Uma Estranha Família

Uma Estranha Família Ray Bradbury




Resenhas - Uma Estranha Família


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Pedro Almada 25/02/2012

Para leitores que se permitem mergulhar numa boa fantasia!

E se você tivesse uma família estranha? Não estranha do tipo pais assassinos e tios mafiosos. Nada disso... Imagine que sua irmã viaja pelo mundo, desprendendo sua alma do próprio corpo e colocando-a em pessoas e objetos? Imagine um tio com asas, uma mãe que nunca dorme e um pai que não anda durante o dia?
A família de Thimoty era exatamente assim, um tipo de estranheza que dispensa comentários.

***

Thimoty era ainda muito pequeno quando foi deixado na entrada da Casa, um lugar estranhíssimo, onde uma família sobrenatural habitava. O Destino carregou, com seu vento obscuro, o pequeno Thimoty até o lar dos diferentes, e seu papel naquele lar já estava traçado. Ele seria o Historiador, o humano que registraria a vida de sua família emprestada.
Mas isso não era uma tarefa fácil. O menino normal, humano, era incapaz de atingir as expectativas dos pais e parentes. Todos a sua volta eram imortais. Voavam, desapareciam nas sombras, viravam fumaça ou assombravam casas abandonadas. Mas Thimoty era uma simples criança mundana que nada tinha de sobrenatural.
Mas ele tinha Rato, um roedor fantasma; e a gata Anuba; e Arach, a simpática aranha. As criaturinhas sempre estiveram com o menino. Mas nada disso poderia amenizar a ansiedade de Thimoty em relação ao grande dia, a Volta ao Lar, quando a Casa receberia os parentes de várias partes do mundo e do tempo. Todos parentes sobrenaturais prontos para debochar do menino normal. Mas o garoto consegue ganhar a simpatia do tio Einar, um sujeito aventureiro com um par de asas verdes. Thimoty deseja tê-las mais do que qualquer coisa.
Numa casa em que os parentes podem ser desde uma nuvem de poeira até uma sombra assutadoramente cruel, é de se esperar que uma família assim tenha problemas um pouco mais graves do que os de uma família normal. E, vivendo na Casa, Thimoty vai descobrir, além de sua avó milenar e de sua irmã que desprende sua alma do corpo, relacionamentos que não eram esperados num ambiente como aquele, e vai conhecer, também, sua função, que se mostra muito mais importante do que muitos pensavam.

Na minha humilde opinião, Bradbury é um escritor nato! Lendo esse livro, é incrível perceber a forma como o autor de Uma Estranha Família tem uma íntima relação com as palavras, ele brinca com o cenário e personagens, transforma sua narração em algo poético e denso, dando uma atmosfera única à sua obra. A história me deixou incomodado por não apresentar um clímax, não como eu esperava. Mas gostei muito da história pelo fato de sua narração e suas personagens serem verdadeiras criações inspiradas! Com certeza eu indico sua leitura, vale a pena cada página virada! xD

Boa leitura a todos, pessoal! Fiquem na Paz!

Pedro Almada - Inspirados, O Berço das Grandes Ideias!
http://inspirados-oandarilhodotempo.blogspot.com
comentários(0)comente



Bea 06/06/2020

Não sei o que dizer
Que livro doido meu pai! Eu não sei realmente o que dizer. Entendi e ao mesmo tempo não entendi. Muitas viagens.
comentários(0)comente



gabyramllo 22/02/2022

O que rolou nesse livro?
No começo não entendi nada. No meio parecia que eu tava no começo, e no final parecia que eu tava no meio. Mas eu gostei -- se é que isso pode fazer sentido.
comentários(0)comente



GH 07/12/2014

Permita-se...

Terceiro livro que leio do Ray Bradbury, um dos meus autores preferidos, e, como sempre, não me decepcionou.

Inspirado em sua própria família, que, segundo ele era toda peculiar, assim como essas do livro, aqui o autor nos faz viajar pra dentro de uma casa e uma família muito estranha, mas adorável.
Nessa família temos diversas figuras diferentes e sobrenaturais, o que não é o caso de Thimoty, um menino que foi deixado na porta da Casa e passou a ser membro da família. Mas mais que isso, Thimoty, o filho rejeitado, triste e diferente, com o passar do tempo, além de membro, ele acaba virando o historiador dessa família, contando seus costumes, suas bizarrices, e, é claro, toda a história dela e da Casa. Mas, com a única exceção entre os outros, terá que um dia envelhecer e morrer.
Acompanhando de suas amigas Anuba, sua gata; um Rato e Arach, sua Aranha, o menino espera e ao mesmo tempo não espera, ansiosamente pelo grande dia (que, ao meu ver, o ''Grande Dia'' é uma metáfora com o ''Dia das Bruxas''), também conhecido como ''Volta ao Lar'', que é onde parentes de todas as épocas, tempos e lugares do mundo iriam visitar a casa.
Como se já não bastasse ter Cecy, sua irmã, uma menina que dorme o dia todo, mas que, através do sono, consegue ser e entrar em qualquer objeto ou pessoa, assim ''tomando'' e sentindo posse de seus sentimentos e ações, ter uma mãe que nunca dorme e um pai que durante o dia não anda, agora ele se sentiria mais estranho ainda, pois irá presenciar um volume gigante de mais familiares sobrenaturais.

Tio Einar, um dos personagens que aparece na ''Volta ao Lar'' e que tem dois metros e meio e também possuiu um par de asas, é também inspirado em seu tio na vida real, que tem o mesmo nome.

Olha, esse é um livro pra viajar, pra mergulhar bem fundo na imaginação e, ao finalizar a leitura, sentir saudades dessa família, das suas brigas e desavenças, das suas peculiaridades e costumes, pois é uma leitura única.
Ray Bradbury aqui mistura, alternadamente, uma visão dessa família ora melancólica, ora engraçada, mas sempre lírica. Podemos ver, ao ler cada linha, a paixão, a nostalgia e a admiração em que aqui se entregou o autor.
comentários(0)comente



Laura 26/01/2017

Sem graça
É uma história meio lenta e confusa. Achei chato e sem graça.
comentários(0)comente



Coruja 16/10/2017

Continuando meu desafio pessoal de ler tudo o que eu achar da bibliografia do Bradbury, peguei esse aqui da estante para aproveitar tanto o tema do mês no Desafio Corujesco quanto o All Hallow’s Read. Uma Estranha Família já estava esperando por aqui faz um tempinho, depois que o consegui numa troca pelo Skoob e foi uma leitura bem rápida e leve.

O livro é narrado de forma fragmentada pelo jovem Timothy, um humano normal que foi abandonado ainda bebê na porta da Casa - um lugar de quartos esquecidos e lareiras incontáveis, onde mora uma família de criaturas estranhas e maravilhosas, os Elliott; vampiros, múmias, fantasmas, adormecidas capazes de levar suas mentes aos confins do mundo. Tim cresce nesse mundo maravilhoso com a missão de ser o narrador das histórias que acontecem ao seu redor - e assim é que cada capítulo do livro funciona como um conto independente (inclusive, ao menos duas histórias já tinham aparecido na antologia O País de Outubro).

Uma Estranha Família pode parecer, à primeira vista, bem simples e até confuso. Mas, como muitas das histórias de Bradbury, essa é uma impressão falsa. Essa é uma história sobre o Estranho, o Outro e o interessante da forma como as coisas se desenrolam é que o ‘estrangeiro’ aqui é Tim, um humano comum em meio a uma família de monstros e outras criaturas imortais. Tim tenta encontrar seu lugar em meio a esses seres maravilhosos, até entender que é sua mortalidade, sua humanidade, faz dele exatamente aquilo que a família precisa: alguém para contar suas histórias.

Isso porque… a família está morrendo. As pessoas estão deixando de acreditar - num mundo de tecnologia e maravilhas modernas, em que não existem mais terras a descobrir e tudo passa pelas explicações da ciência, eles estão perdendo seus poderes.

É um mérito de Bradbury que, mesmo quando está tratando de monstros e criaturas da noite, como aquelas que aparecem nessa história, ele consegue ser incrivelmente poético. A linguagem dele é de uma delicadeza que sempre me impressiona. Aliás, o título original do livro, From the Dust Returned, que faz referência ao bíblico ‘do pó viestes, ao pó voltarás’, combina muito mais com o tom que o livro assume. Por mais estranha que seja a família, não é sua estranheza que é o ponto aqui, mas sim seu lugar em um mundo que não é mais capaz de acreditar no fantástico.

O livro demorou décadas para sair do papel: quando a ideia de A Volta ao Lar - conto que abre a história de Timothy - surgiu, Bradbury sentou-se com Charles Addams, o criador de A Família Addams, que desenhou uma primeira ilustração para ‘vender’ a ideia junto com o escritor. E embora o conto, junto com o desenho, tenham sido publicados numa revista em 1946, nenhum editor comprou a ideia dos Elliott. Assim, Bradbury a guardou na gaveta e Addams continuou com as histórias da família Addams, que de tirinhas satíricas no The New Yorker, foi adaptado para filmes, séries de TV e desenho animado.

Quando Bradbury finalmente publicou From the Dust Returned, em 2001, usou a ilustração de Addams (que então já tinha falecido) como capa. E, embora se possa reconhecer algo dos Addams nos Elliott, são histórias muito diferentes - os Addams foram criado como uma paródia, ao passo de Timothy e sua família existem num limiar entre a prosa e o lírico, naquele mundo de sonho que Bradbury consegue ecoar tão bem em seus contos.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2017/10/desafio-corujesco-2017-uma-historia-que.html
comentários(0)comente



Rodrigho.Moraes 25/11/2018

Bradbury sempre maravilhoso
Não é um livro para esperar grandes viradas, cenas de ação e momentos de disparar o coração; é uma história para ser apreciada, curtindo cada frase e personagens que só ele sabe criar. Para dar boas risadas em alguns momentos e, em outros, refletir. Como os outros livros que li dele, adoro como escreve e como sua história flui. Recomendo!
comentários(0)comente



Luizgustavo 17/02/2021

NÃO ROLOU....
Uma ótima ideia, mas muito mal desenvolvido. 208 paginas desperdiçadas. Esse livro foi rejeitado por várias editoras, agora sei por que kkkkkk.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR