Kyoto

Kyoto Yasunari Kawabata




Resenhas - Kyoto


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dani 21/12/2022

Passeio turístico com um toque dramático
Quanto mais conheço a obra de Kawabata, mais percebo que ele foi um autor que se manteve fiel a um tema específico. De uma forma ou outra, ele sempre apresenta um Japão em transição, na fronteira entre a manutenção das tradições e as mudanças da modernidade, entre um clima de nostalgia e decadência. Também não deixa de lado os dramas familiares e os conflitos internos de cada personagem.

Nesse livro, passamos boa parte do tempo com Chieko, filha de comerciantes de quimonos na cidade de Kyoto. Acompanhamos a jovem em passeios a lugares históricos, apreciamos as flores de cerejeira, participamos dos festivais e experimentamos as iguarias de cada estação. Mesmo com essa aparente tranquilidade, Chieko também lida com situações que a perturbam. Além de se preocupar com o futuro incerto da loja de quimonos, ela tenta desvendar seu passado e saber mais sobre suas origens. Quando segredos são revelados, acabam causando algum tumulto na vida da família e daqueles que a cercam.

Em "Kyoto", temos um panorama bastante amplo da cultura milenar cultivada ainda hoje naquela região. Belíssimos templos, festivais, pratos típicos e em destaque, a arte da fabricação de quimonos. Por ser uma cultura bem diferente da nossa, essa edição conta com notas de rodapé e um glossário com informações enriquecedoras.

Do limitado conhecimento que tenho da obra do autor, "Kyoto" não se tornou meu título preferido. A quantidade de passagens descritivas chegam a abafar um pouco o enredo em alguns pontos, o que prejudicou o ritmo de leitura. Para compensar, o livro apresenta um bônus. Se um dia você for a Kyoto, não se preocupe em contratar visitas guiadas. Kawabata já preparou um guia turístico para você (com um toque e drama)!
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Márcia Regina 30/08/2009

"Kyoto", de Yasunari Kawabata.

Gostei muito. E me surpreendeu porque não esperava. Li dele "A casa das belas adormecidas" e me irritei na época, não gostei nada, mas tenho consciência de que fui influenciada na leitura pelo fato de a minha filha ser adolescente. Acho que não é o momento de ler. Dentro de alguns anos talvez mude de idéia.
Também li "Beleza e tristeza" e achei bonito, mas não consegui alcançar o livro.
Acho que, nesses dois, a diferença cultural bateu muito forte. No futuro, quem sabe...

Já "Kyoto" me conquistou. Ainda que também tenha partes referentes ao vazio do caminho pra velhice e à busca masculina pela visão da juventude, o livro não é centrado nisso. É meigo. A decadência aparece como contraposição ao florescer. A passagem das estações lembra muito isso. Cada uma com sua beleza e seus problemas.

E, principalmente - e amo literatura japonesa por causa disso - ele não fica me explicando cada sensação e sentimento da personagem. Ele me mostra, faz com que eu enxergue o início da sexualidade, o medo do vazio, a paciência, a espera, o racional e o subjetivo. Não enche páginas de pensamentos complexos, profundos, intragáveis, mas me mostra imagens e ações, gestos mínimos, palavras, silêncios. Posso me sentir na pele deles e ser solidária.

Gostei de Kyoto. E fiz as pazes com Kawabata (mesmo que ele não se importe com isso, eu me importo).
Além do mais, como poderia não fazer as pazes com um autor que coloca nomes tão lindos nos títulos de seus livros? "O país das neves", "Mil tsurus" ou "Nuvens de pássaros brancos", "Chá e amor", "Contos da palma da mão", "A dançarina de Izu"...
Matheus 07/04/2021minha estante
Acho que este ou o O Som da Montanha virá depois do que estou lendo de Kawabata! Atualmente estou no último que ele publicou, o Beleza e Tristeza




Jonara 02/07/2013

Apreciação da Paisagem
Eu estive numa palestra sobre paisagem há uns meses atrás, e o palestrante perguntou: Qual é a diferença entre natureza e paisagem? Então ele explicou: Paisagem é apreciação estética. A natureza não é paisagem quando é vista de forma utilitária, somente se torna paisagem quando apreciada esteticamente.
Eu tinha acabado de ler Kyoto, e aquilo caiu em mim como um raio. As irmãs veem os cedros de Kitayama de formas diferentes. Chieko admira aqueles troncos artificialmente retos. Naeko só pensa nos troncos de forma utilitária, pois é o seu trabalho. Toda a descrição da cidade, dos tecidos, das casas, das ruas, das árvores, praticamente tudo é apreciação estética e paisagem em Kyoto.
Kyoto descreve uma vida baseada na beleza e na natureza. Cada árvore é apreciada, cada mudança sutil nas estações, cores e estampas é percebida.
Tanta delicadeza nos faz questionar nossa brutalidade. Por que somos tão insensíveis? Por que construímos nossas cidades sujas e feias, por que afastamos a natureza de nós, e nos contentamos com um vasinho de plantas na varanda? Mal percebemos as estações, mal sabemos os nomes das flores, mal distinguimos uma árvore da outra. Por que nos voltamos tanto ao mundo utilitário e tão pouco à apreciação estética?
Kyoto é um livro para refletir sobre tudo isso.
Boris 06/12/2014minha estante
Interessante são os seus questionamentos Jonara. Parabéns pela resenha e pelos insights.




Cinara... 12/06/2020

"Nascer neste mundo significa ser abandonado por Deus."

Que escrita maravilhosa do Kawabata!! Apaixonada!
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Ton 31/07/2021

Desnecessariamente longo
É difícil criticar um livro que recebeu em Nobel...
Mas há um excesso aqui.
A história é boa e seu contexto idem.
Mas Yasunari coloca muita informação completamente desnecessária.
Um excesso de dados sobre o Japão de 1960 que não acrescentam em nada e que a história seguiria muito bem sem esse dados.
Resumindo: a história é boa mas esse exagero de informação tornam o livro cansativo e tedioso (Houve dias que eu me forcei a ler...)
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Anderson.Rios 23/01/2021

Belíssima viagem a Kyoto
No livro que deu a Yasunari Kawabata, Prêmio Nobel de Literatura de 1968, temos à história de Chieko que abandonada pelos pais, encontra sua irmã gêmea Naeko. Dentre a ambientação da cidade de Kyoto que já foi a capital do Japão, temos os aspectos culturais e suas mudanças no pós guerra, a natureza e os costumes da época e reflexões sobre a vida, a sociedade, e os costumes que levaram a gêmeas criadas de forma diferentes, serem e terem visões diferentes sobre a vida.
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Nivia.Oliveira 16/03/2024

O livro traz a história de Chieko, uma menina abandonada pelos pais. Entretanto esta é secundária, porque o autor claramente quer nos contar sobre a protagonista: a cidade de Kyoto . Não é à toa que a antiga capital do Japão dá título à obra. E o autor a divide em estações (primavera, outono, verão e inverno) – ver o sumário - assim como é feito na divulgação do turismo na região: são os destaques de temporada.

Os cenários de templos clássicos e paisagens floridas são magníficos e me fez querer fazer as malas para rumar ao Japão. As notas de rodapés e o glossário de fatos/locais históricos/culturais/ personalidades no final do livro, é fundamental, “obras essenciais”, (como se diz num museu) imperdíveis.

Kawabata é nosso guia de turismo enquanto nos descreve os outros personagens: de famílias envolvidos na trama da seda, outro importante fato histórico, para nos mostrar o impacto da modernidade na tradição japonesa.

Aí entra a Arte: que também é um forte atrativo dos destinos. O autor escolhe Paul Klee e veladamente, Hokussai, expressando o movimento de abertura do país para o novo.

A cidade é tão preponderante que no momento do clímax, Kawabata destaca um evento, o FESTIVAL DO FOGO. E a última frase do livro ainda é Kyoto: “a cidade que ainda estava adormecida”.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/
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Marcos606 24/03/2023

Ricas em significados e metáforas, as cenas do romance parecem mais pintadas do que escritas, com a experiência humana refletida na natureza.

Ambientado em Kyoto, a antiga capital, a cidade mais simbolicamente representativa da tradição japonesa, traz-nos a história de Chieko, uma filha adotiva criada por um atacadista de quimonos depois que seus pais a abandonaram quando ela era bebê. Durante o Festival de Gion, ela conhece a garota da montanha Naeko, que se revela ser sua irmã gêmea. Enquanto isso, o jovem tecelão Hideo começa a se apaixonar pelas duas irmãs.

A surpresa da existência de sua irmã e as narrativas conflitantes, se ela foi roubada de seus pais naturais ou abandonada, levam-na a uma crise de identidade, agravada pela necessidade de escolher entre continuar o negócio de design de quimonos de seu pai adotivo, agora em decadência, ou sair de casa. para se casar.

Quando Hideo caminha por um jardim com a família de Chieko, discutindo sobre tulipas e pétalas caídas, ele repentinamente exclama: "Meus olhos foram abertos." Pisque e você perderá um despertar sexual. Essa é a poesia do romance de Kawabata.

Apesar da aparência de uma vida tradicionalmente japonesa, as influências ocidentais do pós-guerra estão presentes.

O domínio da prosa de Kawabata é que suas metáforas nunca são explicadas pelo autor, deixando o leitor interpretar seu significado, e que o enredo é de alguma forma deixado em aberto no final do romance.

Ao nos deliciar com a história de duas gêmeas unidas pelo destino, a autora nos conduz pelos percalços de uma nação em crise de identidade forçada a se olhar no espelho
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Henrique Fendrich 11/06/2020

Não é um livro, é uma pintura ou uma fotografia. A ação não tem tanta importância como o sentimento. O ser humano flagrado por Kawabata ainda não se alienou da natureza ao seu redor – ao contrário, eles ainda são uma coisa só e dessa interação tiram grande parte da beleza da imagem. A ternura ainda é uma marca presente nos relacionamentos e os desejos são simples e puros. O autor não deixa de expor, inclusive, cada um dos silêncios que marcam a conversa entre dois seres, porque sabe que com isso ele nos apresenta um retrato mais fiel e mais bonito. As tradições, aquilo que dá um sentido e coesão a uma sociedade, permeiam toda a ilustração. Nota-se alguns encontros e desencontros, pequenos sonhos e frustrações, pois é disso que somos feitos, e a trama não se resolve no final – trata-se, afinal, de apenas um instantâneo, cuja história é completada pelo olhar do observador. Esse, ao contemplar o quadro todo, sente o coração aquecido e uma leve esperança no futuro da humanidade.
Maria 13/06/2020minha estante
Uau! Quero ler!




Eduardo 05/02/2012

Isso não é uma resenha, tá. É uma conversa de msn.
kawa, bata.
deixa eu colar um pedaço aqui pra ficar claro o que vou dizer.
é uma leitura muito diferente, este kawabata
por ser oriental, japones, ele meio que me pega com olhos habituados a livros ocidentais
daí estranho esse livro, o jeito como ele narra, as coisas as quais o narrador da valor, enfim.
a verdade é que acho sem graça.
te entendo muitíssimo
Mishima é o cara
baby
Eu acabo comparando com o livro que li do mishima
e ele, mishima, apesar de tbem promover esse "choque" de cultura
pq esses japoneses adoram falar de templos e costumes deles, nunca vi
vc nao leu o melhor do Mishima
eu insisto
EU SEI
só um.
O MARINHEIRO QUE PERDEU AS GRAÇAS DO MAR
ok.
nunca esqueça diss
o
ok
eu ia dizendo que o mishima ainda desce bem
apesar das peculiaridades, se aproxima do jeito ocidental de contar histórias
é
ele me lembra Lispector
pq ele faz analise psicologica dos personagens
ISSO
mas o kawabata não.
é como se ele não conhecesse por dentro os personagens
e ficasse descrevendo seus movimentos e intuindo, aqui e ali, os sentimentos deles.
não é nada introspectivo.
esse livro é todo de imagens.
ligadas à natureza, sobre tudo. ele é minucioso.,
e totalmente afeito a descrever coisas, costumes, festas, pratos
daí eu choro.
OLHA

>
"O enrolado do yuba assemelha-se ao enrolado de enguia - que inclusive leva o mesmo nome -, mas o dessa casa consiste em bardana enrolada no yuba. o yuba-de-peonia traz sementes de ginkbo envolvidas em laminas de yuba e tem um aspecto que lembra o hirousu"
pqp
só faltou dar o tempo de preparo e quantas porções rende.
tem mto disso no livro
essas descrições de costumes e habitos japoneses, des festas, hierarquias, enfim.
isso é horrível nao?
(assim como achei excessivas os comentarios sobre templos e hierarquias religiosas no livro do mishima. Mas isso é japao, acho que aqui eu que estou errando)
SIM
e enfim
nada acontece nessa porra
E TEM MAIS CRITICAS
eu sei
japoneses são contidos
é uma cultura totalmente diferente
a forma como eles demonstram as emoções
mas mesmo sabendo
não consigo deixar de estranhar, né.
o livro conta a historia de Chieko
que foi abandonada na casa de dois comerciantes burgueses
que criaram ela com mto amor etc
um dia
ela descobre que tem uma irma gemea, meio pobrezinha
AGORA VEJA A CENA.
a chieko andava desconfiada
ja tinha vista a moça uma vez e tal
e um dia encontra ela de novo e se aproxima dela
veja como kawabata narra
duas irmas gemeas
se reencontrando pela primeira vez
[chieko se aproxima da moça. elas nunca se falaram nem se olharam de frente antes disso]
"A jovem encarava chieko como se quisesse devorá-la com o olhar. --Porque orava tanto? Perguntou Chieko. / -- Estava me observando? -a voz da garoto tremia- É que queria saber o paradeiro da minha irmã mais velha... Oh!... Mas... Mas é minha irmã! Foi a graça dos deuses que nos ajudou - As lágrimas transbordavam dos olhos dela.
Não havia dúvida, tratava-se daquela jovem da aldeia dos cedros de Kytayama
"
meus olhos ocidentais acharam isso tão cafona.
extremaly!
fuck
mas enfim
devo terminar
preciso ler mais japoneses. me habituar.
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Lívia 21/05/2023

A cultura de Kyoto, literalmente
Eu tinha lido o "Mil Tsurus" e gostei bastante, logo estava muito mais animada par este aqui, mas me desanimou um pouco.

Esse aqui é mais descritivo a respeito da cultura e cotidiano dessas pessoas moradoras de Kyoto, ao invés de investir do plot/sinopse do livro (que é sobre as gêmeas).

Eu tive dificuldade de engatar na história, pois havia muita descrição das festividades e os nomes em japoneses, que ainda não estou acostumada a ver, eram (para mim) um pouco difíceis de ler.

Mas foi uma leitura mista; nem boa, mas também nem tão ruim assim kkk.
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Joanne.G.P. 24/03/2021

Kyoto
Só não dei 05 estrelas por causa da forma como ele terminou o livro. O autor é bem saudosista e nos mostra toda a cultura existente em Kyoto e a saudade que ele tem dos tempos antigos. A história é simples e os personagens tem muita beleza sabe? A falta de um antagonista acaba dando um tom mais linear pra história, não que isso desagrade.
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Sofia 16/10/2021

As flores ocidentais são muito vistosas, mas logo me cansam. Ainda prefiro os bosques de bambu.
Quer mergulhar na cultura japonesa e ainda conhecer uma história emocionante de irmãs gêmeas que foram separadas no nascimento? Esse é o livro que indico para você. Procurei Kyoto porque queria ler um livro que retratasse bem a cultura japonesa e me fizesse mergulhar nela, e não poderia haver escolha melhor.

Nesse livro, do autor vencedor do Nobel, vamos acompanhar muito dos festivais japoneses, da dificuldade que as famílias passaram a enfrentar com a cultura ocidental chegando no país, além das belezas das flores de cerejeira e dos quimonos. Acompanhamos a história de uma família que produz artesanalmente quimonos japoneses. Mas eles começam a enfrentar dificuldades com a quantidade de fábricas que produzem o mesmo material que estão chegando no país.

Takichiro e Saege são casados e tem uma filha chamada Chieko. Ela é adotada, foi encontrada na rua e criada pelo casal com muito amor e dedicação. Apesar de estarem sendo afetados, possuem uma vida estável. Chieko possui um vazio em seu coração por não saber a sua verdadeira história e quem eram os seus verdadeiros pais.

Até que um dia, em um dos festivais que frequenta, ela encontra uma menina muito parecida com ela, que se revela sua irmã gêmea. A partir de então, elas irão criar uma grande conexão, mesmo que a irmã de Chieko, Naeko, more na região mais pobre e precise trabalhar arduamente para se sustentar.

Ultrapassando qualquer barreira, o amor e o carinho de irmãs falará bem mais alto nesse encontro. É um livro lindo, repleto de cultura, que a gente aprende tanto sobre os saberes e ensinamentos orientais. Mergulhamos nos seus festivais, templos e nas árvores lindas que floreiam os seus jardins e parques.

Kyoto foi um mergulho maravilhoso no Japão e eu não vejo a hora de poder conhecer mais as obras desse autor.
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Marcia 07/10/2020

Ontem finalizei minha viagem literária por Kyoto-Japão com o livro Kyoto do escritor Yasunari Kawabata.
Durante a leitura eu mergulhei na história, busquei fotos, recebi vídeos, canções, fui atrás de alguns pratos japoneses...enfim foi muito bom.
O livro foi lançado em 1962 e nos desperta várias emoções alem de muito aprendizado. Kyoto foi capital do Japão por cerca de 1000 anos e tem muita história e muita beleza. Nesse livro conheci a história de Chieko, uma moça filha aditiva de Takichiro e Shige. Eles são comerciantes, confeccionam quimonos.
A história de Chieko fica muito interesse quando de repente ela esbarra com uma moça igual a ela - sua irmã gêmea Naeko. Nem ela e nem os pais aditivos sabiam da existência dessa irmã.
A história dessas duas nos permite conhecer realidades diferentes e tambem descobrimos junto com Chieko a história de seus pais biológicos.
Junto com Chieko "participei" de lindos festivais, feriados religiosos, a natureza da região, costumes japoneses e seu dia a dia. Foi muito bom.
Um livro tranquilo, leitura deliciosa.
Sinopse : é uma das mais belas obras de Yasunari Kawabata, autor galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1968. Considerado a sua obra-prima, este romance mergulha profundamente no universo da psicologia feminina. O tema do amor impossível, já tratado noutros romances de Kawabata, aflora novamente nesta obra de uma tão delicada e subtil narrativa. «Os romances de Kawabata estão entre as obras mais comoventes e originais do nosso tempo.» The New York Times Book Review
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AdemarSilveira 06/06/2021

Kyoto - Yasunari Kawabata
Assim que pudermos viajar novamente com segurança, o Japão está na minha lista de prioridades para viajar, li o livro Kyoto e me apaixonei por cada detalhe e a forma que o livro é escrito. Vi algumas pessoas comentando que a leitura é lenta e o livro tem que ser ?degustado?, mas acabei lendo em dois dias.

A narrativa, centrada na jovem Cheko, demonstra o período pós segunda guerra mundial, em um Japão se modernizando e adentrando na cultura ocidental, ao mesmo tempo em que se mantém atrelado à culturas milenares daquele País. Cheko é filha de um produtor de Kimonos, presa em uma história por não ser filha legítima dos pais que a criaram, e que participa da cultura original-tradicional enquanto busca as suas próprias origens.

Ler Kawabata é como ter um Panorama de uma pintura japonesa sendo narrado: cada detalhe da cultura, cada beleza e riqueza vai sendo delicadamente passado ao leitor. Sem dúvida uma das leituras mais agradáveis que se possa fazer.

É uma leitura incrível, mas não é um livro que eu recomendaria para qualquer pessoa, e sim para alguém que esteja interessado em conhecer um pouco mais sobre o Japão.
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