Resenhas - Eu Sou a Lenda

Lúvina 12/04/2024

A história é interessante, tem um plot ok, mas não consegui deixar de, enquanto mulher, ficar profundamente incomodada com a constante fixação que o personagem tem de abusar sexualmente de corpos de mulheres inconscientes (as ?vampiras?), tipo, penso muito que, se fosse de uma perspectiva feminina esse tipo de pensamento jamais teria sido colocado em pauta, eu senti nojo do personagem o livro inteiro, atrapalhou demais minha experiência de leitura.

Arthur1446 12/04/2024

"Eu Sou a Lenda" é um clássico do horror escrito por Richard Matheson, publicado pela primeira vez em 1954. A narrativa é ambientada em um mundo pós-apocalíptico, onde Robert Neville parece ser o único sobrevivente humano em uma cidade deserta, assolada por criaturas vampíricas. A solidão e o desespero de Neville são palpáveis, enquanto ele luta para sobreviver e manter sua sanidade. Matheson cria uma atmosfera de suspense e tensão, explorando temas como a natureza da humanidade, a solidão e a busca pela esperança em meio à escuridão. Com reviravoltas surpreendentes e uma reflexão profunda sobre o que significa ser humano.

debora-leao 11/04/2024

Essa leitura eu decidi não esperar para resenhar. Acabei de terminar o livro e estou impactada, olhando para o teto, precisando disso aqui para ter fechamento em mim.

De início, naquela fase de ambientação com o universo possuímos quando começamos um novo livro, eu não senti que havia tanta ficção científica no livro, mas sim horror. Que é, combinemos, justamente o sentimento que um ambiente inóspito, solitário e caótico que pode ser uma grande cidade abandonada pós-apocalipse gera.

A questão vampírica me incomoda um pouco pq estou um pouco cansada dela, mas o mérito do livro é ir além disso. Há sim destaque para os vampiros (e os "infectados", mas como a voz narrativa é do Neville, o foco maior é dele. No fim, até o que parece confuso parece sê-lo pq ele está confuso, perdido, sem conhecimento o suficiente...

Conforme o andamento da história, porém, vi surgirem as questões humanas que são tão exploradas na ficção científica. A tecnologia versus a natureza humana, a colaboração em frente a adversidades biológicas e tecnológicas, a psique se remodelando para entender um ambiente novo com elementos similares ao entorno opressivo de savanas de onde viemos.

O personagem principal evolui muito, usando especialmente os pulos temporais para mostrar progresso. Apesar de me parecer um recurso de inabilidade ou preguiça por parte do escritor eu apreciei como ele conseguiu deixar Robert bem diferente em cada fase narrada no livro. A fronteira borrada (ao menos pra mim) entre flashback e presente foi desafiadora mas interessante pra mim, um bom treino pra essa rapidez de clique que eu demoro a ter.

O ritmo rápido da narrativa (que pode ser bem vagarosa às vezes mas quando muda o faz do nada e permanentemente, abandonando todo o legado anterior), com o plot mais original vindo nos últimos 15/20% do livro me soa potencialmente preguiçoso ou inábil mas também servir a um propósito na história. Provavelmente eu criticaria isso em 90% de outros livros, mas NESTE achei que coube bem.

Ao fim, "Eu sou a Lenda" é uma leitura interessante que exige pouco do leitor mas constrói uma atmosfera-alvo de forma muito boa e eficiente. Vejo sinceramente como a versão premium de assistir a um bom filme. Inclusive, uma análise psicológica bem feita do protagonista poderia ser muito interessante.

(SPOILER ABAIXO)
(SPOILER ABAIXO)
(SPOILER ABAIXO)
(SPOILER ABAIXO)
(SPOILER ABAIXO)
(SPOILER ABAIXO)
O brilho absoluto da história vem a partir do seu final. Adorei a noção de ver a si como anormal dentro da crença férrea e perdida da SUA normalidade. Acabei dialogando com a questão do conflito geracional em uma leitura recente minha, Pais e Filhos, mas acho que Eu sou a Lenda brilha na humildade do protagonista em aceitar que se o que ele mais desejava era companhia humana ele deveria aceitar que ela poderia não querê-lo também. Poderia não compreendê-lo ou aceitar seu passado. Essa possibilidade e essa atitude de Robert me deram... Esperança. Podemos formar uma nova sociedade (no caso atual, uma melhor?) e também podemos compreender mesmo as pessoas que nos fazem mal. Podemos ir além de nós mesmos ainda que precisemos lutar para sobreviver.

O amor entre Neville e Ruth é bonito também. Acredito vir da curiosidade e interesse por um ser tão diferente dela, e pela forte noção de si que ela portava em um mundo que ele se sentia tão perdido. Gostaria que tivesse sido mais desenvolvido, mas acho que a história ficou bem aparada como está, e que isso talvez tivesse descaracterizado o universo.

thais791 11/04/2024

Gostei do final....
.Interessante ver essa história contada de forma diferente do filme que já assisti diversas vezes.

Confesso que prefiro a adaptação.... Não me familiarizei com o personagem principal, não tem tantas coisas marcantes quanto o filme, as coisas são jogadas no livro e sem muito aprofundamento. Durante um tempo ele fica repetitivo e transmite bem a solidão e a mesmice dos dias.

Interessante a reviravolta do final, achei que finalizou bem mas não é um livro que eu irei indicar.

Aramaki 04/04/2024

Uma leitura claustrofóbica
Leitura finalizada. Conheci "Eu sou a Lenda" pelo filme do Will Smith, mas o livro escrito em 1954 é bem diferente do filme apesar dos mesmos elementos centrais. Robert Neville é aparentemente o ultimo homem vivo em um mundo dominado por uma pandemia que transformou todos em vampiros, o escritor consegue te passar uma sensação de claustrofobia, e falta de esperança de uma maneira assustadora. Toda noite o personagem principal é cercado por vampiros que ficam orbitando sua residência sem poderem se aproximar demais por causa das medidas protetivas que ele instalou, mas passam a noite a dentro convidando ele a sair, desde o vizinho que atormenta de uma forma especial soltando um "Sai, Neville" por horaa a fio até vampiras que ficam se exibindo de formas lascivias, que foi uma das paradas que eu achei mais perturbadoras, e pelo jeito o persongem também, já que por esse fator ele resolveu não observar mais, apenas ficar escutando seus discos no volume maximo para mascarar os barulhos de fora e as pedradas que a atingem a casa vez por outra. Durante o dia Neville invade as casas, mata vampiros, faz experiências neles. Ao que no final, descobrimos que para essa nova sociedade, ele era o vilão. E acaba por se transformar em uma lenda entre eles, por isso o nome do brilhante titulo "Eu sou a Lenda". Descobri que existem mais duas adaptações, fiquei com vontade de assistir a estrelada pelo Vincent Price

salles27 01/04/2024

O Will Smith não apareceu
Tem uma tentativa de reflexão sobre o que é normal e vida em sociedade no final que é ok, mas tudo no livro é raso e forçado.

Jaque 31/03/2024

É bom.
Eu sabia que não seria igual ao filme, mas eu esperava que fosse minimamente. O livro é bom, mas eu entendo o porquê de terem feito um filme bastante diferente.

Não é superestimado... É bom.

TAbata37 26/03/2024

Bom demais
Virou umas das minhas ficções científicas favoritas, o tempo todo fiquei pensando como o autor foi um gênio ao pegar a lenda dos vampiros e tentar explicar cada detalhe dela com ciência, através de um personagem completamente doido, muito difícil de não simpatizar. A história é bem curtinha e o final explicando o título explodiu minha cabeça kkkk

NormanFuckingRockwell 24/03/2024

"Eu sou a lenda."
Contém spoilers



O livro foge quase que totalmente do perfil de vampirismo contemporâneo. Aqui,os vampiros queimam na luz do sol,odeiam alho, têm medo de crucifixos e morrem com uma estaca de madeira em seus corações. O Richard usou muito bem a sua escrita, os vampiros dele conseguem ser vampiros românticos,e ao mesmo tempo conseguem ser uma coisa totalmente totalmente nova dentro do universo dos vampiros literários e folclóricos. A infecção é causada por germes que foram trazidos por tempestades de areia. O cara simplesmente uso do romantismo dos apocalipses zumbis e colocou vampiros no lugar. O que mais me impactou e me deixou assim " cara, será que eu li direito esse livro?" Foi o fato de que ele é imune,e isso é óbvio. O que eu não entendi foi o fato de quererem ele morto, fiquei muito indignada com esse final. E impressionada com o tanto de detalhe que a produção do filme distorceu ou deixou passar batido. Apesar de tudo,tanto o livro quanto o filme são realmente incríveis,mesmo com suas diferenças. Tudo que conhecemos sobre zumbis e vampiros é elevado ao um nível superior,muito complexo,e é isso que faz esse livro ser bom.

Albner 22/03/2024

O último civilizado em um mundo bárbaro.
Acredito que Eu sou a lenda é uma obra que possui inúmeras leituras possíveis. Uma delas seria a que venho tratar aqui. A qual, o livro é uma exaltação ao reacionarismo.

No livro acompanhamos Robert Neville, um homem branco, loiro de olhos azuis, heterossexual cis gênero. No qual foi ensinado por sua mãe desde criança a gostar de música clássica. Aqui vemos o ideal norte-americano. Um homem de família tradicional. No qual perdeu tudo para os vampiros, símbolos de uma corrupção do mundo. Da mesma forma que em Dracula de Ben Stoker,, em eu sou a lenda os monstros podem ser vistos como uma corrupção do sangue. Um medo real que assolou a Europa por conta da imigração e que foi passado para os EUA. Afinal americanos odeiam o casamento interracial. Logo os vampiros podem significar a corrupção da família tradicional por grupos minoritários. Sendo assim Nelville sendo a última resistência contra eles. Essa leitura se encaixa muito bem nos dias de hoje. Afinal, o discurso contra cultural Woke nunca se encontrou tão forte. E ''lutas'' contra essa agenda ideológica estão sendo travadas pelos incels. E a falta de esperança de continuidade do mundo conservador está presente ao fim do livro, no qual a corrupção vampírica que é descrita como barbara, toma o mundo.

Vejo que este livro possa ser facilmente sequestrado pela extrema-direita que vai usar Neville com mártir para suas pautas distorcendo o seu conteúdo. Toda via essa interpretação é possível de se ter ao terminar de lê-lo.

No entanto, admito ter adorado a trama, mas velo problemas ideológicos nessa construção de seu protagonista, que é de longe o que mais me incomoda. Contudo, o que eu poderia esperar de um ideal estadunidense?

(Vale lembra que essa é apenas um interpretação, que nem de fato é a minha, mas usei pra evidenciar a ideologia através de seu protagonista. Não quero cancelar a obra rs.)

Gi.Mendes.Ap 18/03/2024

"Bactérias podem sofrer mutação."
Em um cenário pós-apocalíptico, Robert Neville é um sobrevivente solitário, imune a uma praga devastadora que transformou a humanidade em seres vampíricos. A obra "Eu Sou a Lenda", de Richard Matheson, nos envolve em uma narrativa profundamente imersiva e instigante, acompanhando o cotidiano de Neville. Ele luta não apenas contra a ameaça constante desses seres, mas também contra a solidão, angústia, momentos de insanidade e o peso do luto, enquanto se agarra ao desejo de sobreviver. Em sua busca por segurança e respostas, Neville se volta para a ciência na esperança de desvendar a causa e a propagação da pandemia.

O enredo nos desafia a refletir sobre questões profundas como: o que define uma sociedade; como o medo do desconhecido pode moldar nossos instintos de sobrevivência; quem teme algo que considera mal, também pode ser temido se analisado de outra perspectiva.

Altamente recomendado para fãs de ficção científica e terror, bem como para leitores em busca de uma experiência literária que é tão provocativa quanto emocionante.

Matheus656 18/03/2024

Livro incrível, história que prende do início ao fim, autor conseguir unir bem os gêneros de horror e ficção científica, o final me desanimou um pouco, apesar disso a história é muito boa.

camila2911 10/03/2024

Estou pensando se gostei ou não desse livro. Eu não esperava nada, então não tive expectativas. Gostei muito da frase final

Marina.Santos 09/03/2024

Li com expectativas, que não foram supridas, mas desviaram para um outro lado (igualmente bom).
O livro é introspectivo, tratando os conflitos internos do último homem vivo em um cenário pós apocalíptico. O autor conseguiu me passar as angústias e anseios do personagem, sofri junto com ele ao longo do caminho.
Os flashbacks e a parte de ficção científica acrescentaram muito à obra, também.

Leonardo1347 06/03/2024

Ele foi uma lenda
Em um passado pós apocalíptico diferente do que imaginamos o mundo é tomado por um vírus que transforma todos menos nosso protagonista Neville em vampiros.
O coitado perde a esposa e a filha para o vírus e passa três anos de apocalipse caçando uma cura para a infecção.
De resto só lendo pra saber.