Higor 25/01/2014
Você, livro ruim
Daí que todo o marketing em volta de James Patterson, tanto da Arqueiro, quanto da Novo Conceito, fizeram-me perguntar quando enfim leria algum livro dele. Eis que o dia chegou, e com ele a grande decepção.
Livros policiais são ótimos, mesmo sendo um tanto clichês na maioria das vezes, mas eu nunca havia lido um livro policial de apenas 198 páginas. Logo de cara achei totalmente impossível uma boa trama ser desenrolada e bem construída em tão poucas páginas. O fato de ser o 16º livro de uma série também desanimou bastante, apesar de ter consciência de serem casos independentes, o que não atrapalha em um todo.
A história é contada rápida demais, sem muitos detalhes, e os personagens mencionam que sabem dos fatos decisivos para a identificação do vilão, mas nós, leitores, ficamos alheios a isso, dando a entender que pulamos tal parte. A história já não tinha potencial, mesmo com o autor forçando, sempre dizendo que tal crime iria abalar não somente a família de Cross, mas os EUA e o mundo todo. Rá, muito exagero. A maneira como foi escrita atrapalhou ainda mais a desastrosa leitura.
As páginas não viram sozinhas, como a Arqueiro vêm anunciando, pois eu as passava com bastante dificuldade. O autor de suspense mais vendido do mundo decepcionou muito, muito mesmo. O livro é tão ruim, mas tão ruim, que até o título “Eu, Alex Cross” não condiz em nada com a história. Eu esperava que houvesse algo a ver com a identidade do tal, ou até amnésia, mas nada condizente com o título aconteceu.
A verdade é que tudo não passou uma infeliz leitura. Mesmo com várias séries e livros individuais por aí, o autor fez com que eu, a partir desse livro, não tenha mais nenhuma vontade de sequer folhear suas histórias na livraria. Ainda bem que o livro é fino, então não sofri tanto para concluí-lo.