O romancista ingênuo e o sentimental

O romancista ingênuo e o sentimental Orhan Pamuk
Orhan Pamuk




Resenhas - O Romancista Ingênuo e o Sentimental


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Régis 09/08/2021

Para aqueles que desejam aperfeiçoar sua escrita este é um ótimo livro.
Acredito que este livro deve ser parada obrigatória para futuros escritores.
Foi de grande ajuda e esclarecedor em alguns pontos.
Podemos ter a acesso a experiência acumulada deste escritor maravilhoso.
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thaw 05/08/2021

Sempre quis começar a estudar sobre teoria e crítica literária e essa obra foi um ótimo começo. Aqui o autor vai explorar os efeitos que o romance tem sobre o leitor, como o romancista trabalha e como um romance é escrito, questões muito interessantes para quem aprecia literatura. Uma experiência muito enriquecedora e metalinguística.
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Claire Scorzi 17/10/2020

Esnobismo Humilde, ou sou eu?
Ensaios sobre a natureza do romance, os tipos de romancistas, o que seria, segundo Pamuk, o aspecto principal de um romance - para o leitor e para o escritor - que ele chama de "centro", que alguns, como Borges, chamavam de "assunto". Discorre sobre a experiência de ler e de escrever e de como, para ele, estão integradas (tanto que Orhan Pamuk vê o objetivo ou prazer maior de ler coincidindo com o de escrever, isto é, estabelecer (o autor) ou descobrir ao ler( o leitor) o dito "centro" do romance. Observações sobre a evolução ou mudança na construção do gênero "romance", e o que ele entende como "romances literários" e "romances de gênero" (policiais, ficção científica, aventura, de amor, etc.).
Excetuando o evidente desprezo que o autor tem pelos "romances de gênero", salvando uns poucos escritores que os representam - para Pamuk, o romance realista é o verdadeiro "romance", mesmo se através do último século e meio sofreu mudanças e experimentações - é um volume de ensaios atraente que leve à reflexão dos caminhos do "romance".
No geral, parece uma mescla curiosa de esnobismo do escritor "sério" e da humildade de alguém que vive aprendendo e que o fez num pano de fundo distinto dos escritores - e leitores - do Ocidente, o que Pamuk mesmo faz questão de registrar.
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Renata Almeida 26/04/2020

"Qual o seu romance preferido?"
O autor de best-sellers turcos, com mais de trinta e cinco anos de experiência em romances, explica como definir um romance e quais recursos, e o público que se arrisca entre um romance ingênuo ou sentimental e o papel do antigo e romances modernos, do Ocidente e do Oriente, as diferenças entre eles e quais eram suas atribuições ao mundo moderno.
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Higor 15/11/2019

'Lendo Nobel': sobre a relação entre escritor e leitor
Anualmente, a Universidade de Harvard convida estudiosos na área das artes, sejam elas literatura, música e arquitetura, em que devem ministrar seis palestras sobre o assunto que melhor lhe convir. ‘O romancista ingênuo e o sentimental’ nasceu dessas seis palestras, realizadas entre 2009 e 2010 por Orhan Pamuk, já laureado com o Nobel de Literatura.

O tema abordado pelo autor é muito do meu interesse, talvez mais até que seus próprios romances, a começar pelo titulo da primeira palestra: O que acontece conosco quando lemos os romances. É então que o autor explica de maneira simples e humorada o que intitula de romancistas – e leitores – ingênuos e sentimentais, e como devemos ter características de ambos para aproveitar ao máximo uma leitura.

Um tributo a grandes nomes da literatura, principalemte Tolstoi e Proust, Pamuk também abre seu coração para falar sobre o processo de escrita de seus livros, todos, com exceção do primeiro, publicados aqui no Brasil. São detalhes que fascinam e fazem com que sintamos vontade de encarar seus grossos romances.

Simplório, Pamuk conversa francamente sobre suas paixões, assim como as nossas, e sua mente escritora. Um livro incrível para quem se interessa sobre processos de escrita e bastidores de um livro.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Tiago Anselmo 25/05/2019

O leitor ingênuo e o sentimental
Curiosamente, o autor oferece ao *leitor* de romances ferramentas que o ajudam a mudar, ou mesmo a amadurecer, a partir da perspectiva de um leitor mais ingênuo para a de um mais sentimental (reflexivo), tornando-o mais consciente da artificialidade das técnicas utilizadas na confecção dos romances e, portanto, mais crítico de sua composição. No entanto, de maneira alguma isso se dá ao custo de uma perda de interesse pela leitura imersiva. Aliás, diria o contrário: meu interesse pela leitura ingênua de romances só aumentou. O que há agora, entretanto, é uma *atenção mais qualificada* para compreender o que é dito através de certas passagens (de romances literários) que antes não pareciam ter a função de comunicar *ativamente* alguma mensagem específica a respeito dos personagens; mensagens, estas, que frequentemente transcendem o mundo ficcional em questão.

O ponto negativo é que, ironicamente, talvez pelo fato de o autor não almejar que este livro seja um tratado sobre a arte de escrever romances, o texto apresenta vários reducionismos até *ingênuos* na classificação dos tipos tanto de escritores como de romances.
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Fabio Henrique 15/05/2017

Revelador
Escrito numa linguagem acessível, é um deleite para quem se interessa pelos processos de criação ficcional.
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jota 09/01/2017

Dos ingênuos e sentimentais será o Reino das Letras...
Antes de ler saiba que os usuários que me precederam aqui (Nanci, Joachin e Aguinaldo) fizeram resenhas muito boas deste livro. Eu apenas me ative a fazer alguns comentários, mas se quiser continuar a ler, ei-los:

Há livros que deixam não apenas os leitores encantados, influenciam também os escritores, claro. Assim é que Dostoievski, Tolstoi, Herman Melville, Proust, Thomas Mann e outros grandes são tratados por Orhan Pamuk (um grande leitor de romances desde a mocidade) como autores de romances literários.

Romances literários se opõem aos romances de gênero (como policiais, históricos, de amor, de detetives etc.), pois são obras que via de regra têm algo a dizer sobre a vida, o sentido da vida e coisas afins e assim por diante. Muito diferentemente do que ocorre com um romance de espionagem ou uma história de amor, por exemplo, que quase sempre lemos apenas por diversão.

Para quem se interessa por romances clássicos (ou literários, como prefere Pamuk), não apenas pelas histórias que eles contam mas igualmente pelos aspectos envolvidos em sua escrita (como um escritor planeja, faz pesquisas, trabalha seu livro etc.) e até mesmo na sua recepção ou percepção pelos leitores, esta é uma obra ("um ensaio ou meditação sobre a arte do romance", conforme o próprio Pamuk) que merece ser lida com atenção.

Da mesma forma que muita gente lê Aspectos do Romance, de E. M. Forster, várias vezes citado por OP, juntamente com um ensaio de Friedrich Schiller, Sobre Poesia Ingênua e Sentimental, ambos textos que serviram de base para as palestras de Pamuk proferidas em Harvard anos atrás e que mais tarde se tornaram este livro.

E depois, por conta dessa leitura ao mesmo tempo prazerosa e informativa, se alguém que já leu tiver vontade de rever Anna Kariênina, Guerra e Paz ou Moby Dick, pode ter certeza de que vai encarar essas histórias ou trechos delas com outros olhos ou ainda se deter por mais tempo em determinadas frases ou parágrafos. Até mesmo certos livros de Pamuk (Neve, Meu Nome é Vermelho, O Museu da Inocência etc.) serão encarados diferentemente numa releitura, sem dúvida.

Lido entre 02 e 05/01/2017.
Marta Skoober 10/01/2017minha estante
Sua resenha (comentários) me fará resgatar mais brevemente o livro que dorme nas prateleiras à espera de um dia ser lido.


jota 10/01/2017minha estante
Que bom!




Joachin 02/12/2012

Pamuk retoma, em seus ensaios, o legado do escritor alemão Schiller, que dividiu os poetas em duas vertentes: os ingênuos e os sentimentais. Os escritores ingênuos buscam imitar o fluxo da natureza ao desenvolverem um estilo calmo, cruel e sábio. Geralmente, esses autores não dão muita importância “as consequências intelectuais ou éticas de suas palavras e não [estão] se importando com o que os outros possam dizer deles” (p. 17). Todo processo de técnica métrica, revisão constante dos textos e autocrítica é deixado de lado em nome de uma escrita frenética, de uma catarse do estilo e da transgressão das normas gramaticais. Já o poeta sentimental, emocional e reflexivo, se preocupa em dominar técnicas que possam depurar o mundo vivido por meio da ficção, priorizando “princípios educativos, éticos e intelectuais” (p. 18).

Mais do que um ensaio sobre a criação literária, para Pamuk, Schiller teceu um verdadeiro tratado “filosófico sobre tipos humanos” (p. 19). Para o autor todos temos um pouco de romancista ingênuo e sentimental. Embora tenha criticado duramente os escritores turcos da geração anterior a sua, Pamuk agora reconhece que seu ideal de criação estética reside na busca do equilíbrio entre o romancista ingênuo e o romancista sentimental.
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Aguinaldo 26/12/2011

o romancista ingênuo e o sentimental
Eu já tinha decidido a terminar as postagens deste 2011 com o livro anterior, o interessante Donde se guardan los libros, de Jesús Marchamalo, mas li esse pequeno livro de Ohran Pamuk e não consegui esperar até janeiro. "O romancista ingênuo e o sentimental" é resultado da participação de Pamuk nas Norton Lectures, da Harvard University, no semestre letivo de 2009-2010 (já li vários livros saídos dessas conferências, livros de Northrop Frye, Harold Bloom, Italo Calvino e Umberto Eco). Utilizando uma idéia original de Schiller, Pamuk separa os romancistas em dois grupos: aqueles que não se preocupam com os aspectos artificiais da escrita e da leitura dos romances (os "ingênuos") e aqueles que dão muita atenção aos métodos de escrita e à maneira como nossa mente opera quando lemos uma história (os "sentimentais", ou "reflexivos"). Interessante, mas como qualquer classificação binária o argumento parece facilitar o entedimento da complexidade que é o ofício de produzir ficção na forma de romance, entretanto acaba apenas oferecendo mais temas de reflexão que respostas definitivas. São seis capítulos, seis palestras de mais ou menos cinquenta minutos. O texto é bem escrito, didático, sem malabarismos. Pamuk advoga um procedimento de escrita onde o romance pode ser associado à pintura de um grande quadro; compara os romances à museus da língua e dos hábitos; fala da insuficiência inata dos romances, pois eles são idealizações da realidade; fala de um "centro atrator" dos romances; nos ensina que o esforço por ler um grande romance está relacionado a nosso desejo de ser especiais, de nos distinguir dos outros; comenta sobre as diferenças de um escritor europeu ou americano e os escritores da periferia, como ele; tenta transmitir seu otimismo com o futuro do romance, como arte poderosa e seminal. O livro inclui um bom índice remissivo. Leitura divertida para esses dias vagabundos de final de ano. Bueno. Agora é oficial, cousas novas, só em 2012. [início 13/10/2011 - fim 25/12/2011]
"O romancista ingênuo e o sentimental", Orhan Pamuk, tradução de Hildegard Feist, São Paulo: editora Companhia das Letras (1a. edição) 2011, brochura 14x21, 146 págs. ISBN: 978-85-359-1984-4 [edição original: Saf ve Düşünceli Romancı (İstanbul: İletişim Yayınları) 2011]
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