Hélio Cezar 01/05/2017minha estanteNós damos muito valor à forma, ao estilo, às filigranas verbais, ao brilho semântico, etc., não percebendo que muito brilho em vez de mostrar com clareza faz em muitos casos é nos cegar, e isto tudo não é em boa parte uma forma de suprir a falta de conteúdo, e nem digo em termos de quantidade, mas de conteúdo verdadeiro? Reflita sobre o seguinte: A FILOSOFIA E A LITERATURA COMO UM TODO, E POR CONSEQUÊNCIA A CULTURA EM GERAL, PODEM ESTAR PRESAS NUM EQUÍVOCO QUE JÁ DURA CERCA DE 2.500 ANOS, CLARO QUE INCORPORADO EM NOSSA CULTURA POR NOSSO ?MUI AMIGO? ARISTÓTELES, E QUE PROVOCOU SÓ 15.000 GUERRAS NOS ÚLTIMOS 5,5 MIL ANOS DE HISTÓRIA, QUE IMPREGNOU ATÉ AS RELIGIÕES IMPEDINDO A ILUMINAÇÃO DO SER HUMANO E CUJA ÚNICA SAÍDA NO SENTIDO DE DRIBLARMOS TAL MALDIÇÃO, QUE NÃO DEIXA DE SER, SÓ COM AJUDA DO FUTEBOL, ACREDITA?
O que o futebol pode ensinar à filosofia e à literatura? Tudo o que elas não sabem ainda sobre filosofia e literatura? Hã, deu um nó! E o que a filosofia/literatura ainda não sabem sobre si mesmas (gente, qual a diferença entre as duas, "ambas as duas", não trabalham com ficção e ilusão?) ... não seria o fato dela, a filosofia, não saber como funciona a mente do gênio, seja dos campos ou das letras, nem como se dá a compreensão, que só acontece pelo "método negativo" e ainda como se resolve os problemas, que não é pela busca do oposto, chamado de ideais, princípios, etc., como todo mundo faz, ou seja, desconhecem tudo o que é essencial entender para uma literatura/filosofia que se queira verdadeira, o que quer dizer que desconhecem o único instrumento que nos tornam escritores/filósofos, a mente, e podemos escrever alguma coisa de valor quando desconhecemos isto? Mas, aí nós não teríamos outra opção, a não ser ter que jogar todas estas montanhas de livros escritos nestes mais de dois milênios, naquela tão temida ?fogueira de Hume?, e então, sobraria alguma coisa, visto todos eles estarem calcados no "discurso positivo", no vir-a-ser, e ainda circunscrita a nível do intelecto, o nível mais baixo da cognoscibilidade? Claro que não, mas também ... foram cair que nem uns patinhos nos equívocos de Platão e Aristóteles, estes inauguradores da decadência, de nossas misérias e ignorância (Mas, bah tchê, precisava tanta ingenuidade?).
Então, para clarear, o que os escritores/filósofos precisam, além de saber escrever, já que é um absurdo só pelo fato de ser detentor de uma certa estilística, de alguma habilidade com a pena e ter alguma presunção de achar que entende de gramática (quem entende? Só aqueles que levaram isto tão longe, que já não sabem mais nada, até mesmo escrever!), e não podemos esquecer, de ter que ser um rato de biblioteca e ler "trocentos" tratados abstrusos que só tem preconceitos em forma de filosofia, mera repetição dos equívocos de Platão, para se considerar um escritor/filósofo? Primeiro, meu caro Watson, teríamos que criar as condições para surgir o âmbito da inteligência, em nós mesmos, lógico (vocês se acham inteligentes, mas isto não é presunção, e presunção não é fruto da ignorância? Te peguei!)! E será que é possível ainda eliminar toda essa craca acumulada de milênios de equívocos, erros, ilusões, mentiras e falsidades incrustadas no cérebro de nossos homens das letras/filosofia (quase ia escrevendo, "homens das cavernas", do pensamento, claro!)?
É aí que está o problema, pois, demandaria uma humildade quase que socrática, e admitir que "tudo o que sei é que nada sei", e que no momento estamos, nada mais, nada menos, que fazendo parte do clube dos que "acham que sabem", e dos que ainda pensam que ainda somos seres racionais, e ainda teriam que reconhecer que o conhecimento é um pouco mais do que nada, quando se trata do lado existencial do homem, o que nos fez instituir uma linguagem que nos soa como música aos nossos ouvidos, a dos ideais, mas, que na realidade fez a humanidade marcar passo, patinar ao longo da história e ainda manteve as causas das guerras e de todos os nossos infortúnios, manchando de rubro toda a terra.
O quê? Não, pare com essa tortura, já estou me sentindo um verdadeiro assassino que com sua pena manchada de sangue (existe arma mais letal do que esta quando manuseada com tanta ingenuidade, quase uma metralhadora na mão de uma criança, não?), que acabou por decretar à morte milhões de seres humanos nas quinze mil guerras destes últimos 5,5 mil anos de história, alimentados por essa farsa da cultura/filosofia, de hoje e de sempre! Não, não posso mais seguir nesta estupidez, não.... (quase que o cidadão em questão se atira debaixo de um caminhão lotado de toneladas de livros e tratados filosóficos que por acaso [acaso, existe acaso neste mundo?] ia passando por ali. Ainda bem que alguém o impediu, porque seria esmagado pelo peso da ... do que mesmo? Que coisa é esta, pegajosa e que cheira tão mal: pensamentos que se passam por sabedoria?!)!
CALMA, terráqueo, não precisa chegar a tanto - preserve ao menos o teu corpo porque a mente ....tsi,tsi - pois, esta filosofia que dá conta deste imbróglio federal, já se encontra ao nosso alcance, embora disfarçada na forma de um livro sobre futebol (futebol!!!!) - mas não conta prá ninguém, certo? - pois o establishment não pode se dar conta desse golpe certeiro a si endereçados, que é tornar inteligente os seres humanos, não antes do momento em que qualquer reação seja tarde demais, entende? O livro, "FUTEBOL, UMA REVOLUÇÃO À VISTA: DECIFRADOS, ENFIM, OS SEGREDOS DA GENIALIDADE DE NOSSOS CRAQUES", este é o seu título, pode ser adquirido pelo Clube de Autores. Mas, segredo, hein! Boca de siri! O negócio é muito perigoso, uma verdadeira bomba! Se eu fosse você, nem lia, pois você nunca mais vai ser o mesmo, e esta sua banca da literatura/filosofia vai tombar/ruir que nem palanque em banhado, e aí todas essas maravilhosas máscaras que você tem utilizado nos últimos milênios vão cair por terra, e como é que você vai continuar com este grande negócio de se travestir de sábio e grande erudito, e seguir com este teatro que tem franqueado para você as antessalas do poder por séculos? Never more! O circo vai cair, guri! O circo da filosofia/literatura, claro. A não ser que você ...