Bringel 31/07/2016
1 - Leitura recomendada para melhor se compreender alguns fatos importantes da história do Brasil, notadamente da época do Brasil Colônia, quando a Corte portuguesa, tendo à frente D. João VI, instalou-se no Rio de Janeiro, inteligente estratégia utilizada para evitar a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte. Para essa difícil, mas necessária providência, D. João contou com o apoio e o estímulo da Inglaterra, inimiga da França.
2 – Através desse livro, pode-se ter uma boa visão da personalidade de D. João VI, bem como de sua esposa dona Carlota Cristina, de origem espanhola, e que trabalhava em surdina contra o marido, com ajuda de elementos ingleses para vir a ser rainha da Espanha, plano que jamais conseguira realizar (Jeremy Blood e Sir. Sidney Smith, este chamado de volta pelo Min. Canning, e o primeiro de triste fim no mangue hoje transformado em bairros elegantes da cidade do Rio).
3 – Além dos personagens já citados, reais, aliás, anotam-se nomes de outros, certamente irreais, como as ciganas, o major Vidigal, Calvoso e Fontainha, peças ruins, e que teriam sido protetores da portuguesa Bárbara dos Prazeres, que o autor indica como uma das grandes paixões de D. João, ainda em Portugal. Interessante a força inventiva do autor no tocante a um criativo seqüestro do infante Pedro, e o modo como o mesmo foi desbaratado, graças à participação do seu amigo Leonardo.
4. Boa leitura, diria, mesmo, gostosa, em razão da maneira como o autor conta os fatos que envolvem os personagens, verdadeiros ou falsos.