A Arte da Invisibilidade

A Arte da Invisibilidade Allan Pitz




Resenhas - A arte da invisibilidade


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Beatriz Gosmin 10/10/2012

Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.com.br
A Arte da Invisibilidade não é um livro para qualquer um ler: nem todo mundo pode gostar da ideia de ser invisível e aprender a controlar sua invisibilidade.

Tanto que, como diz o autor várias vezes no livro: muitos o odeiam. Não gostam do que ele escreve, acham-no um louco. Eu, porém, estou imensamente agradecida por este livro ter caído em minhas mãos.

" Amo todos os meus leitores, até os que me odeiam muito, contanto que odeiem comprando meus livros na loja. Pagam meu feijão. "

Desde sempre procuro me entender e a meus pensamentos, que considero ser diferentes da maioria das pessoas. Descobri o que sou: invisível.

A arte de ser invisível é apresentada pelo autor como uma maneira de viver em sociedade sem estar sendo controlado pela Unidade Maior. É pensar e tentar trazer velhos hábitos para o mundo atual, é não ser escravo de modismo e consumismo, e nem dos rótulos.

O autor vai jogando as palavras que vem em sua mente sem pensar duas vezes para dentro das páginas, diz tudo o que pensa sobre tudo, com se tivesse se libertando de todas aquelas informações, críticas e ideias que estavam acumuladas em sua cabeça.

Apresenta também alguns fatos da sua vida para enfatizar ou descontrair mesmo, e pelo que percebi, o livro todo foi escrito enquanto ele bebia vinho (acho que ajudou a dar coragem e ideias para escrever tudo aquilo).

As informações chegam muito rápido e você tem que se acostumar com o ritmo e o palavreado do autor, assim como acompanhar seu raciocínio sem julgar, caso contrário, o livro não vai ser legal para você e você simplesmente vai abandoná-lo achando o autor um lunático. Tem que se permitir ouví-lo.

Abordando vários temas e assuntos diferentes e sempre colocando exatamente a sua opinião sobre eles, o autor nos leva a pensar e criticar vários sistemas, alguns que já notamos e nos tornamos invisíveis a eles (de uma forma ou de outra), e outros novos que nos farão querer mudar tudo.

" Não devemos querer a morte quando vemos as coisas erradas da vida, devemos é querer a vida, para modificar as coisas erradas antes da morte! "

Como disse no início, há pessoas que não vou gostar. Não aceitarão as ideias, sentirão que estão levando broncas demais (o autor comenta sobre essas pessoas mas é melhor eu não citar aqui...).

Agora, se você se considera crítico, não concorda com a Unidade Maior que nos controla, acha o sistema um verdadeiro “pão e circo”, leia este livro. Vai ajudar você a entender essa sua “visão diferente” e você vai se divertir muito.
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Gabi 28/09/2012

Cabeça!
O que é a literatura? Para que serve? Qual a utilidade de um livro para nós? São bilhões de leitores no mundo, creio eu, trilhões ou mais de livros, cada leitor e cada livro com a sua particularidade, sua história. Nem sempre há uma boa relação livro/leitor, nem sempre há afinidade. Mas há livros que transformam, que iluminam, e acredito que, com raras exceções, são transformações extremamente positivas.

Este é o propósito desse livro e seu autor, a transformação do leitor pela reflexão, pelo pensar. É uma tarefa e tanto, grandiosa eu diria. Mas que tipo de transformação seria essa? Há pessoas que mudam completamente após a descoberta de um tipo de conhecimento, e outras que apenas usam parte desse conhecimento para tentar interagir melhor no mundo. Talvez conte muito que tipo de pessoa e que tipo de conhecimento. De qualquer forma o autor considera vencedores esses leitores. Somos vencedores por estarmos com um livro nas mãos. Mas pode ser qualquer livro? Ou é somente por ser esse? Ou outro livro desse mesmo assunto? Somos vencedores porque lemos esse tipo de literatura ou simplesmente porque lemos qualquer tipo de literatura?

Há um certo preconceito pelo tipo de literatura que é mundialmente consumido, a chamada cultura do “Blockbuster”, do “Best-seller”, quase tudo que é muito vendido ou muito comprado é de qualidade supostamente inferior, parece que um livro quando é bom vende pouco, pois são poucos os intelectuais que existem para comprá-lo e lê-lo, se vende muito já virou literatura das massas, sendo que cada tipo de livro ou literatura se ramifica em diversos tipos de assuntos, sejam eles complexos ou não. Acho que podemos tirar proveito de quase tudo. Como até sugere nosso autor. Allan Pitz ou uma ninfetinha online na webcam? Por que não os dois? Também há filosofia e pensar na sacanagem, virtual ou não. E nesse caso, para alguns, quanto mais invisível melhor.

A razão principal de lermos esse tipo de literatura, e no caso fazer uma resenha, não é, me parece, ter que dizer se o livro é bom ou não, dizer ao leitor para comprá-lo ou não, mas tentar mostrar que é um tipo de literatura de questionamento, que nos faz instigar, criticar, inclusive o próprio livro. Resumindo, nos faz pensar. E o que é o pensar? Fazer análises e observações de um ponto de vista diferente do que estamos acostumados, e tirar conclusões diferentes das que tiramos. Isso tudo poderá, depois de aguçar nosso pensamento, mudar nossas atitudes, até nosso modo de viver (quem sabe), poderemos até mesmo nos tornar invisíveis. Mas esperamos que isso não aconteça com toda a humanidade, do contrário não veremos e não teremos com quem dividir nossas novas experiências e ideias. Não sei se Allan Pitz chega aonde quer chegar e se cumpre o que pretende com seu livro. Talvez seja muita pretensão, mas é importante que haja essa pretensão.

Essa resenha é de uma pessoa que tem certa visibilidade, que já tentou e ainda tenta ser invisível em alguns momentos. Um exemplo é esta resenha. Mas que tem plena consciência que a arte da invisibilidade é para poucos, os poucos iluminados e observadores que conseguem perceber o mundo como nós não percebemos. Ou aquelas pessoas estranhas, de formação média, que ficam em casa escrevendo e bebendo vinho tinto. Portanto, estamos abertos a discussões, pois, nesse assombro, eu também gostaria muito de saber quem come quem.

http://ilusoesnoturnas.blogspot.com.br/2012/09/resenha-arte-da-invisibilidade-allan.html
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Maldito 26/08/2012

A Arte da Invisibilidade
Quando iniciei essa leitura, não tinha a menor idéia do que iria encontrar pela frente. Antes inspecionei capa e contra capa, uma lida nas orelhas para conhecer um pouco mais do autor e... nada. Nada que me desse uma pista da ‘história’ contida em A Arte da Invisibilidade. Bom, a menos que tais informações estivessem invisíveis (teoricamente cumprindo o seu papel) eu precisava meter a cara nas palavras o quanto antes para descobrir o que estava tão bem guardado naquelas páginas.
Li os primeiros capítulos e parei para respirar. Não por fadiga, mas para refletir sobre as palavras do autor Allan Pitz que a todo o momento te convida a abandonar a leitura de seu próprio livro. Considerei o ‘convite’ uma espécie de psicologia reversa e , talvez por teimosia, fui até o fim.
Essa não é a única provocação de Allan, ele repete o ato a cada página, em cada parágrafo, dá tapa na cara, chute no saco, dedada no olho e soco no gogó. Literalmente ele tacou o ‘foda-se’, e concluiu aquela obra livre de pressões que todo bom escritor gostaria de ter em seu currículo, mas que nunca escreveu. Talvez por achar que não teria quem publicasse.
Pois não contavam com a astúcia da Editora Dracaena...
Se tiver alguma história em A Arte da Invisibilidade, com certeza ela não é uma ficção. Embora o autor muitas vezes queira te convencer de que seja. Mas não é.
Estou dizendo isso por que não há nada de invisível em seu conteúdo, nenhuma dúvida, mensagem codificada, linguagem embaçada e nem metáforas emboloradas. Trata-se de invisibilidade, mas o objetivo dessa leitura é te deixar com olhar mais periférico possível.

Acho que a teoria aqui não é de conspiração e sim de inspiração. Talvez seja proposital a falta de indicações na capa. Te força a começar a leitura com a mente completamente vazia, sem expectativas e nem suposições. Cheias de lacunas vazias esperando para serem preenchidas com A Arte da Invisibilidade.
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Julia G 16/08/2012

A arte da invisibilidade - Allan Pitz
"uma mente fantasiosa que gosta de mostrar que é melhor que eu. Mas é minha mente. Então, eu sou melhor do que ela, por possuí-la em mim. Mesmo que ela seja melhor do que eu, quando me possui preso em suas células mentais." (p. 25)

Há alguns meses, um colega da faculdade perguntou ao professor quais livros clássicos sobre direito e sociedade ele indicaria para ler; o professor citou dois livros, e disse que esse tipo de leitura deveria ser feita em doses homeopáticas, pois as consequências poderiam ser arriscadas, já que esse tipo de leitura quebra alguns estigmas que se tem sobre a sociedade e, para quem não está preparado, pode ser um choque.

Ler A arte da invisibilidade me deu a impressão de que Allan Pitz passou por esse processo de forma lenta e gradual, como o indicado. Além das várias referências citadas durante a obra, fica perceptível que os pensadores clássicos o ajudaram a visualizar o mundo de uma outra forma, através da "rede".

O livro, que não pode ser classificado em qualquer gênero literário que conheço, também é escrito de maneira singular, como se Pitz estivesse desestrangulando e colocando para fora quaisquer ideias que passam em sua mente, ao mesmo tempo em que tenta atingir seu objetivo máximo: nos fazer conhecer o sistema social hipócrita e lubridioso em que vivemos, que se usa de ferramentas e rótulos para manter a unidade.

"Não devemos querer a morte quando vemos as coisas erradas da vida; devemos é querer a vida, para querer modificar as coisas erradas antes da morte!" (p. 95)

Enquanto faz uso de sua linguagem rápida e ácida para nos manter interessados, Pitz também trabalha figuras de linguagens, analogias e paradoxos, que enriquecem o texto e nos proporcionam frases incríveis a serem refletidas. Elaborando sua "marra de filósofo", como ele mesmo diz, o autor não nos poupa de seus pensamentos mais inúteis que dão certa leveza e graça ao texto. Allan Pitz desmascara-se diante do leitor, critica a si mesmo e discute com sua própria consciência. Talvez seja difícil acompanhá-lo se o leitor não conseguir fantasiar junto com ele e, para uma pessoa extremamente racional, o rótulo de louco excêntríco venha bem a calhar nesta obra.

Não obstante a todas as aparências, cria, em A arte da invisibilidade, uma obra inteligente e crítica, que nos faz pensar sobre o mundo e em nossas atitudes perante ele. Não conheço as demais obras do autor, mas sei que seus romances também fogem do convencional. Esse livro, entretanto, não se trata de um romance, menos ainda de uma leitura leve. É um texto até divertido e gostoso, que pode ser mesmo indiferente dependendo de quem o lê, mas que quer fazer pensar e, para mim, funcionou.

"E vocês, leitores, também são grandes vencedores, não é à toa que estão com um livro nas mãos." (p. 61)
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Leitora Viciada 29/04/2012

A capa é uma das mais incríveis que já vi no mercado nacional. Desde a primeira vez em que a vi, chamou minha atenção ao livro como um imã.
Li a sinopse e fiquei bastante curiosa sobre a teoria do autor, sempre me interesso por teorias de conspiração de qualquer tipo. Sempre estou aberta às mais loucas filosofias.
Nunca tinha lido nenhum livro do Allan Pitz (apenas seu conto O Último Trem Para Plêiades em Time Out, Os Viajantes do Tempo), mas já imaginava um livro leve e divertido.

Como eu poderia resumir as características do livro? É uma leitura ágil, rápida e inconstante, mas que deixa o leitor com perguntas e reflexões ao terminá-lo. Você termina o livro em poucas horas, mas pensa no assunto por dias.
A narrativa é em primeira pessoa. Allan Pitz fala com você diretamente, sem a responsabilidade de agradar e sem seguir fórmula ou planejamento algum. Ele é extremamente sarcástico e sem censura. Embora reflita e viaje em pensamentos diversos, ele é direto e simples.

É um livro totalmente filosófico, pessoal, do tipo que parece ter sido escrito como um desabafo. E com esse ar descontraído e despojado, o autor analisa a sociedade atual ocidental.

O livro não possui uma história, nem personagens. Apenas o autor e você. No máximo você vai ler algumas situações inusitadas que Allan diz ter vivenciado e outras inventadas para ilustrar sua teoria.
Ele permanece o livro todo pensando em como nos deixamos levar pela corrente social, seja rotulando tudo e todos ou consumindo e aceitando o que nos mandam, seja com roupas, alimentos, música, etc... sem jamais pensarmos que o estilo de vida que vivemos nem sempre é o escolhido por nós.
Ele grita no seu ouvido que seu pensamento, seu senso crítico e sua opinião é a coisa mais importante que você possui, e não seus bens materiais ou aparência.

O livro poderia até mesmo ser catalogado como autoajuda. Ajudando o leitor a sair do seu lugar comum, convidando-o a largar coisas imprestáveis, a não julgar as pessoas pela aparência e a parar de consumir e gastar dinheiro feito um idiota perdido.
Um livro que usa humor negro, expressões simples e engraçadas e uma teoria original para fazer você jogar fora qualquer preconceito e abrir a mente para sair dessa sociedade robótica e pobre em opinião e começar a tecer as suas próprias; a perceber o que realmente é importante, fazer o que quer e gosta, e não porque está na moda ou a mídia quer que você faça.

Ou o livro pode ser consumido como uma "autodejajuda", se você for do tipo que gosta de estar sendo controlado pelo governo e pela mídia, sentindo-se satisfeito em viver no seu quadrado igual ao de todos. Para quem gosta de viver sem grandes pretensões filosóficas nem perde tempo refletindo sobre fatos importantes na sociedade, se você assiste televisão ou acessa a internet e aceita tudo que lhe é transmitido, da forma como é transmitido... então o livro talvez lhe cause apatia, indigestão ou desinteresse. Você não vai gostar do livro nem rir das piadas do autor. Você provavelmente pensará que é um livro babaca e nem vai compreender a ferramenta sarcástica escolhida pelo autor para falar de um assunto tão sério de forma tão cômica e com ares de teoria nerd.

De qualquer forma, o livro não é um guia e o autor nem possui como meta agradar ao leitor. E é com essa estratégia ousada e diferente que faz com que você não consiga parar de ler.

Logo nas primeiras páginas, Allan se torna um amigo (ou inimigo) seu, louco, porém íntimo e sincero, sem vergonha de dizer o que pensa, mesmo que te ofenda de alguma forma. Através do humor e conversa direta, sem pretensão alguma de fazer o livro parecer um livro, ele te prende até a última página. Mesmo quando te convida a largar o livro.

Quanto a algumas teorias comentadas por ele, como Illuminatis modernos e Matrix, ele não perde tempo te explicando. Afinal, ele escreveu este livro para te fazer raciocinar; então pense, pesquise, reflita, procure, debata, concorde, discorde... Se desconhece essas coisas, dê uma pausa na leitura, pesquise na internet, pegue um bom vinho e volte ao livro.
Quem sabe você não aprende a Arte da Invisibilidade? Ou jogue o livro fora. Depende de que tipo de pessoa é você: sem preconceito e liberal com seus pensamentos ou um consumista que prefere que pensem e decidam por você.

ps.: Na parte de rótulos, o autor esqueceu de um sofrido por mim desde os 10 anos de idade: "loura burra", (que entrou na moda após um música do Gabriel O Pensador que foi erroneamente interpretada por quase todos os brasileiros) mesmo estando sempre com um livro debaixo do braço e tendo ótimas notas na escola.

Trechos:
"A arte da invisibilidade é o homem pensando sem a idéia pronta de outros homens do passado e do presente, e assim evoluindo não apenas dentro dos padrões evolutivos da sociedade que ele mesmo criou."

"Os invisíveis são os condenados que ainda conseguem enxergar longe da grade ilusória, enxergam além dessa imensa matrix social programada, além do que exigem da nossa visão cansada, embaçada; além do que tentam nos anexar, a ferro em brasa, ao centro operacional do entendimento confuso."

www.leitoraviciada.com
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Carol Mancini 27/04/2012

Isto é mesmo uma resenha?
Eu fiquei muito tempo imaginando como fazer essa “resenha” e pouco me convenço, agora nas primeiras linhas, de que seja isto que eu estou fazendo. Ou pior. É isto que quero fazer a respeito deste livro? Não. Não é isto que quero fazer. Eu gostaria, mais do que de resenhar ou falar sobre esta obra, é de sentar ao lado do autor e conversar sobre esse seu “monólogo” cheio de apreciação e elucubrações a cerca do nosso mundo, ou como eu gosto de chamar “nossa quase fadada humanidade”. Mas, confesso, tem maior importância os porquês dessa vontade do que a vontade em si (ao menos para um ou outro que leia essas linhas que escrevo ao som de The Smiths).
Dos motivos, o primeiro é que concordo com muito (quase tudo, talvez menos o apreço pelo vinho seco) que Pitz descreve em sua louca viagem sobre a “energia criacional” ou sobre as teorias da conspiração, ou pior, sobre esse nosso automatismo em obter sucesso dentro de um – cruel e perverso – sistema de regras opressoras e amarras de futilidade, em vez de felicidade real. Por tanto, aviso a aqueles que ainda não notaram, que serei muito pessoal e devo me empolgar além do costumeiro nessa minha loucura em tentar fazer jus a mente do escritor e suas percepções.
Assim, é chegado o segundo e real motivo pelo qual tomo coragem, ousada e rebelde, de falar dessa obra do modo que o faço. E ele, o motivo, é a filosofia. Talvez, aquela que eu entenda como sendo a real de todas, aquela que nos faz pensar, rever, que busca soluções possíveis, caminhos, mas nunca fórmulas e receitas. Afinal, a filosofia não deveria ser isto? O pensamento não deveria ser nossa maior arma, munida de questionamento, compreensão, estudo das situações, olhares profundos a respeito de pessoas, grupos, sociedade, planeta, e tudo o mais?
De outro modo, o quanto isso é incomodo? Sair do sistema, abandonar o jogo dependendo dele, como ser independente sendo que precisamos do todo para comer, andar, ler, nos locomover, etc...? Questionar e ver o quanto tudo está errado, o quanto somos frágeis perante o sistema, ou o quanto poderíamos ser, se soubéssemos disso, fortes e muito mais felizes e realizados, tudo isso dói. Dói sentir as verdades se diluindo em mentiras, corrupção, abstinência de valores, no mar das ilusões das quais vamos navegando a deriva, acreditando piamente, que remando com fúria e obstinação chegaremos em alguma praia. E então, se deparar com todos os questionamento de “A Arte da Invisibilidade” e descobrir que não há praia alguma. E se existe alguma ilha, ela tem donos poderosos, verdadeiros canibais, que o deixarão ficar enquanto lhes for útil apenas, sendo este, só mais um trabalho escravo.
Está tudo errado. E então, tornar-se invisível, reconhecendo o que é invisível, é, talvez, nossa única esperança.

Este foi meu desabafo pessoal, e espero agora conseguir falar sobre o livro.

Com uma proposta muito interessante, e um estratagema bastante não linear e pessoal, Allan Pitz descreve uma série de pensamentos sobre o modo que enxerga a construção de nossa sociedade e as amarras que nos fazem, dia após dia, lutar por lugares e reconhecimentos que, na maioria das vezes, não são aquilo que realmente desejamos, e que, dessa forma, contraditória e opressora, nos faz de escravos.
Do macro ao micro, e vice-versa, segunda Allan, o que fazemos é nos prender em futilidades todo o tempo, o que vai desde a escolha de uma profissão, nossos sonhos, ou os relacionamentos que forjamos e mantemos por interesse, cada um com sua máscara, e assim, vamos nos perdendo entre tanta superficialidade, nos vendendo como produtos.
Um ponto também citado pelo autor é que, enquanto estamos cansados demais para atuar de modo verdadeiro às nossas escolhas e necessidades, outros, mais poderosos e donos do jogo, criam essas regras que nos amarram durante toda a existência da sociedade.
Porém, para ele, existe uma possibilidade de, se não é possível reverter o processo, ao menos, não ser enganado por ele. A arte da invisibilidade então – do modo que eu entendi, e o autor, por favor, me corrija se não compreendi o que quis dizer – consiste em fazer escolhas conscientes sobre quais regras queremos utilizar nas nossas jogadas. De uma forma, talvez, mais clara, é o momento em que você percebe o que realmente quer pra si, e passa a usar o sistema e a sociedade, apenas no que realmente lhe interessa, e sem fazer dessas metas de sucesso impostas por ela, seu real objetivo de vida. Mas atenção, usar o sistema, não é usar as pessoas.
Mas e o livro? O que são esses monólogos?
Os capítulos são uma tentativa de mudança ordenada e cartesiana dos pensamentos de Allan Pitz sobre essas questões, porém, o que há de melhor ainda, é sua forma pessoal e sincera de trabalhar com isso, revelando as situações em que se encontra enquanto escreve sua obra (como o vinho seco que ele parece tanto apreciar), revelando situações pessoas, as relações com o editor, com seus vizinhos, seus anseios, tudo isto em uma montanha russa de certezas e dúvidas.
O livro ainda inicia com uma posologia, para a apreciação do mesmo, que eu não respeitei!
“A Arte da Invisibilidade”, tem um ar bonachão e sincero, de amigo para amigo, que grita empolgado sobre suas descobertas em uma mesa de bar ou no sofá da sua casa. Passa muito longe de livros cheios de instruções e fórmulas meticulosas de gente instruída que busca, à partir daí, convencer-nos de sua ideia.
As viagens de Pitz passam por inúmeros conceitos, mas parece que o principal dele, é aquele que a todos nós, ou a grande maioria, tem acesso sem notar. A capacidade de observar, e ver o que se esconde por trás do que nos foi ensinado a ver.
E muitas vezes a frase "tornar visível o invisível" de Peter Brook, me surgia. Fora do contexto do diretor e dramaturgo, mas resumindo, se isto fosse possível, o livro de Pitz que, intitulado volume um, parece guardar em si mais dessas questões a serem divididas.
E nada que escrevi, parece realmente sustentar o livro, é ainda uma outra coisa, um outro momento, um sonho, uma troca, uma conversa, um caminho, muitas paradas, lugares vazios, incertezas, motivos...
Pitz, é um vendaval desenfreado de ideias que, ou nos arrasta, ou causa tanto estrago que nos obriga a reconstruir. É um dragão que cospe quimeras e questionamentos, e depois pisca o olho direito como se, para ele, atear diretas e chamas que iluminam nosso cinismo natural, fosse apenas parte do seu café da manhã, rotineiro de todo.
Já aprecio a escrita de Pitz de outras obras, mas aqui, ele parece, assim como suas ideias, desnudo de qualquer outra vontade que não seja de nos falar, nos abrir os olhos, desanuviar a mente de tantas informações, sabendo que a melhor forma de nutrir-se, é plantar.


Mais resenhas em carolinamancini.blogspot.com
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RUDY 24/04/2012

RESUMO SINÓPTICO:
“Área 51? Matrix? Iluminatis?

A Editora Dracaena resolveu apostar no livro ultra polêmico ‘Pop filosófico’ A Arte da Invisibilidade, do autor carioca Allan Pitz, que realmente promete mexer com imaginário Nerd popular.

O livro não só confirma (dando exemplos cabíveis) a existência de uma ‘matrix ilusória’, criada para nutrir-se de nossa sociedade privada de evolução, mas, também, apresenta formas interessantes de nos tornarmos invisíveis a esta prisão hipnótica.

Para que, por fim, a Terra possa se reunir de uma vez com os representantes intergalácticos de outros povos (interessados em nossa evolução, e prontos para o desembarque em solo terrestre). Uma viagem daquelas!Segundo o autor, a obra suscita aspectos evolutivos decadentes na filosofia humana atual, empurrando as mentes para soluções simples e libertárias. Trazendo de volta poderes adormecidos da raça humana.

Tudo isto à base muito vinho tinto e irreverência, já que Pitz se auto intitula PhD em Patavina, e grande nerd orgulhoso da boa geração Atari. Imperdível para quem curte as histórias de conspiração e segredos governamentais.”
Fala sobre como se tornar invisível em uma sociedade que pressiona por rotular e por impingir valores desconexos e imperativos.
É um relato aberto do autor, sobre seu momento de ostracismo e conflito interior, ao tempo que mostra um ‘manual’ de como fugir as regras impostas pela sociedade para brecar o crescimento evolutivo.

PARA LER A RESENHA COMPLETA E AVALIAÇÃO, VISITE OS BLOGS E COMENTE:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/04/resenha-25-arte-da-invisibilidade.html

BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/04/arte-da-invisibilidade-monologos-de-um.html

Michelle 05/03/2023minha estante
~intenso




Mila F. @delivroemlivro_ 24/04/2012

Invisibilidade é arte?!!!
A Arte da Invisibilidade, Allan Pitz, Içara- SC: Dracaena, 2011, 132 pág

A Arte da Invisibilidade – monólogos de um escritor renitente é um livro de cunho filosófico escrito pelo carioca Allan Pitz, que vem a explicar e demonstrar um pouco dessa teoria da invisibilidade, ou melhor: A Arte da Invisibilidade como o próprio título já especifica.
O livro, de principio pode ser bem estranho e um tanto quanto complexo, mas quando você pega o ritmo da leitura se surpreende, o discurso/monólogo de Pitz é meio caótico e sem papas na língua expressa e diz o que realmente quer já sabendo que receberá críticas, mas seu objetivo – ele deixa claro isso – não é escrever um livro bonitinho, mas escrever essa teoria ‘louca’ que pensou exatamente enquanto trabalhava com outro livro, tendo que parar o processo deste para suprir a necessidade de escrever sobre a arte da invisibilidade.
"[...] a Arte da Invisibilidade é uma técnica (também um dom) que, ao ser dominado por uma pessoa, essa consegue deixar de existir entre as coisas, deixa de interagir como esperam que interaja; torna-se invisível no cenário humano..." (p. 19)
Devo confessar que o livro não era o que eu esperava, e apesar de não ser meu estilo de leitura, surpreendeu-me bastante. Também tenho que ser honesta ao afirmar que no principio da leitura, quando percebi que o livro era diferente do que eu supunha, fiquei desanimada, mas após alguns capítulos eu realmente gostei. Detalhe: os capítulos são realmente bem distribuídos, não ficando nem extensos e nem curtos demais.
A escrita de Allan Pitz, esse lance de não ter papas na língua e de escrever de acordo com o que vai pensando é fascinante, apesar de às vezes fugir um pouco da linha de pensamento e fazer aquele voo espacial sobre outros assuntos, o autor sempre acaba voltando ao ponto que deseja discutir.
"Depois de cinco anos já não acho a solidão nada atraente. Mas sim, viciante. A solidão é uma necessidade, um lixo, um crack! A solidão é uma praga faminta que não gosta de abandonar o caule que a alimenta" (p.64)
Como disse a leitura, após ser encarada, torna-se fascinante, Pitz escreve de uma forma sedutora e seu pensamento acerca dessa “arte” realmente nos faz refletir sobre nossas vidas e a sociedade em que vivemos: somos realmente marionetes ou podemos cortar as cordas que nos fazem tão iguais a todo mundo: podemos voltar a pensar!
Para quem gosta de livros de cunho filosóficos, com uma linguagem bem oral (apesar de escrita) e não tem problemas em ler palavrões e excentricidades, ou seja: para quem tem uma mente aberta, acredito que deva se permitir a leitura de A Arte da Invisibilidade, pois somente vai enriquecer seus conhecimentos.

Camila Márcia
http://delivroemlivro.blogspot.com.br/
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 23/04/2012

Metáforas e nova roupagem para um tema para lá de interessante
O texto se desenrola na forma de um verdadeiro monólogo – como já avisa o subtítulo –, um desabafo do autor para com quem o lê. Não associem, porém, a palavra “monólogo” a um significado próximo de “entediante”, pois isso não seria verdadeiro. Uma característica interessante foi que o autor bolou uma série de termos metafóricos para ilustrar suas ideias. Um glossário pode ser encontrado ao fim do livro com breves explicações dos termos.

Apesar do humor presente e do tema que, por si só, já é bastante interessante, fiquei com a impressão de que o autor esbarrou um pouco na repetição de ideias, além do texto adotar notável tom pretensioso em certos momentos.

Acho válido mencionar que o último capítulo faz um apanhado geral das ideias e conceitos apresentados no livro; sintetiza toda a informação e ideias expostas, colocando um “pequeno kit para reflexão” pronto nas mãos do leitor.

Achei que esta foi uma leitura bastante válida, apesar de certamente não estar entre as minhas favoritas – ainda que o tema me seja fascinante.

LEIA ESTA RESENHA COMPLETA:
http://escrevendoloucamente.blogspot.fr/2012/04/arte-da-invisibilidade-allan-pitz.html
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Mari M. 07/04/2012

Resenha by Devorando Livros (http://livros-devorados.blogspot.com.br)
Confesso que é demasiado difícil falar desse livro com certeza clara e sã. De certo ponto, mostra verdades que (no mínimo eu) já tinha conhecimento. Mas, com certeza é divertido vê-las na caneta de outra pessoa. Principalmente quando essa outra pessoa é um homem amargurado cujo bebe e fala muitos palavrões.

É um livro engraçado e sério ao mesmo tempo, pode dar a luz há alguns que costumam refletir menos, para aqueles que refletem mais é uma diversão muito boa. Exatamente pelos motivos que listei a cima. Não que eu seja uma filósofa mirim, porque não sou, mas também não sou uma pessoa dispersa á filosofia. Enfim, é um "livro pensador" que trás clichês e novidades de maneira inusitada.

Esse livro fala de rótulos(me refiro aos sociais, não aquele plástico que envolve sua garrafa pet!), critica o capitalismo, o consumismo atual, a ignorância, e uma porrada de coisa. todas jogadas na sua cara sem dó ou piedade.Verdades do mundo atual que você pode ou não desconhecer.

Os exemplos surreais e a inconstância do livro foram fatores que me agradaram. Inconstância porque esse livro ora é sério, ora é descontraído. Ora vê-se um desabafo revoltado de um pensador, ora algo como "por quê você continua lendo isso?" e um bando de provocações da parte do autor. Chega até a ser curiosa a forma como ele faz você querer ir até o fim do livro, sempre dizendo "estou impressionado por você ter chegado aqui". Entendem ? Provavelmente não. Só lendo se entende esse livro.

É impossível eu explicar esse livro. Repito: impossível! Porque ele ataca (porque abordar parece um termo muito calmo e simples comparado ao que esse livro faz) vários assuntos que aqui poderiam parecer banais, mas não são.

Um livro de filosofia moderno, onde o todo faz sentido, mesmo que o individual não faça. Um dos fatores atrativos nele é o número de páginas. Para quem tem estado desanimado para leitura, não haveria nada melhor do que 140 páginas de filosofia descontraída!

Por mais que eu não tenha gostado muito da capa, a sinopse também é interessante e eu espero que essa resenha ajude o autor á por dinheiro no bolso influencie vocês positivamente na hora de comprá-lo. Até porque, encontra-se por volta de R$22,00 Não acho um preço caro, e isso teria me influenciado ~muito~ na hora de comprar se eu não houvesse recebido esse livro de parceria.

Enfim, recomendo á todos. É um livro diferente e único. Acho que nunca a literatura brasileira conseguirá outro livro assim.
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25/03/2012

Sabe aquele livro que, num primeiro momento, você nunca poderia se imaginar lendo, mas, depois que termina, não consegue parar de pensar no quanto ele te surpreendeu? Pois essa foi, basicamente, a minha experiência com A Arte da Invisibilidade.
De início, eu torci o nariz para ele porque, vejam bem, não gosto muito quando não conheço bem o livro que tenho em mãos. Já havia falando dele, mas nem de longe imaginava que um dia ele cairia nas minhas mãos. Nem havia prestado atenção o suficiente nele para isso!
Mas eis que ele acabou chegando para mim e, com a tentativa de me manter de cabeça aberta (assim como fiz quando recebi Mulheres Solteiras Não São de Marte, da Universo dos Livros), iniciei a leitura porque ele era bem curtinho. Só que, de início, ele não me ganhou. A linguagem era um tanto rude, não gosto muito de ler palavrões enquanto tenho um livro em mãos, não havia um enredo, uma história em si, e todo aquele questionamento, organizado de forma que se parece como uma diarreia verbal.

Continue lendo: http://bit.ly/GzpyYp
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ricardo_22 19/03/2012

Resenha para o blog OverShock
A Arte da Invisibilidade, Allan Pitz, 1ª Edição, Içara-SC: Dracaena, 2011, 132 páginas.

Autor de diversos livros, incluindo A Morte do Cozinheiro, o autor carioca Allan Pitz lançou em 2011, pela editora Dracaena, o livro A Arte da Invisibilidade, onde, de maneira rápida e filosófica, relata diversos temas com clareza e muita realidade.
Diferente do que imaginei no primeiro momento, A Arte da Invisibilidade é um livro impressionante com monólogos focados nessa teoria, e em outras, é claro. Em alguns trechos, o livro pode ser um tanto quanto complexo, mas isso muda conforme os capítulos. Allan não deixa de falar aquilo que ele realmente pensa, sem se importar com as críticas que podem ser geradas com tais palavras – ele própria revela o que espera.
No início, o livro poderia ser apenas mais uma simples leitura. Os primeiros capítulos não chamam muita a atenção. A quantidade de informações jogadas ao leitor podem não agradar – o que em alguns momentos de fato acontece -, mas isso tudo muda conforme a leitura. O livro cresce consideravelmente, ficando cada vez melhor e minha identificação com o autor cresceu na mesma proporção.
Com a leitura, sentia como se as palavras de Pitz fossem minhas. Nossas ideias são semelhantes e me identifiquei com a maneira com que ele vê o mundo e as pessoas. Seja com “revolta”, por algumas atitudes da sociedade, seja por aquilo que eu também faria, assim como o autor.
E se não bastasse todo o ar atual e filosófico, o autor consegue ainda deixar o livro cômico e isso é em diversos pontos. Ao mesmo tempo em que refletimos sobre o assunto proposto em determinado momento, rimos daquela situação vivida pelo autor, imaginando, que apesar de tudo, aquilo está presente no nosso dia-a-dia e não tem como evitar.

Mais em: http://overshock.blogspot.com.br/2012/03/resenha-74-arte-da-invisibilidade.html
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Dan 25/02/2012

Resenha: A arte da invisibilidade
Em A arte da invisibilidade Alan Pitz nos trás sua teoria de forma “ousada”, nos jogando filosofia da forma “povão” e até didática.

O livro gira em torno da apresentação da arte da invisibilidade, na qual o autor explica que podemos nos ocultar quando bem entendermos perante a rede capitalista.

Apresentando-nos também o quanto o consumismo, capitalismo global, nos mede em rótulos e pré-determina nossas vidas, nos manipulando (isso me fez lembrar bastante o filme Matrix, na qual o autor também faz menção).
Em meio a tudo isso o autor também divaga em seus próprios pensamentos quebrando um pouco a linha rígida de pensamento, tornando assim uma leitura descontraída.

Fugindo um pouco dos meus padrões de leitura lê-lo foi uma experiência até interessante. Fez-me refletir como não sou tão influenciável assim, mesmo que às vezes tendo recaídas, porém porque queremos e não porque os outros querem.
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Thiago Rapsys 21/02/2012

[Resenha] A arte da invisibilidade - Allan Pitz
Primeiramente gostaria de agradecer o autor pela oportunidade da parceria! Segundo, gostaria de parabenizar ao André Siqueira, que fez um grande trabalho com a capa do livro. Terceiro e último, parabenizar o autor pela escrita impecável (e verdadeira, sem clichês) e pelo seu jeito livre de escrever - pois sem isso, o livro não seria tão legal, sério e divertido.

Allan Pitz propõe - e põe em prática - uma linguagem liberal. Falar o que realmente ele quer falar, e não ser um escritor que de coisas "socialmente aceitas".
O livro tem palavrão? Tem. Mas também tem conteúdo, seriedade, pontos de vistas, fatos e descontração.

O objetivo central deste monólogo é avisar sobre a nossa postura "robô" perante a sociedade. Aliás, nós fazemos tudo o que é "socialmente aceita" (e novamente caio no mesmo clichê), atitudes pré-determinadas pela própria sociedade.
Um filósofo e educador chamado Mario Sérgio Cortella, fala sobre quem não tem dúvidas. A linha de pensamento do Cortella cai com uma luva no livro. Segundo ele, quem não tem dúvidas é uma pessoa intelectualmente baixa. Para esse tipo de pessoa, tudo é porque tem que ser. Não pergunta coisas como "o que é tempo?", "o que são atitudes?", "o que é pensamento?", "porque conseguimos conversar mentalmente com nós mesmos?". Perguntas de coisas básicas e cotidianas, mas necessárias para a própria evolução da espécie, e que, às vezes, passa despercebido.
A arte da invisibilidade consiste em pensar nas questões que sempre pareceram invisíveis dentro da grade social. Consiste, ainda, em estimular a busca da humanidade por evolução intelectual em sua época. Nada mais é do que o ser humano aprendendo a ver uma teia bloqueadora invisível ao seu redor, e retomando os pensamentos evolutivos normais de antes; mesmo que essa teia de informações sociais queira lhe dizer o contrário. A arte da invisibilidade visa condicionar o homem moderno ao intelectualismo de avanço real e lógico, natural, em acordo com sua época. E, ousadia das ousadias, visa trazer de volta o homem pensador, que vagaria pelas prisões hipnóticas sem se deter a nenhuma delas. Apenas isso.
A arte da invisibilidade | Página 90

O monólogo não é um guia, mas o autor te leva à uma linha de raciocínio que, somente no final, você descobre que já fez e não percebeu (pelo menos isso foi o que aconteceu comigo). Por várias vezes ele diz que você pode não ler a obra a partir de determinado ponto, afinal é uma escolha sua não gostar do jeito verdadeiro de escrever (observação: estas últimas palavras, são minhas).

O livro está no seu primeiro volume; é fino mas recheado de fatos e filosofias. Além de recomendar a leitura para quem realmente quer conhecer e aprender a nobre Arte da Invisibilidade, recomendo que continuem a leitura até o final.

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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Liachristo 19/02/2012

Resenha - A Arte da Invisibilidade - Dracaena
Resenha - Por: Lia Christo

A Arte da Invisibilidade não é uma estória, e sim um monnólogo onde o autor fala sobre a sociedade atual e sobre o comportamento das pessoas. Está repleto de partes polêmicas e de partes surreais.

Apesar de não ser o meu estilo literário preferido, o livro é bem escrito, tem boa paginação, e é bastante diferente e interessante.
O autor escreve de uma maneira crua e forte, nos fazendo pensar e analisar os nossos sentimentos e nossas ações.

Quando falei sobre partes surreais, foi em relação as partes em que o autor fala sobre a sociedade em que vivemos como se fosse algo para nos parisionar um pouco, como o filme Matrix... Meio doido não?

Confesso que demorei um pouco a ler o livro, mesmo ele sendo fininho. Como se trata de um monólogo me peguei várias vezes, tendo que reler algumas partes, para que eu pudesse entender o real sentido do que o qutor nos queria passar.

Quem nunca se pegou fazendo coisas que não gosta ou não concorda somente para poder se integrar a essa sociedade manipuladora que vive nos maltratando e nos fazendo de marionetes?

O autor nos fala sobre a arte de nos fazer invisível, para que possamos viver a nossa maneira. Livres das obrigações que nos são impostas.

É o primeiro livro que leio deste autor e devo admitir, que se não o tivesse recebido da editora parceira para ser resenhado, talvez nunca me interessasse a ler. O que seria uma pena, pois o livro nos faz refletir e reavaliar nossos conceitos de vida.

Eu recomendo para aqueles leitores que procuram novas experiências literárias. Bjus
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