Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Marlo R. R. López 30/12/2009

Olhai os Lírios do Campo foi um livro que me leu.

Quero dizer que é o tipo do livro que transforma em palavras aquilo que está presente dentro do espírito do leitor, e que o leitor nunca soube muito bem descrever. É um livro de fato sensível, comovente, que possui uma trama muito bem amarrada, ao contrário do que muitos falam. Como não tenho palavras suficientes para qualificá-lo, apenas posso dizer que há tempos não lia um romance tão interessante (...)

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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Evy 07/09/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Literatura Brasileira / Mês: Agosto (Livro 3)
Este é o primeiro livro que li de Erico Verissimo. Confesso não ser muito fã de literatura nacional e por isso ainda desconheço muitos autores consagrados de nosso país. O que posso dizer é que gostei muito da narrativa de Erico e em muitos momentos até me esqueci que estava lendo umlivro nacional. De alguma forma (e talvez alguns me achem louca por pensar isso), Olhai os Lírios do Campo me lembrou do livro A insustentável Leveza do Ser, no sentido de nos fazer refletir sobre os diversos aspectos da natureza humana.

O título do livro foi o que me chamou mais atenção. É lindo e poético e bem no fim do livro fica claro a escolha do autor. "Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles". É a procura pelo que é verdadeiramente essencial na vida. A história gira em torno de Eugênio fontes, uma pessoa infeliz e marcada por experiências humilhantes de uma infância pobre. Eugênio cria um complexo de inferioridade que o acompanha por grande parte de sua vida. Uma das cenas mais marcantes do livro pra mim é quando Eugenio já na faculdade de Medicina e ao redor com alguns amigos, encontra seu pai, o pobre Ângelo:

"Eugênio viu um vulto familiar surgir a uma esquina e sentiu um desfalecimento. Reconheceria aquela figura de longe, no meio de mil... Um homem magro e encurvado, mal vestido, com um pacote no braço, o pai, o pobre Ângelo. Lá vinha ele subindo a rua. Eugênio sentiu no corpo um formigamento quente de mal-estar. Desejou - com que ardor, com que desespero! - que o velho atravessasse a rua, mudasse de rumo. Seria embaraçoso, constrangedor se Ângelo o visse, parasse e lhe dirigisse a palavra. Alcibíades e Castanho ficariam sabendo que ele era filho dum pobre alfaiate que saía pela rua a entregar pessoalmente as roupas dos fregueses... Haviam de desprezá-lo mais por isso. Eugênio já antecipava o amargor da nova humilhação. Olhou para os lados, pensando numa fuga. (...) Hesitou ainda um instante e quando quis tomar uma resolução, era tarde demais. Ângelo já os defrontava. Viu o filho, olhou dele para os outros e o seu rosto se abriu num sorriso largo de surpreendida felicidade. Afastou-se servil para a beira da calçada, tirou o chapéu. - Boa tarde, Genoca! - exclamou. O orgulho iluminava-lhe o rosto. Muito vermelho e perturbado Eugênio olhava para a frente em silêncio, como se não o tivesse visto nem ouvido. Os outros também continuavam a caminhar, sem terem dado pelo gesto do homem".

No dia de sua formatura, Eugênio conhece melhor a estudante Olívia, uma garota cheia de sensibilidade e serenidade e com quem acaba criando um laço de amizade e depois torna-se seu amante. Para Eugenio, estar com Olívia era uma espécie de porto-seguro para onde ele ia quando sentia-se estressado e estava em sofrimento. Mesmo assim, acaba casando-se com uma mulher rica e da alta sociedade, pois odeia a pobreza. Casou-se sabendo de seu erro, mas leva o casamento em frente por três anos. Neste período Eugênio deixa de ser médico e trabalha na firma do pai de sua esposa. A ambientação do romance é de uma época onde o capitalismo devasta a vida das personagens. A busca pela riqueza, status e prazer é a moda da época e ninguém se importa mais com os sentimentos.

Aos poucos e após um reencontro com Olívia onde ele descobre que tem uma filha, Eugênio começa a enxergar que fez a escolha errada e começa a dar alguns passos em direção a uma nova vida. No convívio puro e feliz com Anamaria, sua filha e Olívia, Eugênio descobre finalmente que dinheiro não traz felicidade, mas ainda assim não é capaz de dar o passo que o faria separar-se de sua confortável situação na casa do pai de sua esposa. Apenas um trágico acontecimento acaba por fazer Eugênio acordar de verdade e a partir de então, sua vida volta-se para a feitura do bem e a busca pela paz e o desenvolvimento pessoal.

A narrativa se divide, portanto, em duas partes, sendo a primeira contando a infância de Eugênio até seu casamento por dinheiro com Eunice e a segunda contando a parte em que Eugênio descobre o verdadeiro sentido de sua vida e inicia uma nova vida. Em ambas as partes, vários personagens e suas misérias pessoais também nos são apresentadas e isso também torna o romance interessante.

"A vida começa todos os dias"

Gostei de conhecer Erico Veríssimo e sua narrativa desenvolta e rica. Anotei diversas citações lindas e as relações sociais e pessoais apresentadas foram muito bem desenvolvidas. Destaco o namoro de Dora, moça rica e da alta sociedade e Simão, um pobre judeu discriminado por sua raça.

Com certeza, é uma leitura recomendada!
Léia Viana 08/09/2011minha estante
Eu tenho esse livro e ainda não tive coragem de lê-lo.
O título me assusta um pouco, acho imponente, forte, mas pela sua resenha deve ter sim lindas citações, bem reflexivas.


Samille15 10/10/2012minha estante
Adorei a resenha! Mas Eugênio não conhece Olívia no dia da formatura... ela era estudante de medicina também.

=)


Ju 29/06/2013minha estante
Isso sim é um bom livro, ameei!!!




Vini 14/01/2022

Cenas da vida de um homem tardio.
O que te me faz sentir pleno? Completo? Essas são as questões que mais ficaram na minha cabeça após a leitura desse livro. Filho meio desprezado pelo próprio Erico Verrísimo, Olhai os lírios do campo ( obra que lançou o autor ao reconhecimento definitivo) nos conta a história de Eugênio, um rapaz de origem humilde que possui um horrível complexo de inferioridade. Na busca para sanar esse sentimento, o protagonista acaba por fazer escolhas que não o levam a plenitude pessoal ( como ele imaginava) e, diante de um acontecimento crítico, resolve mudar a própria vida.
Este é um livro emocionante, cheio de personagens absurdamente humanos que falham em suas escolhas e atitudes tanto em relação a si mesmos quanto em relação ao mundo a sua volta. Uma história que nos faz pensar se realmente estamos dando valor ao que realmente importa na nossa vida e sobre o que significa ser uma pessoa em paz consigo mesma.
Apesar de ser, como exposto pelo próprio autor, exageradamente sentimental, a narrativa nos prende enquanto vemos o desenrolar e as consequências das atitudes do protagonista.
Minha primeira experiência lendo o autor e, com certeza, lerei outros livros dele. Esse romance é uma ótima porta de entrada, que vem levando leitores a reflexão desde 1938.
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jheuler 21/08/2020

Um livro para ler em um dia chuvoso
Este é o livro favorito da minha mãe, e como ela já leu muito fiquei curiosos para saber o que ela considerava ser seu livro favorito. ela disse-me que leu esse livro da biblioteca da faculdade que chorou rios lendo e livro e que depois comprou a sua edição.
E esse livro fala sobre os valores e a importância sobre as coisas que estão em nossa vida. Fala sobre os valores, como os ensinamentos que você recebe, ou ignora, da sua família marcam a sua vida.
Fala como muitas vezes seguimos como loucos em busca de algo, mas quando conquistamos não era tudo aquilo que imaginávamos e as vezes passamos por situações que não precisaríamos passar.
Passando-se em uma viagem de carro, em questão de duas horas e vai contando a vida de um homem, médico que já tem os seus quarenta anos e que recebe uma ligação dizendo que a sua melhor amiga está internada, a beira da morte e que gostaria de vê-lo antes de partir.
E nessa viagem o protagonista reflete sobre a sua vida, suas escolhas, o que hoje ele tem na vida e o que ele perdeu, porque afinal, nunca temos tudo, algumas coisas simplesmente passam e depois pode ser que o arrependimento venha e provavelmente teremos que encara-lo.
Não sei dizer a você se este é um livro de leitura rápida ou não, em alguns momentos eu li muito rapidamente, em outros fui com mais calmo para desbravar todos os lados desse livro. É choroso e você vai terminar no mínimo reflexivo.
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Vanessa 02/09/2009

As vezes eu encaro ele como uma fábula. Para adultos, que devem aprender que o dinheiro e a fama não são nada quando comparados com as coisas simples, as que realmente importam. Mas com direito a lição de moral antes do final.
Direiro de voltar atrás? Quem sabe.
Pedro 06/06/2011minha estante
faltaram duas crases, mas bom o comentario


[Ramon] 18/08/2014minha estante
Legal, bem resumido! (Linguisticamente o comment dela ainda faz sentido mesmo sem crase!)


Peônia 27/09/2014minha estante
Disse tudo R'Amon~An~Gelo!!!


Naninha 12/11/2015minha estante
Não faltam duas crases, Pedro. No primeiro caso, sim, por ser uma locução adverbial de tempo, mas não há outro caso na frase que peça o acento. As duas vezes em que aparece "as", a palavra vem como artigo. No primeiro caso "com as coisas" e, no segundo, "as que realmente importam" sugerindo as "coisas" que realmente importam, portanto, sem crase. E como disse R'Amon~An~Gelo, o comentário faz sentido, mesmo sem a crase.




Francisco.Tambani 15/10/2022

?Imagine um homem que tem um complexo de inferioridade e consegue fazer-se ditador... Veja do que é capaz um delegado de polícia do interior quando não tem os parafusos bem apertados... Pense nos outros homens que exercem postos de comando. Se fossem absolutamente sãos não fariam guerras, não cometeriam crueldades...?
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Amanda 23/12/2020

Livro muito profundo. Percebi que conheci vários tipos de ?Eugênios? durante a vida, que já fui muitas vezes também. Me encantei pela Olivia! Que personagem maravilhosa, nem um pouco materialista, dando importância as coisas que são verdadeiramente essenciais na vida. As partes políticas do livro são ótimas, adorei a véia crítica do autor.
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Giu. 17/09/2022

A vida começa todos os dias.
Esse é um daqueles livros que você se sente parte da história, ele te prende tanto que você esquece por alguns minutos sobre sua volta e vive naquele universo por um breve tempo.

Primeiro contato com Érico Veríssimo e já adicionei aos favoritos. A escrita dele é cheia se emoção e lirismo.

Trás reflexões sobre egoísmo e solidariedade muito bem construídas, te faz refletir sobre a sociedade e faz você questionar se está vivendo de verdade.
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Andre Luna 16/07/2022

Nada mudou no país das bananas
Passa-se na década de 30, mas a sociedade preconceituosa e fascista retratada no livro daria perfeitamente para ser os Bolsonaristas 2022.
Gostei das reflexões que o livro traz e achei o personagem uma boa pessoa, apesar de ter gente que o condena.
Obs: só se for naquela época que o médico fosse uma profissão que ganhava tão pouco e não tinha status na sociedade, viu.. pq atualmente é uma das profissões mais privilegiadas existentes?
Vitor.Hugo 16/07/2022minha estante
Bom livro, gostei muito de ter lido tambem




Bruno Marcolino 08/04/2021

Olhai os Lírios do Campo
Aguentar o Eugênio na primeira parte do livro foi difícil, mas a segunda parte lavou a alma e deu pra entender a existência dessa divisão. O livro é o sobre o amadurecimento de Eugênio de um homem para um humano. Gostei muito que o livro é bem vasto nos temas em que se propõe a discutir: fé, miséria/riqueza, sucesso, felicidade, morte/vida, socialização da saúde, humanidade, entre outros. Foi uma ótima leitura, recomendo.
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Flavia.Raphaela 05/08/2020

Meus sentimentos
Em virtude do sobrenome do autor comecei a leitura com um certo preconceito.
Mas foi uma história que me surpreendeu de tão bela. Não foi uma leitura que me envolvi sentimentalmente com os personagens, mas posso dizer sem sombra de dúvidas que é uma das histórias mais belas que já li na minha vida.
É o típico livro da lista: livros que você precisa ler antes de morrer.
Alê | @alexandrejjr 08/08/2020minha estante
Flavia, fiquei curioso: o que tem o sobrenome Verissimo?


Flavia.Raphaela 12/11/2021minha estante
Luis Fernando Veríssimo, filho dele, também escritor! Eu conheci os livros do filho e não gostei. Quando me indicaram este livro, pensei que fosse mais uma crônica.




Carlos Nunes 24/04/2022

Que nunca deixemos de observar os lírios do campo
Concluída mais uma grande obra do Erico Veríssimo, curiosamente um de seus "filhos" menos amado pelo próprio, mas um dos favoritos pelo público leitor.
Embora nitidamente inferior a outros livros do autor, mesmo assim já traz muito do que Erico traria em suas obras posteriores, personagens marcantes, fortes, atormentados pelos dilemas da vida e imersos nos acontecimentos sociais e históricos.
Um livro sensível, com muita coisa para refletirmos: ética, família, preconceito de raça e classe, ganância, aborto, religião, extremismo político e muitos outros assuntos sempre atuais.
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Rodrigo 31/07/2021

Extremamente reflexivo
Impossível ler esse livro e não pensar em atitudes tomadas e cenas vistas. Como o autor sabe contar uma história.
Já estou empolgado para ler mais obras do Veríssimo mais famoso.
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