A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Intrusa


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Patty Costa 06/10/2022

Acolhedor..

Nós lemos livros de autoras como Jane Austen, Charlotte Brontë, entre outras autoras de clássicos da literatura internacional, mas esquecemos que o Brasil também tem sua parcela de autoras de livros. Não estou aqui comparando, por favor, mas somente dizendo que temos opções na literatura brasileira.
Júlia Lopes de Almeida é uma delas. Nasceu em meados do século XVIII e, mesmo sendo uma época em que não era comum para as mulheres se tornarem escritoras, ela conseguiu ter seu destaque. Em “A Intrusa, escrito nos anos de 1908, temos uma obra que nos traz boas surpresas. Uma narrativa que nos remete ao Rio de Janeiro do início do século XIX e nos faz andar de bondinhos e a conhecer outros lugares da época.
Nosso mocinho é Argemiro, um advogado bem sucedido e viúvo. Sua amada esposa morreu ainda jovem o deixando com Maria da Glória, a filha do casal, ainda um bebê, para criar. Em seu leito de morte ele jura a ciumenta esposa que nunca mais se casará e passam anos assim sem nem em outra coisa. Sua filha passa a viver com os avós maternos e o vem visitar em alguns momentos. Até que ele percebe que a casa precisa de uma melhor administração e coloca um anúncio no jornal solicitando uma mulher para governanta da residência.
Alice, nossa mocinha, atende ao anúncio e ao pedido do novo patrão de nunca se encontrarem. Ela pode fazer o que bem entender com a casa e com os gastos, desde que a mantenha arrumada e bem organizada. Um feito que ela consegue tranquilamente e isso o deixa muito feliz. Tanto que pensa em trazer a filha de volta para morar novamente com ele, o que desagrada muito a avó que fará de tudo para tirar Alice da casa e ter a neta de volta. Mas o que nossa protagonista fez com a casa, foi muito mais do que Argemiro poderia esperar. E, mesmo sem nunca ter visto seu rosto, ele se vê pensando em um futuro diferente e isso pode mudar suas vidas por completo.
Ana 06/10/2022minha estante
Que lindo


Patty Costa 06/10/2022minha estante
Ana, o livro é lindo.. Vale muito a pena ler .. E essa edição da Editora PedrAzul é um primor.. ????


.Mih. 07/10/2022minha estante
Amo essa história




Daniel 25/01/2018

Uma intrusa que não te dará sossego antes da última página
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2018/01/a-intrusa-de-julia-lopes-de-almeida.html

Léo 29/01/2018minha estante
Li e me empolguei mais pra adquirir meu exemplar e claro começar a ler!


Daniel 29/01/2018minha estante
Leia, Léo! Depois desse livro, sou fã assumido de Júlia Lopes de Almeida rs. Tentarei ler "A Falência" ainda este ano.




Carla Sol 31/07/2016

Tema abordado interessante, mas tudo muito superficial...
Esse livro fala essencialmente sobre idolatria a uma pessoa morta! O contexto da história é muito interessante, mas faltou alguma coisa, não sei bem o quê...
A sogra, o sogro, o viúvo e o padre, por vezes, me deram nos nervos ao defenderem uma promessa tão ardorosa feita pelo marido diante do leito de morte de sua esposa moribunda. A sogra é totalmente louca, extremista, idolatra e sobrevive completamente em função do fantasma da filha morta, exigindo do genro o tempo todo que cumpra com a sua promessa de fidelidade eterna. O sogro é passivo, mosca morta e só sabe seguir os comandos da mulher, é um verdadeiro bobalhão! O padre é outro que tem oras que é a favor da presença da governanta e oras acha que o marido tem que cumprir com a loucura de tal promessa! O viúvo em alguns momentos é super irritante por deixar a sogra tomar as rédeas da sua vida e aceitar com tanta covardia e inércia os comandos e desmandos dessa louca em sua vida, a quem ainda chama de "mamãe"!
Apesar de, a principio, ter achado o contexto da história muito interessante, não consegui me conectar com nenhum dos personagens, pois foram desenvolvidos de forma superficial, especialmente a governanta que praticamente não abre a boca em todo o livro e só a conhecemos ao final, ou seja, boa parte da história se passa apenas a descrevendo sem destacar qualquer traço da sua personalidade.
Senti falta de um certo embate em torno do tema, já que o que ocorre é que a sogra fica o tempo todo exigindo que as pessoas, em especial o genro, não se esqueçam da sua filha e a continuem a venerando mesmo depois de morta e todos que convivem com esta situação abaixam a cabeça para tal atitude. Isso fez com que o tema não fosse explorado de forma mais profunda.
Não sei se minhas expectativas estavam muito altas a espera de um romance que não se desenvolveu suficientemente, por isso o livro me decepcionou. O enredo, a meu ver, que fala de um tema tão interessante poderia ter sido muito mais aprofundado e a história poderia ter sido melhor explorada. No geral, achei tudo mediano e com um final resolvido de forma extremamente rápida, sem um bom desenvolvimento e sem muitas firulas...
Lili 08/01/2018minha estante
Esse é o problema desses autores atualmente,escrita rasa personagens sem desenvolvimento.


Gabi 27/02/2019minha estante
Estou lendo esse livro atualmente e já estou com o pensamento completamente igual ao seu. Inclusive vim verificar nas resenhas se mais alguém teve a mesma linha de raciocínio que eu. Confesso que por isso estou tendo um pouco de dificuldade em concluir a leitura, pois acho que o título do livro não condiz com a história em si, uma vez que o foco e a forma como a história é abordada é completamente diferente do que o livro inicialmente ?promete?. Enfim, concordo completamente com os pontos abordados na sua resenha. Acho que no contexto da história eu vejo a Alice mais como um detalhe do que como uma protagonista!




Nado 26/10/2021

Romance clássico de autoria nacional que traz ao leitor a sensação de estar assistindo a um folhetim das 18h. Uma leitura leve, com boa construção de personagens e uma história que se entrelaça em todos os sentidos.
O mote central se passa com a família de Argemiro, um rico advogado que ficou viúvo com uma filha pequena para cuidar. Perseguido na sociedade, diversas famílias gostariam de entregar a mão de suas filhas para ele. A questão é que foi feita uma promessa à esposa no leito de morte: manteria a sua viuvez eternamente, sendo fiel a ela. Tanto que para ajudar a cuidar da casa e da filha pequena, ele contrata uma governanta com uma condição: que ela nunca apareça em sua frente.
É nesse momento que Alice entra na história, uma jovem que consegue fazer a diferença na casa de Argemiro e ele começa a sentir a presença dela em vários cantos da casa. Em pouco tempo a moradia tem outros ares e a menina, que tem um gênio difícil, começa a mudar depois de ter contato com a ?intrusa?.
O que parecia evitável, aconteceu, Argemiro se apaixona pela alma de Alice, presente em todos os lugares da sua casa. Com esse desenrolar, outros personagens começam a surgir e mostrar a que veio. Nessa trama há a típica sogra cruel e implicante e o padre amigo da família. É com o religioso que o leitor começará a fazer algumas perguntas, querendo entender alguns ?segredos? que fazem parte do passado de muitos membros, com um em especial.
Para mim A Intrusa trouxe grandes reflexões no que diz respeito ao papel da mulher na época em que a história se passa e como a cultura machista era ainda mais presente nesse século. Algumas falas racistas também trazem incômodo, que apesar de considerar a ?época em que foi escrita e quando a história se passava? (que merecem notas de rodapé em qualquer edição), é impossível tais fatos passarem despercebidos.
Jhess 26/10/2021minha estante
Agora fiquei curiosa para saber como foi o encontro deles.? Muito importante se posicionar sobre as questões racistas e machistas durante nossas leituras, as notas de roda pé viriam acalhar mesmo.




LuizaSH 20/11/2018

Eu vivi uma relação um tanto estranha ao ler esse livro. A leitura em si não me agradou muito, porém fiquei pensando que se houvesse uma adaptação em filme ou série, até novela, eu assistiria e provavelmente iria curtir. Não sei bem explicar esse sentimento, mas foi isso que me ocorreu.
Em alguns momentos eu senti que a autora perdia tempo da narrativa descrevendo cenas que, ao menos na minha opinião, não acrescentavam no centro da história, que era falar sobre o estranho relacionamento entre o patrão - o advogado Argemiro - e a governanta - Alice -, que estipularam no contrato de simplesmente não se verem!
Argemiro é viúvo, fez uma promessa à falecida esposa, em seu leito de morte, de que jamais amaria nem casaria com nenhuma outra mulher. E a sogra do cara faz questão de lembrá-lo disso o tempo todo, a ponto de tomar conta da vida do cara, um comportamento chato até dar raiva, e o Argemiro simplesmente deixa, o sogro também faz nada. O advogado tem uma filha pré-adolescente criada sem lá muitas regras, mas que com o convívio com Alice vai aprendendo um monte de coisas, que só servem para deixar a avó mais paranoica e controladora ainda. E sem falar no Feliciano, empregado folgado que usa e abusa dos bens e do dinheiro do patrão, mas que perde essas suas "regalias" quando a governanta começa a trabalhar na casa e ele passa a odiá-la por isso.
Bem no fim do livro, diria talvez os dois últimos capítulos, até que eu curti um pouco mais, mas já era tarde para o enredo me conquistar.
Janinha 06/01/2019minha estante
Essa sogra é insuportável!




Rafaelle 09/07/2018

Maravilhoso
Esse livro foi uma experiência incrível. Primeiro porque eu nunca tinha ouvido falar na Júlia Lopes de Almeida e fiquei triste por uma escritora e mulher tão maravilhosa ter tão pouco reconhecimento aqui no Brasil. Fico feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro!
A história é uma delícia de se ler. Assim como Argemiro, temos muito pouco da Alice nos revelado. Tudo que ficamos sabendo sobre ela se dá através de outros. E mesmo assim podemos perceber porque ele se apaixona pela presença de uma mulher que nunca viu. Ela é incrível de fato.
A história se desenvolve de forma lenta, sendo que o que mais a movimenta é o ciúmes doentio que a sogra tem pelo Argemiro e a obsessão dela em fazer ele cumprir a promessa feita à sua falecida esposa. Senti muita raiva e ao mesmo tempo pena dessa mulher. Ela age de forma odiosa mas é uma mãe que não consegue superar a perda da filha. O marido dela já se mostra muito sensato e senti grande simpatia por ele.
Padre Assunção é outro personagem que me chamou a atenção. Ele é o único que mantém contato com Alice e tentar agir como conciliador perante todos. Logo se percebe que ele guarda um segredo e infelizmente eu descobri muito cedo qual era.
Não há muito o que eu possa falar sobre o livro sem entregar spoilers, então apenas digo que recomendo muito a leitura dele. É rápida, leve, gostosa e nos traz uma visão da sociedade carioca do século XIX. A única coisa que lamentei foi o final tão abrupto. Senti falta de alguns diálogos, porém nada que retire uma estrela da avaliação.
skuser02844 30/06/2021minha estante
Minha leitura no momento e estou gostando muito...




Pollyanna 23/07/2016

Um romance à moda dos clássicos ingleses!
A Intrusa é um romance (como técnica narrativa) delicioso! Toda a trama, desenvolvida no Rio de Janeiro do século XIX, nos apresenta personagens peculiares a boa sociedade da época. O que a autora fez de importante com essa obra foi tornar a sua governanta como o centro em torno do qual as atitudes dos outros personagens podem ser comparadas. A presença da personagem-título é sutil, sabemos dela tanto quanto seu empregador, o advogado Argemiro, e tal como ele, somente vemos os resultados, impressões e julgamentos que causa.

Uma obra curta, porém de uma profundidade e perspicácia absolutas; deve ser apreciada aos poucos, e com boas pausas para reflexão.
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Thalita Branco 01/08/2016

Resenha ~ A Intrusa - Júlia Lopes de Almeida
Algemiro está descontente com a forma como as coisas são administradas em sua casa. Suspeita que o funcionário usa suas roupas e fuma os seus charutos. A conta da costureira é alta mas encontra furos na toalha de mesa. Nada parece ser feito com zelo. Viúvo, permitiu que a filha morasse no interior com os avós maternos, mas em uma visita nota o quanto a criança é mimada, selvagem e sem bons modos. Resolve então contratar uma governanta.

Coloca um anúncio no jornal solicitando uma pessoa para cuidar da casa com uma condição: em hipótese alguma deve ver a contratada. O motivo? Quando a esposa faleceu, pediu angustiadamente que Algemiro jamais torna-se a se casar, promessa prontamente feita pelo fiel marido.

Apenas Alice responde ao anúncio. Uma vez na casa, não demora para Algemiro notar as diferenças. Solicita que a filha o visite uma vez por semana para ser educada pela moça e logo a criança mal criada passa a ter um comportamento melhor. As altíssimas contas da casa despencam. Tudo agora é resplandecente na residência de Algemiro.

Não demora para Alice ser vista com desconfiança por amigos da família e principalmente pela mãe da enlutada, que não consegue se desprender da filha falecida e teme que o genro se apaixone por ela, quebrando sua promessa. Logo todos estão contra a pobre Alice, tentando persuadir Algemiro contra a moça e principalmente tentando descobrir quem ela realmente é.


Clássico nacional, A Intrusa se mostrou mais uma narrativa sobre ciumes que sobre amor, não se isso seja um problema. A edição da Pedrazul Editora possui o português atualizado, portanto é um livro bastante fluido ainda que algumas passagens sobre politica sejam um pouquinho maçantes. Os acontecimentos são interessantes e você se sente instigado para saber como a história terminará. E aí que reside o maior problema. Achei que a história termina de forma um tanto quanto abrupta. Não gostei das últimas páginas. Com certeza levaria uma nota maior caso houvesse um maior entrosamento final acerca de algumas questões.

Mas ainda assim essa narrativa nacional com gostinho de clássico inglês merece ser lida. Eu tenho uma certa bronca de clássicos nacionais por conta dos que fui “obrigada” a ler para o vestibular. Na época eu não tinha maturidade suficiente para alguns deles e queria mais saber de Harry Potter e cia. Então fiquei bastante contente por ter lido esse e gostado. O final pode não ter me agradado de todo, mas A Intrusa é um livro com personagens marcantes e que me faz pensar sobre várias coisas.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Clube do Livro 04/08/2016

Resenha do Blog Clube do Livro e Amigos por Amanda Bonatti (Completa)
A obra de Júlia Lopes de Almeida retrata o papel da mulher na sociedade da época, onde o trabalho continua sendo sempre relacionado a afazeres domésticos, e o casamento acaba sendo o modo como a heroína consegue sua ascensão social.


A trama:
A intrusa é uma das principais obras de Júlia Lopes de Almeida e que retrata a sociedade da época em todas as suas camadas, desde a nobreza já decadente até o período pós escravatura. Alice Galba é uma jovem de vinte anos contratada meio a contragosto, como governanta pelo viúvo Argemiro, para que cuide da casa e da educação de sua filha, Maria.
Fiel à memória da mulher, Argemiro impõe uma estranha regra ao contratar a moça: que eles não se vejam nunca. Porém aos poucos, ele acaba se encantando pelo bom trabalho da governanta e pelos efeitos positivos que a mesma causa sobre a sua filha. Argemiro começa a ficar curioso sobre Alice Galba, e até mesmo interessado em conhecê-la, porém, a Baronesa, mãe da falecida ex-mulher de Argemiro, quer a todo custo evitar a aproximação dos dois, lembrando-o constantemente da promessa que ele fizera à sua filha, de que nunca se casaria novamente.
O livro é um belo retrato do Brasil no século XIX, onde as mulheres eram vistas apenas pelos seus bons atrativos como esposas e donas do lar. O trabalho exercido pelas mulheres era visto como algo decadente, pois apenas as que não conseguiram arranjar um bom casamento é que precisavam trabalhar. Tudo o que a mães das meninas jovens mais desejavam era que elas se casassem com um bom partido, mesmo que fosse um viúvo ou um homem bem mais velho. A intrusa é um clássico maravilhoso, um livro desses que são leitura obrigatória e que nos fazem sentir os gostos e os aromas da nossa história, onde podemos até mesmo entender os preconceitos e ideias que nasceram há muito tempo atrás, mas que ainda se arrastam até os dias de hoje.

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/08/resenha-intrusa-julia-lopes-editora.html
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Conchego das Letras 10/08/2016

Resenha Completa
Minha resenha de hoje é sobre uma história que se passa no final do século XIX, no Rio de Janeiro. Não se trata de um romance de época, mas de um que realmente foi escrito e editado, pela primeira vez, nesse período e que recentemente foi publicado pela editora PEDRAZUL.

Argemiro é um advogado bem-sucedido, pai de uma menina e que ficou viúvo ainda jovem. Quando sua esposa estava no leito de morte, ele prometeu (a pedido dela) que jamais se casaria novamente. Durante um longo período, permaneceu feliz em sua condição de viúvo solitário, até que, certo dia, percebendo a necessidade de uma presença feminina em sua casa, sobretudo para que pudesse receber a filha que vivia com seus sogros, resolveu contratar uma governanta.



Com o intuito de evitar a tentação e os falatórios (naquela época uma jovem, mesmo que empregada, vivendo na casa de um homem sozinho podia ser escandaloso), ele impõe uma estranha condição antes de contratar a primeira e única jovem que aparece à sua porta almejando o emprego: eles jamais deveriam se encontrar.

Sendo assim, se o patrão entrava por uma porta, ela saía por outra, evitando a todo custo que se encontrassem. Quando li sobre isso na sinopse, confesso, achei meio absurdo, mesmo para a época, mas, ao longo da leitura, eu me vi completamente envolvida e crente de que era uma situação perfeitamente plausível. Ponto para a autora.

Conforme afirma a todos, Argemiro jamais viu Alice, sua governanta. Porém, sem que perceba, ele se apaixona por ela. Outro absurdo. Onde já se viu apaixonar-se por alguém que não conhece? Acontece que, mais uma vez e de maneira bastante hábil, a autora nos faz crer que isso é possível, ao retratar os vestígios da presença da jovem governanta na casa. Isso é tudo que ele vê e sabe sobre ela, mas o suficiente para conhecer a sua alma, de tal maneira que passa a achar que é inconcebível viver sem aquela presença ao seu lado.



Diante dos olhos do leitor, a dinâmica não é diferente. Tudo que a autora nos apresenta de Alice é aquilo que narra através das percepções dos outros personagens. Isso realmente me impressionou, porque terminei sentindo que a conhecia, sendo que, até mesmo perante os olhos do leitor, ela não passou de uma sombra.

Há vários outros personagens na história, todos muito bem aproveitados e alguns bastantes hilários. Eu pessoalmente me encantei com a personalidade de dois deles, a sogra de Argemiro e um de seus funcionários, Feliciano.

Feliciano era um jovem negro alfabetizado; um rapaz metido e bastante abusado, que, antes da chegada de Alice, era responsável pela administração da casa de Argemiro e realizava verdadeiros desfalques nas contas da casa (tudo escondido do patrão, claro).

Despeitado e afeito a intrigas, Feliciano acabou sendo um excelente aliado da baronesa, sogra de seu patrão. Preocupada com a presença feminina na casa do advogado, ela tenta a todo custo eliminá-la da vida dele.

A obra apesar de ser um clássico teve a linguagem muito bem adaptada nesta edição da PEDRAZUL, o que a tornou bastante acessível. Eu adorei e recomendo!

site: https://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/08/resenha-intrusa.html#more
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Carol851 08/04/2024

Esse livro seria uma excelente novela das 6h
Esse é o segundo livro da Julia Lopes de Almeida que leio e gostei muito desse livro, adoro como as histórias parecem enredos de novelas das 6h de época e falo isso como um elogio porque um bom novelão é sempre ótimo de assistir.
Mesmo a Baronesa sendo uma vilã, simpatizei muito com ela e entendi o luto dela que levava as suas ações. Também gostei muito de acompanhar o Padre e facilmente leria um livro sobre ele.
No geral, gostei dos demais personagens e da leitura. Recomendo a leitura a todos, é preciso que mais pessoas leiam os livros da Julia Lopes de Almeida.

Obs.: Ouvi o audiobook de A Intrusa no Skoob. O audiobook foi produzido pela Editora Livro Falante com atores que interpretam cada personagem, o que dá muita qualidade ao livro e nos insere na história. Recomendo muito escutar o audiobook. A Intrusa está gratuito no Skook para todos.
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Déborah - @lisossomos.lisos 19/10/2016

Pra ler no busão: A intrusa
Não tenho mais nada a falar sobre a trama, pois a sinopse é bem completa.
Vemos exatamente o que diz nela e se eu falar mais alguma coisa seriam spoilers.

Sendo assim, vamos nos ater ao fato de que Argemiro contratou dona Alice e sua regra maior é que nunca topasse com ela na casa e assim foi feito.
Quando ele entrava a moça se escondia. É claro que ninguém acreditava na história e achavam que ela era amante dele, mas a moça continuava firme em seus princípios e não se deixava levar pelo disse que disse.

O poder que ela teve sobre Maria, filha de Argemiro, foi espetacular. Ela mudou a menina da água para o vinho. Deixou de ser mimada e egoísta para aprender a ser educada e bondosa.

O problema (ou talvez a solução) foi que Argemiro passou a se sentir muito bem com todas as transformações que Alice provocou em sua vida e de vez em quando ficava bem tentado a vê-la, mas não dava o braço a torcer.

Por fim, a sogra era um porre seu maior intento era infernizar o homem lembrando que ele deveria ficar viúvo para sempre devido a sua promessa a mulher no leito de morte. Padre Assunção era meio que o conector da história, pois era o único que falava tanto com Alice como com Argemiro e confesso que de vez em quando o padre irritava pelo jeito dele.

Eu AMO romances de época, então fiquei super empolgada quando vi que esse era mais ou menos assim.

Ele até é de época, mas nada tem a ver com o tipo que estamos acostumados a ver. Ele é um romance de época onde a mocinha não fica suspirando pelo mocinho (que no caso não é tão mocinho).

O fato do principal já ser viúvo e ter uma filha deu um quê a mais na narrativa. Ele não é o tipo de protagonista que era arrogante e cai de amores pela mocinha.

Por isso afirmo que esse livro é tão diferente e é nessas diferenças que ele nos conquista.

A capa tem tudo a ver com a história.

A diagramação é bem bonita e não encontrei nenhum problema de revisão.

Recomendo o livro pra quem gosta de um bom romance de época, mas quer se aventurar num tipo diferente.

site: http://lisos-somos.blogspot.com.br/
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Talita Oliveira 28/12/2016

A Intrusa, de Julia Lopes de Almeida
A Intrusa, de Julia Lopes de Almeida.

Rio de Janeiro - Século XIX.

Argemiro é um advogado bem sucedido, que
muitos anos após morte de sua amada esposa Maria, decide assumir as responsabilidades cabíveis à administração de sua propriedade e a educação de sua filha, a pequena Maria da Glória de onze anos.

Glória - como é chamada - vive com os avós maternos no subúrbio da cidade e é um encanto, mas que devido a permissividade amorosa dos avós, carece de bons modos.

Para que Argemiro consiga efetivar seus planos, decide contratar uma governanta e após um anúncio no jornal, eis que surge a jovem Alice Galba, que após a intervenção do Padre Assunção (melhor amigo de Argemiro) apresentasse para a entrevista com o rosto coberto com um véu.

A vida da nova governanta é um grande mistério que demora a ser desvendado, especialmente porquê uma das exigências de Argemiro é que Alice se mantenha completamente afastada dele. Descobrimos a frente que tal exigência está relacionado a falecida esposa.

Luíza, sogra de Argemiro, nutre uma obsessão doentia pela filha falecida e passa a ver Alice como inimiga. Chega ao ponto de induzir a neta a desrespeita-la, pois assim Alice - A Intrusa, se retiraria e ela retomaria o poder sobre Glória e Argemiro.

No entanto, Alice consegue conquistar a amizade de Glória e se faz cada vez mais presente em sua vida, bem como na administração da propriedade que retomou os lucros significativamente e voltou a ter o ar de lar. Claro, que isso não passou desapercebido por Argemiro, que embora não a veja, sente sua presença em cada pequeno detalhe.

A curiosidade de Argemiro para com a misteriosa governanta aumenta a cada dia e para desespero de sua sogra, um novo sentimento se desenvolve de forma sútil e intensa.

A partir daí acompanhamos o desenrolar dos segredos que envolvem Alice, o padre Assunção e descobrimos se Argemiro irá permitir que os sentimentos jurados e adormecidos tomem o seu devido lugar.

Considerações: Embora a história e a leitura sejam envolventes o final deixou a desejar. Durante toda a leitura ficamos na expectativa de uma série de questões que são respondidas de forma extremamente rápida sem nos dar tempo de saborear os detalhes que mereciam uma melhor abordagem do que a proposta pela autora. Confesso que, ao final minha surpresa com o desfecho do Padre Assunção foi bem maior do que o de Alice, Argemiro e Luíza.

Dito isso, parabenizo a Pedrazul Editora por divulgar a literatura clássica nacional e pelas alterações na linguagem que foram de extrema importância para tornar a leitura agradável e acessível.


site: https://www.facebook.com/quotesemimagem/
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