Resenhas - Grande Sertão: Veredas

Charly.nunes 06/07/2023

Não tenho palavras para explicar toda essa obra de arte. Esse é o tipo de livro para se reler para entender suas nuances e etc; logicamente é bem provável que tenha deixado passar alguns pontos, por ser a primeira vez que a leio. Mas achei o livro muito bem narrado, demostra todo o sentimento e pensamento do personagem, tudo isso misturado com o tempo que parece tão real que você quase acha que é um diário de um cangaceiro, da para entender todas as questões do sertão e os cangaceiros, de como eles se meteram ali e como continuam com aquilo; e ainda tem a questão da mudança de perspectiva do personagem, de como ele via as coisas e foi mudando, não chegando a ser um dito cujo "herói", mas uma pessoa que acúmulou experiência e conseguiu mudar com o pouco que tinha, de um jovem inocente com suas arruaceirisse, ao homem com peso da consciência a procura de um bálsamo para sua angústia. Realmente incrível, devo nem dizer de Diadorim, que nos surpreende a cada momento. Lógico também que não deixo de frizar que apesar de tudo, o livro ainda sim traz um toque de homoerotismo, os amores à Diadorim e etc, são muito bem colocados no contexto do tempo do cangaceiros, de como um homem tão viril podia amar outro "homem"; uma perpectiva homoafetiva bem diferente da que temos visto.

Marcio.Barbosa 05/07/2023

Maracilhoso
Que livro, que livro difícil de ler, ao menos para mim, porém maravilhoso com um final que me surpreendeu. Uma obra bastante interessante do autor. Não quero faler muito pra não dizer nada sobre ele. Fiquem na curiosidade ou vão ver ele.

Danny 05/07/2023

Para pensar....
O que perdemos por acreditar no que os outros pensam ou em seus julgamentos?
Na maioria das vezes seguir o coração e seus sentimentos pode sim ser o melhor caminho.

Foi uma leitura lenta, pois são dialetos diferentes de nossa atualidade, por se passar no sertão e em outra época, com isso demorei um pouco para conseguir mergulhar de cabeça no universo.

Grandes Sertões de Veredas não questiona o certo ou errado, o possível ou o impossível... Mas nós faz pensar no que poderia ter sido se tivéssemos tomados rumos diferentes.

JwithT 27/06/2023

Grande sertão: veredas é um livro para imergir e se emocionar. Acredito ser universal que o início é um tanto complicado. No entanto, a partir da página 50 a fluidez melhora. É fácil dizer que Guimarães Rosa entrega uma experiência encantadora, perceba: Riobaldo, entregando uma espécie de monólogo sobre seus tempos de jagunçagem (e como ele se envolveu nisto?), é o relato de uma vida que estamos escutando. Uma vida, completa em si, com incertezas, medos, coragem, paixões, vontades, impedimentos. Impossível não se apegar, impossível não sentir ansiedade com os pensamentos e as voltas do narrador. No decorrer do livro tudo se conecta, eis a arte de contar uma história. Quem somos, então? Até onde a natureza, o destino, Deus e o Diabo são responsáveis por nossa vida?

lucaismaia 25/06/2023

Travessia. Viver é muito perigoso!
"Grande sertão: veredas" é uma grande e imensa poesia. Seu enredo percorre por jornadas, e daí podemos tirar as veredas, em que o sentimento é mais profundo que a semântica frígida da palavra. O tom oral enriquece todas as emoções, todas as reflexões e filosofias, o que, de início, é complexo e de difícil compreensão, mas que, aos poucos, vai se tornando um grande fluxo.

O lirismo da palavra e a mistura de gêneros aqui colocadas por Rosa, conseguem se articular tão bem e tão natural. A jornada de seus personagens é de uma singularidade épica, que tanto nos aproxima e, na mesma medida, consegue nos repelir, por vezes. Isso é muito humano. Diadorim, misterioso, enigmático, secreto... tão doce e apaixonante. Riobaldo, bruto, em dúvida, que carece de coragem.

O sertão deixa de ser apenas um espaço geográfico para se tornar feroz, um lar, um deus, um personagem a parte que convive com os homens que nele vive. É assim: parte da gente, do mundo, dele mesmo. O sertão é a vida, e ambos são perigosos.

Coragem-travessia-homem-Sertão. E João Guimarães Rosa, com suas belas palavras que tocam e nos faz sentir o inominável!

Artemis 22/06/2023

"O sertão está em toda parte"
Não sei por onde começar,nem se ao menos há um começo,porque Grande Sertão: Veredas é essa síntese antropológica e mítica rodeada de aridez e calor que não tem fim nas palavras. Seria bobo dizer que os personagens e o enredo são bem desenvolvidos já que tais elementos vão além do técnico e do racional nesse livro,Diadorim e Riobaldo são aquela indefinição trágica,aguda e bonita que nós sabemos muito bem ser do amor do mais crú e vulnerável. O sertão é quase cósmico,épico,mesmo que tão severo e duro.
Grande Sertão Veredas me atravessou o espírito,não consigo formular nada mais honesto do que esse fato maravilhoso.

dmyz 22/06/2023

Este é um daqueles livros que mudam a vida. Chorei como nunca chorei em nenhum livro. As impressões ficam com a gente para sempre, especialmente Diadorim. Mesmo já tendo lido há dois anos, ainda me lembro do final e de certas passagens. É difícil se acostumar com a linguagem, mas depois de algum tempo, a leitura engrena. Vale cada página, cada frase, cada letra.

Raquel Araújo 22/06/2023

Viver é perigoso
GSV em quadrinhos traz os pontos principais da obra clássica.
É interessante, uma vez que este clássico inicialmente é uma leitura lenta e difícil, e o HQ acaba tornando mais fácil, além de trazer as ilustrações.
E vamos ao próximo clássico.

Deise.Maria 20/06/2023

Viver é perigoso ...Sertão!!
Grande Sertão; Veredas, eu precisava conhecer essa obra de Guimarães Rosa, porém não imaginei que iria ser uma leitura tão complicada por nao possuir capítulos e pela narração do personagem que não segue uma linha reta.porem o leitor começar a compreender a leitura depois de umas páginas é claro que isso exige paciência, e eu utilizei da ferramenta de audioboock que pra mim foi melhor .
A história se passa no sertão de Goiás, Baía e Minas Gerais , onde o personagem central é o jagunço Riboaldo , mais conhecido como Tartarana por ser bom atirador .Tartarana reconta sua trajetória como jagunço para o seu compadre Quelemem .Nas suas aventuras onde servia ao Senhor Joca Ramiro e Zé bebelo, e dos constantes confrontos que tinha contra o grupo rival de jagunços de Hermogenes , seus amores perdidos e seu romance com Otacilia e sua amizade mais que íntima com Diadorim( que na realidade é uma mulher disfarçada de jagunço ) .
A narrativa de Riboaldo envolve questões sobre a existência do diabo , a vida típica do sertanejo , as peculiaridades do Sertão ,o comportamento agressivo do homem em disputar seu território,a lição que Riboaldo nos dar sobre como não deixar o ódio pelo inimigo não dominar suas emoções, no caso ele buscava dominar esse ódio que ele tinha , pois gerou batalhas sangrentas entre os dois grupos de jagunços e alimentou anos de vingança, visto que Hermogenes assassina o Joca Ramiro , que até então era chefe que Riboaldo tinha apreço. Esses temas ficam claro durante a narrativa é o leito tanbem acompanha a aflição de Riboaldo sobre os sentimentos que o ligam a Diadorim , uma amizade marcada por alto proteção e muito ciúmes.
É obra que vale apena conhecer por trazer uma linguagem totalmente nordestina.e trazer aspectos que representa o Sertão.

Ana Paula 18/06/2023

O desfecho da história me deixou completamente sem palavras.
Livro difícil de ler, mas que vale a pena cada página.

JanaAna90 16/06/2023

Vale a pena a caminhada
Primeiro dica o livro é muito bom. Não desista, nas 50 primeiras páginas.
Um livro que deu um nó na minha cabeça, por causa linguagem com gírias da época e pelas ?invencionice? de Guimarães Rosa e, para mim o livro mais desafiador que li esse ano; superou até o primeiro capítulo do som e a fúria.
O livro inicia-se com uma pessoa, que descobrir depois ?? que eram personagem principal - Riobaldo, conversando com um interlocutor oculto, e que até o final do livro não ficamos sabendo quem é.
Um outro ponto que tive dificuldade foi a falta de capítulos, e ter que parar em páginas aleatórias foi, no mínimo doloroso. ?
No começo do livro não entendia nada, A conversa parecia ser as mais aleatórias possíveis; e que também não podia precisar quando aconteceu os fatos narrados. ?
Riobaldo em alguns momentos conversa sobre si, descreve o ambiente agreste no qual vive, suas vivências como jagunço, seus amores e de dissabores. ?
Um fato curioso sobre o livro é que depois das 50 primeiras páginas parece que o nosso cérebro se habitua com o estilo da escrita e aí começa a fluir, apesar de não conseguir ler mais que 50 páginas diárias, pois me sentia cansada mentalmente, compreendia tranquilamente e acompanhava a história. Rosa é o Mann brasileiro. Rs
Apesar da dureza na leitura, não procurei nada sobre o livro e acredito que a leitura foi boa justamente por isso.
Como disse Clarice Lispector sobre o livro: ?Como tudo vale a pena! A menor tentativa vale a pena. Sei que eu estou meio confusa, mas vai assim mesmo, misturado.?
E o final me deixou estarrecida, não esperava o desfecho, apesar de desde o início já saber como o personagem termina, ainda assim o autor deixa o fato mais bombástico para o final. E aí, eu fiquei como? Arrasada, chocada, revoltada com o final; embora por causa disso mesmo terminei amando o livro.
?Tudo o que já foi, é o começo do que vai vir??

Edneia.Monteiro 15/06/2023

Grande sertão: veredas
No início foi bem difícil a leitura, mas consegui me acostumar com a linguagem e no final, fique impressionada com os acontecimentos.

Darlene_Poetisa 10/06/2023

Sabe aqueles romances épicos de cavalaria que muita gente ama ler? Grande Sertão: Veredas é um épico brasileiro. Uma história do nosso povo para o nosso povo. Fala do Sertão, dos jagunços, de honra, de vingança e de amor.
Riobaldo e Diadorim são personagens para marcar uma vida. E a história tem uma reviravolta surpreendente!
Não é uma leitura simples, a linguagem cansa, o relato ininterrupto também é um desafio. Mas vale o esforço em cada página.

Sophia.DaAvila 09/06/2023

As histórias do sertão, sertanejas, sempre me entendiam. Mas essa, assim como Vidas secas, conseguiu me cativar nas nuances e enigmas.

Bea Triz 29/05/2023

Um dos livros mais difíceis e complexos q já li, mas também um dos mais maravilhosos, além de ser aquele que fez com q eu me apaixonasse por Guimarães Rosa...