Resenhas - Grande Sertão: Veredas

Dani 25/10/2023

Li esse livro em meados de 2013 e estou muito feliz por ter a memória ruim, porque ao reler agora em 2023 eu tive a oportunidade de passar por todas as surpresas desse livro novamente!
É um livro perfeito. Difícil de ler, pois é escrito basicamente em uma linguagem falada, é gostoso de ler em voz alta. Além disso, tem expressões e palavras regionais. Porém, é um livro muuuuuuito à frente de seu tempo. Muito. Muito.
A história da vida de Riobaldo, que em sua infância conheceu um menino que foi muito simpático com ele, e no futuro basicamente se tornou jagunço para ficar ao lado desse menino. Ele ama o menino - Reinaldo - mas considera um amor proibido e vai recalcando esse sentimento, que é impossível de morrer.

Alyne.Queiroz 17/10/2023

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Mesmo sendo nordestina e entendendo muitas das gírias do livro confesso que a leitura é difícil, muitas e muitas vezes eu apenas segui lendo sem ter entendido bem o enunciado, não são só palavras diferentes, são construções de frases que não fazem qualquer sentido pra mim, eu demorei 6 meses pra terminar, quanto à história é realmente muito interessante, a jagunçagem lembra muito o cangaço.

Gois 01/10/2023

Tem que ter disposição, mas vale a pena!
Terminei esse livro há 1m e ainda não sei o que pensar. O livro leva umas 150 páginas para engrenar. É um livro cru, bruto, rude. Mas, ao tem umas partes tão líricas e tocantes!! O personagem principal é tão bronco e ao mesmo tempo tão cheio de questionamentos. O sertão é descrito de um jeito tão real, mas tão incrível. A relação entre Diadorim e Riobaldo é tão fofa e tão difícil. A história em si não é difícil de entender (se você superar o início), tem várias reviravoltas, batalhas emocionantes? o que dificulta é a linguagem. A linguagem é muito louca, falada, cheio de regionalismos, de neologismos? e cansa (em algum momento)! Mas, ao mesmo tempo, sem essa linguagem o livro não faria sentido. A história vai sendo contada como um fluxo, um rio, um velho contando sua vida pra um forasteiro. No fim, acho que é um livro muito bom, mas com ressalvas. Achei bem mais difícil que imaginaria que seria. Precisarei ler mais uma (ou umas vezes) para entender tudo (e acho que esse é o sentido de um clássico). Recomendo, mas apenas para quem tem disposição de atravessar esse sertão.

"Aonde você vai Sam?" 23/09/2023

Difícil de ler? Nonada!
João Guimarães Rosa foi, provavelmente, a pessoa mais inteligente que já falou português.
Mas nem por isso escreveu difícil como um acadêmico arrogante, muito pelo contrário!
É possível resumir esse livro em três palavras: Nonada, Diadorim e Travessia.
E, dentro delas, contidas, mais duas: belo e simples.

Esse livro só é difícil se o leitor for um cavalo!

Mas, aviso aos navegantes, Grande Sertão: Veredas só existe se lido em voz alta, pois é literatura oral por excelência, só que registrada no papel.

giuuusm 14/09/2023

Li esse livro por conta da escola e acabei tendo uma experiência melhor do que esperava. Um livro que me deixou
confusa no começo (e acho que se fosse a versão em prosa eu teria ficado ainda mais), mas mesmo assim me manteve interessada.

A obra de João Guimarães Rosa narra a vida dos jagunços na República Velha, mostrando os terrores
que o povo enfrentara e era. Riobaldo
conta sua vida para um interlocutor desconhecido, porém mencionado por meio de esporádicos chamados,
como " senhor", o que faz com que o
livro não seja nem um monólogo e nem um dialogo. O Personagem fala sobre sua história: um amor visto como errado e uma terra ?assombrada pelo demônio?, que ao fim do livro é retratado como o próprio homem.

Toda a história me encantou. A autenticidade do autor ao criar palavras e/ou escrever termos da forma que são falados me manteve curiosa e entretida. Embora essa seja uma versão "resumida"
da obra original, não me decepcionou na riqueza de detalhes, tanto na linguagem verbal, como o que estava implícito e as gravuras do livro. Também me agradou muito como de obra é a frente do seu tempo, ao retratar um amor de um homem por outro, criando assim um amor impossível entre Riobaldo e Diadorim.

Toda a disputa política, as traições e as violências mostradas retratam um período
muito importante para a história do Brasil. Eu já havia estudado sobre a Primeira República, mas ler esse livro me fez entender ainda mais tão período histórico.

Pretendo, ainda, ler o mesmo em prosa, sua versão original, de tanto que essa obra me atraiu. O autor fez um excelente trabalho ao criar um livro tão moderno e, ao mesmo tempo, atemporal, além de ser único e cheio de neologismo

Rafaela 13/09/2023

Grande sertão veredas
Esse livro é incrível. comecei a ler como leitura obrigatória da faculdade e me apaixonei. o q o Guimarães Rosa fez aqui é simplesmente sem explicações

é sim complexo. é sim difícil de entender. mas é tão tão tão bom

eu tô em êxtase

(Guimarães Rosa paga a minha terapia pfvr

tonhão 10/09/2023

"Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. Viver é muito perigoso..."

"Grande Sertão: Veredas", obra-prima do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, é uma narrativa que transcende os limites da linguagem e da narrativa convencional, desafiando o leitor a uma jornada literária complexa e profunda. Publicado em 1956, o romance é uma representação ímpar do sertão brasileiro e da alma humana, mergulhando nas intricadas veredas da cultura, da moralidade e da identidade nacional.

Uma das características mais marcantes da obra é a linguagem. Guimarães utiliza o regionalismo e cria um idioma próprio, repleto de arcaísmos, gírias, neologismos e expressões idiossincráticas, o que torna a leitura inicialmente desafiadora. No entanto, essa linguagem rica e peculiar é fundamental para a construção do universo narrativo. À medida que o leitor se adapta, é possível mergulhar profundamente na mente do protagonista, Riobaldo, e no sertão onde a história se desenrola.

A trama, narrada em primeira pessoa por Riobaldo, é uma saga de amor, violência, poder e conflitos existenciais em meio ao ambiente árido e inóspito do sertão. Riobaldo, um jagunço que se envolve em conflitos sangrentos, se torna um narrador não confiável, com sua memória distorcida e seu caráter ambíguo. Isso cria uma tensão constante na narrativa, desafiando o leitor a questionar a verdade e a moralidade das ações do protagonista.

Outro aspecto notável é a reflexão profunda sobre a condição humana e as dualidades que a permeiam, como o bem e o mal, a fé e a descrença, o amor e o ódio. Através das experiências de Riobaldo, o autor explora a complexidade das escolhas morais em um ambiente onde a violência é uma constante, oferecendo uma visão intrigante da natureza humana.

No entanto, a complexidade narrativa e linguística de "Grande Sertão: Veredas" pode afastar alguns leitores, tornando-o uma leitura desafiadora e de difícil acesso. A obra exige paciência e dedicação para decifrar seu conteúdo e apreciar sua profundidade. Além disso, as reflexões filosóficas e existenciais do protagonista podem parecer obscuras e abstratas em certos momentos, o que pode alienar alguns leitores em busca de uma trama mais direta.

Em conclusão, "Grande Sertão: Veredas" de Guimarães Rosa é uma obra literária extraordinária que desafia as convenções narrativas e linguísticas. Sua prosa rica e única, aliada a uma narrativa profundamente introspectiva, oferece uma visão profunda da condição humana e da cultura do sertão brasileiro. No entanto, sua complexidade pode ser um obstáculo para alguns leitores, tornando-o uma leitura que exige comprometimento e disposição para explorar suas camadas mais profundas. Mesmo assim, para aqueles que se aventuram em suas veredas literárias, a recompensa é uma experiência literária enriquecedora e inesquecível.

oslivrosdagiu 07/09/2023

O Sertão é dentro da gente
Tenho nem roupa pra comentar qq coisa q já não tenha sido dita sobre essa obra monumental da literatura brasileira. É livro pra ler aos poucos, ruminando, pra depois virar adubo, sabe? A vida de jagunços no sertão de Minas e a estória pessoal de Riobaldo se entrelaçam, cheias de significados profundos sobre a experiência da vida humana. Nossas dúvidas, incertezas, nossas principais questões filosóficas são as mesmas de um sertanejo no início do seculo XX. Leiam. Quando forem chamados, leiam. Monstro João Guimarães Rosa, obrigada por tanto.

Tati.Lima 05/09/2023

UM LIVRO ÉPICO E MONUMENTAL...
Eu ainda estou aqui embasbacadaaaaaa por esse livro!!! A história de amor de Riobaldo e Diadorim. Se vc pensa q é uma leitura fácil? Não, não é. Principalmente porq a escrita é de difícil compreensão muitas vezes, e o início é muito confuso, as recordações de Riobaldo são um tanto quanto complexas, até a gente começar a entender o fio da meada. Mas tb depois q tudo se esclarece, temos um livro excepcional. Uma história de amor, contada de forma crua, uma atração entre dois cangaceiros, o pobi do Riobaldo não conseguem entender e muito menos assimilar o q tá acontecendo, porq Diadorim, q na verdade é Maria, uma mulher q não queria se submeter a vida condicionada às mulheres da época, e esconde esse segredo a 7 chaves, e o Riobaldo q tem diversas mulheres, mas não supera seu amor platônico pelo melhor amigo. Meu primeiro contato com a escrita de Guimarães Rosa foi incrível. Simplesmente uma obra prima de primeira qualidade esse livro. Eu amei...????????

Pisi14 30/08/2023

Livro-cinema
Ações de tirar o fôlego, narrativas épicas, dramas existenciais e sentimentos aflorados embora reprimidos pela aspereza dos cenários e dos conflitos.

Guimarães Rosa inaugura o conceito de livro-cinema no Brasil, pois a sensação que uma pessoa tem ao ler o livro é a de estar diante de um filme de faroeste hollywoodiano no qual Riobaldo e Diadorim bem poderiam ser nossos John Wayne ou Clint Eastwood caminhando pelas veredas de Minas Gerais

Tofuuu 29/08/2023

Agora estou com saudade dos personagens.
O livro é narrado pelo ex-jagunço Riobaldo, que conta sobre suas lutas, medos e paixões.

Ele descreve Diadorim, amigo pelo qual é apaixonado, de maneira sempre doce e poética.
Um dos amores mais bonitos que já vi na literatura.
A linguagem é difícil de entender, cogitei abandonar a leitura no começo por diversas vezes, ainda bem que não o fiz, com o tempo nos acostumamos.

"Eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo: Meu amor!"

Vanessa 26/08/2023

...e findou-se o grande sertão. junto dele, finda-se também as vivências de riobaldo que, repletas de rudezas e delicadezas, agora se (des)fragmentam em memórias na reta final de sua vida compartilhada. mais que um livro sobre o sertão, a narrativa perpassa por amores, lealdades, traições, dúvidas, inseguranças, religiosidades, medos (comuns a mim, comuns a você)... sim, riobaldo, viver é negócio perigoso, mas que bom é viver num mundo em que comungo da mesma língua que a sua...

?

Martony.Demes 20/08/2023

Seria muita presunção eu fazer uma resenha ótima sobre livro! Um já bastante estudado, transformado para a TV, imortalizado e etc. Eu precisava conhecer a jornada de Riobaldo, o amor 'incongruente' com Diadorim, as desavenças e guerras no sertão.

Olha, a jornada é imensa! Não se importe em saber como termina ou quando termina! Curta os meandros do percurso do livro, as falas, os neologismos, as preciosidades ditas sobre nosso povo.

Esse livro deveria ser obrigatório ter nas bibliotecas e principais pontos de todas as cidades do Nordeste, Minas, quiçá do Brasil inteiro!

A gente precisa entender mais os nossos proprios valores. E isso tem demais nessa obra!

Vanessa.Vtknas 20/08/2023

Perfeito
O livro é fascinante. Em primeira, o ex-jagunço Riobaldo conta para um interlocutor indefinido suas aventuras durante a juventude, quando se envolveu em batalhas de jagunços no interior do Brasil do final do século XIX/comecinho do XX. conta, principalmente, o conflito emocional que ele enfrenta ao se apaixonar por outro jagunço, Diadorim. É um livro denso, sem divisão de capítulos e de linguagem cheia de neologismos, o que torna a leitura às vezes um pouco difícil, mas depois de algumas páginas já dá pra se acostumar com o jeito de Guimarães Rosa escrever e aí sim se envolver nessa sensível história de amor.

Amanda2811 19/08/2023

Bem difícil a leitura,tive que fazer várias pausas,mas é bem característico da segunda fase modernista