Ogro 03/12/2011Fatos reaisComecei a ler sem maiores pretensões e terminei o livro nem bem emocionado nem bem irritado - apenas mais uma obra que dedica-se a falar sobre um determinado fato histórico , de forma semi-didática, na obra de Caravaggio - didatismo em forma de ficção (como Em O Mundo de Sofia, O Enigma do papagaio ou A Loja de Pianos da River Guache, que são focados respectivamente na história da filosofia, no enigma de Fermat e na história dos pianos) , no caso a descoberta de uma pintura dada como perdida: A Prisão de Cristo,assim pensei
Porém, curioso por conhecer as pinturas de Caravaggio - eu só conhecia A Conversão de São Paulo - fui pesquisar a citada Prisão de Cristo e então descobri que esse livro relatou FATOS. A pintura estava realmente dada como perdida e encontra-se em poder da Galeria de Arte da irlanda; não averiguei se todos os dados são reais mas , pelo que pude checar , o autor limitou-se a entrevistar todos os envolvidos e encadeou-os de forma a tornar um relato romanceado.
Isso dito, vale a leitura por dois motivos: um para conhecer um pouco sobre esse pintor italiano tão atípico,que influenciaria o trabalho de Rembrandt e segundo para constatar,mais uma vez, que a vida real é tão intrigante qualquer boa ficção.