A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Intrusa


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LuizaSH 20/11/2018

Eu vivi uma relação um tanto estranha ao ler esse livro. A leitura em si não me agradou muito, porém fiquei pensando que se houvesse uma adaptação em filme ou série, até novela, eu assistiria e provavelmente iria curtir. Não sei bem explicar esse sentimento, mas foi isso que me ocorreu.
Em alguns momentos eu senti que a autora perdia tempo da narrativa descrevendo cenas que, ao menos na minha opinião, não acrescentavam no centro da história, que era falar sobre o estranho relacionamento entre o patrão - o advogado Argemiro - e a governanta - Alice -, que estipularam no contrato de simplesmente não se verem!
Argemiro é viúvo, fez uma promessa à falecida esposa, em seu leito de morte, de que jamais amaria nem casaria com nenhuma outra mulher. E a sogra do cara faz questão de lembrá-lo disso o tempo todo, a ponto de tomar conta da vida do cara, um comportamento chato até dar raiva, e o Argemiro simplesmente deixa, o sogro também faz nada. O advogado tem uma filha pré-adolescente criada sem lá muitas regras, mas que com o convívio com Alice vai aprendendo um monte de coisas, que só servem para deixar a avó mais paranoica e controladora ainda. E sem falar no Feliciano, empregado folgado que usa e abusa dos bens e do dinheiro do patrão, mas que perde essas suas "regalias" quando a governanta começa a trabalhar na casa e ele passa a odiá-la por isso.
Bem no fim do livro, diria talvez os dois últimos capítulos, até que eu curti um pouco mais, mas já era tarde para o enredo me conquistar.
Janinha 06/01/2019minha estante
Essa sogra é insuportável!




Rodrigo 20/10/2021

Ah, o amor...
Uma linda história de amor entre um viúvo e sua nova governanta. Não, não é tão simples assim, mas é um enredo que nos prende e remete aos bons capítulos de grandes novelas brasileiras.
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Peregrina 08/10/2016

Um clássico nacional à moda inglesa!
(Resenha publicada originalmente no blog Escritoras Inglesas em julho/2016 logo após o lançamento do livro)

Júlia Lopes de Almeida é uma escritora brasileira e abolicionista nascida em 1862. Autora de vários livros, a carioca também compôs o rol dos idealizadores da Academia Brasileira de Letras e destacou-se no âmbito literário com seus romances e contos juntamente com o marido, também escritor.
Neste ano, a Editora Pedrazul trouxe para o seu rico catálogo um dos romances mais famosos de Júlia: A Intrusa, que conquista o amante de clássicos ingleses com suas inúmeras referências à literatura da terra da rainha.
A obra narra a chegada de uma governanta à casa do advogado Argemiro e como ela afeta a vida em sua residência. Ele é um advogado que reside no Rio de Janeiro, capital do Brasil durante a virada do século, logo após a instauração da república no país. Argemiro perdeu a esposa cedo e jurou, no leito de morte da mulher, que se manteria fiel à amada e não tornaria a se casar.
Anos passam sem que Argemiro se interesse ou tenha um contato maior com qualquer
mulher, porém, quando chega a hora da filha crescida começar a se portar como uma moça e sua casa fica de ponta cabeça devido às manias de um empregado folgado, o advogado resolve contratar uma governanta para educar a filha e colocar seu lar em ordem. No entanto, ela seria contratada com uma condição: que nunca se encontrasse com o seu patrão.
Neste contexto, surge, então, a misteriosa Alice Galba. A jovem aceita o emprego, estranhamente, sem pestanejar após uma entrevista com Argemiro onde comparece vestindo um véu que lhe cobre a face, impedindo o patrão de vê-la.
Ele desconfia de que a moça só poderia ser bem pobre e necessitada para aceitar um emprego sob tais condições, mas, com o passar do tempo, Alice demonstra ter qualidades que uma moça de classe baixa não poderia ter. Além de ler em outros idiomas, as lições passadas à sua filha Glória são ricas e profundas e Argemiro começa a perceber uma mudança de comportamento da filha, mas não só isso: seu lar está diferente, o relaxo e descuido do empregado Feliciano saem de cena e os cuidados graciosos de Alice começam a ser percebidos pelo patrão em cada cantinho de sua residência. Assim, ela começa a conquistá-lo aos poucos, sem, contudo, jamais ter sido vista.
"É extraordinário. Desde que esta mulher entrou em minha casa eu sou outro homem, muito mais tranquilo e muito mais feliz. Nunca a vejo, mas a sinto; sua alma de moça enche estas salas vazias de juventude e de alegria."
Assim, a fama dos cuidados e talentos de Alice começa a correr no círculo social de Argemiro, entre seus amigos, padre Assunção, a interesseira Senhora Pedrosa e entre os sogros. Os primeiros brincam com a possibilidade do colega acabar se apaixonando, o religioso apoia a governanta, a Senhora Pedrosa fica indignada com o escândalo e as possibilidades cada vez mais remotas de conseguir uma união vantajosa entre a filha e o advogado, já os últimos... a sogra é a mais incomodada com a situação.
"Nunca a vi, mas a conheço, adivinhei-a; abstraí da personalidade. Ela é o meu conforto; a minha segurança, a minha felicidade."
A sogra rechonchuda não consegue admitir a ideia de outra mulher assumindo o comando da casa cuja senhora tinha sido sua filha e que devia permanecer viva no coração de Argemiro e, por isso, começa a tramar várias maquinações para descobrir mais a respeito de Alice e se livrar da jovem e misteriosa governanta, que parece querer tomar o lugar da santa e amada filha além de estar certa de que a moça está a esconder algum segredo sombrio de seu passado... Será que ela consegue desvendar o mistério no qual Alice está envolvida antes que Argemiro de fato se apaixone pela governanta e quebre o juramento feito à falecida filha?
A Intrusa é um romance leve e divertido que se assemelha aos nossos romances ingleses favoritos no sentido de retratar a sociedade do período em que foi escrito sem poupar algumas críticas sutis a figuras hipócritas e extravagantes presentes na época, personificadas na Senhora Pedrosa e na Baronesa, sogra de Argemiro. É um livro curto e gostoso de ler, os personagens, carismáticos e bem brasileiros, proporcionam certa identificação com o leitor e fazem com que a leitura seja bastante agradável.
O estilo de Júlia, nada prolixo, ao se afastar das descrições intermináveis características de alguns autores do gênero Romântico, aproxima-se de nós leitores contemporâneos e facilita a leitura. A Intrusa é um clássico surpreendente, delicado e encantador. É uma pena que Júlia Lopes de Almeida não ocupe uma posição de mais destaque dentro da nossa literatura. Resta esperar que a Pedrazul nos presenteie com mais obras da escritora, que se mostrou tão habilidosa com as palavras quanto as escritoras inglesas que tanto estimamos, publicadas pela editora.
Júlia Lopes traz as características que mais amamos nos romances ingleses e une ao que o nosso Brasil tem de melhor e, por isso, seu romance é um prato cheio para quem é afeiçoado à literatura inglesa e quer dar uma chance aos clássicos nacionais, mas tem receio. A Intrusa é adorável; é aquele tipo de livro que não se quer terminar e, ainda assim, não vê a hora de descobrir o desfecho, aquele livro que, quando é terminada a sua leitura, permanece conosco por muitos e muitos dias... o melhor tipo de livro.
"[...] ela para mim não é uma mulher, mas uma alma. Não a vejo, não lhe toco, a sua imagem material é para mim tão indiferente como um pedaço de pau ou uma pedra. Para mim, basta-me a sua representação, neste aroma, peculiar dela e que paira sutilmente por toda a minha casa; nesta ordem, que me facilita a vida, e no gosto com que ela embeleza tudo em que toca e em que pousa a vista. É uma educada. Parece-me que ela deve ter estudado à sombra de castanheiros ingleses, entre campos de tulipas e jacintos tão diversa ela me parece ser das outras mulheres."
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Ariane.Rodrigues 02/05/2021

A intrusa
Me surpreendi muito com esse clássico nacional. Não sou fã do gênero e eu ter gostado tanto desse foi uma surpresa. Leitura muito fluida e a edição acredito que ajudou bastante. É uma história muito envolvente, que te deixa com muita raiva de alguns personagens kkkkk. Mas também te deixa apaixonada por outros. Recomendo pra quem quer começar a ler clássicos nacionais.
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Dayane 12/02/2021

Clássico Nacional, deve ser lido pelo menos uma vez na vida!
Vamos de Livro Nacional? Vamos sim! Vocês sabem que um dos meus objetivos aqui é apresentar para vocês livros nacionais de qualidade e dividir com vocês essas preciosidades. Uma vez li uma fala da Chirlei Wandekoken que dizia assim: A Intrusa é uma ótima dica para quem quer um CLÁSSICO NACIONAL à moda francesa. Ela não precisaria escrever mais nada, pois essa simples oração sintetiza a maravilha que é esse livro e a escrita da Julia Lopes de Almeida. Sendo mais uma publicação da Editora Pedra Azul , que tem uma curadoria comprometida em trazer livros clássicos raros e inéditos para dentro do nosso país. Em A Intrusa, nós poderemos ver que é possível sim, se apaixonar, mesmo que você NUNCA TENHA VISTO O ROSTO DA PESSOA AMADA 😱.

Quer saber mais? Então vem assistir a vídeo resenha! 🗯

site: https://www.instagram.com/tv/CKoJccuH7tT/
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Rafaelle 09/07/2018

Maravilhoso
Esse livro foi uma experiência incrível. Primeiro porque eu nunca tinha ouvido falar na Júlia Lopes de Almeida e fiquei triste por uma escritora e mulher tão maravilhosa ter tão pouco reconhecimento aqui no Brasil. Fico feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro!
A história é uma delícia de se ler. Assim como Argemiro, temos muito pouco da Alice nos revelado. Tudo que ficamos sabendo sobre ela se dá através de outros. E mesmo assim podemos perceber porque ele se apaixona pela presença de uma mulher que nunca viu. Ela é incrível de fato.
A história se desenvolve de forma lenta, sendo que o que mais a movimenta é o ciúmes doentio que a sogra tem pelo Argemiro e a obsessão dela em fazer ele cumprir a promessa feita à sua falecida esposa. Senti muita raiva e ao mesmo tempo pena dessa mulher. Ela age de forma odiosa mas é uma mãe que não consegue superar a perda da filha. O marido dela já se mostra muito sensato e senti grande simpatia por ele.
Padre Assunção é outro personagem que me chamou a atenção. Ele é o único que mantém contato com Alice e tentar agir como conciliador perante todos. Logo se percebe que ele guarda um segredo e infelizmente eu descobri muito cedo qual era.
Não há muito o que eu possa falar sobre o livro sem entregar spoilers, então apenas digo que recomendo muito a leitura dele. É rápida, leve, gostosa e nos traz uma visão da sociedade carioca do século XIX. A única coisa que lamentei foi o final tão abrupto. Senti falta de alguns diálogos, porém nada que retire uma estrela da avaliação.
skuser02844 30/06/2021minha estante
Minha leitura no momento e estou gostando muito...




Berenice.Thais 26/01/2024

Ame a sua alma
E uma história de uma época que tem os seus estereótipos mais não deixa de nós colocar naquela época como se estivesse fazendo parte da quela sociedade que em muitos conceitos ainda não mudou muito. Conhecemos uma advogado viuvo com uma filha wue percebe o deselo do empregado mais antigo e a falta e o trabalho que tem para ver a filha que está morando com a avô. Que nos mostra uma sogra muito intragável. E a Alice a nossa intrusa que so ficamos sabendo do seu passado quando o padre fala ,quase no fim .
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Clube do Livro 04/08/2016

Resenha do Blog Clube do Livro e Amigos por Amanda Bonatti (Completa)
A obra de Júlia Lopes de Almeida retrata o papel da mulher na sociedade da época, onde o trabalho continua sendo sempre relacionado a afazeres domésticos, e o casamento acaba sendo o modo como a heroína consegue sua ascensão social.


A trama:
A intrusa é uma das principais obras de Júlia Lopes de Almeida e que retrata a sociedade da época em todas as suas camadas, desde a nobreza já decadente até o período pós escravatura. Alice Galba é uma jovem de vinte anos contratada meio a contragosto, como governanta pelo viúvo Argemiro, para que cuide da casa e da educação de sua filha, Maria.
Fiel à memória da mulher, Argemiro impõe uma estranha regra ao contratar a moça: que eles não se vejam nunca. Porém aos poucos, ele acaba se encantando pelo bom trabalho da governanta e pelos efeitos positivos que a mesma causa sobre a sua filha. Argemiro começa a ficar curioso sobre Alice Galba, e até mesmo interessado em conhecê-la, porém, a Baronesa, mãe da falecida ex-mulher de Argemiro, quer a todo custo evitar a aproximação dos dois, lembrando-o constantemente da promessa que ele fizera à sua filha, de que nunca se casaria novamente.
O livro é um belo retrato do Brasil no século XIX, onde as mulheres eram vistas apenas pelos seus bons atrativos como esposas e donas do lar. O trabalho exercido pelas mulheres era visto como algo decadente, pois apenas as que não conseguiram arranjar um bom casamento é que precisavam trabalhar. Tudo o que a mães das meninas jovens mais desejavam era que elas se casassem com um bom partido, mesmo que fosse um viúvo ou um homem bem mais velho. A intrusa é um clássico maravilhoso, um livro desses que são leitura obrigatória e que nos fazem sentir os gostos e os aromas da nossa história, onde podemos até mesmo entender os preconceitos e ideias que nasceram há muito tempo atrás, mas que ainda se arrastam até os dias de hoje.

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/08/resenha-intrusa-julia-lopes-editora.html
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Carla Sol 31/07/2016

Tema abordado interessante, mas tudo muito superficial...
Esse livro fala essencialmente sobre idolatria a uma pessoa morta! O contexto da história é muito interessante, mas faltou alguma coisa, não sei bem o quê...
A sogra, o sogro, o viúvo e o padre, por vezes, me deram nos nervos ao defenderem uma promessa tão ardorosa feita pelo marido diante do leito de morte de sua esposa moribunda. A sogra é totalmente louca, extremista, idolatra e sobrevive completamente em função do fantasma da filha morta, exigindo do genro o tempo todo que cumpra com a sua promessa de fidelidade eterna. O sogro é passivo, mosca morta e só sabe seguir os comandos da mulher, é um verdadeiro bobalhão! O padre é outro que tem oras que é a favor da presença da governanta e oras acha que o marido tem que cumprir com a loucura de tal promessa! O viúvo em alguns momentos é super irritante por deixar a sogra tomar as rédeas da sua vida e aceitar com tanta covardia e inércia os comandos e desmandos dessa louca em sua vida, a quem ainda chama de "mamãe"!
Apesar de, a principio, ter achado o contexto da história muito interessante, não consegui me conectar com nenhum dos personagens, pois foram desenvolvidos de forma superficial, especialmente a governanta que praticamente não abre a boca em todo o livro e só a conhecemos ao final, ou seja, boa parte da história se passa apenas a descrevendo sem destacar qualquer traço da sua personalidade.
Senti falta de um certo embate em torno do tema, já que o que ocorre é que a sogra fica o tempo todo exigindo que as pessoas, em especial o genro, não se esqueçam da sua filha e a continuem a venerando mesmo depois de morta e todos que convivem com esta situação abaixam a cabeça para tal atitude. Isso fez com que o tema não fosse explorado de forma mais profunda.
Não sei se minhas expectativas estavam muito altas a espera de um romance que não se desenvolveu suficientemente, por isso o livro me decepcionou. O enredo, a meu ver, que fala de um tema tão interessante poderia ter sido muito mais aprofundado e a história poderia ter sido melhor explorada. No geral, achei tudo mediano e com um final resolvido de forma extremamente rápida, sem um bom desenvolvimento e sem muitas firulas...
Lili 08/01/2018minha estante
Esse é o problema desses autores atualmente,escrita rasa personagens sem desenvolvimento.


Gabi 27/02/2019minha estante
Estou lendo esse livro atualmente e já estou com o pensamento completamente igual ao seu. Inclusive vim verificar nas resenhas se mais alguém teve a mesma linha de raciocínio que eu. Confesso que por isso estou tendo um pouco de dificuldade em concluir a leitura, pois acho que o título do livro não condiz com a história em si, uma vez que o foco e a forma como a história é abordada é completamente diferente do que o livro inicialmente ?promete?. Enfim, concordo completamente com os pontos abordados na sua resenha. Acho que no contexto da história eu vejo a Alice mais como um detalhe do que como uma protagonista!




Carol851 08/04/2024

Esse livro seria uma excelente novela das 6h
Esse é o segundo livro da Julia Lopes de Almeida que leio e gostei muito desse livro, adoro como as histórias parecem enredos de novelas das 6h de época e falo isso como um elogio porque um bom novelão é sempre ótimo de assistir.
Mesmo a Baronesa sendo uma vilã, simpatizei muito com ela e entendi o luto dela que levava as suas ações. Também gostei muito de acompanhar o Padre e facilmente leria um livro sobre ele.
No geral, gostei dos demais personagens e da leitura. Recomendo a leitura a todos, é preciso que mais pessoas leiam os livros da Julia Lopes de Almeida.

Obs.: Ouvi o audiobook de A Intrusa no Skoob. O audiobook foi produzido pela Editora Livro Falante com atores que interpretam cada personagem, o que dá muita qualidade ao livro e nos insere na história. Recomendo muito escutar o audiobook. A Intrusa está gratuito no Skook para todos.
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Eduarda Graciano do Nascimento 01/10/2018

A vivacidade de uma sombra
Argemiro é um advogado muito ocupado, viúvo há nove anos, que decide dar um basta na desorganização de sua casa – administrada sobretudo pelo ex-escravo Feliciano - e na criação amimada de sua filha Glória pelos avós maternos. Assim, entra na sua vida e na vida de sua família Alice Galba, uma jovem de 25 anos que começa a influenciar completamente o ambiente e a vida do advogado, ainda que ele nunca a veja.

Quem aí já conhece Júlia Lopes de Almeida? Confesso que antes da Pedrazul relançar esse clássico eu nunca havia ouvido esse nome. Uma pena essa carioca - que além de romancista foi contista, cronista e teatróloga – seja tão pouco conhecida.
A história de Alice talvez não agrade a todos, principalmente aqueles acostumados com cenas de romance. E me refiro aqui até mesmo à mais simples delas... um passeio no parque, um beijo na mão, um olhar mais demorado. Não é disso que se trata a história e é essa a maior sacada. Conseguimos torcer por um romance entre duas pessoas que praticamente nunca se viram. Um dos motivos, é claro, é a sogra de Argemiro, o arquétipo perfeito da sogra víbora.
É incrível como a autora consegue sustentar uma protagonista através apenas de relatos feitos por outros personagens. É assim que vemos Alice durante toda a história... ela é uma incógnita não somente para seu patrão, mas acaba sendo também para nós leitores. Júlia Lopes de Almeida mereceria ser louvada apenas por isso.

Mas é claro que o livro é extremamente válido por várias outras razões. Questões levantadas de forma sutil como, por exemplo, o machismo e o racismo que eram praticamente regra em tal época (a história se passa no final do século XIX), a escrita ágil e divertida, os personagens carismáticos e bem construídos. Acho que valem menção aqui o padre Assunção, melhor amigo de Argemiro, e a levada menina Glória.
Eu poderia ficar horas falando desse romance que, mesmo sendo tão curto, é rico em personagens. Num país de Machado e Alencar, A “intrusa” Júlia Lopes de Almeida merecia mais destaque na nossa literatura. Esse livro nos encanta com seu frescor e vivacidade e é nada menos que adorável!

site: http://cafeidilico.com/blog/2018/09/a-intrusa-julia-lopes-de-almeida.html
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Letty Rosse Ga 30/05/2023

Aquece o coração
Me apaixonei por essa história, me encantou demais...
Nosso mocinho já está algum tempo viúvo, e precisa de uma governanta para poder passar mais tempo com a filha, (essa que convive com os avós materno ,)
No entanto há uma cláusula no contrato, eles jamais poderia se ver, ou conversar, Alice teria que se retirar com a chegado do Argemiro no ambiente, sem k ele a visse. Será que conseguirá manter-se longe de Alice? Lembrando que no leito de morte, Argemiro prometera a sua esposa , não se casar com mais ninguém e ser fiel a ela para sempre....e tento uma adorável sogra o lembrando sempre de sua promessa.
Gente apenas leiam ...fascinante
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Uma leitura deliciosa, se considerarmos que foi escrita em 1905!
Aconteceu comigo e pode ter acontecido com você, de conhecer, estudar Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles e Clarice Lispector, mas nunca ter ouvido falar de Julia Lopes de Almeida. Mas, sempre é tempo de reparar.

Eu comecei por A Intrusa. Narrado em terceira pessoa, um verdadeiro clássico nacional à moda europeia! Uma história de amor que, como pano de fundo, retrata uma época com seus costumes e, por que não, curiosidades.

Se embarcar nessa aventura, estará no fim do século XIX, no Rio de Janeiro, em plena Belle Époque e conhecerá o advogado Argemiro, viúvo que quer se libertar das amarras do seu criado e ter uma casa mais organizada, com as finanças da administração doméstica em dia e de forma justa, para receber sua filha Glória, de 11 anos, que vive com a avó materna. Para isso, escreverá um anúncio em um jornal e contratará a única candidata que se apresenta e, aceito os termos da contratação, a trama se desenrola. Por que será conhecida como A Intrusa? Qual a cláusula do contrato que causa espanto a toda gente?

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Nane 24/08/2021

Clássico Nacional
Primeiro me pegou de jeito pela capa linda e edição maravilhosa da editora pedra azul. Comecei a me aventurar em leitura nacional e clássicos desde o ano passado. Estava com medo de que fosse uma leitura pesada, com termos antigos e que fosse de difícil compreensão. Mas eu adorei a história e a escrita. Já quero ler outros livros de Júlia.??
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