Reencontro

Reencontro Leila Krüger




Resenhas - Reencontro


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Paty 29/04/2012

Uma ideia geral:
O livro já começa desde o início me atraindo com o trecho de uma música do grupo Guns N’ Roses que eu simplesmente adoro, fez parte da minha adolescência. E assim continua; em todo início de capítulo tem citações que vai de trechos de músicas a citações de poetas conhecidos, essas citações nos ajuda a compreender o que está por vir e os sentimentos da protagonista.

Ana Luiza é uma bela jovem, rica que cursa odontologia, mas cansada de sofrer por amor, completamente desiludida da vida e totalmente sem estrutura familiar, se envolve e se afunda cada vez mais com álcool e drogas.
Ana acreditava que ser feliz não era pra ela, não tinha sonhos, não acreditava mais no amor, e com a desunião de seus pais se sentia ainda mais desacreditada.
“O tal amor...como na música ‘Forever”, do Kiss...será que existe? Será que pode ser para sempre? Ou é só...uma chama, como disse o Vinícius de Moraes...De repente apaga, quando menos se espera. Se for assim...vale a pena se queimar nessa chama?” pg46

Ana tem uma amiga,sua única melhor amiga por sinal, Nana, que é o seu oposto: acredita no amor, acredita que no momento certo a pessoa certa aparecerá, acredita num amor pra vida toda, sonhadora. Nana andava um pouco arredia, faltando as aulas, distante de Ana Luiza cada vez mais, que se sentia enciumada e não entendia o motivo.
Rafa, o novo aluno do terceiro semestre de Odonto da PUC, logo procura fazer amizade com Ana e Nana. Mas Ana Luiza não se mostra nem num pouco interessada em uma nova amizade, ela busca sempre fugir das pessoas, e nunca mostrar seu verdadeiro eu....tem medo.
Ana Luiza se entregava cada vez mais ao álcool e as drogas, a cada decepção, seja ela amorosa ou familiar( a mãe de Ana é uma mulher fútil, e o pai um homem distante) . Ela sabia que precisava parar e recomeçar, mas como? Recomeçar de onde?
“Gostava de misturar maconha e álcool, era como gasolina aditivada. Mas gasolina aditivada pode estragar o carro...ela não se importava...”pg99
Rafa é um personagem de extrema importância na vida de Ana, diria um anjo, um ser especial dotado de uma esperança e um amor incondicional.
O livro é bem grosso mas é uma leitura que desliza,que te prende e quando se percebe já acabou. E é uma leitura que emociona, que toca lá naquele cantinho do coração onde por vezes deixamos coisas guardadas em silêncio. Com esse livro você vai refletir, e acredito que assim como eu , você também vai chorar, porque é um livro que abrange tantas coisas que envolvem nossa vida, nossa realidade, nossas perdas, nossos medos, nossas dúvidas. É difícil tentar transmitir por palavras os sentimentos que o livro me despertou. O livro é um relato de sensações e sentimentos, é uma história de fé, de luta pela vida, de superação,de descobertas, de perdão...um livro de ‘encontro, desencontro e reencontro’.
Reencontro acho que foi o livro mais dificil de resenhar, porque não vi nele apenas uma história, vi sentimento....senti. Com certeza é o livro mais lindo que já li apesar de triste e de mostar uma realidade cruel que infelizmente muitos vivenciam.
Leitura totalmente recomendada, não deixem passar a oportunidade de ler e conhecer essa obra espetacular de autoria nacional...vamos incentivar e apoiar os escritores nacionais.

“Eu acho que não existe um caminho pro perdão...- os olhos dele ficaram perdidos em outra direção- porque o perdão é o caminho. Um caminho diário que a gente percorre sem enxergar o fim. Sem saber se um dia vai acabar. Quando vamos descansar. E não vai mais fazer mal.”pg 208
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Jacqueline 24/02/2012

publicada originalmente em www.mybooklit.blogspot.com
Desde a primeira vez que vi essa capa, fiquei fascinada, pois remete a minha adolescência, sempre com meu All Star surrado e meu discman (era febre na minha época) tocando minhas bandas de rock preferidas.
A expectativa já era grande para ler o livro, e assim que iniciei a leitura, a história me fisgou por completo.
Em 496 páginas, mergulhei na vida de Ana Luiza. Sorri, chorei, me emocionei, me arrepiei e no final ficou aquele sentimento: que pena que o livro acabou.

O livro é narrado em terceira pessoa, sob a perspectiva de Ana Luiza, uma jovem de 23 anos, estudante de Odontologia, que coleciona decepções em sua vida: o distanciamento de seus pais, o término de namoros, a traição de uma amiga.
Ana Luiza deixou de acreditar em seus sonhos e seu futuro, achando que nunca iria se recuperar das grandes dores que sofreu na vida. Cada vez mais entregue as drogas e a bebida, Ana Luiza se fecha em seu mundo, e se entrega a solidão. Mais o destino parece lhe sorrir, uma vez que ela conhece um rapaz disposto a enxergá-la do jeito que ela é, dentro do seu coração. Assim Rafa entra em sua vida, e tenta fazê-la voltar a sorrir. Mas o caminho para o reencontro com seu "eu", pode não ser tão fácil quanto parece.

"Foi então que da minha infinita tristeza aconteceu você" (Vinícius de Moraes)

Aos poucos o leitor é apresentado ao mundo de Ana, uma jovem complexa, por vezes tácita, e desacreditada com a vida . A vida de Ana, contrasta drasticamente com a de Rafael. O jovem de olhos caramelados, é cheio de vida, tem muita fé e acredita até o fim em seus sonhos.

" Sonhar...transcende a vida. As impossibilidades; É um tipo de libertação. Tudo nos prende, menos um sonho...Um sonho só precisa de um coração pra existir. E só de um coração que acredita para acontecer." (pág.206)

Apesar de ser uma amizade improvável, o carinho de Rafa por Ana acontece de forma gradual. Nada acontece de forma súbita, nada soa clichê e o romance dos dois é algo completamente tangível.

"E desde quando a gente merece amor, meu amor? A gente aceita - ele a beijou - Hoje aconteceu uma coisa que parecia impossível.
- O quê?
- Tu ficaste mais linda. Nunca tinha te visto tão linda. Nem achava possível uma mulher tão linda. É sério! Eu até acho que tu és...marciana...coisa assim..." (pág. 469)

Leila possui uma narrativa encantadora, convincente e por vezes poética. Mesmo o livro sendo narrado em terceira pessoa, os sentimentos dos personagens são expressos perfeitamente.
A história se passa em Porto Alegre. Os lugares e paisagens são narrados com riqueza de detalhes, que muitas vezes me vi transportada para a cidade gaúcha. Outra coisa que me chamou atenção, foi o uso de vocábulos locais, utilizado nos diálogos. O uso do pronome "tu" ao invés de "você" me deu a impressão que eu estava em Porto Alegre, tomando um chimarrão e ouvindo o "sotaque" gaúcho dos personagens. Eu achava fofo quando o Rafa chamava a Ana de guria.
No final da leitura, parecia que eu era uma amiga íntima da Ana e do Rafael. Gosto de livros que me fazem "entrar" na mente e vida dos personagens.

Reencontro trouxe uma avalanche de sentimentos e lembranças, através de muitas referências musicais citadas, como: Guns N'Roses, Bon Jovi, Scorpions, Metallica, Lenny Kravitz entre outros, que passei a minha adolescência ouvindo. Cada início de capítulo, traz citações de escritores como: Clarice Linspector, Mário Quintana, Érico Veríssimo, Cecília Meireles e outros. E também trechos de músicas, das bandas que citei.

O livro acaba de modo inesperado. Quando o leitor pensa que conhece toda a história, Leila surpreende e acrescenta fatos que tornam a trama ainda mais apaixonante.
Uma história de superação, perdas, reencontros, fé. Não será só mais um livro na estante do leitor, e sim uma história que traz uma lição inesquecível. Um livro inesquecível, assim eu classifico Reencontro.
Um dos melhores livros que já li. Um livro que despertou um turbilhão de ideias, memórias, sentimentos, e com certeza ficará gravado em minha mente por muito tempo.
Se você ainda duvida do talento dos nossos autores nacionais, leia Reencontro e se deixe surpreender.
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KKbarros82 19/05/2012

RESENHA: “REENCONTRO” DA LEILA KRÜGER
Olá Ouvintes Leitores! Após uma perda lastimável em minha família, uma das válvulas de escape para tentar esquecer um pouco uma dor inesquecível, foram os livros. No entanto, quando peguei “REENCONTRO” da Leila Kruger para ler, confesso que fiquei um pouco temerosa, pois, como eu iria encarar um livro que parecia trazer uma carga tão grande de drama e sofrimento. Como eu irie conseguir carregar as angústias da Ana Luiza, a personagem principal, se eu não conseguia carregar os minhas próprias?

Estas foram às perguntas que pairaram em minha cabeça. Mas imediatamente minha mente revidou com a brilhante resposta: “Serena, livros, nunca podem te fazer mal”. E foi neste momento que adentrei no mundo de “REENCONTRO”.
“REENCONTRO” lançado pela Editora Novo Século, pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira, vai contar a história da Ana Luiza, uma garota de olhar longínquo, que após a traição de seu primeiro namorado se fecha para o mundo. E é neste momento que começa a avalanche de desencontros da Ana. Sim, apenas Ana. Tornei-me tão íntima dela que seu sofrimento, angustia e medo, também eram os meus.

A Leila Kruger criou uma personagem complexa e amargurada. Ana Luiza possui uma carga de sofrimento e solidão enormes. Ela é uma personagem que não sabe lhe dar com a indiferença dos pais e nem com o rompimento do seu ex-namorado. E por não conseguir suportar a dor das cicatrizes de seu coração, Ana, vai se afundando no mundo da bebida e ainda mais no mundo das drogas. Até que aparece Raphael, ou apenas Rafa, que ensinará a Ana como amar e aguentar todas as amarguras da vida.

Além de uma narrativa fantástica e ao mesmo tempo profunda e sensível, Leila Kruger mostra a riqueza de sua carga literária ao introduzir por toda sua história grandes autores como: Clarisse Lispector, Cecília Meireles, Vinícius de Morais, Mario Quintana e Erico Veríssimo. Não deixando de embrenhar-se também no mundo da música pop nacional e internacional.

Não posso deixar de destacar ainda, como a autora consegue descrever tão bem o sofrimento humano, principalmente quando a Ana perde uma pessoa muito próxima. A Leila Kruger consegue fazer o leitor derramar litros de lágrimas, literalmente. Confesso que não vejo a hora de ler outros livros da Leila kruger e poder me deliciar com sua magnífica narrativa.

No entanto, nem tudo são flores, ao descrever tão bem toda a estrada de espinhos que a sua personagem principal precisava passar para evoluir como pessoa, a Leila Kruger não soube distanciar a religiosidade de sua narrativa.

No início, o livro realmente se foca em como a Ana Luiza vai conseguir suportar suas feridas, mas, ao introduzir a personagem Rafa, as coisas parecem caminhar para uma resposta voltada a espiritualidade. Algo que eu não esperava, já que a autora aparentava que iria passar apenas sutilmente por este assunto. Realmente foi um impacto grande ver nas últimas 150 páginas, o livro de repente se transformar em um autoajuda espiritual. Até o final, onde existe uma revelação importante que justifica toda a religiosidade colocada no desfecho, poderia ser ocultada, deixando que o próprio leitor desse seu veredito sobre a recuperação da Ana Luiza e sua aceitação religiosa a partir da figura do Rafa.

Este definitivamente foi o único ponto negativo do livro “REENCONTRO”. Mas não acho justo, tirar algum selinho cabuloso de uma questão tão pessoal. Pois, o livro da Leila Kruger passa bem mais do que acreditar ou não em uma entidade superior acima das nossas cabeças. Ele passa para os leitores que a vida é feita de muitos desencontros, alguns encontros e felizes reencontros.

Trechinhos que a Serena adorou!

“As vezes se pensa que a ferida está cicatrizada; mas ela continua lá, brava. E aquela continuava lá, estampada nas árvores e no lago como tatuagem, com quase seis anos e sem ter envelhecido”.

Pag. 11

“- Essa calma tem outro nome…Mas…olha: a dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Já ouviste”?

Pag. 40

“-Como disse Vinícius de Moraes: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida…”

Pag. 70

“-Acho que…quando alguém que a gente ama se vai…fica um lugar vazio para sempre. Pode até fiar menos com o tempo, mas sempre fica lá. Quando tu menos espera, ele aparece. Grande. Certas pessoas são insubstituíveis…”.

Pag. 219

“- É…tudo sempre termina. Nada é pra sempre….-Ana Luiza suspirou. – Só a saudade”.

Pag. 239

“- Foi como perder uma parte de mim. Por mais clichê que seja…Ficou um buraco. A perda era uma dívida impagável que a vida tinha comigo – ele ainda derramava lágrimas. – A dor, no fim…é sempre nossa né? Ninguém consegue sentir. Não dá para dividir. No máximo aliviar um pouco…A dor é a coisa mais egoísta do mundo…

Pag. 279

“- Nietzsche…disse que a fé é ignorar tudo aquilo que é verdade”.

Pag. 377


Leitura mais que recomendada.
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Lady 16/07/2012

Logo que li a sinopse de Reencontro no site da autora Leila Krüger, já achei interessante pelo fato de que o enredo é bastante fora dos livros que eu costumo ler. Reencontro não é nem de longe um romance bonitinho, não tem passagens engraçadinhas, sequer posso dizer com certeza que tem um final feliz. O que mais me atraiu no livro foi o fato de ele parecer tão real - uma história dura, cruel, amarga como é a vida de muita gente, possivelmente muito mais palpável e real que qualquer história de amor que eu vá ler na vida. E isso ele realmente é: real. E cruel, e amargo, e triste. Não é mascarado, é intenso. Tão intenso que chega a enjoar, me permito dizer. São longas e longas páginas de uma vida descontínua, descompassada e despropositada, como é a de Ana Luíza (e tenho certeza de que muitos personagens da vida real também).
Se tem uma coisa que a autora soube retratar com perfeição foi essa agonia e esse sofrimento interior da personagem. Ela tem uma mente e uma profundidade extremamente complexas, do tipo que se explora, explora e talvez nunca se chegue ao fundo. Ana Luíza está visível e constantemente deprimida, sempre em busca de respostas pras perguntas erradas, e quase sempre bêbada ou chapada ou as duas coisas. É um estado emocional bastante difícil de se mostrar, mas Leila Krüger conseguiu. É inevitável não compartilhar um pouco da melancolia e não se deixar levar pelas descrições quase poéticas às vezes do dia-a-dia da personagem.
Ironicamente, isso também é parte do lado ruim do livro, que para mim começa no tamanho. Sinceramente, achei longo demais, muito maior do que seria necessário. Em um determinado ponto, eu já estava exausta do lamentar e do sofrimento e da tristeza poética, e queria logo que ela atingisse o maldito fundo do poço pra começar a subir novamente. Só que essa queda vertiginosa se deu lentamente, e quando chega no fundo, é que as coisas começam a acelerar. Como leitora, preferia que tivesse sido exatamente o oposto. A ascensão me interessa muito mais do que a queda, os tropeços do reencontro bem mais do que o pulo rumo ao abismo. E por ser um drama, me cansei com muita facilidade tanto dos personagens quanto do enredo. Se fosse mais curto, talvez não tivesse sido o caso.
Enfim, é um livro bacana e bem explorado sob vários aspectos, mas ficadica: se você não é o tipo de leitor que curte dramas, não é uma boa pedida.
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CarolM 21/06/2012

Me surpreendeu.
Reencontro é o livro de estréia da autora gaúcha Leila Krüger, mas já mostra uma maturidade narrativa de autores experiêntes. Sua escrita tem uma poética e uma sensibilidade que pouco tenho visto na literatura atual.

O livro conta a história de Ana Luiza, uma jovem rica e bonita que a princípio parece ter tudo para ser feliz. Mas não é o que acontece pois o que ela mais senta falta é exatamente o que o dinheiro não pode comprar; amor. Como uma família disfuncional; mãe mais preocupada com seus próprios problemas e pai praticamente ausente e mantendo outra família, Ana se vê perdida e sózinha após o final de seu namoro e nem mesmo sua melhor amiga, Nana, consegue ajuda-la a superar mais essa perda.

Devido a essa e outras situações que acontece em sua vida ao longo daquele ano, Ana Luiza começa a se afundar cada vez mais na bebida e nas drogas, chegando ao ponto de se envolver sexualmente com um de seus colegas, relacionados com o tráfico de drogas, para que este seja seu fornecedor da substância tão necessária no momento. A relação de Ana Luiza com essas substâncias já é antiga e sua saúde começa a mostrar os sinais desse abuso mas ela não acredita ser uma dependente química. A ideia do suicidio também já lhe ocorreu muitas vezes e Ana Luiza se culpa por sua covardia de nunca conseguir ir até o fim.

Em determinado momento, sua melhor amiga Nana também não é mais capaz de tentar ajuda-la pois está em meio a seu próprio sofrimento devido a um problema que ocorre com sua famíla. Mas, em meio a tanto sofrimento surge alguém capaz de resgata-la de seu inferno psicológico: Rafa, o garoto bonito, de sorriso plácido e enormes olhos caramelados que veio do interior e está no mesmo curso de Ana Luiza e Nana.

Rafa se torna o melhor amigo de Ana Luiza e está sempre ao seu lado buscando tira-la da depressão mas aos poucos seus sentimentos por ele tornam-se o que ela considera perigoso para seu coração já quase destruído e está busca se afastar ao máximo de Rafa tentando evitar maiores sofrimentos. Rafa, por sua vez não está disposto a se afastar e desistir dela. Ana precisa se reencontrar e acreditar novamente no amor e ele está decidido a fazer com que isso aconteça.

Essa poderia ser a história de muita gente, quantas Anas Luiza existem por aí apenas esperando por algúem que mostre a elas o quão especiais são. Ana Luiza se torna uma amiga íntima para o leitor a ponto de entendermos seu sofrimento e ficarmos realmente preocupados com ela.

Permeado de citações de poemas e trechos de músicas o livro parece conter sua própria trilha sonora. Muitas vezes durante a leitura me vi buscando as músicas que Ana pensa ao longo da história e percebi que se encaixam perfeitamente em determinados momentos do livro. As citações a cada entrada de capítulo também descrevem perfeitamente o que virá a acontecer no capítulo em questão.

Até uma boa parte do livro não conseguia gostar de Ana Luiza, seu comportamento destrutivo era injustificável para mim mas a medida que a história seguia consegui compreender um pouco mais mesmo ainda não concordando com suas atitudes. E Rafa também me deixou frustrada muitas vezes por demorar tanto para tomar uma atidude com relação a Ana Luiza mas depois dos capítulos finais fiquei completamente encantada por ele.

O fato da trama se passar em Porto Alegre, minha cidade natal, contribuiu muito para deixar a história mais real para mim uma vez que conseguia visualizar com perfeição cada local descrito. E os diálogos são bem regionalistas e talvez algumas pessoas possam estranhar o jeito "cantado" gaúcho de falar.

A revisão merece elogios, assim como a edição que está caprichadissima, adorei principalmente a capa. Enfim uma bela história de amor e superação. Recomendadíssimo. ^ ^

Resenha publicada no blog Vida de Leitor:
http://www.vidadeleitor.blogspot.com.br/2012/04/reencontro-leila-kruger.html
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Vanessa Sueroz 29/05/2012

Reencontro
Ana Luiza, uma jovem bonita que a princípio parece ter tudo para ser feliz, mas lhe falta a coisa fundamental, amor. Sua família é uma bagunça, sua mãe mais preocupada com seus próprios problemas e pai praticamente ausente e mantendo outra família, Ana se vê perdida e sozinha, apesar de sua amiga Nana estar por perto tentando ajudar.

Ana tem sua vida destruída pela bebida e drogas, além do cigarro e álcool ela começa a se afogar em drogas pesadas, vendendo seu corpo para conseguir um baseado, mas depois de tantos problemas com sua família e amigos, o que faz com que ela se afunde mais nas drogas, surge Rafa, um grande amigo que talvez seja capaz de ajudar Ana Luiza como ninguém mais conseguiu, ele se torna um grande amigo e tenta a todo custo tirar
Ana da depressão e aos poucos seus sentimentos tornam-se algo mais que pura amizade.

(...)

Veja na integra em: http://blog.vanessasueroz.com.br/reencontro/
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Nil 23/06/2012

Um otimo livro nacional
Recebi esse livro em um booktour que participei.
À princípio achei que não iria gostar do livro porque o começo é um pouco cansativo mas, com o correr das páginas vi que estava profundamente enganada.
Em Reencontro conhecemos Ana Luiza, uma garota que tem tudo, cartão de crédito para gastar a vontade, estuda odonto em uma conceituada faculdade, mora em um bairro bom na cidade de Porto Alegre, é bonita e jovem mas, mesmo com tudo isso, completamente infeliz. Seus pais não se dão bem e nem se importam com ela, Ana Luiza só tem uma amiga de verdade, a Nana. E, a tia Ella, que é a mulher que cuida dela desde pequena. O problema da Ana Luiza é o amor. Ela teve seu coração partido mais uma vez e, por isso, deixou de acreditar no amor e nas pessoas. Com isso começou a se afundar nas drogas e no álcool, um problema bem comum entre os jovens atualmente.
A Fernanda ou Nana, estuda com Ana Luiza, apareceu no primeiro dia de aula com os cabelos ruivos e foi apelidada pela amiga de Curupira. Enquanto Ana Luiza tem sempre uma nuvenzinha pairando sobre sua cabeça, Nana já é mais alegre e, mesmo que use maconha de vez em quando, não é viciada como a amiga. Nana acredita no amor, o que é estranho para Ana Luiza.
Rafa, o Rafael Benedetti, tem uma história de vida triste mas, surge na história e na vida de Ana Luiza para tentar tirá-la do fundo de poço em que ela está se metendo. Com esse nome de anjo, é isso mesmo o que ele se torna na vida da Ana Luiza. Ele é sempre super gentil e cortês com ela. Isso a encanta.
A narrativa em terceira pessoa nos mostra o cotidiano de Ana Luiza, durante um ano. O tempo que ela passa em casa com os pais ou na faculdade “estudando” e o tempo que ela desperdiça envolvida com as drogas, seu cigarro, seu baseado e sua bebida em excesso.
Os diálogos de Ana Luiza têm frases curtas e, em algumas vezes, até desconexas, demonstrando o real pensamento de uma pessoa que se encontra perdida, sem ver sentido na vida.
Como toda a história se passa em Porto Alegre, podemos ver o sotaque gaúcho nos diálogos dos amigos.
Se, no começo o livro tem uma narrativa mais arrastada, por volta da página 100 ela embala e se torna muito gostosa, cativando e emocionando o leitor com todos os acontecimentos, que eu não posso falar aqui. Então vocês vão ter que ler para saber o que tanto acontece no livro.
Só posso dizer que muitas vezes tive vontade dar uns tapas na Ana Luiza mas, na maior parte do tempo o que eu senti mesmo foi é pena dela. Como uma pessoa tão jovem pode deixar de ter fé e perder a esperança e o otimismo na vida?
O final foi bem interessante, mas era o esperado, por tudo o que aconteceu no livro todo. Apesar de, no meio do livro, ele ter se tornado como que um livro de auto-ajuda (que eu odeio. rs.), o final me agradou.
A capa do livro não é bonita mas traz boas recordações, principalmente para quem foi jovem na década de 80/90 (não que eu seja velha. rs.), quando a gente usava All Star sem problema nenhum. rs. E eu adorava o meu.
A diagramação é muito bem feita, o normal da Editora Novo Século. Um ponto positivo a mais para esse livro são as citações que iniciam cada capítulo. Sempre de algum autor consagrado como Cecília Meireles ou Clarice Lispector, ou até letras de algumas músicas de bandas de rock, como Guns and roses ou Metallica. As músicas do Guns que foram citadas eu adoro todas. Acabei ouvindo todas as músicas que a autora citou durante a história.
Enfim, é um livro bom que deve ser lido com cuidado. É realmente um livro que mostra a realidade vivida por muitos.
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Sa 09/08/2012

Belíssimo, mas um pouco cansativo.
Como o título já traduz, a história vai tratar de reencontros. Porém não aquele mocinha e mocinho que se amam e voltam a se encontrar após anos (meio Diários de uma Paixão) e por aí vai não! São os vários tipos de reencontro, sendo que o mais importante e principal é um reencontro consigo mesmo. Com sua própria história, com sua própria vida, com seu amor-próprio. E esse, pra mim, foi o foco principal da narrativa da história de Ana Luiza.

A protagonista é uma jovem de 23 anos que estuda Odonto na PUC do Rio Grande do Sul e que além de uma vida sem percalços financeiros, possui uma enormidade de problemas. Vou listar alguns: O pai é frio como um iceberg e ausente e a mãe é uma religiosa carola e fútil, sua auto-estima é um lixo e seu coração já foi despedaçado por amores profundos que nunca trouxeram nenhum bem. Por isso, Ana se entrega ao rock e a alguns outros prazeres nada saudáveis: o cigarro, o álcool e as drogas.

Três outras personagens crescem e tem uma grande importância para a protagonista e para todo o desenrolar da trama. A primeira que vou falar sobre é a Tia Ella. A 'verdadeira mãe' de Ana, a governanta que a conhece como ninguém e que cuida dela como se fosse a figura materna real dela. Ela, sim, faz o papel de mãe. Eu a citei aqui mas pela simpatia que eu criei pela personagem. É amável demais... A outra personagem é a única amiga de Ana Luiza, Nana. A Curupira, apelido por conta de seus cabelos ruivos, tem um sorriso cativante, uma alegria contagiante e uma fé no amor e em Deus que contrasta com a descrença da melhor amiga. Tem muito trabalho como 'almofada para o coração' de Ana Luiza, mas o faz acreditando na força interior de quem chama de Nuvenzinha. Uma força que a amiga não descobriu e descrê da existência.

A terceira pessoa merece um parágrafo dele. Rafa. O garoto de olhos imensos. Ele é responsável pelos diálogos mais interessantes, importantes e filosóficos do livro. É com ele que Ana Luiza passa os seus melhores momentos e os piores. Novo aluno da PUC, músico e compositor, se aproxima da garota apesar de suas tentativas de afastá-lo. Tentativas essas que chegam a dar raiva, gente! Mas Rafa se mantém firme conquistando seu espaço como amigo e como amor no coração da protagonista que vive tentando se auto-sabotar de todas as formas possíveis. E encontra nesse rapaz um grande conforto, além de palavras de larga sabedoria sobre a vida, amor e fé.

Eu confesso que tive uma grande dificuldade no início apesar de curtir o estilo de escrita da autora. Amo essa tendência meio dark e psicológica que se imprime a cada capítulo e a cada parágrafo. Passamos a conhecer os personagens de maneira única e isso me atrai muito num livro. O modo como os diálogos se desenvolvem e como os assuntos são costurados e construídos a partir de rock e citações de diversos autores clássicos da nossa literatura nacional como Cecília Meirelles e Clarice Lispector é primoroso. Contudo, eu achei o livro grande demais. A dificuldade apareceu justamente por conta de um excesso em algumas partes, o que tornou o livro cansativo em alguns momentos. Entendo que não é possível um livro sem partes mais vagarosas (embora Jogos Vorazes, Inimigo Brutal e a Série Mortal como um todo, os dois primeiros já resenhados aqui levem o ritmo de modo alucinante), mas alguns momentos me deram a sensação que poderiam ter sido encurtados. Vale ressaltar que a linguagem do livro é toda em 'gaúchez', algo que - para cariocas como eu - é surreal. O uso do 'tu' e da conjugação em segunda pessoa numa conversa informal é tenso, porém a autora é gaúcha e o utiliza com segurança. Foi um comentário regionalista apenas... rs

A leitura te leva a reflexão a respeito da vida e do modo como a entendemos e cuidamos dela. Ana Luiza é muito auto-destrutiva, porém os eventos são moldados a nos levar a compreender motivações e, ao mesmo tempo, questioná-las. Será que acabamos não pensando daquela forma? Ou nos justificamos erroneamente da mesma maneira? Leila Krüeger dá um show nesse sentido.

Recomendo e dou apoio aos escritores nacionais! Tem muito livro bom de nossa terra e Reencontro é um desses de qualidade brasileira. http:/mundo-sa.blogspot.com
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Rafaella 16/11/2012

Ultimamente eu percebi que travo quando preciso falar sobre um livro que amei. Grande parte porque eu acho que não existem palavras para descrever a obra em sua totalidade. E hoje não será diferente e peço perdão caso eu não consiga passar aos leitores todas as emoções que o livro me passou - o que eu considero uma tarefa extremamente difícil - mas irei tentar.
Reencontro é o segundo livro de Book Tour que eu recebi e deixo claro que não tinha grandes expectativas, não havia procurado informações sobre o livro e estava com a mente aberta para o que viesse. E Meu Deus, que livro. Sabe aquele livro que por nada no mundo você quer parar de ler? Reencontro foi assim, mas com um pequeno problema: é livro de book tour, ou seja, nem pensar em carregar para cima e para baixo porque tenho medo de danificar - afinal o livro não é meu e todo o cuidado é necessário - Então eu acabava morrendo de vontade de correr para casa e continuar a leitura. O livro é grande, mas nada que desanime a leitura. São quase 500 páginas e a autora conseguiu me prender desde o início até o final.
O livro é narrado em terceira pessoa e tem como protagonista Ana Luiza Herrmann que é fruto de um casamento desestruturado e muitas brigas. Sua mãe, Dona Vera, é dona de casa e seu pai, Doutor Guilherme, é um médico que mal para em casa. Ana está cursando Odonto na PUC de Porto Alegre e tem como melhor amiga e fiel escudeira Fernanda, mais conhecida como Nana, com quem divide uma grande amizade e alguns segredos.
A expressão "Pobre menina rica" define bem a situação em que Ana Luiza se encontra. A garota tem tudo o que quer materialmente, porém não tem o amor e afeto por parte de seus pais. Essa negligência em sua criação deixou a menina desamparada e ela acabou recorrendo a bebida e às drogas para tentar aliviar sua solidão. Quando ela conhece Rafa acaba mudando alguns pontos negativos em sua vida, porém uma tragédia coloca um fim nessa mudança. A garota precisa manter sua sanidade e saúde debilitada. Com algumas quedas, ela continua a batalha. Será que ela consegue controlar seus vícios? E Rafa? Estará sempre ao lado de Ana?
O livro me encantou. Nunca em minha vida chorei tanto quanto chorei em Reencontro. Eu dizia: chega de chorar. Passava algumas páginas e lá eu estava novamente me debulhando em lágrimas. Eu me identifiquei bastante com a protagonista - apesar de odiar beber e não usar drogas - mas sim, em relação a todos aqueles sentimentos de insegurança e impotência diante de determinadas situações. O livro é super recomendado e aqueles que amam um romance irão adorar. A diagramação do livro é muito boa e a autora colocou sempre ao início de cada capítulo uma citação ou um trecho de música que esteja relacionado ao capítulo. A capa remete ao lago que é o cenário de muitas cenas do livro e trás ao leitor uma imagem para ilustrar parte do local. Mas só deixo uma dica: não leia em público, você pode começar a chorar e será embaraçoso.


Disponível em: http://laviestallieurs.blogspot.com.br/2012/07/resenha-reencontro-leila-kruger.html
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Julia G 25/09/2012

"Era entardecer. Ana Luiza sentia como se fosse morrer.
- Vai ficar tudo bem Ana... tenho certeza. Ainda não chegou ao fim, lembras?
Mas ele estava indo embora! Como ele podia dizer que ia ficar tudo bem?!
Ele a abraçava, acariciando os cabelos dela:
- É por isso que eu sei que tu não és de gelo... - silêncio. - Gelo não sabe amar.
Ela aproximou seus lábios da orelha morna dele. Mesmo com medo. Precisava.
- Obrigada... Por ser o melhor amigo que eu já tive..." (p. 331)

Edu a tinha deixado, e Ana Luiza não poderia se sentir mais vazia. Mais um amor que se ia, talvez ela não soubesse amar. E suas únicas companhias, naquele momento, eram as taças de vinho e os cigarros, que se iam a uma velocidade sempre maior.

Quando as aulas do curso de Odonto da PUC retornassem, ao menos, ela veria sua amiga Nana, já que em casa a única que se importava com Ana Luiza era tia Ella; seus pais estavam mais preocupados com seus próprios problemas. Conheceria, também na faculdade, Rafa, um garoto que conseguiria amenizar as dores de Ana apenas com o olhar.

Era cada vez mais forte aquela dor em seu peito, seu "problema de coração". Tudo o que ela tinha, parecia não ser suficiente. E o caminho do álcool e das drogas, o qual Ana escolheu trilhar, parecia ser mais fácil, mas talvez não tivesse volta.

Reencontro, de Leila Kruger, trata de ir ao fundo do poço, e dos caminhos para voltar. Não é simplesmente uma história de superação, mas, como o título sugere, de reencontro, com aqueles que se ama e, principalmente, consigo mesmo.

A bela escrita de Leila, singular por se marcar em frases curtas e repetições - características próprias da obra -, não me pareceu em nada com a de uma principiante. No início estranhei um pouco esta forma de escrever, mas percebi que se torna fundamental no texto, para dar a ele simplicidade e elegância. As paisagens de Porto Alegre eram quase visíveis, e o sotaque atribuído às falas deu ainda mais veracidade ao enredo.

A leitura, contudo, se tornou um tanto arrastada para mim. A identificação com a protagonista demorou a acontecer, pois não conseguia concordar com suas atitudes. Entendo, agora, que o problema tinha como fonte principal uma doença, mas me indignava o pessimismo e a inconsequência, a dependência e o conformismo, talvez por ser tão contrário ao que acredito. Não entendo como pode alguém depositar a responsabilidade de sua vida e felicidade nas mãos de outro, e que quando esse outro se vai, simplesmente aceitar essa tristeza, deixá-la tomar conta, sem fazer qualquer coisa para mudar a situação. Posso até ter uma visão deturpada sobre o assunto, mas pareceu, nesse caso, que a causa principal disto seria a oferta de tudo o que o dinheiro pode comprar e a falta de, entre outras coisas, um objetivo de vida próprio, algo por que lutar.

Depois de superada essa diferença com a personagem, contudo, comecei a me envolver realmente na história. Me deliciei com os acontecimentos românticos, chorei com as passagens menos felizes, e me emocionei com as mensagens de superação e reconstrução sobre os antigos destroços.

Mesmo com uma narrativa em terceira pessoa, não era possível analisar psicologicamente todos os personagens, já que o foco ficava sobre os pensamentos de Ana Luiza. Alguns personagens, inclusive, se tornaram uma 'sombra' na história, já que não consegui montar um perfil completo deles, apenas algo mais superficial. Adorei Nana e sua faceta sonhadora, acho que foi a personagem que mais me encantou. Rafa também era ótimo, e talvez tenha sido ele que me ajudou a gostar mais de Ana Luiza, com sua fé e seu otimismo.

E por mais que tenha tido empecilhos pessoais na leitura da obra, recomendo o livro para todos, principalmente porque a vida não é sempre fácil e feliz, mas todos são capazes de ir atrás do que querem - se quiserem.
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Minha Velha Estante 14/10/2012

Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos,vai roubando o ar." Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.


"O amor é uma ferida", ela sentencia. Procurando sobreviver e encontrar seu rumo, a "garota de olhar longínquo" tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os "olhos imensos", que tudo veem...


Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir de tudo. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu... Ao mesmo tempo a garota procura entender as mudanças inesperadas e os "sonhos que nunca vão acontecer"...


Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?


Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar?


O que há além das baladas de rock e dos poemas
românticos?


Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?


Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.





O livro de estréia de Leila Krüger tem todos os ingredientes que um bom romance precisa ter. Uma moça sofredora, cheia de problemas, vinda de uma família sem amor, que se afunda nas drogas e no rock para suportar a própria vida. O livro se passa em Porto Alegre e, graças ao detalhismo da autora, mesmo que você nunca tenha ido até lá como eu, poderá se imaginar andando pelas ruas com Ana Luiza e seus amigos.


Devo dizer que me identifiquei muito com a Ana Luiza, sabe aquela época da adolescência em que você se apaixona e sempre dá errado? Pois é, queria o tempo todo dizer à Ana que não acontecia só com ela. Mais um detalhe que nos unia: minha música preferida também é November Rain, do Guns, não que não seja apaixonada pela grande maioria das outras que ela também gosta. Aliás, acho que esse é um dos pontos fortes do livro, todas as cenas tem uma trilha sonora, o que embala a nossa imaginação com mais fluidez.


Apesar disso, não estamos diante de um romance água com açucar. Ao contrário, o livro tem uma carga emocional bem densa, abordando temas polêmicos e tensos, como relacionamento entre filhos e pais, a morte, a fé, o ateísmo e o uso de drogas. Todos abordados com muita leveza e realidade, sem panos quentes.


Cada capítulo é iniciado com um trecho seja de Clarice Lispector, Cecília Meireles, Quintana, ou Chico Buarque, entre outros, como se todos eles estivessem nos preparando para o que está por vir.


Pra finalizar a resenha só a tenho a dizer: Leitura obrigatória!

site: http://www.minhavelhaestante.com.br/2012/08/book-tour-reencontro-leila-kruger.html
Adriana 20/07/2016minha estante
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Glau 25/03/2012

Reencontro
Já havia um tempinho que o livro estava em minha estante esperando aparecer um tempinho para ler, mas depois de ver várias resenhas elogiando, resolvi ARRUMAR este tempinho, e só posso dizer que me arrependi. Me arrependi por não ter lido antes... É um livro consideravelmente grosso, mas você lê tão rápido, te prende tanto, que você termina e fica com vontade de continuar...

O livro conta a estória de Ana Luísa, uma garota rica, que tem quase tudo o que quer, mas mesmo assim não é feliz. Digo quase tudo porque o que mais sente falta é algo que o dinheiro não compra, Amor.

Sua mãe é meio desligada, não liga muito para a filha. Seu pai muito menos, deixa muito a desejar dentro de casa, bebe muito e mantém outro relacionamento.

Com relacionamentos Ana também não tem muita sorte, sempre acaba se decepcionando e já até duvida se existe amor.

As únicas pessoas com quem pode contar é com a tia, que demonstra ter muito carinho por Ana e Nana, sua única e melhor amiga, mas que por conta de certos acontecimentos também acaba sofrendo com sua certa ausência.

Ana passa por muitas perdas e a cada novo sofrimento ela se "afunda" mais, acaba se viciando em drogas - álcool, cigarro, maconha e farinha.

Acaba duvidando da existência de Deus, até que uma pessoa maravilhosa surge em sua vida, Rafa. Ele tenta de todas as formas reerguer Ana, fazer com que ela se reencontre, mas é uma tarefa difícil, Ana tem que permitir que isso aconteça.

Sem querer acaba sentindo algo por Rafa, mas faz de tudo para afasta-lo já que não acredita no amor e também já tem um namoradinho, Gustavo - que só serve para fornecer drogas...

O livro te surpreende, a autoria poderia ter parado na metade do livro, quando tudo acontece, mas ela vai além e te emociona cada vez mais.

Em nosso dia-a-dia vamos varias Ana Luísa, o que é muito triste, mas assim como no livro, devemos ter a esperança de que essas pessoas se reencontrem.

Em vários momentos você se pega refletindo sobre coisas que faz, em suas crenças e sua permissão para que sua vida tome um rumo melhor.

É um livro que vou guardar com muito carinho e recomendar sempre...

www.startread.com.br
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Blog Vida de Le 15/09/2012

Quando recebi a proposta para resenhar esse livro eu não tinha muita noção do que iria encontrar. Apesar de ter visto muitas resenha positivas não quis ler muita coisa a respeito para não estragar a surpresa. E de fato foi uma agradável surpresa.

Reencontro é o livro de estréia da autora gaúcha Leila Krüger, mas já mostra uma maturidade narrativa de autores experiêntes. Sua escrita tem uma poética e uma sensibilidade que pouco tenho visto na literatura atual.

O livro conta a história de Ana Luiza, uma jovem rica e bonita que a princípio parece ter tudo para ser feliz. Mas não é o que acontece pois o que ela mais senta falta é exatamente o que o dinheiro não pode comprar; amor. Como uma família disfuncional; mãe mais preocupada com seus próprios problemas e pai praticamente ausente e mantendo outra família, Ana se vê perdida e sózinha após o final de seu namoro e nem mesmo sua melhor amiga, Nana, consegue ajuda-la a superar mais essa perda.

Devido a essa e outras situações que acontece em sua vida ao longo daquele ano, Ana Luiza começa a se afundar cada vez mais na bebida e nas drogas, chegando ao ponto de se envolver sexualmente com um de seus colegas, relacionados com o tráfico de drogas, para que este seja seu fornecedor da substância tão necessária no momento. A relação de Ana Luiza com essas substâncias já é antiga e sua saúde começa a mostrar os sinais desse abuso mas ela não acredita ser uma dependente química. A ideia do suicidio também já lhe ocorreu muitas vezes e Ana Luiza se culpa por sua covardia de nunca conseguir ir até o fim.

Em determinado momento, sua melhor amiga Nana também não é mais capaz de tentar ajuda-la pois está em meio a seu próprio sofrimento devido a um problema que ocorre com sua famíla. Mas, em meio a tanto sofrimento surge alguém capaz de resgata-la de seu inferno psicológico: Rafa, o garoto bonito, de sorriso plácido e enormes olhos caramelados que veio do interior e está no mesmo curso de Ana Luiza e Nana.

Rafa se torna o melhor amigo de Ana Luiza e está sempre ao seu lado buscando tira-la da depressão mas aos poucos seus sentimentos por ele tornam-se o que ela considera perigoso para seu coração já quase destruído e está busca se afastar ao máximo de Rafa tentando evitar maiores sofrimentos. Rafa, por sua vez não está disposto a se afastar e desistir dela. Ana precisa se reencontrar e acreditar novamente no amor e ele está decidido a fazer com que isso aconteça.

Essa poderia ser a história de muita gente, quantas Anas Luiza existem por aí apenas esperando por algúem que mostre a elas o quão especiais são. Ana Luiza se torna uma amiga íntima para o leitor a ponto de entendermos seu sofrimento e ficarmos realmente preocupados com ela.

Permeado de citações de poemas e trechos de músicas o livro parece conter sua própria trilha sonora. Muitas vezes durante a leitura me vi buscando as músicas que Ana pensa ao longo da história e percebi que se encaixam perfeitamente em determinados momentos do livro. As citações a cada entrada de capítulo também descrevem perfeitamente o que virá a acontecer no capítulo em questão.

Até uma boa parte do livro não conseguia gostar de Ana Luiza, seu comportamento destrutivo era injustificável para mim mas a medida que a história seguia consegui compreender um pouco mais mesmo ainda não concordando com suas atitudes. E Rafa também me deixou frustrada muitas vezes por demorar tanto para tomar uma atidude com relação a Ana Luiza mas depois dos capítulos finais fiquei completamente encantada por ele.

O fato da trama se passar em Porto Alegre, minha cidade natal, contribuiu muito para deixar a história mais real para mim uma vez que conseguia visualizar com perfeição cada local descrito. E os diálogos são bem regionalistas e talvez algumas pessoas possam estranhar o jeito "cantado" gaúcho de falar.

A revisão merece elogios, assim como a edição que está caprichadissima, adorei principalmente a capa. Enfim uma bela história de amor e superação. Recomendadíssimo. ^ ^
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Gabriela 29/10/2012

[Resenha] Reencontro
"Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar. "O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu... Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino? Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão? Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.


Ana Luiza mora com os pais em Porto Alegre - RS e tem uma vida aparentemente perfeita, se não fosse por conta de uma decepção amorosa e de seus vícios que fez com que Ana entrasse em uma depressão profunda.
A autora não nos decepciona com a riqueza de detalhes em relação a tudo (sentimentos, expressões, lugares,...)!
Confesso que achei o comecinho um pouco massante, mas logo depois o livro se desenrola facilmente e rapidamente que, quando você percebe, já está na última página!
De cara já não gostei de Ana Luiza, achei ela uma metida, esnobe e chata, mas com o recorrer do livro, comecei a gostar dela e a me identificar muito com sua personalidade (talvez porque somos idênticas!).
Amei a Nana desde o começo e o Rafa é um fofo.
O final é maravilhoso e surpreendente! Fiquei maravilhada.
Apesar de possuir 496 páginas, é de fácil leitura e você consegue ler ele inteiro em um final de semana com tranquilidade (assim como eu fiz)!
Ótima leitura!
Super recomendo!
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