Resistência

Resistência Agnès Humbert




Resenhas - Resistência


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Renata CCS 11/06/2014

“Quem fala da guerra sem saber do que se trata, asseguro sinceramente que é algo lamentável." (Agnès Humbert em Resistência – pág. 165).

"As mulheres sempre perdem a guerra. Não a querem, mas a perdem. (...) O livro de Agnès, entretanto, consegue não ser um livro de perdas. Eu diria até que é um livro de conquistas. Quando se é obrigada a passar seis semanas sem trocar a roupa íntima, proibida de lavá-la e praticamente sem lavar-se, quando os piolhos infestam a cabeça e a fome devora o estômago, manter a dignidade é uma conquista diária" (Marina Colasanti, no prefácio de Resistência).

RESISTÊNCIA é um relato vigoroso e marcante da oposição á ocupação nazista na França e dos fatídicos acontecimentos que terminaram em prisões, deportações e execuções dos muitos que militaram contra as atrocidades de Hitler. O livro é um registro pessoal de Agnès Humbert que, juntamente com seus amigos do Museu do Homem em Paris, onde trabalhava como historiadora de arte, iniciou um movimento de resistência francesa, que deu origem a uma publicação denominada Résistance.

Em 1941, Agnès e os membros de seu grupo são delatados à Gestapo. Os homens foram presos e fuzilados e as mulheres, após permanecerem um ano em um presídio na França, foram deportadas para a Alemanha e submetidas a trabalhos forçados por três anos.

O testemunho de Agnès é pulsante, recheado de detalhes como só poderia conter um livro escrito por alguém que viveu na pele, literalmente, as barbáries do nazismo. Até o dia anterior à sua prisão, nos primeiros meses de 1941, Agnès registrou os fatos em seu diário, publicados na íntegra nas primeiras páginas do livro. Após sua libertação, no início de 1945, Agnès dedicou-se a escrever suas memórias, ainda no calor dos acontecimentos recém vividos. A junção dessas narrativas deu origem a um relato desprovido de sensacionalismos de uma mulher com espírito indomável.

A narrativa de Agnès Humbert me chamou a atenção pelo fato de nunca perder o humor, mesmo quando relata as atrocidades que viveu ou presenciou. Dona de uma personalidade forte, Agnès construiu uma narrativa única, abusando de comentários irônicos, debochados, cheios de sarcasmo, mas sempre inteligentes, e sem perderem a sensibilidade e o tom de compaixão. A habilidade em lidar com palavras e a delicadeza de suas observações acaba por cativar o leitor. Ela parece ter sido realmente uma mulher extraordinária!

Dos livros que já li sobre a Segunda Guerra (confesso ser um tema que me chama muito a atenção), não vou dizer que esta tenha sido a obra que mais me emocionou, mas a leitura vale muito a pena. A intensidade e engajamento da autora não fazem da obra apenas o diário de uma sobrevivente, mas um verdadeiro documentário acerca da resistência do ser humano quando expostos ao impensável. É também um belo tributo a coragem e ao sacrifício dos companheiros que não sobreviveram.

Recomendo o livro para quem busca saber dos acontecimentos brutais daquela época através dos olhos de quem sentiu na pele aqueles anos sombrios, de alguém que preferiu arriscar-se a simplesmente aceitar o absurdo imposto pela Alemanha de Hitler, e que, mesmo sofrendo as conseqüências terríveis decorrentes de sua ousadia e coragem, conseguiu manter sua fé e dignidade.
Arsenio Meira 11/06/2014minha estante

Bela resenha, Renata!
A epígrafe pode ser traduzida assim, pela sabedoria popular: "pimenta na retina dos outros é refresco..."
Abraços


Maria Luísa 13/06/2014minha estante
Esta obra figura em minha lista de leituras há algum tempo. Sua ótima resenha somente veio confirmar que devo colocá-la entre as próximas.


J@n 13/06/2014minha estante
Gostei demais deste livro, Renata. Fiquei orgulhosa de ser mulher diante da bravura de Agnès.


Mara 25/06/2014minha estante
Esse livro é incrível mesmo...muito chocante e emocionante!!
Um tributo à coragem de várias mulheres...e homens também.
Retrata bem esse episódio triste e o mais terrível da história da humanidade.


miriam 16/02/2015minha estante
Já está na minha lista(que cresce à cada dia) dos próximos que pretendo ler.Sou fascinada por livros ligados ao Holocausto,porque tenho admiração pelo povo judeu e livros que retratam esse período triste da nossa história são uma lição de vida.




André Cerqueira 19/10/2023

Recomendo muito!
Essa é uma obra de memórias que oferece um relato vívido e comovente da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Humbert era uma historiadora de arte e membro ativa da resistência que foi presa pelos nazistas em 1941. O livro narra sua experiência na prisão, suas tentativas de manter a esperança e a coragem durante os tempos mais sombrios e sua luta contínua contra a ocupação nazista.

Humbert escreve de forma cativante, transmitindo não apenas a crueldade dos nazistas, mas também a resiliência do espírito humano. Suas memórias oferecem um olhar perspicaz sobre a solidariedade e a determinação daqueles que se recusaram a se render ao regime opressivo.

Além de uma narrativa emocional e envolvente, "Resistência" também é um importante documento histórico que lança luz sobre um período crítico da história europeia. Agnes Humbert retrata a coragem e a dedicação daqueles que se levantaram contra a ocupação nazista na França de maneira notável.
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DIRCE 13/10/2009

Memórias vivas
Resistência é um livro em forma de diário que pode ser considerado um documento sobre a 2ª Guerra Mundial, pois ele contém as memórias (que continuam vivas) de Agnes Humbert, que foi prisioneira de guerra por participar ativamente de uma imprensa clandestina que se opunha a Hitler.
“Cada uma dessas páginas está ilustrada como uma imagem bárbara” palavras de Agnes Humbert e, lamentavelmente, pude constatar, na leitura que fiz, que não havia nelas exagero algum.
Li esse livro ansiando que a Guerra ( vejam bem: a Guerra e não o livro) terminasse logo - ficava a todo momento prestando atenção na data para ver se faltava muito para o ano de 1.945. O que ali era relatado me deu o direito de, muitas vezes, acreditar ser tudo inverossímil – era impossível até mesmo imaginar que um ser humano fosse capaz de resistir as tão absurdas mazelas. Tão absurdas que até justificaria se Agnes, realmente, após o fim da Guerra se sentisse como os iniciantes da lenda irlandesa por ela evocada. Mas não. Ela não se deixou abater – não permitiu que o riso desaparece dos seus lábios e, tampouco, que seus olhos, que conheceram a cegueira enquanto prisioneira, perdessem o brilho e, até, conseguiu ir muito mais além: trabalhou, prestou sua solidariedade quando, finalmente, foi libertada.
Essa notável mulher me deixou toda “inchada” de orgulho por eu ser mulher também.

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Leituras e Reflexões 20/01/2023

?Foram as mulheres que começaram a Resistência. As mulheres não tinham direito de votar, não tinham conta em banco, não tinham emprego. Mas as mulheres eram capazes de resistir...?
.
A história de uma senhora francesa que foi incrivelmente forte.
Terminei a leitura dizendo pra mim mesma: ?uma Anne Frank já de idade?.
O ?diário? de Agnés merecia ser tão conhecido internacionalmente quanto o de Anne.
Quanto sofrimento físico! Quanto sofrimento emocional!

Indico!
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Wilton 04/11/2014

"Não há mal que sempre dure"
Agnès Humbert conta, em forma de diário, a sua vida de prisioneira de Hitler. Ela o faz de forma sóbria e bem humorada. Os fatos narrados denotam todo o sofrimento passado pela autora sem que ela usasse de recursos piegas para enfatizar o sofrimento. Mulher de personalidade forte e detentora de uma personalidade ímpar, Agnès conseguiu sobreviver, mesmo nas condições mais desumanas, mantendo a dignidade. Eis um livro escrito para ser lido mais de uma vez.
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cid 20/10/2009

Memorize um belo poema para suavizar os momentos difíceis.

Agnes Humbert provocou diferentes emoções em mim durante a leitura de Resistência. Talvez o primeiro pensamento seja que tipo de imprudente escreve um diário nas condições de clandestinidade da França ocupada ? Na pagina 30 ela relata a visita a um certo Sr. Edouard D. que ela queria trazer para o seu grupo e diante desse senhor que apenas fala dos netos, como a dizer que a família deve vir primeiro e que não quer arriscá-la , Agnes arremata dizendo que ¨desde já é preciso fazer a lista negra dos camaleões, dos fracos , dos imbecis¨. Como podia ela querer impor aos outros o seu ponto de vista, apesar de louvável e corajoso? Depois afirma nada ter dito sobre os companheiros, durante o interrogatório e em seu julgamento que afirmou essa posição.Assim sanciona a lógica da tortura. O herói morre mas não fala. Mas, será a mesma gestapo que ouvimos falar tão cruel , e que aceitou o seu posicionamento? Depois , durante a prisão e deportação , admirei muito a sua coragem e a maneira como tentou olhar com humor as suas desventuras. O método de produção de seda me deu calafrios, e o tratamento dado às prisioneiras também. Mas, Agnes sobreviveu e ao final do relato diz que achou comicas as ameaças de fuzilamento por parte das SS,não acreditando que fossem efetivadas.(Sera a mesma SS tritemente famosa pelas suas atrocidades? Libertada a encontramos como caçadora de nazista, a elaborar muitas listas negras... Encontra nesse momento os testemunhas de Jeová que tanto sofreram a perseguição dos nazistas mas se recusam a participar da acusação dos seus algozes. O grupo de resistência aos alemães dizia chamar-se Circulo Alain Fournier. Em um momento muito bonito, Agnes diz lamentar não ter memorizado poesias e texto que pudessem ter preenchido sua solidão nas diversas prisões em que esteve. Acreditamos que podemos viver em plenitude dia após dia, e quando isso não acontece, ao final , nós polimos a realidade as vezes tão ásperas , tão brutas. Mas, vou aceitar o conselho de Agnes e memorizar um belo poema, para os momento difíceis.
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Matheus656 03/05/2021

Mais relatos sobre a segunda guerra mundial
Quando pensamos em livros sobre a segunda guerra mundial e diário, pensamos logo em "o diário de Anne Frank". Existe tantos outros por ai que não tem o mesmo destaque que o de Anne, mas que merecem mais atenção, esse é um deles. Enquanto o diário de Anne é contado de ponto de vista de uma refugiada dentro de um sótão, nesse vemos o outro lado. Agnès que era da resistência e se opunha aos nazistas, foi pega, foi feita de prisioneira e depois levada para um campo de concentração. Temos um relato sobre o que acontecia dentro daqueles campos, e é uma leitura angustiante. Ela narra de forma simples e crua. Faz a gente sentir repulsa do ser humano, e do que ele é capaz de fazer para o próximo. Sem dúvidas esse é um livro que merece ser mais conhecido.
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Michelle 20/02/2013

Emocionante
O livro retrata o período de instalação do nazismo na França, alcançando a ofensiva aos alemães e a libertação dos prisioneiros. Em alguns momentos precisei parar e apenas sentir. Muito realista, nos transporta para esta fase tão difícil da humanidade. Com uma linguagem clara mas não óbvia, prende o leitor, que é conduzido a uma viagem no tempo e na história.
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Alê 12/10/2020

Necessário
"e pedi a ela que, quando partir, voe até lá e leve lembranças minhas àqueles que amo".

Agnès é uma mulher forte, e não tenho palavras pra descrever esse livro. Leia.
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Tito 21/06/2010

Testemunho em primeira mão das iniciativas pioneiras de resistência organizada à ocupação nazista da França e dos subterrâneos das prisões alemães, parte sob a forma de um temerário diário, parte como memórias escritas logo após o término da guerra. Um relato pungente, que ganha força ao ter seu contexto histórico esmiuçado pelo excelente posfácio de Julien Blanc.
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zette 18/05/2009

Um livro tocante escrito por Agnès Humbert que narra toda sua trajetoria como prisioneira politica, o que sofreu, mostrando toda sua coragem, audacia, para vencer seus medos e lutar pela liberdade, sem nunca abaixar a cabeça.
Livro surpreendente , bem escrito que deve ser lido por todos aqueles que apreciam a leitura dos fatos reais ocorrridos durante a segunda guerra mundial
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Di 05/06/2019

A Resistência também é feminina!
Vi este livro num anúncio de determinado sebo no Instagram. De cara, eu já fui fisgado pela beleza singela da capa e pelo subtítulo forte: "A história de uma mulher que desafiou Hitler".
Adquiri o volume e aguardei ansiosamente pela chegada dele até mim. Ansiava por me teletransportar através de suas páginas até aquele período obscuro de nossa História.
Agnès se apresenta com toda sua fibra e personalidade forte. Trabalhando no Museu do Homem, ela desempenhou um papel exponencial na Resistência Francesa diante da opressão do Hitlerismo que assolava a Europa.
Agnès não desafiou Hitler no campo de batalha, mas sim com pequenas ações que, de alguma maneira, enfraqueciam e sabotavam o sistema opressor no qual ela se viu imersa. Antes mesmo de sua prisão em campos de trabalho forçado, ela já lutava contra os opressores alemães e defendia o direito à liberdade. O patriotismo sempre falou mais alto e o desejo de ver a Nação Francesa livre novamente deu a essa mulher uma força e integridade de caráter descomunal.
Sempre imersa em bom humor, mesmo diante de tantos percalços que para outros seriam insuportáveis, Agnès se mantém firme todo o tempo e se nega a ceder às forças da "Besta Hitlerista". A ironia e o sarcasmo também se tornaram armas nas mãos dessa francesa que se negou a perecer diante do inimigo. Viveu até seus últimos dias lutando pela causa, disseminando o sufoco pelo qual passara em seus cinco anos de prisão e defendendo veementemente a liberdade para todos.
Agnès, para mim, é um exemplo do que podemos e do que devemos ser diante de situações opressoras. O Hitlerismo decaiu, mas existem outras formas de discriminar e subjugar minorias, e é contra isso que devemos lutar contra diariamente, sem cessar e sem fraquejar.
Recomendo este livro a todos que, assim como eu, se interessam pela história da Segunda Guerra Mundial e, mais especificamente, sobre o Nazismo. Com ele, você mergulha na guerra e na resistência sob o ponto de vista de uma mulher forte e insistente, que não deixou se abater diante de todas as dificuldades com as quais se deparou em seu percurso.
Tanto tempo depois, Agnès sobrevive. E sobreviverá por toda a eternidade.
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Laura.Guimaraes 19/01/2016

Vivenciar uma história incrível
Esse livro permitiu vivenciar como foi viver em uma França invadida, e mais do que isso, mostrou a coragem de uma mulher e de outros "resistentes" de lutar pelos seus ideais. É uma história incrível e emocionante!
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VI 03/10/2009

Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler trata-se do diário da francesa, Agnès Humbert, uma historiadora de arte que foi deportada para Alemanha para fazer trabalhos forçados. Ela e muitas outras mulheres foram humilhadas e tratadas em condições sub-humanas, passando fome, frio e sendo obrigadas a trabalhar nas fábricas. Agnès foi uma mulher muito forte para conseguir suportar as crueldades da guerra, foi muito corajosa também, pois no seu diário ela relata com detalhes o sofrimento que passou na época de sua prisão.
É um livro muito bom e interessante, deve ser lido por todos que gostam do assunto Segunda Guerra e querem saber mais sobre os acontecimentos daquela época. Apesar desse assunto já ter sido bem explorado através de livros, documentários e filmes, sempre há algo novo para aprender.
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