Thamy 01/10/2014
Pouca amizade
Eu gostei do livro, achei interessante o tema.
Fiz o caminho contrário, li primeiro "Presentes da vida" e depois "O noivo da minha melhor amiga". Acho que por isso não odiei tanto a Dracy, mas ela é bem chatinha nos dois.
Em certos momentos eles me pareceram bem reais, em outros, meio forçado. Não digo que não exista competição entre mulheres e por que não, entre amigas, mas a amizade delas não se pode dizer que era de melhores amigas. Tá, cresceram juntas e manteve a amizade depois de adultas, mas a amizade da Rachel com o Ethan era mais sincera do que com a Dracy, olha que ele vivia na Inglaterra. Até mesmo com a Hillary sua amizade era mais verdadeira.
Rachel era do tipo que fazia tudo para agradar a amiga egocêntrica, mas era falsa. Não é de estranhar que levou o livro inteiro mentindo e tendo um caso com o noivo da amiga.
Darcy era metida e fútil, mas ainda sim, era mais autentica e sincera se comparar com Rachel. Que o tempo inteiro invejava a amiga. Claramente era uma amiga invejosa, antes mesmo do Dex. Se a Darcy mentia, mandava e tomava seus interesses, por que simplesmente não se manifestava? Verdadeira boazinha sonsa e por isso, achei os personagens bem reais, pessoas tem defeitos, mas não posso deixar de observar isso na mocinha da estória. Ela é bem insegura e isso toda mulher é, pelo menos as de beleza mediana, ainda mais se tem uma amizade com uma pessoa tão bonita, "confiante" e metida como a Darcy.
O que não deixo de notar é competição entre as duas, em ambos os livros beira a infantilidade.
O Dex conseguiu me conquistar, parece um daqueles partidos incríveis que toda mulher sonha. Claro, traiu a Dracy, mas ele foi levado pelo sentimento e quando dividiu o táxi, teve sua oportunidade de chegar à Rachel. Foi covarde e não definiu o que queria, mas também, Rachel não queria conversar só curtir os momentos a dois. Ela estava insegura, mas tardou a situação mais que pode tanto quanto ele, até chegar ao inevitável. Achei que ela não daria um ultimato nunca, com seu jeitinhos menina doce e iludida. No final de tudo, o mais legal é perceber que não existiu vitimas, todos erraram e tiveram atitudes desonestas.
Gosto da Emily Giffin, tem uma narrativa gostosa. Também não posso deixar de elogiar a tradução de Andréa Rocha e Patrícia Dias Reis Frisene, afinal, graças às duas que a leitura foi prazerosa. Se você não fala outros idiomas, fica difícil julgar a qualidade do autor. Já li livros com duas traduções diferentes e uma salvou o conto que eu tinha detestado antes.