Terra e cinzas

Terra e cinzas Atiq Rahimi




Resenhas - Terra e Cinzas


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Vania.Cristina 14/07/2023

Triste novela afegã
O autor nasceu em Cabul, no Afeganistão, e vive na França como exilado político, onde atua como escritor e cineasta. Escreveu essa pequena novela na sua língua natal, o dari, mas essa edição é traduzida do francês. Notas contribuem com o entendimento de expressões afegãs e da cultura local. A história, muito triste, fala sobre um velho cuja aldeia foi destruída pelos soldados russos. Toda a sua família morreu, com exceção do filho, que trabalha numa mina distante, e do neto pequeno, que ficou surdo no ataque. Para o menino, o mundo teve a voz roubada pelos soldados. Para os personagens da história é difícil seguir em frente, encontrar sentido nas coisas, sobreviver à poeira do deserto. Difícil ouvir, difícil falar. Estão todos solitários, tentando entender a dor. O velho e o neto seguem adiante convivendo com lendas populares, com a droga recreativa, com sonhos confusos, e com fantasmas, dos vivos e dos mortos.
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Julyana. 21/02/2011

Um belo e triste retrato da guerra do Afeganistão.
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livroswmaria 17/04/2022

um conto afegão
ano passado eu comprei esse livro aleatoriamente em um sebo.
peguei para ler agora e acabei rapidinho
é diferente de tudo que eu já li, no início eu estranhei um pouco, mas no final percebi que tinha até que gostado.
legal ler livros de realidades e perspectivas diferentes das nossas.
Karen 17/04/2022minha estante
Vdd




Fagner 18/08/2009

Atiq Rahimi foi de uma sensibilidade extrema ao escrever essa narrativa. Poético e triste... Emocionante. Narrativa curta que "não enche linguiça". Vai direto ao ponto. Sensibiliza e emociona sem ser piegas. Adorei e recomendo!
Clara K 28/01/2014minha estante
Dica anotada!




Helder 06/01/2024

Com0 ter esperança?
Volta ao Mundo de A a Z – País 1 - Afeganistão

Na cabana de segurança da entrada de uma mina, no Afeganistão, encontramos um senhor e seu neto. Eles esperam uma carona para poder descer até a mina e encontrar Murad, filho do senhor e pai do menino.
O clima é quente e seco. Enquanto aguardam, o senhor conversa com o segurança da mina e o dono de um bar que fica logo ao lado. E o menino segue em seu mundo, sendo criança
Este homem tem uma triste notícia para dar a este filho, e fica imaginando como conseguirá lhe falar tudo o que tem para contar.
O menino acredita que os soldados roubaram as vozes de todos, em troca de que todos pudessem continuar vivos

“Os tanques roubaram a voz da gente e foram embora. Eles levaram até a voz do meu avô. Meu avô não pode mais falar, ele não pode mais ralhar comigo..."

Uma novela rápida e dolorosa, onde conhecemos um pouco da realidade afegã, durante a ocupação soviética.
É triste ver a impotência daquele povo que não tem como reagir, e só pode ficar assistindo a perda de suas vidas, sem nem entender o motivo de tanta destruição.
O velho tem medo de qual será a reação do filho, e no fim, às vezes, certas atitudes são frustrantes, mas a vontade que tive durante a leitura era de dar algum alento para aquele senhor, porém sei que existem feridas que não podem ser curadas, e isso dói.

“Seria preciso poder dormir como um recém nascido, sem imagens, sem lembranças, sem sonhos. Como um recém nascido, retomar a vida no começo.”

De acordo com o senhor, os mortos são mais felizes do que os vivos.
Palmas para o autor, que nasceu no Afeganistão, teve que fugir para a França, onde vive hoje, mas escolheu contar esta pequena história em persa, sua língua original.
Um primeiro texto potente!
E palmas para editora Estação Liberdade que trouxe um ótimo e triste exemplo para conhecer uma cultura tão distante de nós.
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Rosa Santana 25/05/2011

TERRA E CINZAS

"Terra e Cinzas - Um Conto Afegão" foi escrito por um nativo, não por um desses aventureiros que após viver quatro meses com uma família de afegãos se propõe a sair por aí, "revelando" a cultura de um povo, de um país.

O escritor é Atiq Rahime, jornalista, nascido em Cabul, mas que se refugiou na França e lá se radicou, no período em que a armada soviética invadiu o Afeganistão.

Em seu país, como jornalista, registrou o desumano trabalho nas minas e retrata essas atrocidades, somadas às da guerra, no referido livro.

A narrativa nos apresentada Dastaguir, personagem principal, que vai, com seu neto, cravar um punhal no peito de seu filho, pai de Yassin, o neto, porque vai vê-lo com a missão de lhe dizer que uma bomba matou-lhe a mãe, a mulher, o irmão, assim como toda a família. E que, agora, só restam os três. Mais, ainda: que o neto está surdo... O filho trabalha na mina... E é aí, na mina, que o personagem se angustia mais, e nos deixa em igual situação... (não vou contar o que ocorre!)

O interessante é que o narrador é como que um condutor de Destaguir, já que ele (Destaguir) nos é apresentado como segunda pessoa do discurso: aquela com quem se fala, ou a quem se ordena. Sua passividade fica, assim, subentendida. (“Você tira uma maçã da trouxa vermelha gol-e-seb e a esfrega na roupa suja. E com isso a maçã fica ainda mais suja. Você a coloca de volta na trouxa, tira outra, mais limpa. Você a estende a teu neto, Yassin... - página 11; “Desde que a aldeia foi destruída você por acaso teve oportunidade de derramar tuas lágrimas?” – páginas 56-7 ) essa é uma técnica não muito comum à construção da narrativa... É como se o personagem principal, desprovido de tudo, vivendo em um meio natural e social tão adverso, não tem condições de se conduzir e necessita de alguém que o comande por essa jornada de terra e de cinzas que é (ou em que se transformou) a sua vida... Ele deixa de ser, assim, sujeito da sua história, e assume o papel de objeto comandado!

Outra característica que dá qualidade ao texto e aos fatos contados é a maneira com que Rahimi os conta. Os parágrafos são curtos, sem muita descrição, e sem muita ligação entre si. Ao leitor cabe buscar essa coesão. E essa coerência!

Isso, somado ao lirismo doloroso e mesmo lancinante é profundamente tocante. Mostra Destaguir como sendo o homem sem rumo, sem futuro, sem perspectiva nenhuma, diante de uma realidade, de um meio social e natural totalmente adverso e que, por isso mesmo, o arrasa. Sua estrada é de "Terra e Cinzas"! Sua vida, também!

Ler esse livro me faz buscar "As Mil Casas do Sonho e do Terror", 180 páginas, também escrito por Atiq Rahime.

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TRECHOS QUE DESTACO:

"Esse neto é o único que sobreviveu. E ele não pode ouvir o que digo. Tenho a impressão de falar com uma pedra. Isso me corta o coração... Falar não é o bastante, se o outro não te ouve, não serve pra nada, é como as lágrimas..." página 36

"Teu olhar acompanha o rápido desfilar das pedras e espinheiros. Você, você não se mexe. É a vida que desfila. Você foi condenado a existir e a ver a vida passar, a assistir à morte de tua mulher e de teus filhos..." página 62

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Márcia Regina 27/04/2010minha estante
Rosa, eu também gostei muito de "Terra e Cinzas", a impotência, tristeza da guerra. Pura dor.

Já li "As Mil Casas do Sonho e do Terror" dele, mas não consegui gostar, o estilo é diferenciado demais, acho que ainda preciso ler muito antes de usufruir e entender esse.




Linara.Chaves 03/04/2023

Realidade dura da guerra
O livro barra a história de um avô e seu neto que sofrem as consequências de uma guerra devastadora. O avô perdeu sua esposa e seu filho, e o neto perdeu sua mãe. Sobraram apenas os dois e o pai do menino que trabalha em uma mina.
Devido as bombas que destruíram a vila em que moravam, o neto acabou perdendo a audição e o seu avô não consegue explica-lo o que aconteceu, dessa forma, ele acaba pensando que todos a sua volta estão mudos.
O avô vive perdido em meio a devaneios, relembrando as cenas do dia em que perdeu grande parte de sua família, e imaginando como contará isso para seu filho que trabalha na mina.
É uma história bem triste, porém bem realista quando lembramos tudo o que a guerra é capaz de provocar.
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SilviaVF 23/08/2009

Terra e Cinzas
Gente de verdade. Pensei nisso lendo o conto de Rahimi. Uma família representada por neto, pai e filho. Como cenário, o Afeganistão. Que mundo é esse? Não faço idéia. Só tenho certeza de que as informações que nos chegam são falsas e truncadas. O Afeganistão que vejo hoje é similar ao Brasil de Carmem Miranda, onde as mulheres andam com cachos de bananas na cabeça, é carnaval todos os dias e os macaquinhos andam soltos pelas ruas, pulando nos galhos das árvores.

Tento juntar peças desse quebra-cabeças. As notícias de jornal, os best-sellers, os filmes. Uma entrevista aqui, outra ali. É nesse ponto que entra Atiq Rahimi. Primeiro eu o ouvi falar - na Flip e no café da Martins Fontes, durante evento organizado pelo Cronópios. Agora, estou lendo alguns dos seus textos. O próximo passo será assistir aos filmes, pois, além de escritor, ele também é cineasta.

Em mais um dos tantos episódios de violência que parecem fazer parte do cotidiano de alguns reinos muito distantes do brasileiro, um vilarejo é aniquilado. Lemos isso com freqüência nos jornais. (Tropas americanas, talibãs, guerrilheiros, facções, ONU, não importa.) Mas, desta vez, ficamos sabendo dos fatos por uma pessoa comum. Um homem que teve sua família dizimada nesse ato e que abandona sua casa destruída puxando pela mão o neto, que ficou surdo com o ataque.

Arrasta a criança em direção à mina onde trabalha seu filho. Os três são os únicos remanescentes dessa família. O homem vai dar a notícia ao filho da morte de todos os seus parentes: a mulher grávida, a mãe, o irmão. Tios, primos, vizinhos, amigos.

A voz do narrador se dirige unicamente ao velho. Talvez seja sua própria voz falando com ele. Uma espécie de grilo falante que tenta mantê-lo vivo, mantê-lo em pé. E assim a história se constrói ou revela, não sei.

Mas, se o Afeganistão é um mundo à parte, os homens são os mesmos em todo lugar. Amor, honra, coragem, instinto de sobrevivência. O egocentrismo da criança que, ao deixar de ouvir, imagina que a voz dos outros é que foi roubada. É o mundo externo a ele que perde algo preciso. O pai que sofre a sua dor, a dor do neto e a dor do filho. E que se agarra a esse filho, ao orgulho que tem dele, para seguir. E que teme pela vida do filho, o filho que tem sangue quente, que não suportará qualquer desonra. Que morrerá para honrar seus mortos.

Esse mesmo pai, que deseja preservar e poupar o filho, ao mesmo tempo precisa que esse filho se lance contra o fogo para honrar seus mortos. Parece exigir que esse filho abra mão de uma vida melhor, de uma oportunidade apenas vislumbrada, para morrer em nome sabe-se lá do que exatamente.

Valores, religião, honra, códigos. Amor, vida e morte. De que matéria somos feitos afinal? Algozes e vítimas de nós mesmos.

E como é possível vivermos vidas tão diferentes numa mesma época, num mesmo planeta, respirando o mesmo ar, debaixo de um único céu? Penso naqueles filmes de ficção científica, nos portais para outras dimensões, nos universos paralelos. Alguém ainda duvida que eles existam?

O livro é ótimo. Vale a pena ler.

http://cafedas5.blogspot.com/2009/08/terra-e-cinzas.html
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Márcia Regina 18/09/2009minha estante
Sílvia, vou iniciar hoje a leitura de "Terra e cinzas".

Teu comentário é muito interessante. Essa mescla de sentimentos, códigos e valores de que somos feitos - e que, ao final, é o que nos torna humanos -, quando descrita com sensibilidade, mesmo na crueza que essa sensibilidade representa, geralmente diferencia um grande escritor.

Tenho a impressão de que vou gostar de "Terra e cinzas". E teu comentário me animou a colocar o livro na frente da pilha de livros para ler.




Thuanny Paula 13/11/2021

AFEGANISTÃO
Esse é o primeiro livro que leio do projeto Um livro de cada país. O objetivo é ler uma obra que represente, mesmo que sucintamente, a histórias dos países.
Guerra e Afeganistão são palavras que se cruzam, há quanto tempo esse povo sofre com tanto conflito.
Essa obra retrata um pouco a dor de uma família, as inquietações de uma pai que perdeu tudo, inclusive a esperança. Fica o ensinamento que os sobreviventes da guerra também estão mortos.
Como recomeçar? Por qual motivo?
O autor sugere que os mortos são mais felizes que os sobreviventes.
Impressionou-me a história de Yassin, um garotinho que ficou surdo com o bombardeio. Ele conseguia falar, mas não ouvia nada, o avô não sabia como fazer-lhe entender a surdez. O menino concluiu que todos os homens emudeceram, e esse foi o preço que pagaram para viver. Nos seus pensamentos a mãe não quis entregar a voz e por isso morreu.

"A lei da guerra é a lei do sacrifício. Ou sangras da garganta, ou ficas
com as mãos manchadas de sangue".
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CAcera3 20/04/2022

Um pequeno retrato do buraco que a guerra cava no ser humano
Um homem vê sua família quase inteira ser bombardeada num ataque ao seu vilarejo. Após esse acontecimento ele pega seu neto, único familiar sobrevivente ao ataque que ficou surdo após as explosões, e se dirige até a mina onde seu filho Murab trabalha para contar para ele o que aconteceu.

Processar os recentes acontecimentos e mais ainda a terrível tarefa de ser a pessoa que vai dar essa notícia ao seu filho coloca esse ancião numa situação angustiante.

O conto se passa dentro da mente do protagonista, e nela nós conhecemos um pouco da dor, do desespero, da sensação de perda que alguém sente ao ser diretamente atingido por uma guerra.

É um relato sensível, forte e visceral de uma mente abalada por tais horrores.
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Márcia Regina 03/10/2009

"Terra e cinzas", de Atiq Rahimi

Para obra de estréia do autor, impressiona. Direto, claro, sem rodeios. Doído, doído.

A estrutura do texto cria uma sensação de pequenos elos de uma única corrente. Os trechos são separados não por capítulos, mas por um espaço maior entre as linhas. E esse espaço vazio ressoa como silêncio pesado, é feito um grito mudo cujo som somos capazes de ouvir, mesmo em nossa surdez. Não é para ser simplesmente lido...

Um velho carrega a incumbência de levar ao filho a notícia da morte de toda sua família. Apenas dois sobreviveram: ele e o neto. Com o filho, são três gerações. A surdez, a mina, a solidão... A impotência, a fuga, a culpa... O que sobra além das cinzas e da terra? E se for só o que sobra, que se coma a terra, que as cinzas nos alimentem, mesmo que umedecidas por lágrimas. Afinal, não são lágrimas, mas o "pesar que se derrete e escorre. Deixa escorrer".

Gostei do final do livro. Lendo, lembrei de Antígona. A dificuldade de pertencer a um mundo em transição, onde os valores mudam e dignidade, crenças, deuses, sobrevivência e possibilidade de futuro podem ser conceitos contraditórios. Existem decisões que não somos capazes de tomar. Nem sempre somos capazes de enterrar nossos mortos.
__________________________

Eu retiraria do texto a expressão "quem me dera".
Ela aparece duas vezes e nas duas me soa como excesso. E a forma da escrita, por meio de pequenos trechos que objetivam criar pequenos impactos, pequenos choques, acaba prejudicada com qualquer palavra “a mais”.

É leitura minha, particular, mas penso que “quem me dera” soa mesmo piegas e tira parte do clima, ainda que a frase seja colocada na boca do narrador e não na do velho, frisando o quanto a história é imensamente triste e denotando o desejo de contar diferente. Talvez seja resultado da tradução ou pode também estar relacionado com a forma que cada cultura tem de contar suas histórias. Mesmo assim, não me convence.





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Marcos Faria 04/03/2013

Um menino ensurdecido acha que os bombardeios roubaram não a sua audição, e sim as vozes de todo o mundo. A perda da voz dos oprimidos grita logo nas primeiras páginas de “Terra e cinzas” (Estação da Liberdade, 2001). Mas o menino-metáfora fica para trás. Num cenário de aldeias devastadas por bombardeios e famílias destruídas, o mais incômodo em acaba sendo a narração em segunda pessoa (mais ainda porque o texto em português, traduzido da versão francesa e não do original em dari, deliberadamente mistura a segunda pessoa gramatical com a terceira, sem explicações). Com isso, Atiq Rahimi força o leitor na pele do protagonista Dastaguir na sua jornada inglória. Aos oprimidos não resta sequer a metáfora. Só o absurdo.

(Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/03/04/meninos-eu-li-32/)
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Juba 04/06/2013

Desempregado
Peguei esse livro quando estava na época procurando emprego e fui entrevistado por uma responsável de RH que mi perguntou o porque de escolher esse livro.
Henrique Fendrich 04/03/2020minha estante
E qual foi a sua resposta? =D


Juba 13/07/2021minha estante
Provavelmente naquela época, o livro foi, que me chamou.
Gosto de pegar livros que não sejam do meu gênero favorito, porque gosto de me desafiar as vezes; e isso deve ser tomado para vida, desafiar-se um pouco para não ficar no comodismo... Aplica-se na leitura e aplica-se na vida.

-Quem dera tivesse, naquele tempo; a cabeça que tenho hoje. Essa resposta teria sido legal.
Nem me lembro o que disse pra ela.




mrysol 30/10/2014

Terra, cinza e lágrimas
Terra e Cinzas é um conto Afegão que narra a história um avô e um neto Yassin sobrevivente de um bombardeio que matou quase toda a família, Dastaguir, o avô está numa jornada procurando o filho, pai de Yassin, que trabalha numa mina. Durante a história ele tem muitas alucinações, memórias e imagens que o fazem chorar e viver o pesadelo das lembranças.
O neto, devido ao som fortes das bombas acabou ficando surdo, e por não entender, ele acredita que as bombas roubaram a voz do mundo e a do seu avô, demonstra as atrocidades causadas pela guerra.
Em sua caminhada, eles passam fome, frio, não possuem moradia e mal tem dinheiro para poder viajar.
O interessante é que o narrador é como que um condutor de Destaguir, já que ele (Destaguir) é apresentado como segunda pessoa do discurso: aquela com quem se fala, ou a quem se ordena.
O cenário e as falas do livro são comoventes, nos faz sentir a tristeza vivida por sobreviventes que muitas vezes se sentem como mortos, a pobreza extrema é muito frequente na história, é fazer sentir pena!

"Esse neto é o único que sobreviveu. E ele não pode ouvir o que digo. Tenho a impressão de falar com uma pedra. Isso me corta o coração... Falar não é o bastante, se o outro não te ouve, não serve pra nada, é como as lágrimas..." (página 36).




site: http://livrosgratisemcasa.blogspot.com.br/
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Carol 27/08/2021

Muitas cinzas
Uma história densa e forte cheia de dores e perdas? de familiares, da esperança, da fé
Terra e cinzas é um elegante e sutil grito para que parem bombardeios e matanças, que geram tanta dor e ódio.

OS MORTOS SÃO MAIS FELIZES QUE OS VIVOS
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