Kyoto

Kyoto Yasunari Kawabata




Resenhas - Kyoto


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Nivia.Oliveira 16/03/2024

O livro traz a história de Chieko, uma menina abandonada pelos pais. Entretanto esta é secundária, porque o autor claramente quer nos contar sobre a protagonista: a cidade de Kyoto . Não é à toa que a antiga capital do Japão dá título à obra. E o autor a divide em estações (primavera, outono, verão e inverno) – ver o sumário - assim como é feito na divulgação do turismo na região: são os destaques de temporada.

Os cenários de templos clássicos e paisagens floridas são magníficos e me fez querer fazer as malas para rumar ao Japão. As notas de rodapés e o glossário de fatos/locais históricos/culturais/ personalidades no final do livro, é fundamental, “obras essenciais”, (como se diz num museu) imperdíveis.

Kawabata é nosso guia de turismo enquanto nos descreve os outros personagens: de famílias envolvidos na trama da seda, outro importante fato histórico, para nos mostrar o impacto da modernidade na tradição japonesa.

Aí entra a Arte: que também é um forte atrativo dos destinos. O autor escolhe Paul Klee e veladamente, Hokussai, expressando o movimento de abertura do país para o novo.

A cidade é tão preponderante que no momento do clímax, Kawabata destaca um evento, o FESTIVAL DO FOGO. E a última frase do livro ainda é Kyoto: “a cidade que ainda estava adormecida”.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/
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vanessaxclementino 30/05/2023

?
A narrativa é extremamente bonita em relação a todos os pontos culturais e artiticos, tem uma delicadeza a sensibilidade do enredo que nos faz entender porque ele é tão reconhecido
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Lívia 21/05/2023

A cultura de Kyoto, literalmente
Eu tinha lido o "Mil Tsurus" e gostei bastante, logo estava muito mais animada par este aqui, mas me desanimou um pouco.

Esse aqui é mais descritivo a respeito da cultura e cotidiano dessas pessoas moradoras de Kyoto, ao invés de investir do plot/sinopse do livro (que é sobre as gêmeas).

Eu tive dificuldade de engatar na história, pois havia muita descrição das festividades e os nomes em japoneses, que ainda não estou acostumada a ver, eram (para mim) um pouco difíceis de ler.

Mas foi uma leitura mista; nem boa, mas também nem tão ruim assim kkk.
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Arthur254 14/05/2023

Dia a dia com os pés no chão
Mais uma bela obra de Kawabata, trata com muita descrição o dia a dia da protagonista, uma moradora de Kyoto durante as transformações da modernidade, com uma trama envolvendo sua linhagem familiar
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Juno.Cruvinel 06/05/2023

Interessante pela cultura
Muito diferente as culturas, a forma de escrever, de descrever as flores, as cores etc. a história em si achei um pouco fraca, mas vale a pena a leitura
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Gabi Rosemberg 04/05/2023

Uma avalanche sensorial
O que eu mais gostei do livro foi como Kawabata expressa sentimentos através das plantas e da vida à natureza, usando metáforas visuais tão perfeitas. Expressões como ?Cores outonais? ou ?aura que emana das mãos? deixam o livro vivo. Adorei a história e conhecer mais da cultura japonesa
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Icaro 07/04/2023

Fino e delicado como uma pétala de cerejeira
Kyoto é uma obra de contradições sutis entre os valores da antiga capital imperial e a moderna ocidentalização, os grandes jardins urbanos e as montanhas de cedro do interior, ou a vida de duas irmãs separadas pelo nascimento.
Kawabata escreve uma obra de arte na medida em que a narrativa possui um plano de fundo tecido cuidadosamente como complemento do eixo principal. Ao mesmo tempo em que acompanhamos a vida de Chieko e Naeko passeamos pelas belezas de Kyoto, com suas cerejeiras, ruas estreitas, palácios e templos.
Suas metáforas dão ao livro um tom inconclusivo e subjetivo, tornando a obra sublime e refinada.
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Marcos606 24/03/2023

Ricas em significados e metáforas, as cenas do romance parecem mais pintadas do que escritas, com a experiência humana refletida na natureza.

Ambientado em Kyoto, a antiga capital, a cidade mais simbolicamente representativa da tradição japonesa, traz-nos a história de Chieko, uma filha adotiva criada por um atacadista de quimonos depois que seus pais a abandonaram quando ela era bebê. Durante o Festival de Gion, ela conhece a garota da montanha Naeko, que se revela ser sua irmã gêmea. Enquanto isso, o jovem tecelão Hideo começa a se apaixonar pelas duas irmãs.

A surpresa da existência de sua irmã e as narrativas conflitantes, se ela foi roubada de seus pais naturais ou abandonada, levam-na a uma crise de identidade, agravada pela necessidade de escolher entre continuar o negócio de design de quimonos de seu pai adotivo, agora em decadência, ou sair de casa. para se casar.

Quando Hideo caminha por um jardim com a família de Chieko, discutindo sobre tulipas e pétalas caídas, ele repentinamente exclama: "Meus olhos foram abertos." Pisque e você perderá um despertar sexual. Essa é a poesia do romance de Kawabata.

Apesar da aparência de uma vida tradicionalmente japonesa, as influências ocidentais do pós-guerra estão presentes.

O domínio da prosa de Kawabata é que suas metáforas nunca são explicadas pelo autor, deixando o leitor interpretar seu significado, e que o enredo é de alguma forma deixado em aberto no final do romance.

Ao nos deliciar com a história de duas gêmeas unidas pelo destino, a autora nos conduz pelos percalços de uma nação em crise de identidade forçada a se olhar no espelho
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dani 21/12/2022

Passeio turístico com um toque dramático
Quanto mais conheço a obra de Kawabata, mais percebo que ele foi um autor que se manteve fiel a um tema específico. De uma forma ou outra, ele sempre apresenta um Japão em transição, na fronteira entre a manutenção das tradições e as mudanças da modernidade, entre um clima de nostalgia e decadência. Também não deixa de lado os dramas familiares e os conflitos internos de cada personagem.

Nesse livro, passamos boa parte do tempo com Chieko, filha de comerciantes de quimonos na cidade de Kyoto. Acompanhamos a jovem em passeios a lugares históricos, apreciamos as flores de cerejeira, participamos dos festivais e experimentamos as iguarias de cada estação. Mesmo com essa aparente tranquilidade, Chieko também lida com situações que a perturbam. Além de se preocupar com o futuro incerto da loja de quimonos, ela tenta desvendar seu passado e saber mais sobre suas origens. Quando segredos são revelados, acabam causando algum tumulto na vida da família e daqueles que a cercam.

Em "Kyoto", temos um panorama bastante amplo da cultura milenar cultivada ainda hoje naquela região. Belíssimos templos, festivais, pratos típicos e em destaque, a arte da fabricação de quimonos. Por ser uma cultura bem diferente da nossa, essa edição conta com notas de rodapé e um glossário com informações enriquecedoras.

Do limitado conhecimento que tenho da obra do autor, "Kyoto" não se tornou meu título preferido. A quantidade de passagens descritivas chegam a abafar um pouco o enredo em alguns pontos, o que prejudicou o ritmo de leitura. Para compensar, o livro apresenta um bônus. Se um dia você for a Kyoto, não se preocupe em contratar visitas guiadas. Kawabata já preparou um guia turístico para você (com um toque e drama)!
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Mandark 21/03/2022

Sensível...
Um livro sensorial e uma experiência geográfica no Japão de décadas atrás... Uma narrativa delicada e sensível sobre o reencontro de dois mundos afastados no nascimento que convergem para a maturidade da feminilidade, em duas instâncias diferentes e ao mesmo tempo iguais.
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Cello 10/03/2022

Kawabata é simplesmente impressionante! Sua escrita me transportou para Kyoto dos anos 60 e a delicadeza com que trata suas personagens é algo especial. Não foi à toa que este livro foi citado no Nobel de 1968.
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Leo 14/02/2022

Kyoto, de Kawabata Yasunari, publicado pela Estação Liberdade e com tradução de Meiko Shimon, conta a história de um Japão pós ocupado pelos Estados Unidos, com seus personagens passando pela mudança cultural e ocidentalização do espaço. Chieko, a protagonista, é filha de um proprietário de uma loja de quimonos em decadência – assim como outros comércios em volta – e descobre que, quando bebê, foi separada de sua família biológica. A história passa por três estações, em que ela se encontra com sua irmã gêmea de criação muito mais simples, Naeko, passa por um processo de amadurecimento e vê as mudanças que ocorrem à sua volta.

A obra é um pouco difícil de ler devido às diversas notas de rodapé e conceitos diferentes do que estamos acostumados do ocidente, porém é muito interessante poder ver uma cultura do ponto de visto de um autor que descreve as coisas com tanta delicadeza e nuance. Kawabata consegue deixar até mesmo a descrição da fabricação de quimonos interessante, e acredito que o final em aberto da história seja também uma invitação para refletirmos sobre mudanças culturais, a ocidentalização do mundo e a preservação da memória.

(E o marca página que vem junto é lindo!)

Senti vontade de ler mais do autor!

site: https://www.instagram.com/p/CZ9sPQtrZ_V/
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Raíssa 29/01/2022

Kyoto
Amei ler sobre os aspectos culturais de Kyoto no pós-guerra pela visão de Kawabata, que soube descrever muito bem a beleza da cidade e suas tradições. O que mais me chamou atenção foram as diferenças na personalidade e modo de pensar entre as gêmeas por conta da influencia do ambiente em que cada uma viveu já que foram criadas separadas.


No entanto, achei que a história delas ficou bem em segundo plano (e fiquei um pouco decepcionada com isso) parece mesmo que o autor quis manter a cidade de Kyoto como protagonista do livro, focando mais em demonstrar a sua beleza, paisagens e seus costumes.
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Sofia 16/10/2021

As flores ocidentais são muito vistosas, mas logo me cansam. Ainda prefiro os bosques de bambu.
Quer mergulhar na cultura japonesa e ainda conhecer uma história emocionante de irmãs gêmeas que foram separadas no nascimento? Esse é o livro que indico para você. Procurei Kyoto porque queria ler um livro que retratasse bem a cultura japonesa e me fizesse mergulhar nela, e não poderia haver escolha melhor.

Nesse livro, do autor vencedor do Nobel, vamos acompanhar muito dos festivais japoneses, da dificuldade que as famílias passaram a enfrentar com a cultura ocidental chegando no país, além das belezas das flores de cerejeira e dos quimonos. Acompanhamos a história de uma família que produz artesanalmente quimonos japoneses. Mas eles começam a enfrentar dificuldades com a quantidade de fábricas que produzem o mesmo material que estão chegando no país.

Takichiro e Saege são casados e tem uma filha chamada Chieko. Ela é adotada, foi encontrada na rua e criada pelo casal com muito amor e dedicação. Apesar de estarem sendo afetados, possuem uma vida estável. Chieko possui um vazio em seu coração por não saber a sua verdadeira história e quem eram os seus verdadeiros pais.

Até que um dia, em um dos festivais que frequenta, ela encontra uma menina muito parecida com ela, que se revela sua irmã gêmea. A partir de então, elas irão criar uma grande conexão, mesmo que a irmã de Chieko, Naeko, more na região mais pobre e precise trabalhar arduamente para se sustentar.

Ultrapassando qualquer barreira, o amor e o carinho de irmãs falará bem mais alto nesse encontro. É um livro lindo, repleto de cultura, que a gente aprende tanto sobre os saberes e ensinamentos orientais. Mergulhamos nos seus festivais, templos e nas árvores lindas que floreiam os seus jardins e parques.

Kyoto foi um mergulho maravilhoso no Japão e eu não vejo a hora de poder conhecer mais as obras desse autor.
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Ton 31/07/2021

Desnecessariamente longo
É difícil criticar um livro que recebeu em Nobel...
Mas há um excesso aqui.
A história é boa e seu contexto idem.
Mas Yasunari coloca muita informação completamente desnecessária.
Um excesso de dados sobre o Japão de 1960 que não acrescentam em nada e que a história seguiria muito bem sem esse dados.
Resumindo: a história é boa mas esse exagero de informação tornam o livro cansativo e tedioso (Houve dias que eu me forcei a ler...)
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