simbólica, representa a tradição que foi profanada pelo homem branco e vemos seu mundo se despedaçar. Foi uma leitura bem interessante e cheia de reflexões sobre cultura, colonização, sociedade, apagamento e silenciamento. Chinua é um dos maiores escritores africanos e esse seu livro é considerado um dos romances fundadores da moderna literatura nigeriana.

"O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião [...] Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos".
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Lari 05/03/2024

Queria mais
Que experiência linda, foi uma delícia conhecer um pouco mais da cultura e das crenças nigerianas, sei que o autor possui mais livros mas sinto que queria mais dessa história, desses personagens.
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Adriana1161 05/03/2024

Visão dos colonizados
O livro trata sobre os costumes e tradições de um povo, o povo Ibo.
Avança na história e volta um pouco pra dar uma retomada.
Muitas festividades ligadas à colheita, agricultura.
Nomes difíceis!
Chegada dos missionários, evangelistas, colonizadores. "Pacificação" das tibos primitivas do Baixo Níger.
As coisas não sendo mais como antes. Falta de união, despedaçamento.
"homem branco trouxera não apenas uma religião mas também um governo. Dizia-se que os missionários tinham construído um local de julgamento"
"Talvez, no fundo do coração, Okonkwo não fosse um homem cruel. Mas toda sua vida era dominada pelo medo, o medo do fracasso e da fraqueza. Era um medo mais profundo e mais íntimo"
Personagens: Okonkwo, Ikemefuna, Nwoye, Ekwefi, Ezinma, Obierika
Local: Umuófia - Nigéria/ século XIX
@driperini
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Vi 26/02/2024

Foi difícil ler esse livro sobre uma cultura tão diferente sem tentar analisar com uma régua ocidental. ainda assim, achei lindo, emocionante e essencial no processo de respeitar a própria cultura e os seus ancestrais.
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Rimylles.Silva 25/02/2024

O mundo se despedaça
Ler livros de uma cultura diferente não é fácil porque tendemos a julgar com os olhos de nossa própria cultura. Nesse livro, vemos um fragmento do processo de colonização europeu no continente africano.
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