Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Christian.Tharlen 28/04/2023

Tão Necessário Para Esses Dias Nublados!
Que livro meus senhores, que livro!
Tenho a plena certeza que esse livro era tudo que precisava ler nesse momento da minha vida, impossível não se apegar a história e aos personagens.
Como odiar o Eugênio? Se na verdade tudo que se ver nele é apenas um espelho pra nós mesmos.
Eugênio é a representação da nossa vontade de vencer, do nosso egoísmo e descontentamento. Eu em muitos momentos tive compaixão por esse sujeito,senti suas angústias e suas perdas.
Olívia tá além do que podemos ser completamente e isso é realmente triste de se pensar é concluir .
Primeiro livro do autor que leio e já quero ler cada vez mais obras do autor que já se tornou um dos meus preferidos e que já me proporcionou sem dúvidas um dos melhores livros do ano e da vida.
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Peregrina 22/03/2020

Não andeis ansiosos... (Mt 6:25-34)
Olhai os lírios do campo, publicado em 1938 por Érico Veríssimo, é um dos motivos pelos quais a nossa literatura é tão rica e deve ser apreciada. Não é um livro fácil: por vezes, incomoda. Incomoda porque se vale de um dos discursos mais famosos de Cristo para nos fazer acordar e enxergar, como o próprio Eugênio o fez em determinado momento da história, as nossas mesquinharias, ambições fúteis e tolas e como vivemos boa parte das nossas vidas olhando para nós mesmos, centrados nos nossos próprios desejos. A alfinetada é sutil, contudo, está lá e se você estiver bem atento, notará que não é apenas o protagonista desta trama que é egocêntrico e materialista.

Dito isso, passemos ao enredo. Olhai os lírios do campo é dividido em duas partes. A primeira narra a história da vida passada de Eugênio, o protagonista, intercalando com momentos do presente. A cada capítulo acompanhamos situações que moldaram o personagem e o transformaram em um ser inumano, enfadonho, murmurador e insatisfeito com a vida. Ele permanece assim até o momento em que conhece Olívia. Na verdade, ele continua sendo essa pessoa detestável e pela qual não nutrimos qualquer afeição, mesmo depois de conhecer a personagem feminina central desta história e nós observamos o seu processo de mudança e amadurecimento a partir de então.

Olívia é uma moça singular. Sendo a única aluna mulher do curso de medicina que também tem por aluno o próprio Eugênio, ela tem uma filosofia de vida totalmente oposta da filosofia do protagonista e de toda uma geração. Olívia não tem ambições, apenas um desejo ferrenho de fazer o bem, amenizar sofrimentos, ouvir e consolar. Ela crê em Deus, ao contrário do amigo, e crê fervorosamente na efemeridade da vida e no nosso dever de praticar boas ações, pensar no coletivo em detrimento de nós mesmos, amar, ajudar, servir. Nunca chegamos a conhecer a fundo o seu passado, entretanto sabemos que nem sempre ela foi assim. Não obstante, aprendemos (ou lembramos) com Olívia que cada dia é uma nova oportunidade para recomeçar e, enquanto estamos vivos, as chances se renovam a cada manhã.

Mesmo tendo contato com as ideias de Olívia, a princípio, Eugênio permanece estável em suas convicções e no seu materialismo exacerbado, vendo em Olívia apenas uma boa amiga que o satisfazia e ouvia seus melodramas. Todavia, a partir da segunda metade do livro, após alguns acontecimentos marcantes que constituem um divisor de águas em sua vida e na história, Eugênio começa a visualizar tudo ao seu redor sob uma perspectiva bem distinta da que estava costumado, isto é, pelo mesmo olhar da amiga e é só então que todos os seus conceitos e tudo aquilo que ele tinha como verdade e constante caem por terra.

Pois bem. A experiência de leitura da segunda parte foi bem melhor do que a primeira, mas esta foi essencial para compreendermos o estado deplorável de espírito e a podridão de caráter de Eugênio a fim de que a mudança pela qual ele passou se tornasse tão significativa e memorável tanto para o protagonista quanto para nós leitores. Veríssimo capturou bem os anseios de uma juventude vazia de sentido e de significado dos anos 1930 que, infelizmente, permanece da mesma forma quase 80 anos depois da publicação do livro, senão pior. É por isso que esta história é tão relevante até hoje. É bela e poética, sem deixar de ser verdadeira, desnudando o melhor e o pior do ser humano.

Naquela época, a urbanização prometia maior integração entre as pessoas, o famoso "progresso". Hoje, a globalização é quem faz às vezes. E qual foi e qual tem sido o resultado? Pessoas cujas almas estão cada vez mais inquietas, enclausuradas em seus apartamentos e salas comerciais, alheias ao que acontece do lado de fora do grande Megatério erguido por Felipe, amigo de Eugênio. Hoje, não é muito diferente, substitua os apartamentos e salas pelas redes sociais e o Megatério pela internet e encontraremos pessoas tão absortas da realidade quanto na década de 1930 e nas que sucederam. Existem para serem vistas e apreciadas, incapazes de compreender o outro e de, genuinamente, viver. Pois, em meio ao afã por melhores condições financeiras, por deixar sua marca do mundo, não é apenas Eugênio olvida a existência do próximo, que abandona quase que inconscientemente a sua humanidade, mas milhares de outros Eugênios, Filipes, Eunices, Castanhos que, hoje, passam a vida sem vislumbrar aquilo que o protagonista de Olhai os lírios do campo custou a aprender e que Olívia lutou tanto para ensinar: a vida é um sopro, o que importa não é o que a gente é, mas aquilo que nós fazemos para os outros.

Enfim, eu poderia falar sobre este livro por horas, mas preciso fazer o almoço agora, então finalizo esta resenha recomendando muito que você, que teve a paciência de me ler até aqui, leia esta obra-prima da nossa literatura. É rica, é bela e é salvacionista sim, como apontou o autor criticando a si mesmo anos depois da publicação do livro. Mas não é em busca de salvação que andamos todos errantes nesta vida miserável? Salvação do mal, salvação de nós mesmos.
Fernanda 24/03/2020minha estante
Uau! Sua resenha já me deixou encantada pelo livro. Preciso ler!


Peregrina 24/03/2020minha estante
Eu gostei muito, Fernanda. Ele tem um tom meio "salvacionista", meio "o futuro será melhor se todos pensarem no coletivo", meio "lição de moral" às vezes que incomoda algumas pessoas, mas eu gostei. Me emocionei durante a leitura e aqueceu meu coração.


Fernanda 24/03/2020minha estante
Entendi. Bem, passagens assim não costumam me irritar se não forem propaganda de governo; o que não acho que seja o caso nesse livro. Então vou ler. :)




Jardim de histórias 26/08/2022

Colossal
Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos tiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os Lírios do campo e os pássaros no céu.

Como seria a aflição de viver em uma prisão sem muros, seria o mesmo de estar sobre um céu sem as estrelas? A angústia da culpa atormentado pela covardia, traz o sentimentalismo necessário? Até quando, vale a pena, sacrificar tudo o que é tangível, em busca de um ideal ilusório? Ainda assim, é possível libertamos nossa alma desses grilhões sociais, reescrevendo nossa trajetória em nome de um amor? Uma leitura apaixonante, fluída, que nos convida a uma reflexão sobre escolhas, superação, fragilidades, prioridades. Impossível não se permitir a traçar um paralelo ao olhar para si. Clássicos como esse, contam mais do que simples histórias. Olivia, o que fizeste a Eugênio, ecoou em mim.
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Vivi.Montarde 18/12/2022

Que livro maravilhoso de se ler. E muito bem escrito. É um livro que tem um aspecto existencial, filosófico e espiritual muito forte. Te faz pensar em muitas questões da vida.

O protagonista, Eugênio, passa por uma regeneração moral após um determinado acontecimento e passa a refletir sobre o papel dele no mundo. Mas não é uma mudança brusca, ele vai buscando se corrigir aos poucos. O livro tem um tom pacifista e traz um alento, uma esperança de dias melhores.

Como espírita, em muitas passagens me lembrei da história de Paulo de Tarso no livro Paulo e Estevão. Todos temos capacidade de buscar nossa transformação para melhor, falta muitas vezes a força de vontade e a coragem, como Eugênio.
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Morgan 15/10/2023

Para mim a escrita do Verissimo é bem fluida, mas nesse livro o personagem principal é muito complexo, no começo do livro eu odiava ele, é muito sem noção, mas ao longo do tempo ele foi mudando.
É meu primeiro livro do Verissimo, o livro em si tem muito sobre o cotidiano, faz muitas vezes duras criticas de como vivemos e como podemos viver, a dura realidade de um ser humano que uma decisão pode mudar tudo.
Olivia e Ana Maria, são sem dúvidas as melhores personagens, mas é isso, o livro fala dos acertos e erros do ser humano e como um evento pode mudar toda uma trajetória de uma vida.
Vale a pena ler e se surpreender em várias partes.
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Niara 22/04/2023

.A partir um romance e de uma história de redenção, Veríssimo consegue, apesar da censura da época, retratar as mazelas do povo brasileiro e as questões políticas nacionais e internacionais.
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kleyson 03/06/2020

Olhai as estrelas do céu
"O que havia por enquanto era a deplorável covardia de uma pobre carne sem vontade, que amava o conforto e se negava a desprender-se das coisas que lhe proporcionavam gozo, bem estar."
"Ele ia para casa, onde a mãe decerto o esperava aflita. Ficaria no quarto a fumar e a pensar. Era só e infeliz. E essa permanente sensação de infelicidade, desconforto e Insatisfação torturava-lhe a vida sombria e triste. Havia uma parte do seu ser - a maior, a mais forte e palpável - que se julgava vítima de uma grande injustiça e que desejava ansiadamente subir, melhorar de condição social, fosse como fosse. A outra parte do seu eu - tão imprecisa e débil que em certos momentos desaparecia, como se nunca houvesse existido exercia sobre a primeira uma crítica que não era destituída de malícia, inclinava-se a aceitar a realidade com coragem e até com humor."
Eugênio trava uma grande luta interior onde na verdade, durante muito tempo na tentativa de sair de dentro da roda que gira ao redor dele gritando "calça furada!", seu orgulho fala mais alto que o que ele ama. Muita sensibilidade, reflexão e discussões necessárias. Sair da roda é suficiente para a felicidade, a todo custo? Você deseja que não o rodêem ou apenas deseja entrar na roda e girar? Nosso Genoca quis "ganhar a vida" enquanto ela estava a oferecer-se toda numa gratuidade maravilhosa... Ainda bem que ele acordou! Extremamente atual e infelizmente, temas que a obra aborda como facismo, racismo e desigualdade social também são. Amei, leitura obrigatória!
"- Diga-me uma coisa. Você vai mesmo salvar a Humanidade?
- É curioso como eu penso agora nestas coisas. Antigamente só pensava em mim próprio. Vivia como cego. Foi Olívia quem me fez enxergar claro. Ela fez-me ver que a felicidade não era o sucesso, o conforto. Uma simples frase deixou-me a pensar: «Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles.»"
Olhemos os lírios do campo e as estrelas, sempre há esperaça na vida.
@Marverosa 03/06/2020minha estante
Vou ter que ler . Segunda vez que ouço falar rede ouvir na mesma semana! ?


kleyson 03/06/2020minha estante
Vale muito a pena, aproveita pra ler nesse momento que tem muito a ver com o que tá acontecendo no mundo agora! ?




Cinthia 05/02/2023

?A vida começa todos os dias.?
Não sei nem por onde começar para falar sobre esse livro. Foram muitas emoções sentidas, muitas reflexões. Fala sobre como somos sucetíveis á mudanças e ao amadurecimento e que nunca é tarde demais. Foi escrito em 1938 e possui críticas que ainda são atuais. Eugênio se arrepende de muitas coisas e abre os olhos para a vida. Confesso que passei um pouco de raiva lendo, com a mesquinhez de Genoca e a parte que se recusa a ajudar Dora. Olívia foi uma personagem maravilhosa que me marcou muito, com falas precisas e extremamente importantes que eu queria deixar aqui nessa resenha.


?De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles??

?E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.?

?Só a vida ensina a viver, Genoca. É preciso a gente ver primeiro tudo que a vida tem de mau e de sórdido para depois podermos descobrir o que ela tem de belo e de profundamente bom.?
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Renata 11/03/2022

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

Olhai os lírios do campo é o livro favorito do público de Erico Verissimo. Embora a obra mais famosa seja O tempo e o vento, parece que a empatia que o leitores têm com os lírios é de longa data!

É de fato um livro que fala muito com o leitor, pois desperta muitos sentimentos. Composta de duas partes, a narrativa conta a vida de Eugênio, um médico dividido entre dois mundos, um permeado pela ambição, o outro preso ao passado.

A primeira parte apresenta o Eugênio que vive pelo status, num casamento infeliz, de aparência, numa profissão que não o realiza, e sofre por um passado que lhe traz vergonha e ao mesmo tempo remorso. No entanto, nesse passado encontra-se Olívia, a única mulher que amou.

A obra começa com a notícia de que Olívia estava hospitalizada, muito mal, e pede para avisar Eugênio, pois sabe que vai morrer. Ao ir, portanto, ao encontro de Olívia, Eugênio vai recordando sua vida desde a infância simples até a juventude, já estudante de medicina, quando conhece a colega, por quem se apaixona.

A segunda parte relata um Eugênio que consegue romper com a culpa do passado e a mediocridade de sua vida infeliz e artificial, para resgatar o valor da sua profissão, que pode fazer o bem, de forma altruísta, trazendo sentido ao seu viver, um caminho pelo qual poderia ter trilhado com Olívia, se tivesse feito as escolas certas no tempo certo.

Muitas vezes nos deparamos criticando Eugênio em suas decisões e outras nos percebemos com dó de um homem perdido e frustrado. À medida que a trama avança, conseguimos vibrar com a reviravolta da vida do protagonista.

A maneira como o autor leva o enredo até metade do livro é genial, sai do tempo cronológico linear, alternando passado e presente, trazendo um suspense ao leitor sobre a corrida contra o tempo que Eugênio faz para salvar seu amor. Só que ao meu ver, de repente, a trama perde o fôlego?

Infelizmente nos últimos capítulos a leitura se arrasta e em alguns trechos chega a ser monótona, pois a reflexão que a segunda parte proporciona poderia ter perpassado toda história, de modo a distribuir alguns diálogos dele com o amigo, que é uma riqueza do romance.

A sensação que eu tinha era que algo estava reservado para o desfecho, porém não é o que acontece. De qualquer forma, eu saliento que nem por isso é uma obra desprezível, muito pelo contrário! Vale a pena a leitura!

Recomendo!

Renata Saraiva @falo.leio.escrevo
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Matheus 05/06/2020

Excelente, mas termina antes de acabar.
O livro vale a pena ser lido, não só pela belíssima narrativa, mas sobretudo pelo lugar que ocupa na estante da literatura nacional.

A leitura é simples, tal como a história, tal como a lição. Simplicidade são os lírios que nada buscam.

Com belas passagens e memoráveis trechos e frases, tais como "a bondade não deve ser uma atitude passiva" e "sono é pão".

O personagem principal, Eugênio, é carismático e coerente, até nas mudanças; apesar de seu arco ser um tanto previsível. Ainda assim o livro guarda surpresas.

Duas coisas me chamaram a atenção positivamente:

1. O modo como ele trata o momento pré-guerra (e pré-holocausto, portanto) no Brasil. A publicação do livro data de 1938 e mesmo assim Erico consegue fazer um retrato de como certas classes, mesmo longe da Europa, viam os movimentos nazi-facistas e a repulsa aos judeus. Erico aferiu a temperatura do substrato do holocausto e, por isso, das suas razões mais capilarizadas.

2. O modo como é posta a primeira parte do romance, em especial os aspectos da infância e juventude de Eugênio que ele escolheu narrar. A intercalação do presente com o passado e a construção gradativa de um personagem que vemos agora e antes, é muito bem feita. O autor também consegue dar um panorama de como se realizavam os controles do corpo, sexuais e comportamentais, de como agiam dispositivos de poder (médicos, sobretudo) nos corpos dos jovens.

No entanto, na segunda metade do livro, a narrativa perde um pouco de sua força, com capítulos prescindíveis e uma pregação cristã fora de lugar, quase desnecessária. Apesar da referência bíblica do título, o texto poderia ter escolhido posições outras para firmar suas lições.

É por esse motivo que, do alto da minha ignorância, acho que o livro poderia ter terminado antes; antes de desacelerar e sem pregações deístas.

Mesmo assim, o livro vale a pena ser lido. A história de Eugênio e o retrato da sociedade gaúcha da década de 1930 vale a pena ser conhecido.
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alittlejonas 05/06/2023

Eugênio e a busca pelo conforto (material x espiritual)
Olhai os lírios do campo é um livro que te demanda muito suspiro. Ele te faz entrar na mente de um jovem de baixa classe socioeconômica que vê como saída ser doutor pra vencer o destino da sua família, isto é, a miséria e a exclusão social. Porém, o percurso de sua saída também corroborou para não se enxergar mais pertencente e até mesmo ter vergonha de sua própria história. É triste acompanhar a transformação de pensamento de Eugênio, pois ele parte de um menino que queria ajudar a todos para um rapaz egoísta que deixa de lado os pais, esses que sempre o deram apoio e o dinheiro que não tinham para o sustentar. A partir desse ponto a morte começa perseguir Eugênio e os questionamentos aparecem em sua mente. As escolhas de sua vida, muitas vazias de real significado, vão determinar suas feridas mas só sofrendo que um dia ele vai conseguir começar a entender a vida e a dar valor não somente as pequenas coisas mas também as companhias que o faz bem. O mais surpreendente é que da mesma forma que é triste a primeira transformação é entusiasmante assistir a sua redenção e mesmo que reencontros de extrema importância para a conclusão do livro não tenham acontecido, é de extremo prazer que esse acaba, deixando um sentimento de renovação no ar. Talvez até tenha sido proposital o não reencontro, já que não podemos, nós, sermos detentores do controle do destino. Uma super recomendação foi lançada, espero que gostem.
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Jymaria 22/03/2023

Lindo! Maravilhoso! Eugênio é um personagem muito bem desenvolvido e crescemos junto com ele ao decorrer os capítulos.
Olívia, para mim ela é uma das melhores poetisas.
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Giovanna.Pereti 15/04/2022

Tragicamente belo
O livro já se inicia com algumas páginas de Fernando Veríssimo falando que não entendia o motivo do sucesso da obra em questão (kkk), e ao longo do livro se faz perceptível essa sinceridade do autor. É um livro trágico desde o princípio até o fim, como se ele tentasse estimular em nós um otimismo somente encontrado em Olivia?

Meu conselho para quem quer ler: não o ?devore?, se veja nos personagens ? seja sincero consigo mesmo como o próprio autor foi. Tenho certeza que encontrará um pouco de cada personagem na sua própria personalidade. Somente assim terá capacidade de transformar-se e também de perceber o quão tragicamente bela é a vida em alguns momentos.
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Lobinha Sincera 06/03/2020

Novo favorito
Esta história mexeu comigo de uma forma indescritível
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Amandinha 01/05/2020

É incrível ler a literatura de Erico... Já li Clarissa, e me apaixonei, mas esse livro ganhou meu coração.
Eugênio, médico formado com muito esforço, casa-se por interesse e vive uma vida rica mas triste. Porém, todo o enredo que está ao seu redor, traz mais que reflexões sobre a sociedade e a vida, traz um tapa na cara de cada pessoa que lê.
“O mundo está cheio de criaturas perversas, audaciosas e egoístas que não escolhem meios para conseguirem a satisfação de seus desejos. Muito bem. Que é que a senhora com a sua filosofia de amor, tolerância e boa vontade propõe fazer para libertar o mundo da influência dos políticos sem escrúpulos, dos traficantes gananciosos, de todos os males que o afligem? Os patifes usam da violência. Que fazeis vós, os pacifistas? Cruzais os braços e ficais na contemplação de Deus?”. Essa passagem é dolorosa, mas uma ótima reflexão de Erico Verissimo, tendo contraste com nossos dias atuais. Na verdade, “Olhai os lírios do campo” traz grandes e profundas reflexões sobre a sociedade e vida, com preceitos e escolhas que perpassam décadas...
E como o autor mesmo dizia, ou melhor, Olívia, sua personagem:” A vida começa todos os dias” mas ações cometidas nunca são desfeitas, assim como, escolhas podem fazer com que o tempo passe e haja arrependimentos.
Mas o melhor é que nesse excelente livro há a confirmação de que a gentileza pode melhorar o mundo pois "Se os homens cultivasse a gentileza seria possível atenuar um pouco tudo quanto a vida tinha de áspero e brutal."
Além desse livro haver tudo isso, irei colocar outros quotes marcantes:
“Há desistir de compreender a vida. O melhor é não pensar muito e não fazer perguntas. Pra que? Quando a gente tem uma ferida, faz o possível pra não meter o dedo nela. Você parece que é desses que gostam de escarafunchar nas próprias feridas.”
“A vida já é uma cadeia. Mas nós podemos falar, discutir, contar essas misérias ao maior número possível de amigos e conhecidos. Um dia é possível que algum sujeito importante leve a coisa a sério.”
“Pensemos apenas nisto: não fomos consultados para vir para este mundo e não seremos consultados quando tivermos de partir. Isto dá bem a medida da nossa importância material na terra, mas deve ser um elemento de consolo e não de desespero.”
“Só a vida ensina a viver. [...] É preciso a gente ver primeiro tudo que a vida tem de mau e de sórdido para depois podermos descobrir o que ela tem de belo e de bom, de profundamente bom.”
“Seja como for.... eu acredito num futuro melhor.”
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