Resenhas - O Mundo se Despedaça

Juliana1818 09/08/2023

Viagem para a Nigéria pré colonial
Me vi dentro de Umuófia, na Ibolândia com esse livro.
Que fascinante a cultura ibo, ao mesmo triste com tanta violência contra as mulheres e todo o seu patriarcado.
Okowkwo um grande guerreiro que tem um trágico fim, me surpreendeu com toda força e determinação em ser um homem diferente do pai.
Toda a parte da religião igbo me fascinou, e com tristeza recebi a parte da colonização.
Um livro para a vida!

ToniBooks 26/07/2023

Planeta Muófia
Este "O mundo se despedaça", de Chinua Achebe, apresenta-nos ao personagem Okonkwo, um líder nigeriano da tribo Igbo convicto que, para alcançar o seu ideal de herói, emoções devem ser reprimidas e as mulheres submissas. Tudo muda com a chegada do homem branco, balançando as bases de uma sociedade guiada por rituais.

Sammy 25/07/2023

Confesso que de início eu achei o livro um pouco devagar, Chinua começa explicando um pouco da cultura da Ibo, o que torna o livro pouco interessante no início.
Apesar disso, quando a história entra de fato no enredo principal, e você começa a entender os detalhes, a história torna-se um pouco mais interessante.

Considero um livro um pouco pesado por conta das questões que são abordadas, a violência extrema, o machismo... O livro carrega consigo certa violência que, de certa forma, deixa o leitor chocado.

Aborda também um processo de colonização dos africanos, que é onde de fato "o mundo se despedaça", e uma cultura é quebrada por conta da colonização.

O final é um pouco chocante, porque acredito que é algo que ninguém que está lendo vai estar esperando. É um livro sensível e bom, apesar de parecer um pouco confuso no início.

Padfoot mood 11/07/2023

O mundo se despedaça
Tenho que admitir que no começo o livro era bastante chato, e que era difícil a leitura. Mas, conforme a leitura foi se aprofundando eu terminei rapidamente, por ser tão interessante. O título faz muito sentido depois que você termina o livro, e o fato do suicídio do Okonkwo foi hem surpreendente. Minhas personagens favoritas com ctz são a segunda esposa e sua filha (Ekwefi e Ezinma). Adorei mt, vale a pena ler.

Julio.Jose 05/07/2023

Cultura e ancestralidade nigeriana
Livro interessantíssimo que apresenta um recorte da etnia Ibo da Nigéria e toda a sua riqueza cultural.

Somos transportados para o coração dessa etnia e conhecemos os seus costumes, mitos, religião, sociedade etc

Centrado na personagem Okonkwo, o livro vai nos mostrando até de uma forma didática e descritiva essa cultura, o que apesar de ser bastante interessante, por vezes faz a leitura perder um pouco a fluidez e o fôlego.

Recomendo, mas com ressalvas de que falta algo pra essa obra, apesar de ter gostado imensamente de aprender um pouco mais sobre um pedaço da monumental África.

AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 04/07/2023

Okonkwo é um guerreiro igbo de grande prestígio entre o seu clã. Trabalhador, mas bruto e temperamental ele queria conquistar tudo que o próprio pai não quis, por isso se dedicou aí seu negócio, se casou com três mulheres e teve filhos para ensinar a ser como ele.
Porém, novos tempos trazem missionários europeus as aldeias com uma nova religião e cultura que colidem com tudo que eles viveram até então. Okonkwo não consegue aceitar todas essas mudanças e será capaz de tudo para não ver o seu mundo que construiu com tanto empenho se despedaçar.

Um dos melhores do ano, essa é uma leitura extremamente necessária para nunca esquecermos o mal que os missionários fizeram para acabar com as religiões e culturas de todos os povos para implantar o que eles achavam que era o correto de forma imposta, violenta e cruel.
Dividido em três partes, ele descreve de forma clara a história e tradições do povo igbo, de um jeito tão real que você viaja junto com o narrador pelas terras, rituais e acontecimentos, o que faz uma leitura rápida, já que você não consegue largar o livro.

Marialba 25/06/2023

Totalmente etnologico
Escrita bem diferente!
Mais da metade do livro detalha a sociedade tribal ibo (africana). Me senti lendo uma descrição etnologica! Depois é descrita a chegada do home branco com sua religião, governo e força militar... E ai o mundo despedaça

Gostei! Diferente, mas bom!

Marcia 22/06/2023

Minhas impressões sobre o livro
Uma nuvem imensa de gafanhotos se aproximando! Qual sensação nós temos? Eu ficaria horrorizada. Mas o que é ruim para uns é muito bom para outros. E assim descobri que para os da etnia Ibo, no sudeste da Nigéria, um ataque desses é uma alegria. É comida na certa! Vão pega-los, fritar e saborear.
Essa e muitas outras coisas aprendi sobre esse povo através do livro: "O mundo se despedaça do escritor nigeriano Chinua Achebe.
Essa leitura foi uma grande imersão cultural e me chocou em vários momentos.
"O mundo se despedaça " é um dos livros mais importantes da literatura africana. Foi publicado em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria. No decorrer das páginas vamos conhecendo não só a cultura, o dia a dia deles mas tambem a situação social e um pouco do processo de colonização.
O escritor tem uma narrativa incrível e nos transportamos para esse cenário, vivenciamos junto com os personagens todos os momentos.
Leitura importante

Jonas159 18/06/2023

Devoção?
Conhecer os códigos sociais e como agir em certa socialidade nem sempre sai como planejado? este livro é fenomenal em demonstrar não só as questões de visões de mundo - e a ação devastadora de imposições de cosmovisões - mas, como o que conhecemos, o ?nosso real? é frágil.
Excelente.

Rond 18/06/2023

E o mundo se despedaça de fato. Quem não se adapta, racha!
"O Mundo Se Despedaça" é um romance do autor nigeriano Chinua Achebe, considerado um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX. O livro foi originalmente publicado em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria. O romance é um trabalho fundador da literatura nigeriana moderna e foi publicado em mais de quarenta idiomas.

O livro conta a história de Okonkwo, um guerreiro da etnia Ibo estabelecida no sudeste da Nigéria. A narrativa retrata a desintegração gradual da vida tribal devido à chegada do colonizador branco. Os valores são desafiados pelos missionários britânicos que trazem consigo o cristianismo, uma nova forma de governo e a força policial. O delicado equilíbrio dos costumes do clã passa por um momento de desestabilização, pois os missionários europeus e seus seguidores, africanos convertidos, começam a correr nas aldeias de Umuofia pregando em favor de uma nova crença, organizada em torno de um único Deus.

A nova religião contradiz a crença nas forças anímicas e na sabedoria dos antepassados, em que acreditam os Ibos. Além disso, os homens brancos trazem novas instituições: a escola, a lei, a polícia. Okonkwo, o mais bravo guerreiro do clã, é um dos principais opositores dos missionários, mas ele não contava com a adesão à nova crença de muitos de seus companheiros;

Uma das características interessantes deste livro é que ele não é, de forma alguma, maniqueísta. Conseguimos ver a situação social por completo por meio de pessoas normais. Um exemplo é o próprio protagonista, Okonkwo, que é um homem de atitudes bastante controversas. Algumas até condenáveis pelos nossos padrões. Dentre os colonizadores, havia o Sr. Brown, um homem gentil que respeitava (de certa forma) o povo da tribo de Okonkwo. Ele era um evangelizador, no conceito mais brando que possa ter esse ato. Ouvia os locais e ensinava seus próprios preceitos.

Recomendo muito esta leitura que é capaz de transformar concepções equivocadas que por longo tempo permearam o imaginário sobre as nações colonizadas do continente africano.

Thirodrigues recomenda 14/06/2023

A África começou a ser nota aos poucos
Conta sobre alguns costumes Nigerianos por meio da história de Onkowoo e mais pro final sobre a invasão inglesa na região.Recomendo para quem queira entender melhor sobre a cultura nigeriana e pensar sobre o processo de colonização na África e nas Américas.

JoAo.Gilberto 13/06/2023

Excelente
É uma excelente obra! Muito em escrita, contextualizada, com ua história que é muito interessante. Eu gostei muito e recomendo a leitura.

25/05/2023

Quando os cristãos chegam no exílio de Okonkwo, outrora estimado guerreiro de seu clã, usam do ateísmo (que serve para desmistificar a própria religião cristã) para invalidar a outra fé. A negação dos deuses desconhecidos e o atrevimento que eles tiveram diante dos costumes daquele povo, que presenciou cenas em que suas divindades não agiam de acordo, encerrando, assim, esta "velha" religião para que ingressassem naquela "nova", fez-me concluir que, na conversão, no momento de transição entre uma e outra antologia de milagres, há o ateísmo. E isso é irônico para mim.

Achei interessante que seus habitantes acreditam que o homem branco, o tradutor e os demais que os acompanhavam não seriam capazes de sobreviver dentro da Floresta Maldita - lugar onde era depositado todo tipo de coisa que eles repugnavam; e, acontecendo o contrário - uma vitória sobre seus deuses -, este deve ter sido um dos fatores para as conversões que se seguiram. Existia, além disso, o repúdio contra a morte dos gêmeos, atraindo alguns que se sentiam mais beneficiados ali que lá.

Era um deus, enfim, melhor do que os deuses dos povos Ibos?

Uma coisa é certa: a nova religião, monoteísta, logrou sobressair-se da outra porque tinha mais poder coercitivo. O homem branco vinha com recursos para tal. O que mata um deus, observo, por agora, é a guerra, não o que se supõe por meio de crenças "mais cintilantes" e "menos cegas". Na verdade (e quem sabe vem acontecendo), o mesmo ato que pode ter dissolvido a fé naquele tempo, e que tragou-a para o credo no deus cristão - ato este que é a de desafiar um costume, encarando seus mitos, subjugando certas causas e efeitos sem correlação alguma -, pode ser feito contra o próprio cristianismo.

No entanto, há duas perguntas que precisam ser respondidas: o ateísmo seria, atualmente, mais abrangente em seu abraço do que o cristianismo? O ateísmo, sobretudo, tem força para se impor sobre essa religião? Ou o ateísmo vai continuar sendo um meio-tempo em que se muda de uma religião para a outra?

Saádia 21/05/2023

Um olhar diferente
O livro traz aquela sensação de sair da caixinha e navegar em um mundo completamente diferente. Achei muito interessante e educativo ler o processo de colonização por uma perspectiva diferente e sentir ainda mais a dor do despedaçar de uma cultura tão rica.

Luís 12/05/2023

É um livro bom. Acho que me decepcionei um pouco em relação às expectativas que eu tinha sobre que tipo de livro seria, mas ele é bom sendo o que é. Um defeito que eu daria é que o ritmo é um pouco estranho, mas a abordagem dele sobre o processo de colonização da África é muito muito interessante.