Era no tempo do rei :um romance da chegada da corte

Era no tempo do rei :um romance da chegada da corte Ruy Castro




Resenhas - Era no Tempo do Rei


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Tania 30/12/2012minha estante
Esse livro fez tanto sucesso entre os alunos do Ciec (Conde - bahia) que levaram. pena que era um único exemplar. Eu gostei muito. Com uma história de ficção entre dois garotos, Ruy nos mostra os bastidores de uma época.




Renata CCS 17/07/2014

Uma deliciosa fusão entre o real e o imaginário.

A verdade histórica não existe. A História não é mais do que uma ficção. Quer dizer, uma ficção com mais dados, concretos, reais, mas também com muita imaginação. José Saramago

O brasileiro adora rir de si mesmo, e a obra ERA NO TEMPO DO REI, de Ruy Castro, se apodera disso muitíssimo bem. O livro é uma deliciosa e bem humorada fusão entre o real e o imaginário. O lado real da história está representado na figura do príncipe D. Pedro I, futuro primeiro imperador do Brasil em seus 12 anos de idade. O lado imaginário cabe a Leonardo, um garoto de 14 anos abandonado pelos pais que mora com o padrinho, o barbeiro Quincas. Extraído por Ruy Castro das páginas de Memórias de um Sargento de Milícias, publicado em 1854, Leonardo é o futuro sargento do romance de Manuel Antônio de Almeida, e também o primeiro malandro da literatura nacional.

O cenário é o Rio de Janeiro de 1810, dois anos após a chegada da Família Real portuguesa. Pedro e Leonardo, os dois protagonistas endiabrados da história, se conhecem na torre da igreja da Candelária, quando Pedro fugia de uma das diversas confusões que costumava se meter. E é a partir deste ponto da história que o enredo se desenvolve e a leitura nos cativa. O livro se destaca pela criatividade, combinando a realidade histórica com ficção, com uma narrativa leve e sempre bem humorada, sem perder a perspectiva social e política daquela época. Ruy Castro nos fisga com uma narrativa saborosa e atraente e é difícil não se deixar conduzir pela história.

Os coadjuvantes são nobres e plebeus, alguns existiram de verdade, e outros saídos da imaginação do autor, e ajudam a movimentar o enredo: o guloso e indeciso D. João, a vingativa princesa Carlota Joaquina, a senil prostituta Bárbara dos Prazeres, o temido major Vidigal, o pirata lendário Jeremy Blood, o capitão Sidney Smith, o temente padre Perereca, enfim, um desfile engenhoso e harmônico de personagens e situações entre o real e o imaginário.

O maior mérito de Castro foi recontar um fato histórico mesmo que já tenha sido extremamente explorado - sem grandes pretensões e com tamanha vivacidade e espírito satírico. Ele consegue transmitir a malandragem e o velho e conhecido jeitinho brasileiro, uma espécie de marca registrada que permanece até hoje.

Uma delícia de leitura, onde cultura e humor andam de mãos dadas.

Recomendo muito!
Bel 18/07/2014minha estante
Eu também achei este livro muito criativo e inteligente. Gostei muito da sua resenha.




Claudia Furtado 31/05/2009

Gostei! Gostoso de ler e com descrições do ¨Tempo do Rei¨ bem interessantes. Gerou bons papos e boas lembranças.
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brunoo! 17/08/2010

fringe
a ficção e a realidade.
existe uma linha tênue entre essas duas coisas, e como saber de que lado estamos? simples, NÃO SABEMOS.

é exatamente assim que ruy castro começa seu sermão sobre o grande dia que a corte portuguesa se instalou no país, e sobre o difícil convívio de uma criança que está para ser rei em um território que não conhece.

mais com certeza a grande sacada do autor é te colocar exatamente dentro do 1908 e te fazer pensar no que realmente aconteceu e o que é pura e simples ficção.

mais logo digo, não espere muito da historia pois ela começa, acontece, e termina exatamente onde tinha começado.
talvez para uma criança de ate 15 anos (período que li, e tenho boas recordações dessa leitura), serve como um ótimo passatempo, em qualquer outro caso, não perca seu tempo.
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Victor 09/09/2010

Teatro/livro
Assisti à peça e depois li o livro. Ambas foram experiências únicas. O livro tem um humor histórico, enquanto a peça, o visual e as músicas.
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Jubs 10/09/2010

Inteligente, bem-humorado e de fácil leitura.
É interessante como Ruy Castro consegue mesclar aspectos históricos com argumentos ficcionais. Se o leitor gosta um pouco de História, vai adorar o livro. Mesmo quem não é muito ligado nos acontecimentos históricos, vai gostar desse romance.

O autor é bem descritivo na sua prosa, fica fácil para o leitor imaginar as personagens que ele descreve e os cenários em que se passa a estória.Mesmo sendo detalhista, a leitura não se torna cansativa. Com este livro, o leitor é convidado a fazer um passeio pelo Centro do Rio de Janeiro nos tempos da Monarquia.

Muitas vezes ri com os personagens, imaginando: "ah! esses pestinhas! sempre aprontando por aí!".

Inteligente, bem-humorado e de fácil leitura. Resultado de um cuidadoso trabalho de pesquisa feito pelo autor, é possível perceber isso em cada parágrafo.

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Li 06/06/2011

É muito interessante ler sobre a vinda da família real portuguesa para o Brasil de uma forma mais... real! Este livro faz com que não vejamos a divisa entre a história e a estória e, ainda de quebra, nos dá uma visão do contexto político da época entre Portugal, Espanha, França e Brasil, de uma forma mais interessante do que lendo um livro didático. Me lembrou o Shangô de Baker Street do Jô Soares, e do Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, de certa forma: o primeiro por ter personagens clássicos e conhecidos em contextos bem mundanos e o segundo por relatar fatos históricos sérios de forma a dar toques de humor, sem perder a classe.
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Natalia 02/11/2010

Um tempo que não mudou muito...
Era no tempo do rei narra a história do peralta Leonardo(personagem extraido do livro Memórias de um Sargento de mílicias)e do principe D. Pedro I, que se conheceu nas ruas do Rio e travam uma amizade cheia de aventuras que envolvem muitos personagens conhecidos como Carlota Joaquina, D. João, D. Miguel, irmão de Pedro.
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Felipe 21/12/2010

Ficção e realidade em harmonia
Ruy Castro é um conhecido biógrafo, entre suas obras estão os fantásticos “Chega de Saudade” e “Estrela Solitária” sobre João Gilberto e Garrincha respectivamente. Mas em “Era no tempo do rei” Ruy Castro deixa o seu lado ficcionista aflorar e nos brinda com uma obra em que realidade e ficção convivem em pura harmonia. Isto pode ser visto logo nos dois protagonistas, D. Pedro I e Leonardo, este saído direto do livro de Manuel Antônio de Almeida “Memórias de um Sargento de Milícias”, do qual o livro de Castro é uma homenagem desde o seu título, que é a frase que o Almeida inicia sua obra clássica protagonizada por Leonardo.
“Era no tempo do rei” se passa nos dias de carnaval de 1810, quando a família real estava no Rio fugida de Napoleão. O romance conta as travessuras de Pedro, o futuro imperador do Brasil e Leonardo. Eles se conhecem de maneira que só podia ser saída de uma obra de ficção, porém bem possível de ter sido real conhecendo um pouco da biografia de nosso primeiro imperador. Na trama Pedro e Leonardo se envolvem com prostitutas, piratas e sequestros. Ao final, a ironia que marca a obra de Almeida encerra em grande estilo o livro de Castro.
Mas a trama, apesar de ser muito boa, fica ofuscada pela forma da obra de Castro, que mistura personagens reais com outros saídos de “Memórias de um Sargento de Milícias”. O constante diálogo entre a História e a história de Almeida é o grande atrativo do livro de Castro. Estão entre os coadjuvantes em “Era no tempo do rei”, D. João VI, Carlota Joaquina e Napoleão. No mesmo nível, ou até maior de importância na trama, os personagens criados por Manuel Antônio de Almeida, o major Vidigal e o padrinho Quincas. O texto de Castro é tão fluente que o leitor não tem como perceber onde acaba a ficção e inicia a realidade.
O único ponto que o texto pode ser criticado é em seu final. Parece que Castro economizou no encerramento da trama, incluindo um epílogo frio nas páginas finais. Um livro como este merecia um final mais desenvolvido e com maior riqueza de detalhes. Porém recomendo fortemente “Era no tempo do rei” assim como todas as outras obras de Ruy Castro.
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Lili 06/07/2011

O livro que me fez gostar da História do Brasil.
Esse livro como de praxe(olha eu usando as expressões do livro) me surpreendeu,não bastasse o jeito próprio de contar história que Ruy Castro tem ele ainda é de um bom humor doce.O livro nos fisga pela magia da amizade entre Leonardo,simples plebeu morador do Rio de 1800 e tantos,e Pedro infante de Portugal e príncipe do mesmo.Sem querer(querendo) ele nos ensina que é possível aprender se divertindo,e como diverte esse livro,li suas últimas páginas no ônibus e não repreendi o riso nem nas suas últimas páginas.Amei e recomendo.
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Fabiana 14/10/2015

Impagável
Misturando fatos históricos com ficção, o autor apresenta como seria a vida de D. Pedro aos 12 anos, no Rio de 1810. Junto com outro garoto, um mestre das ruas, nosso futuro imperador vive grandes e hilárias aventuras!!
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cthadeusantos 08/01/2016

Divertidíssima narrativa ficcional sobre as aventuras e desventuras de Dom Pedro e seu amigo que acaba por nos levar a imaginar em várias passagens, será que isto não poderia ter sido verdade? Ruy Castro como sempre, impagável e divertido.
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Bringel 31/07/2016

1 - Leitura recomendada para melhor se compreender alguns fatos importantes da história do Brasil, notadamente da época do Brasil Colônia, quando a Corte portuguesa, tendo à frente D. João VI, instalou-se no Rio de Janeiro, inteligente estratégia utilizada para evitar a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte. Para essa difícil, mas necessária providência, D. João contou com o apoio e o estímulo da Inglaterra, inimiga da França.

2 – Através desse livro, pode-se ter uma boa visão da personalidade de D. João VI, bem como de sua esposa dona Carlota Cristina, de origem espanhola, e que trabalhava em surdina contra o marido, com ajuda de elementos ingleses para vir a ser rainha da Espanha, plano que jamais conseguira realizar (Jeremy Blood e Sir. Sidney Smith, este chamado de volta pelo Min. Canning, e o primeiro de triste fim no mangue hoje transformado em bairros elegantes da cidade do Rio).

3 – Além dos personagens já citados, reais, aliás, anotam-se nomes de outros, certamente irreais, como as ciganas, o major Vidigal, Calvoso e Fontainha, peças ruins, e que teriam sido protetores da portuguesa Bárbara dos Prazeres, que o autor indica como uma das grandes paixões de D. João, ainda em Portugal. Interessante a força inventiva do autor no tocante a um criativo seqüestro do infante Pedro, e o modo como o mesmo foi desbaratado, graças à participação do seu amigo Leonardo.

4. Boa leitura, diria, mesmo, gostosa, em razão da maneira como o autor conta os fatos que envolvem os personagens, verdadeiros ou falsos.
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Bringel 31/07/2016

1 - Leitura recomendada para melhor se compreender alguns fatos importantes da história do Brasil, notadamente da época do Brasil Colônia, quando a Corte portuguesa, tendo à frente D. João VI, instalou-se no Rio de Janeiro, inteligente estratégia utilizada para evitar a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte. Para essa difícil, mas necessária providência, D. João contou com o apoio e o estímulo da Inglaterra, inimiga da França.
2 – Através desse livro, pode-se ter uma boa visão da personalidade de D. João VI, bem como de sua esposa dona Carlota Cristina, de origem espanhola, e que trabalhava em surdina contra o marido, com ajuda de elementos ingleses para vir a ser rainha da Espanha, plano que jamais conseguira realizar (Jeremy Blood e Sir. Sidney Smith, este chamado de volta pelo Min. Canning, e o primeiro de triste fim no mangue hoje transformado em bairros elegantes da cidade do Rio).
3 – Além dos personagens já citados, reais, aliás, anotam-se nomes de outros, certamente irreais, como as ciganas, o major Vidigal, Calvoso e Fontainha, peças ruins, e que teriam sido protetores da portuguesa Bárbara dos Prazeres, que o autor indica como uma das grandes paixões de D. João, ainda em Portugal. Interessante a força inventiva do autor no tocante a um criativo seqüestro do infante Pedro, e o modo como o mesmo foi desbaratado, graças à participação do seu amigo Leonardo.
4. Boa leitura, diria, mesmo, gostosa, em razão da maneira como o autor conta os fatos que envolvem os personagens, verdadeiros ou falsos.
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