Marília de Dirceu e Cartas Chilenas

Marília de Dirceu e Cartas Chilenas Tomás Antônio Gonzaga




Resenhas - Marília de Dirceu e Cartas Chilenas


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Bookdreamer 24/05/2023

Só pra salvar o que eu achei das obras
Sobre Cartas Chilenas: De início, eu achei muito chato de ler, o que já era previsto, pois é uma obra antiga, de leitura lenta e muito "escondida" da época, também da escola literária arcadista. A parte que me deixou intrigada, no entanto, foi perceber que realmente haviam "mensagens'' escondidas na obra, não sobre o governo chileno, que é o que se esperava, mas sim com grandes críticas ao governo do nosso país imposto na época, com grandes influências do movimento da inconfidência mineira, havendo grandes críticas sobre os "superiores" e com grande caráter satírico. Em suma, é até bom, ao ver que em cada carta tem um título que dá uma ideia geral do que tá sendo escrito, como desordem, corrupção, favorecimentos, caos, e acho, ACHO que menção dos escravos (mas posso estar errada porque o movimento, infelizmente, não focou no seu fim).
Sobre Marília de Dirceu: TUDO de arcadismo tá nessa obra, menções greco-romanas, toda a adoração pela natureza, uma vida simples, um pastoralismo e bucolismo (que o autor se coloca em tal cenário de uma maneira que, por um momento, eu pensei que ele realmente morava no campo) e todas as sua confissões amorosas direcionadas à Marília, que estão dividas em três partes (na primeira, ele deixa totalmente exposto seu desejo por ela, na segunda, em seu período de prisão com teor de sofrimento e, no terceiro, a saudade que ele tem dela, após ter sido exilado). É bastante claro seu "amor" pela "personagem" (que, por sinal, a princípio, eu pensava que era loira, mas, ele mesmo disse que não era depois) e como ele não pode ficar com ela/tê-la.
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Bruna 14/09/2014

Resenha: Marília de Dirceu e as cartas chilenas
Inicialmente, devo avisar que são duas histórias. E bem, não vou mentir. Eu particularmente achei a primeira Marília de Dirceu, muito exaustiva, pois a história é feita em três partes, a primeira contendo 33 liras, a segunda 38 liras e a terceira e última (graças à Deus!) 8 liras e todas elas são sobre o amor que Dirceu (pseudônimo de Tomás Gonzaga) sente por Marília (pseudônimo de Maria Dorotéia), o que pra mim tornou-se muito enjoativo.

Sim, claro que poemas são lindos, mas acontece que mesmo as liras em Marília de Dirceu sendo graciosos, passei a história toda esperando que algo mais fosse acontecer além do personagem ficar falando sobre seus sentimentos não atingidos e idolatrando a jovem e inatingível Marília. Tá nem sei porque raios eu esperava que eles fossem ficar juntos no final, mas enfim é isso que dá quando fica imaginado o final da história :(

Sei que eu poderia ter desistido da leitura na metade mas gosto de ler até o fim para poder tirar minhas próprias conclusões e sabe como é né? As vezes você começa ler um livro e acha meio chato, mas continua lendo na esperança de que no fim vá acontecer um reviravolta que faça a história valer a pena, mas acho que não valeu.

No caso de algum leitor desconhecer o significado de lira, explicarei. Lira é um instrumento de corda, utilizado pelos gregos em récitas poéticas na antiguidade, assim na literatura, liras eram poesias cantadas acompanhadas por esse instrumento.

Já Cartas Chilenas, eu achei uma história interessantíssima que prendeu muita a atenção! Cartas chilenas é uma sátira história de Critílo (também pseudônimo do autor), que contando sobre a injustiça que Fanfarrão Minésia (pseudônimo para o governador Luís Cunha Menezes) fazia com os chilenos, através de uma carta endereçada a Doroteu (pseudônimo de Claúdio Manuel da Costa).

As cartas relatam que Fanfarrão era um chefe muito injusto e sem piedade, que prendia quem não era culpado e matava por matar. Termina a carta dizendo que talvez aquilo ocorresse por estarem sendo castigados pelos pecados de seus ancestrais que haviam sujado a terra com tanto sangue.

site: https://garotasdejales.wordpress.com/2013/02/21/resenha-marilia-de-dirceu-e-as-cartas-chilenas/
Andreia V. 17/01/2017minha estante
Mas na história eles não ficaram juntos, não tinha porque nesse livros das cartas eles ficarem, não iria fazer sentido. Ela morreu solteira aos 85 anos, e ele ficou preso por 3 anos na Africa, pois ele foi acusado de ser um inconfidente, e depois lá ele se casou e teve filhos. E ela ficou no Brasil, esperando que ele voltasse, saía de casa apenas aos domingos de manhã para ir á missa.




Aly 14/10/2010

Marília de Dirceu
O livro "Marília de Dirceu" é escrito em forma de versos, que compõem as liras.
Os versos são escritos por Dirceu, pseudônimo de Tomás Antônio Gonzaga, poeta arcadista, para sua amada Marília, pseudônimo de Maria Doroteia Seixas, uma jovem então com 16 anos.
O livro pode ser dividido entre duas épocas importantes da vida de Gonzaga: uma parte é quando ele está livre e a outra quando é preso, acusado de participar da Inconfidência Mineira.
Enquanto Gonzaga está livre, nota-se uma alegria em seus versos cantados à Marília. Além disso, ele conseguia quebrar parte da rigidez árcade. Por exemplo, em contraposição à contenção dos sentimentos, sua poesia é mais emotiva e espontânea.
Mas, apesar da alegria, Gonzaga deixa claro que sua amada está longe e seu sofrimento por não tê-la por perto é bem real e não só um tema árcade a mais.
A poesia de Gonzaga muda drasticamente no momento em que ele é preso. O distanciamento da amada Marília e sua prisão injusta, dão ao texto um nítido tom melancólico e triste, comparado, pelo próprio Gonzaga, como um inferno.
Ambas situações vividas por ele, dão à sua poesia maior subjetividade, espontaneidade e emotividade, fazendo com que sua obra, ainda hoje, seja lida com interesse, tornando-a cada vez mais popular.
patita 13/04/2011minha estante
Excelente resenha, Alyssa. Parabéns.




Ana 12/06/2018

Gonzaga, o romântico antes dos românticos?
Tomás Antônio Gonzaga é considerado um de nossos maiores poetas de todos os tempos, apesar da vida marcada pela tragédia pessoal.
Neste volume publicado pela editora Ática, temos duas de suas obras: A lírico-amorosa Marília de Dirceu, onde ele presta homenagens apaixonadas a Maria Dorotéia Seixas, sua noiva, com a qual infelizmente nunca haveria de se casar, pois devido ter sido acusado de ser um dos inconfidentes, o poeta foi degredado para Moçambique; e Cartas Chilenas, obra satírica, na qual são criticados os desmandos do político Luís da Cunha Menezes, claro que sob o pseudônimo de Fanfarrão Minésio. As duas obras, tanto as poesias amorosas quanto a sátira têm, cada uma a seu modo, o seu valor. Mas devo confessar que a minha preferida é a obra lírica de Tomás, pois fico imaginando o grande amor que ele sentia por Dorotéia e que inspirou versos tão lindos e famosos... não é uma obra para qualquer um, só para quem sabe apreciar os clássicos de nossa literatura, obviamente. Gosto de pensar que Gonzaga foi um romântico antes dos românticos.
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Vladia Castro 01/01/2023

Marília de Dirceu & Cartas Chilenas
Ler esse livro foi desafiador... Talvez porque na minha cabeça seria em prosa, e tenho certa dificuldade em ler poesia. Não tem uma linguagem rebuscada, mas que em alguns momentos não me me prendeu. Talvez sim pelo pré conceito que eu tinha... Talvez aquela prosa romanceada, mas que não deixa a desejar não!!!
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Filino 06/09/2017

Uma coletânea
Não se trata de toda a obra "Marília de Dirceu", tampouco estão elencadas todas as "Cartas Chilenas". Trata-se de uma reunião de alguns poemas de uma e de outra obra. Com uma apresentação bastante didática sobre a vida e a obra de Tomás Antônio Gonzaga, o leitor é introduzido à obra de um dos grandes nomes do Arcadismo brasileiro. Ao final, sugestões de leituras complementares. Acompanha um suplemento - daqueles que encontramos nos romances que lemos no ensino médio.
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Andressa.Silvino 12/03/2022

Encontrei esse livro no ônibus da cidade em que minha universidade se encontra um pouco antes da pandemia começar, creio eu que fazia parte de um programa cultural de incentivo a leitura.

Assim que li o título, reconheci o autor das aulas de literatura que tive no ensino médio. Minha professora, profundamente apaixonada pelo Arcadismo, incentivava-nos a ler Tomás Antônio Gonzaga. Pensei que ela fazia muito caso de um autor histórico qualquer, mas dei meu braço a torcer e comecei a ler o livro.

Sou apaixonada por poesia de forma geral, pela arte que os poetas dominam de pegar simples palavras e fazê-las únicas e inesquecíveis em pequenos versos, apesar desse livro ser mais uma coletânea dos principais poemas, ficou claro pra mim o motivo de minha professora gostar tanto.

A forma como o poema manifesta-se na sua frente com imagens claras e ainda sim não perde todo o sentimento que o eu lírico quis passar é... arrebatadora. Por conta do Arcadismo, alguns versos me fizeram lembrar do livro de Cântico dos Cânticos, na Bíblia, e isso foi... uau.

Além disso, a adição de alguns trechos das Cartas Chilenas foi um grande ponto positivo nessa edição, capaz de mostrar aos leitores o poder da denúncia que a poesia tem, o da transformação social.
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Suuh | @leitora.ansiosa 22/09/2022

Fora da minha zona de conforto.
Primeiramente o livro conta quem é Tomás Antônio Gonzaga, desde seu nascimento na cidade do Porto, em Portugal, sua vinda para o Brasil, seus feitos aqui, sua suposta participação na Inconfidência Mineira e o nascimento de sua poesia.

Logo depois, tem uma coletânea com lindos textos, a grande maioria destinadas à
sua amada Marília de Dirceu, aquela que sempre ficou em seu coração, mesmo o destino não querendo os dois juntos.

Depois, podemos ler as Cartas Chilenas, só algumas estão nessa obra, onde de forma satírica, Gonzaga denuncia o governo de Cunha Menezes, governador de Vila Rica, uma capitania que era o centro de negociações do ouro e do diamante extraídos das redondezas.

O Governador Luíz da Cunha Menezes era super autoritário, decretava medidas ilegais, vendia cargos e títulos, enfim. As Cartas Chilenas denunciavam justamente isso, o
péssimo governo de Cunha Menezes. Na sátira há presença de pseudônimos. Tomás não podia se identificar, nem muito menos deixar tão amostra sob de quem ele escrevia, por proteção. Vale a pena ler o livro, é bem interessante.
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