Resenhas - História dos Estados Unidos

Ogaiht 19/12/2021

O Surgimento de uma Potência
Os Estados Unidos são, inegavelmente, o país mais poderoso do mundo. O tamanho da sua economia é infinitamente maior que a de qualquer outra nação. Seu poderio militar é incontestável. Sua influência cultural está em toda parte: nos filmes, séries e programas de TV que assistimos, em hábitos alimentares, nas roupas que vestimos. Mas como esse país, que originalmente era um conjunto de umas poucas colônias sem muita relevância econômica se tornou a maior potência mundial a partir do início do século XX?
Apesar de o livro mostrar Leandro Karnal como autor, a obra é na verdade um trabalho conjunto de diversos professores mostrando a história desse país. No livro vemos, por exemplo, que o simples fato de os EUA terem sido uma colônia de povoamento não é suficiente para explicar o desenvolvimento incrível dessa nação. Isso foi um processo bem mais complexo. O livro aborda os principais pontos da história americana, a guerra de independência, passando pela guerra civil, a imigração em massa, a expansão ao oeste e a guerra contra o México (se apropriando de uma enorme área desse país, onde mais tarde se encontraria grandes riquezas como ouro e petróleo), as duas guerras mundiais, a Guerra Fria e, finalmente, a guerra ao terrorismo.
É um livro muito didático e uma leitura muito prazeirosa, e ao final entendemos por que o mundo tem essa relação de amor e ódio com esse país. E como é dito no livro, para o bem ou para o mal, o destino do planeta está associado aos EUA.

Yuri.S 07/01/2012

Completamente tendencioso.
É de se perguntar aonde está a ética destes autores em levar ao engano leitores que gastaram seu dinheiro no livro achando que iriam conhecer a história americana sem berrantes distorções ideológicas como prometido no prefácio. Basicamente é um livro de profunda inspiração esquerdista que, praticamente em sua totalidade, detém-se na narração da história dos movimentos esquerdistas americanos. Ao fim do livro, os autores fazem um mea-culpa afirmando que os EUA despertam ou opositores ou admiradores. Definitivamente os escritores são opositores cujo único objetivo é incitar todos a partilharem da mesma ideologia anti-americana.

Sídnei 31/10/2022

Uma breve história dos EUA
O autor buscou tratar dos principais assuntos da história estadunidense, ao meu ver, muitos fatos relevantes foram ignorados, existe outros títulos que abordam o mesmo assunto com mais profundidade. Não recomendaria essa leitura

Inlectus 17/04/2009

Boa obra.
Estudar a história dos Estados Unidos, é prazeroso, como estudar a história da Italia, Grecia, China, do nosso Brasil em espcial, e por aí vai.......

Thalezito 25/06/2022

A maior potência do mundo
Neste livro, Leandro Karnal junto com outros historiadores explicam a origem e a ascenção dos Estados Unidos. É um livro dinâmico e didático, excelente para despertar a curiosidade do leitor sobre o assunto.

Recomendo para aqueles que querem um livro curto e bem explicado.

Chiabaibr 19/10/2023

Ótimo livro para quem sempre teve curiosidade sobre os EUA
Sempre tive curiosidade em saber sobre como os EUA se tornaram a maior potência mundial moderna e por quê eles tiveram e ainda têm tanta influência no mundo ocidental. Mesmo que não aborde todos os pontos de forma profunda, o livro se propõem a desmistificar a formação dos EUA e vários conceitos pré-formados que sempre levei como verdadeiros. É uma excelente leitura e todos que se interessam não podem deixar de ler essa obra de Karnal (a obra não é só construção dele, mas também de diversos outros historiadores)

Je 18/01/2015

Ótimo para iniciar os estudos sobre o assunto
O Leandro escreve de uma maneira gostosa, você vai lendo, lendo e lendo, quando vê já terminou, não é aquela linguagem acadêmica pesada, e ele não fica indo e voltando no assunto várias vezes se tornando repetitivo, esse é um dos pontos chave!

Maria.Gabrielly 03/07/2021

Leitura da faculdade
Um livro INCRÍVEL para quem se interessa pela História Norte-americana. Com certeza vale a pena ler esse, é muito fácil de ler e traz muitas informações essenciais para a compreensão desse momento histórico.

Dalmo 03/04/2016

Decepcionante
O livro se propõe a fazer uma análise isenta da história americana, distanciando-se, como nas palavras dos autores, da visão maniqueísta que tem orientado muitos livros publicados sobre o tema. Desafortunadamente, o livro acaba por traduzir uma postura crítica em demasia ao modelo de desenvolvimento tanto da economia quanto da sociedade norte-americana, e, por outro lado, uma ode nada velada ao comunismo revolucionário que, nas palavras do livro, tanto contribuiu para o fortalecimento dos movimentos sociais norte-americanos. Você pode notar esse maniqueísmo escancarado num certo louvor à personagens e passagens históricas que se contrapunham às desigualdades criadas pelo rápido crescimento econômico ocorrido em alguns momentos da história, bem como às reações de movimentos sociais aos períodos de depressão e crises. Esta posição é reforçada pela visão pessimista da livre concorrência e da pouca valorização das inovações trazidas pelo "desigual" sistema econômico dos Estados Unidos. A conclusão final é uma tentativa de seguir a linha anti-maniqueísta proposta no início do livro, procurando uma análise isenta do papel ambíguo que a sociedade norte-americana no mundo atual, mas não consegue salvar a desastrosa tentativa de condução do leitor ao modelo de pensamento de alguns (ou de todos) os autores.

Doug 30/06/2016

Absurdamente tendencioso
O livro cumpre seu papel de contar a história americana com neutralidade até o momento em que começa a retratar o período do pós-Guerra Civil; à partir daí foca demais nos movimentos sociais (demais mesmo). Fosse um livro sobre a história dos movimentos sociais nos EUA, isto seria normal, mas como não é, torna-se, no mínimo, incoerente.

Outro ponto assombroso é a absurda e absoluta demonização de todos os governos de direita que já comandaram o país. Mais uma vez, fosse um livro que retratasse a história americana à luz da esquerda, não haveria problema algum. Mas, para um livro que se inicia propondo uma visão imparcial e distante do maniqueísmo, isso é um completo absurdo. Mais que isso, é um disparate.

Isso fica claro quando destacam a diminuição do salário médio que houve no governo Reagan(que, diga-se depassagem, é retratado como "o ex ator de Hollywood", propositadamente, a fim de se criar uma ideia de que ele fosse despreparado), em comparação aos anos 1970, mas não se menciona a queda da inflação possibilitada por este mesmo governo, bem como outros avanços. Ou seja, só se destaca os dados negativos.

Isso para não falar da absoluta demonização do livre mercado e da divinização da intervenção estatal. Enfim, é um livro para ser lido com desconfiança.

Japa 05/07/2022

Bom, até certo ponto
Sobre o conteúdo: fantástico e introdutório, extremamente introdutório, mas fala sobre (quase) tudo a respeito da história dos EUA.

Agora, a editoração é horrível. Talvez pelo fato de eu ter lido uma edição digi/p1r@te4da/talizada. Mas meudeus, parágrafos com quebra repentina o tempo inteiro, imagens às vezes fora de contexto, gramática e pontuação extremamente zuadas.

Sobre o teor político, eu achei bem leve, os autores tentaram se distanciar da visão polarizada de "bom/mau" e acho que fizeram um bom papel nesse sentido. Tendo em vista que um dos organizadores foi o Karnal, acho que até foi um livro um tanto politizado.

Indico pra quem quer ter uma ideia de literalmente qualquer assunto da história dos últimos 400 anos da história dos EUA, pois o livro é uma porta que abre em 1600 e se fecha em 2000.

Dante 20/09/2020

A História dos vários Estados Unidos.
Um show de escrita. Narrativa impecável. Um livro acadêmico de forma didática. Qualquer pessoa consegue ler e entender os assuntos propostos. Primeiramente, devo relatar que me agradou muito, porém me surpreendeu. Pensei que o livro se tratava apenas da origem dos Estados Unidos, focado no período até a guerra civil, etc. Mas, o livro é muito mais que isso. Ele aborda de maneira sucinta desde a origem até o século XXI. Apresenta os Vários “Estados Unidos”. O conservador, com ondas de preconceitos e barbaridades. O democrático, país livre de oportunidades o sonho de uma vida prospera no qual você se faz. E o imperialista, promovendo guerras, conflitos, interferindo em governos, revoltas, derrubando presidentes. Como o autor exemplifica bem no finalzinho do livro. Esta nação sempre teve um inimigo que ameaçasse sua hegemonia. Este inimigo deve ser destruído. Primeiro, os ingleses, ameaçavam sua liberdade, depois Norte contra o Sul. Posterior os nazistas e japoneses. A vez dos comunistas veio. A vez da guerra contra o terrorismo. Agora, estamos vendo um novo cenário. A China virou a nova inimiga que abalada a liderança do mundo americana.
Dentro do livro observamos que eventos como os que estão acontecendo agora, naquela nação, não é algo novo. Policiais espancando e matando negros acontece desde sempre, o que é muito triste e revoltante. E, desde sempre as revoltas e manifestações são avassaladoras. Um país com sérios problemas racistas e desigualdade social. Fiquei satisfeito com este livro. Esperei algo e ele me deu muito mais. Até a origem do termo politicamente correto e incorreto é discutido. Como Brasil tentou imitar os EUA desde sempre, os termos recebemos de lá. Como um filho torno, nosso país tenta imitar o pai distante que saiu para comprar um cigarro, mas sempre aparece para dar um conselho diferenciado.

Laiz 06/05/2021

achei normal
- quando adquiri o livro e fiquei esperando chegar marquei como "quero ler" aqui e fiquei olhando as resenhas, cada opinião cabulosa, pensei meu deus do céu o livro vai comer o cu dos gringo sem pena
- PLOT TWIST não teve nada disso eu até desanimei
- discute brevemente os principais acontecimentos da história dos EUA desde os pioneiros/invasores, conflitos, expansão territorial, atividades econômicas e problemas sociais
- tem anedotas e curiosidades históricas espalhadas pelo livro e eu como boa fofoqueira adoro
- queria que tivesse mais referências porque a produção de entretenimento desse país PEDE, IMPLORA por recomendações em cada capítulo
- prometeu ser isento e foi, vcs que não sabem lidar com quaisquer críticas beijosssss

Luis 09/09/2017

Entre águias e perus
Nenhum habitante ou país desse imenso e mal tratado planeta, pode se dar ao luxo de estar indiferente aos Estados Unidos. Ao contrário da super potência e seus cidadãos, famosos por tratarem aquele (grande) pedaço de terra ao norte do Equador como o umbigo do mundo. Essa é uma das constatações de “ História dos Estados Unidos da América- das Origens ao século XXI” (Editora Contexto, 2007), um breve e conciso relato sobre as questões cruciais da trajetória do “nosso irmão” do norte, obra assinada a oito mãos por renomados acadêmicos, como o historiador pop Leandro Karnal, que atualmente, junto com Mário Sérgio Cortella, ocupa o posto de palestrante mais requisitado do país. Completam o quarteto, Luiz Estevam Fernandes, Marcos Vinícius Moares e Sean Purdy.
O livro segue a estrutura tradicional das obras do gênero, avançando pela cronologia dos acontecimentos desde a era colonial, passando pela Guerra de Independência, a promulgação da Constituição, a Guerra Civil, a conquista do Oeste, as Guerras Mundiais e a Guerra fria. Mas as semelhanças param por aí.
Na verdade, os autores estabelecem uma análise que foge do lugar comum da glorificação ou da demonização do “American Way of Life”. As próprias interpretações clássicas que permeiam episódios como a Guerra de Secessão (1861 a 1865) são desafiadas em favor de uma abordagem menos maniqueísta, que, embora esteja longe de esgotar o assunto, até por se tratar de um volume de meras 288 páginas, abre um leque de possibilidades para novos estudos que, em conjunto, possam abarcar com mais precisão a complexidade do tema.
Interessante notar que embora vendam essa imagem até no nome, os Estados Unidos foram germinados no solo da contradição, um caldeirão prenhe de múltiplas visões que em raras oportunidades se harmonizam. O livro foi publicado em 2007, mas o noticiário recente parece confirmar essa tese, como os eventos de Charlottesville, o que só valoriza o trabalho de Karnal e dos demais pesquisadores.
Embora os capítulos não sejam assinados, há uma unidade no estilo e na didática ao longo do texto o que o diferencia de uma coleção de artigos, como a princípio poderia parecer. Tal detalhe torna a obra ainda mais palatável para o público leigo, não necessariamente especializado em história, o que é outro acerto.
Chama a atenção ainda, uma exposição mais crítica e realista sobre os avanços sobre as terras indígenas. Contaminados por filmes de faroeste comprometidos com uma visão oficial, inconscientemente boa parte dos leitores tende a romantizar a “conquista do Oeste” como uma batalha justa pela imposição da civilização à barbárie dos povos nativos, quando na verdade, tal como fizeram também espanhóis e portugueses, foi um processo cruel de imposição e genocídio que apagou os rastros dos americanos originais. É bom botar os pingos nos iis.
Por outro lado, há o reconhecimento do muito que a cultura e o gênio empreendedor americano legou ao resto do mundo. O simples fato de estar produzindo esse texto em software próprio para tal ou recorrer ao google para checar determinada informação, atesta isso.
Na narrativa sobre a independência, há o curioso fato sobre a discussão do animal símbolo da nação que nascia. Enquanto alguns defendiam a poderosa águia, que foi a opção vencedora, outros, evocando a tradição colonial que permanece com o “thanksgiving”, defendiam o peru. Talvez a opção correta fosse um híbrido mutante que personificasse uma nação única, diferente, repleta de contrastes e que gera tanto fascínio quanto repulsa.

Disotelo 21/03/2019

Poderia ter sido melhor...
O livro tem diversos autores, diversos autores com visões diferentes do mundo, cada um conta uma parte da história. Começamos na era colonial com o Karnal, que deixa um pouco a desejar quando tenta explicar as diferenças entre Brasil e EUA, mas tem ótima didática. Após o fim da parte colonial temos outros dois autores muito objetivos, a parte deles é o ponto alto do livro, ai, quando chega lá pelo século XX entra a parte do Sean Purdy e o livro descamba um pouco...Não importa o posicionamento pessoal do autor, importa a objetividade com a qual ele se coloca, Mircea Eliade era fascista, Hobsbawn era Stalinista, ambos eram ótimos historiadores pois apresentavam uma descrição rica dos objetos com os quais trabalhavam... Sean Purdy deixa a história geral proposta até então para se limitar a história social, a antipatia do autor em relação ao país e seus conceitos superficiais de sociologia passam a nortear a narrativa, por um lado esse viés entra em flagrante contradição com a proposta inicial posta pelo Karnal, por outro lado, pelo menos, ele é eficiente ao basear seu anti-americanismo em fatos concretos e bastante relevantes, ou seja, ele consegue ser convincente mesmo sendo descaradamente manipulador.